CAP. 34/35
O ambiente geral é de
polarização nestes tempos. Eisenstein
aposta na contracultura generosa, com uma boa dose de empatia, para acalmar a
disputa e resgatar a convivência. “A
empatia gera a criatividade e dá origem a uma comunicação hábil”. “Eu posso usar o humor ou apreciação ou
contar verdades duras com amor”. “Não é
fácil o tempo todo”.
“Quando as pessoas sentem
que você não está atacando, que você não está julgando, elas se tornam mais
abertas a ouvir. E uma maneira de atacar
o julgamento é tentar sobrecarregar alguém com força intelectual. Tentamos destruir a sua existência com mais
evidência, mais lógica, que muitas vezes só acionam no outro, mecanismos de
defesa”.
“O que faz as pessoas se
sentirem conectadas é quando elas experimentam generosidade ou testemunhar
generosidade, porque na economia normal todo mundo está preocupado apenas
consigo”.
“Todo mundo está tentando
conseguir o melhor negócio”.
...”quando alguém é
generoso com você, isso lhe dá um ponto de vista que não se encaixa neste
mundo”. ...”quando você experimenta a
generosidade ou mesmo vê alguém sendo generoso, você se sente mais à vontade,
mais seguro”. E sente vontade de ser
também mais generoso.
Bate papo com Charles
Eisenstein
Propósito numa
empresa. Geralmente na missão das
empresas tem enunciados que vão além de falar em busca do lucro em si. Mas no dia-a-dia, a missão é meio que
deixada de lado.
Por que as pessoas buscam
uma riqueza que objetivamente nem precisam?
“Acho que estamos todos
muito pobres. Fomos privados de coisas
que tornam a vida rica, por exemplo, conexões íntimas com a comunidade e com a
natureza, um sentimento de pertencer ao mundo”.
“No Brasil, notei como
todas as casas ricas tem portões de arame farpado e sistemas de segurança ao
seu redor”. Isso não é riqueza. Riqueza é você se sentir seguro. E, ironicamente, em algumas favelas, as
pessoas tem mais riqueza. As crianças
corriam por toda parte – seu território em toda a favela.
“Consumismo e posses são
uma tentativa de compensar as conexões que perdemos”. É por isso que quando
alguém vive uma forte experiência religiosa ou espiritual, geralmente abandona
sua ambição simplesmente por redescobrir essa conexão que foi perdida. Aí já não é necessário compensar mais”.
“No futuro, teremos
incentivos, vai custar muito caro poluir e quem hoje polui menos vai ter muita
vantagem, por exemplo.
Isso ainda não aconteceu,
mas, se existe um futuro, terá que ser assim.
A alternativa a isso é um planeta morto.
NOTA – este foi o depoimento do último Humano de Negócios a participar
deste livro que tem suas 420 páginas de puro conteúdo ao meu ver. Seguirá o capítulo final com mais uns
comentários de um colaborador e o desfecho do autor. (o próximo livro dos fichamentos será
sobre a escalada do pico Everest – livro No Ar Rarefeito – autor – montanhista,
jornalista e escritor Jon Krakauer).
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