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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Cap. 04/12 - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021

 capítulo 04/12

         Na selva amazônica, os cientistas alemães e a escolha de garotos escravizados para leva-los à Europa.    (Ano 1817)

         Para escolha, colocaram os meninos em fila e Martius escolheu um.   “Era filho do líder de uma horda indígena que morrera em combate”.

         Zani era o capitão do barco da expedição dos cientistas.   Ele pegou malária nessa viagem à Amazônia.

         Martius ao colocar no papel, cita que Iñe-e era prisioneira de guerra dos índios, quando na verdade foi presente do chefe da tribo e pai dela, que se desfez da filha por conta da crença de que ela fez pacto com a onça e seria ameaça e inimiga da tribo.

         “Parece-lhe melhor pintar o chefe como um demônio”.     ...”palavras podem ser animais dóceis”.      ...”minhas poucas semanas entre eles”...

         Na visão de Martius  ...”esses selvagens não tinham ideia alguma do Deus bondoso, pai e criador de todas as coisas...”    ....”só a fome e a sede lhes lembram as necessidades da vida... e a morte lhes é indiferente”.

         Na versão de Martius...   ...”e as crianças, fardo dos pais e, por isso, evitadas”.   ...”ódio hereditário contra as tribos estranhas...”.

         Iñe-e passa a ser Isabella Miranha depois de batizada na Baviera.

         “Para ele não há nome anterior...”  ...”para ele, ela não tem história.”

         “O papel suporta tudo”.   Na hora da escolha do rapaz na fila.    “Eu apontei para o belo rapaz juri, o capataz o retirou da fila e o pai do menino não o acompanhou, em vez disso, seguiu-me com um olhar fixo: era uma pergunta ou era raiva?   Eu não me esqueci desse olhar”.

         “Letras são animais que, depois de domesticados, apenas obedecem, ele acredita”.    Aqui é a autora falando de Martius.

         Capítulo IX – página 38

         “Uma pessoa sabe que está morta quando não consegue mais escutar a voz dos animais, dos espíritos, das árvores, dos rios”.       ...”e por estar vivo é que consegue responder”.

         Iñe-e sendo levada embora de canoa.    “A natureza, a correnteza, tentando impedir a canoa de seguir viagem...”    “Mas nada adiantou a arenga das correntezas”.

         Capítulo X – página 41

         No mar, capitão do navio, muito rude.   Racionava água e comida.

         Na viagem de navio  (os bichos foram os primeiros a morrer)... em seguida, as crianças.

         Jogados, mortos, ao mar sem nenhum ritual.   “Longe de seus familiares, nunca encontrariam o caminho para qualquer terra sem males onde pudessem se encontrar com seus ancestrais”.

         Iñe-e viu as outras crianças morrerem na viagem.   Só ficou ela e, sem palavras, já que ninguém entendia seu idioma.

         “Morreu com todos porque lhe faltava a palavra”.    Só sobraram dos escravizados, ela e o menino Juri.

         A caravana aportou em Lisboa.  Iñe-e sentia que todo tempo o espírito dos meninos acompanhava tudo.   Nas paradas em outros portos na Europa também os cientistas expunham seus achados.  Valência, Tarragona, Barcelona, Lyon, Alsacia e depois, já no rio Reno, Estrasburgo até chegar na capital da Baviera.

         Capítulo XI   página 45

         A autora cita um trecho do ano 1577 de Jean Levy descrevendo os índios da América:   “de corpo pintado, coxas e pernas riscadas de preto com suco de jenipapo”.     Descrição por Martius e Spix de 1823:

 

         Continua no capítulo 05/12

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