capítulo 09/12
Em 2009 a artista Mirtha Monge pintou as figuras de Iñe-e e
Juri e expos num parque da cidade de Munique.
No tempo do nazismo muita gente foi presa por resistir
contra o mesmo na Alemanha. “Schmorell,
um dos fundadores da Rosa Branca, a resistência alemã aos horrores do nazismo”. Isso quando o nazismo estava provocando o
extermínio de judeus. Muitos da
resistência foram mortos.
Capítulo VIII página
109
Josefa é descendente de Iñe-e. Pela gravura
...”ela olha a menina e é seu próprio rosto que vê”. Josefa sente um aperto no peito.
Sonhava com a ancestral indígena e sentia vontade de ir
visitar a avó em Belém do Pará. Mas não
iria porque saiu de casa para não retornar e para não rever o pai e virar uma
página da vida.
Josefa de impulso compra uma passagem para Munique para coletar
mais dados para seu estudo do caso das crianças índias.
Após a morte da menina Iñe-e, a rainha da Baviera encomenda
uma placa de bronze com a imagem dela e de Juri para colocar no túmulo dos dois
indígenas em Munique.
A rainha inclusive foi no enterro de Iñe-e. “O trabalho da natureza, constante e
humilde, devolvendo ao pó o que do pó era feito, não abre espaço para qualquer
questionamento”.
A rainha triste porque perdeu a filha pequena fazia pouco
tempo e logo em seguida, os dois meninos índios morrem também.
Terminado o sepultamento de Iñe-e, a rainha olha para os
olhos vermelhos dos cientistas Martius e Spix e pergunta rispidamente: “Afinal, foi para isso que vocês os trouxeram?”.
A rainha sabia que todos ali tinham alguma culpa, inclusive
a família real. Dar um sepultamento
digno era uma forma de aliviar a
consciência dos culpados.
Capítulo X página 115
Josefa em Munique visitando os lugares onde viveu Iñe-e por
uns tempos. Compra uma gravura dos
dois indígenas. Olha a gravura e se
enxerga nela. Ao olhar... “é ela que os adota, que é ela que neles se
reconhece”.
Josefa em suas pesquisas chega até o local e ao ver as gravuras,
foi como se tivesse uma reunião familiar.
...”pela primeira vez na vida parece se sentir à vontade consigo mesma”.
A tribo miranha (de Iñe-e) viveu na margem do Rio Japurá no
estado do Amazonas.
...”se sente cheia de energia e coragem para iniciar um novo
capítulo de sua vida”. ...”se manter
em pé sobre si mesma...” “Um caminho
imperfeito, no entanto, é só seu”.
Etapa 3 do livro
Cita o índio escritor e ativista atual, Davi Kopenawa em seu
livro A Queda do Céu:
“Sabemos que os mortos vão se juntar aos fantasmas dos
nossos antepassados nas costas do céu, onde a caça é abundante e as festas não
acabam”.
Depois segue a narrativa da autora:
“Onça gosta de rio e de sombra de árvore. O mundo era uma árvore. “Árvore de toda a vida, assim se chamava”. Era assim e dou fé.
“Do alto daquela árvore nasceu o primeiro céu e o sol e a
lua e todas as estrelas, porque o alto é que dá fruta”.
“Do alto da árvore nasceu também a Onça Grande, Tapai Uu, o
corpo dela feito de brasa das estrelas”.
Continua no
capítulo 10/12
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