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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

CAP.25/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re)humanizando o capitalismo - Autor: RICARDO V CUNHA - Editora Voo - ano 2020

CAP. 25/35

CAPÍTULO 25/35 - fichamento do livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - autor: RICARDO V CUNHA

Ouro entrevistado - JEAN-CLAUDE RAMIREZ - "A agonia da bifurcação"

Ele, detentor de quatro graduações universitárias e uma carreira na pesquisa. Se casa com Roberta Civita, filha do Civita da Editora Abril Cultural. Estavam morando nos USA e ela queria ter os filhos no Brasil e se mudaram para cá.

Aqui o país não aplica quase nada em pesquisa e ele não tinha como dar sequência em suas pesquisas. Tinha que criar novos rumos para sua carreira. Ele é filho de pai hondurenho e mãe argentina e teve um casamento anterior nos USA. Ele nasceu na Suiça. Chegou no Brasil em 1997 quando nossa economia estava bem tumultuada.

A complexidade de ser consultor para grandes empresas. Ajudar os executivos destas a melhorarem o desempenho das empresas. Em duas décadas de trabalho chegou ao topo de uma empresa renomada em consultoria.

Bate papo com Jean-Claude Ramirez - É da natureza do consultor ensinar e ao mesmo tempo aprender. Não é incomum os consultores se tornarem sócios da empresa à qual presta serviços. ..."Temos economias e geografias em etapas muito diferentes de desenvolvimento, Talvez economias mais avançadas achem que tem o direito de falar às menos avançadas sobre os problemas que estão causado, mas se esquecem que já passaram por esse ciclo"...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................Outro Humano de Negócios:

JAYME GARFINKEL (da Seguradora Porto Seguro) - "Rumo ao campanário". Jayme é paulistano. O pai dele, Abrahão, nasceu na Ucrânia. O pai trabalhou muitos anos na Bradesco Seguros e depois comprou a Porto Seguro que na época era pequena. A esposa de Abrahão ajudava a equipe na seguradora e ela é graduada em Engenharia Química na POLI Escola Politécnica da USP. A família de Jayme é de origem judia. Jayme nasceu em 1946, um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial. Desde criança ouvia falar do que ocorreu no holocausto na Europa e ficava indignado porque os vizinhos dos que estavam sendo exterminados nada fizeram para que isso não ocorresse.

Agora, estabelecido no bairro Morumbi em SP perto da grande favela de Paraisópolis, sentia que teria que fazer alguma coisa em prol daquela comunidade. Sentia que não podia ignorar aquilo ao lado de onde há a enorme favela em São Paulo. Um dia se preparou e foi assistir uma palestra sobre violência urbana e visitou uma prisão e passou a conversar com pessoas que interagiam com o tema, inclusive contatos com o Dr. Drauzio Varella que tem vasta experiência no setor carcerário. Paralelo a isso, investiu numa firma emergente em Piracicaba-SP que atua no desenvolvimento de produtos de origem biológica para controle de pragas em lavouras. Ficou impressionado com a motivação da equipe que trabalha nesse setor na empresa que está dentro do conceito de trabalhar com o meio ambiente, buscando não agredi-lo. Voltando à pauta da segurança pública em São Paulo, ele entrou em contato com Solange Senese que há treze anos é ativista no tema do sistema prisional. Ele passou a apoiar ações no setor, inclusive para a busca da ressocialização e busca de treinamento e emprego aos egressos dos presídios. O Brasil tem atualmente uma das maiores populações carcerárias do mundo. O Monitor da Violência levanta dados com o NEV Núcleo de Estudos da Violência. Alto índice de reincidência que resulta em nova prisão do detento, de forma sucessiva. Ao redor de 75% dos casos. O preso cumpre pena, é solto, não tem preparo para emprego e portas não se abrem para ele e volta a delinquir e ser preso.

Jayme e Solange criaram em 2015 o Instituto Ação Pela Paz. O foco atual do Instituto é evitar a reincidência do preso. Jayme se sente energizado estando acompanhando, além dos seus negócios, suas ações no Terceiro Setor.

A partir de 2019 Jayme optou por deixar a presidência da Porto Seguros. Passou o bastão para o filho Bruno. Ele disse que parar seria deixar de ter um propósito e que é interessante ter o próprio propósito para dar um sentido à vida.

O propósito não precisa ser de natureza econômica. "Eu tenho vários interesses que me absorvem e espero poder fazer desta etapa um segmento da vida com desafios e emoções, mas com calma para pensar e entender melhor a vida".

Bate papo com Jayme Garfinkel

Pergunta a ele: "O que é sucesso?" Ele responde: "O que é sucesso? Aparecer na revista Caras rindo? A escala de valores do mundo ocidental está errada. Estamos num consumismo estúpido em que as pessoas estão sem propósito".

O que fazer, pergunta o autor: Resposta: "Cada um tenta fazer sua parte para mudar isso. Não dá para não fazer nada.

Ele é ateu. Ele usa na sua fala final algo do livro de Jean-Paul Sartre, livro A Idade da Razão.

continua no capítulo seguinte com outro Humano de Negócios. 

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