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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

CAP. 31/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V CUNHA - Editora Voo - ano 2020

CAP. 31/35 

 Nilima Bhat    - indiana   -       A força do shakti; 

Ela escreveu o livro Liderança Shakti – O Equilíbrio do poder feminino e masculino nos negócios”.    Escreveu em conjunto com Raj Sisodia, um dos fundadores do Movimento Capitalismo Consciente.

“O objetivo do seu trabalho é colaborar com a restauração e reconciliação, principalmente, da dimensão feminina em homens e mulheres, fazendo os lideres genuinamente mais cooperativos, criativos e inclusivos.   Essas são as características do shakti”.

“É um livro que não cria um vilão de gênero.   Está destinado a curar as relações”.    Ela tem feito retiros em muitas regiões dentro dessa missão.

 

Bate papo com Nilima Bhat

Yoga e liderança.    “Um líder consciente nada mais é que um yogi”   O livro dela foi lançado em 2016.   Em 2016 Trump foi eleito.   A Marcha das mulheres foi em janeiro de 2017 e o movimento do #MeToo começou.  “Então o livro tinha que chegar naquele momento, não só para ajudar as mulheres a encontrar sua voz e poder, mas também para serem ousadas e se curarem”.

As empresas também estão investindo mais em formação e inclusão. “Na Índia há um grande movimento contra o assédio sexual no trabalho”.

“... desenvolver inteligência espiritual e emocional”.   Ela finaliza sua fala:

“O momento é agora, pois precisamos de líderes conscientes para nos tirar da nossa crise planetária”.

 

 

Outro Humano de Negócios   -   Raj Sisodia  (indiano)

Uma ponte entre opostos

Residia nos USA em 2007.   Visita a empresa texana chamada Whole Foods Market e se propõe a vender alimentos saudáveis.   Tornou-se líder mundial em vendas de alimentos naturais e orgânicos.

Um dos fundadores da empresa – John Mackey.   Ele escreveu o livro Empresas Humanizadas.

Raj tem uma série de cursos de alto nível realizados na Índia e nos USA.   Se dedica à vida acadêmica desde a década de 1980.

Raj nasceu em família de posses e de elevada casta.   O pai de Raj conseguiu cursar Agronomia no ocidente.    No tempo da infância de Raj era comum os patrões baterem nos empregados na Índia.   Raj estranhava muito isso.

Adulto, formado, atuando em marketing e principalmente na vida acadêmica pesquisando e dando aulas.   Um dia seu mentor disse que ele deveria focar mais no que estava sendo bom no marketing de empresas e ele fez isso e se aceitou.

No tempo de jovem, foram morar nos USA, nos agitados anos 60.  Guerra do Vietnã, movimento de luta pela paz, assassinato de Martin Luther King, atentado contra o candidato Robert Kennedy, rebeliões, protestos e até o homem chegando à lua.

Raj já vinha de experiência com empresas que buscavam algo mais que o lucro apenas.    Encontra em John e seu empreendimento, alguém com visão similar.    John chamava de Capitalismo Consciente.   Esse termo foi criado anos antes por Muhammad Yunus, fundador do Gramenn Bank, ganhador de Premio Nobel com sua ação no mundo do microcrédito num país asiático pobre e populoso  - Bangladesh.

“A lente apurada de Raj captou outro aprendizado, que se tornou uma fonte de estudo.   Com esses trabalhos eu observei a ascensão dos valores femininos na sociedade e no mundo.    As empresas conscientes refletem mais valores femininos porque tratam de compaixão, de carinho, de inclusão social”.

 

Bate papo com Raj Sisodia

Raj, o mais velho dos três irmãos.   Raj era mais sensível do que o pai esperava para a vida na aldeia.   O pai atirava e deu uma arma para ele aprender a usar.   Ele não gostava de atirar.   No tempo de casar, o pai queria escolher a noiva da região para ele e ele recusou.   Romperam relações por anos e ele buscou se reencontrar com suas ideias.   Se dedicou bastante aos estudos.

Sobre mudanças no mercado, ele avalia que o setor mais difícil de olhar para o lado mais humano é o setor financeiro.

“É um obstáculo para que as empresas se tornarem mais conscientes”.  Muitas empresas nos USA estão fechando o capital, tornando-se privadas.   “O número de empresas americanas listadas na bolsa caiu pela metade entre 1996 e 2012.   Ele avalia que isso não é bom, porque havendo mais empresas de capital aberto, há mais chance de se investir.   “Precisamos de um mercado vibrante”.

Ele critica os fundos e investidores que buscam resultado de curto prazo que ficam procurando galinha morta no mercado  para comprarem e “reestruturarem”, buscando ganhar dinheiro rápido a qualquer custo.

Contra esse comportamento, cogita-se de se criar uma Bolsa de valores para negócios de longo prazo.    As empresas que nela operassem, poderiam ter planejamentos de longo prazo.   Nessa potencial bolsa, as ações poderiam ter o voto proporcional ao tempo que o investidor mantem consigo as ações.

Ele vê no mercado surgirem mais empresas com propósito (olhando também o social), principalmente criadas por jovens empreendedores.

“Essa é a tendência”.    Ele escreveu o livro – “Empresas que curam...”   Cita 25 casos de empresas que foram se  desvencilhando de práticas do passado e seguindo rumo ao capitalismo consciente.   Podem servir de exemplo a outras empresas.      “Nosso movimento está ganhando força, já está em dezoito países e continua crescendo”.

Final do depoimento de Raj Sisodia

         Continua o fichamento em outro capítulo