BIOGRAFIA CLARICE LISPECTOR - FINAL
Como já
disse nos capítulos anteriores, a Biografia da Clarice Lispector, de autoria de
Benjamin Moser, é um livro volumoso, mas de grande qualidade e diversidade de
informação. Dos apontamentos que fui fazendo ao longo da leitura,
daquelas partes que mais me chamaram a atenção, notei que dava para fazer
comentários sobre um pouco do pensamento da Clarice, um tanto do Brasil na
época e finalmente, destaquei o lado que o autor realça o povo judeu, afinal o
autor e Clarice pertencem ao povo judeu e essa condição se reflete naturalmente
na obra. Vamos à síntese do que anotei:
(Página 23)
Na Ucrânia onde nasceu Clarice, Stalin matou muita gente e depois Hitler
também fez o mesmo, para a dor daquele sofrido povo. Era a região
que tinha a maior concentração de judeus do mundo. Clarice
nasceu na cidade de Tchechelnik.
(p.27) Os
judeus costumavam ter muitos filhos, pois preceitos religiosos deles não eram
compatíveis com o controle da natalidade.
(p.28) Por
lei, na Ucrânia da época, os judeus não podiam ter terras e viviam em seu país
como se fossem estrangeiros.
(135) Nas
Guerras Mundiais, praticamente o mundo todo fechou as portas para os imigrantes
judeus.
(p.166)
Para todos os lugares onde os judeus migraram, já na segunda geração eram
classe média, visto que sempre foram dedicados inclusive aos estudos.
Sionismo - movimento dos judeus visando ao retorno à terra
dos ancestrais.
(p.244) O
jornalista Samuel Wainer, que foi destaque no cenário brasileiro, era judeu
nascido na Bessarabia, que fazia parte da URSS. Ele foi
proprietário do Jornal Última Hora. Clarice, formada em
Direito, exerceu o jornalismo no Rio de Janeiro por bom tempo e foi até demitida
do Jornal do Brasil por ser judia.
(p.271) O
diplomata brasileiro Osvaldo Aranha teria assinado pela ONU em 29-11-47 o
documento de criação do Estado de Israel.
(304) O
empresário Adolpho Bloch, da Revista Manchete nasceu na Ucrânia e era judeu.
(p.327) O
empresário americano Henry Ford, segundo o autor, era um notório anti-semita.
Conclusão:
o meu hábito de anotar o que achei de mais relevante em todos os livros que
leio me fornece uma síntese interessante. Ao ler e reler esta
síntese, reforço o conhecimento das passagens de destaque que permitem uma
reflexão boa.
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