CAP. 31/35
Nilima Bhat - indiana - A força do shakti;
Ela escreveu o livro Liderança Shakti – O
Equilíbrio do poder feminino e masculino nos negócios”. Escreveu em conjunto com Raj Sisodia, um
dos fundadores do Movimento Capitalismo Consciente.
“O objetivo do seu trabalho é colaborar com a
restauração e reconciliação, principalmente, da dimensão feminina em homens e
mulheres, fazendo os lideres genuinamente mais cooperativos, criativos e
inclusivos. Essas são as
características do shakti”.
“É um livro que não cria um vilão de
gênero. Está destinado a curar as
relações”. Ela tem feito retiros em
muitas regiões dentro dessa missão.
Bate papo com Nilima Bhat
Yoga e liderança. “Um líder consciente nada mais é que um
yogi” O livro dela foi lançado em
2016. Em 2016 Trump foi eleito. A Marcha das mulheres foi em janeiro de 2017
e o movimento do #MeToo começou. “Então
o livro tinha que chegar naquele momento, não só para ajudar as mulheres a
encontrar sua voz e poder, mas também para serem ousadas e se curarem”.
As empresas também estão investindo mais em
formação e inclusão. “Na Índia há um grande movimento contra o assédio sexual
no trabalho”.
“... desenvolver inteligência espiritual e
emocional”. Ela finaliza sua fala:
“O momento é agora, pois precisamos de líderes
conscientes para nos tirar da nossa crise planetária”.
Outro Humano de Negócios -
Raj Sisodia (indiano)
Uma ponte entre opostos
Residia nos USA em 2007. Visita a empresa texana chamada Whole Foods
Market e se propõe a vender alimentos saudáveis. Tornou-se líder mundial em vendas de
alimentos naturais e orgânicos.
Um dos fundadores da empresa – John
Mackey. Ele escreveu o livro Empresas
Humanizadas.
Raj tem uma série de cursos de alto nível
realizados na Índia e nos USA. Se
dedica à vida acadêmica desde a década de 1980.
Raj nasceu em família de posses e de elevada
casta. O pai de Raj conseguiu cursar
Agronomia no ocidente. No tempo da
infância de Raj era comum os patrões baterem nos empregados na Índia. Raj estranhava muito isso.
Adulto, formado, atuando em marketing e
principalmente na vida acadêmica pesquisando e dando aulas. Um dia seu mentor disse que ele deveria
focar mais no que estava sendo bom no marketing de empresas e ele fez isso e se
aceitou.
No tempo de jovem, foram morar nos USA, nos
agitados anos 60. Guerra do Vietnã,
movimento de luta pela paz, assassinato de Martin Luther King, atentado contra
o candidato Robert Kennedy, rebeliões, protestos e até o homem chegando à lua.
Raj já vinha de experiência com empresas que
buscavam algo mais que o lucro apenas.
Encontra em John e seu empreendimento, alguém com visão similar. John chamava de Capitalismo
Consciente. Esse termo foi criado anos
antes por Muhammad Yunus, fundador do Gramenn Bank, ganhador de Premio Nobel
com sua ação no mundo do microcrédito num país asiático pobre e populoso - Bangladesh.
“A lente apurada de Raj captou outro
aprendizado, que se tornou uma fonte de estudo. Com esses trabalhos eu observei a ascensão
dos valores femininos na sociedade e no mundo. As empresas conscientes refletem mais
valores femininos porque tratam de compaixão, de carinho, de inclusão social”.
Bate papo com Raj Sisodia
Raj, o mais velho dos três irmãos. Raj era mais sensível do que o pai esperava
para a vida na aldeia. O pai atirava e
deu uma arma para ele aprender a usar.
Ele não gostava de atirar. No
tempo de casar, o pai queria escolher a noiva da região para ele e ele recusou. Romperam relações por anos e ele buscou se
reencontrar com suas ideias. Se dedicou
bastante aos estudos.
Sobre mudanças no mercado, ele avalia que o
setor mais difícil de olhar para o lado mais humano é o setor financeiro.
“É um obstáculo para que as empresas se
tornarem mais conscientes”. Muitas
empresas nos USA estão fechando o capital, tornando-se privadas. “O número de empresas americanas listadas na
bolsa caiu pela metade entre 1996 e 2012.
Ele avalia que isso não é bom, porque havendo mais empresas de capital
aberto, há mais chance de se investir.
“Precisamos de um mercado vibrante”.
Ele critica os fundos e investidores que
buscam resultado de curto prazo que ficam procurando galinha morta no
mercado para comprarem e
“reestruturarem”, buscando ganhar dinheiro rápido a qualquer custo.
Contra esse comportamento, cogita-se de se
criar uma Bolsa de valores para negócios de longo prazo. As empresas que nela operassem, poderiam
ter planejamentos de longo prazo. Nessa
potencial bolsa, as ações poderiam ter o voto proporcional ao tempo que o
investidor mantem consigo as ações.
Ele vê no mercado surgirem mais empresas com
propósito (olhando também o social), principalmente criadas por jovens
empreendedores.
“Essa é a tendência”. Ele escreveu o livro – “Empresas que
curam...” Cita 25 casos de empresas que
foram se desvencilhando de práticas do
passado e seguindo rumo ao capitalismo consciente. Podem servir de exemplo a outras
empresas. “Nosso movimento está
ganhando força, já está em dezoito países e continua crescendo”.
Final do depoimento de Raj Sisodia
Continua o fichamento em outro capítulo
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