Capítulo 06/12
... “1889 no Rio de
Janeiro, queda de Dom Pedro II e a vinda da república. Soldados e armas. ...”suas lâminas e armas de fogo sempre a
postos, pairando ao longo dos tempos sobre a cabeça do povo”.
...”todo castelo guarda em si túmulo e prisão”.
No Castelo do rei que encomendou a expedição. “Há ainda as gentes presas nos quadros das
paredes”. ... “os espelhos a
multiplicar os corpos...”
Página 67
Os meninos indígenas foram apresentados ao rei no
palácio. Muitos curiosos também no
salão. Um homem que tem contato com os
cientistas analisa os dois meninos, inclusive tocando-os, abrindo e examinando
a boca deles etc.
Capítulo XVII – página 69
Martius e Spix desembarcaram para a expedição no Porto do
Rio de Janeiro, vindos de carona com a comitiva da Princesa Leopoldina, isto em
14-07-1817. (a família real veio para o
Brasil em 1808)
Os pesquisadores viram na cidade do Rio de Janeiro uma face
de civilização, mas a quantidade de negros escravizados transitando pelas ruas
em suas atividades de trabalho diversas chamaram a atenção dos cientistas.
Na época o transporte de cargas mesmo na cidade portuária do
RJ era comumente feito com tração animal.
Carros de boi e carroças com burros.
Os cientistas numa comitiva viajando a cavalo pela Serra do
Mar entre o Rio e São Paulo.
Escrevem: “Diante de tanta
riqueza de formas, não temos mãos e olhos suficientes para realizar nosso
trabalho”.
...após apresentarem os meninos ao rei na Alemanha... “agora tudo deve ser celebração pelo regresso,
prestação de contas e, é claro, um pouco de gloria”. “Mas neste momento, por um átimo, seu
olhar cruza com Iñe-e. E uma sombra
anuvia seu pensamento”. (te-la como escravizada)
Capítulo XVIII – página 72
Os meninos do castelo perto do Rio Isar na Baviera. Ela já não mais compreende a voz do rio. “Sente terrível falta da maloca, do
cotidiano perdido... da pele morna da
mãe”.
“Não sente fome, sono, vontade de nada”.
As filhas do rei tentam brincar com os indígenas, como se
estes fossem brinquedos. Iñe-e vê
bonecas e são muito estranhas para ela.
Já na primeira semana, batizam com o padre os dois meninos.
Iñe-e agora é Isabella e Juri é Johann. O rei se chama Maximiliano I da Baviera.
Iñe-e é do povo Miranha e Juri da tribo Juri (tribos
inimigas).
Capítulo XIX – página 74
Em 1821 o pessoal assistindo na Alemanha a peça de Schiller,
peça A Donzela de Orleans, sobre Joana D´Arc.
A rainha era casada com um parente que já era viúvo e pai de quatro
filhos. Ele, o rei da Baviera.
Ela, a rainha, tinha o hábito de anotar coisas.
Anotou o que o rei adquiriu da expedição de Martius e
Spix: 350 aves, 85 mamíferos, 2.700
insetos, 6.500 plantas e duas crianças.
A rainha percebeu que não eram bom para seus filhos ficarem
interagindo com os dois indígenas e também não seria bom para estes
últimos. Pediu ao rei e ele atendeu –
para que os meninos fossem entregues aos cuidados de Spix.
A rainha perde uma criança nova e na sua dor, presume a dor
das mães dos indígenas que foram escravizados e estavam ali com eles. Ficou muito mal e se lembrou das palavras
finais da Donzela de Orleans da peça de teatro:
“Adeus,
colinas, campos que eu amava”
Adeus, sereno vale, adeus”
Adeus, pois nunca mais virei pisar teu chão”...
Joana vai, não volta nunca mais”.
Próximo capítulo 07/12
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