CAP. 26/35
Outro Humano de Negócios: DANIEL IZZO
“Coragem de jogar tudo para o alto”
Ele é paulistano. Atuou por bom tempo na Johnson &
Johnson. Chegou deixar a empresa uns
tempos quando atuou no Submarino que atua via internet. Voltou em seguida para a J &J. Atuou mais em marketing.
No Brasil, o protetor solar da J&J
Sundown responde com quase 1/3 do lucro da companhia.
Daniel era um sucesso no mundo
corporativo mas ... “nunca em encaixei bem na parte comportamental”. Pediu demissão da J&J para ir cursar
MBA no Canadá para ficar perto da namorada.
Lá ele se sintonizou com o conceito de Sustentabilidade social,
econômica e ambiental.
...” e por projetos ligados à
preservação da natureza e à distribuição de riquezas”.
Voltou depois para a J&J mas não no
marketing e sim no RH Recursos Humanos.
Mas antes disso, fez um mochilão de quatro meses percorrendo Vietnã,
Nepal, Tibete e Tailândia. O desafio
de viver de mochila... “Eu percebi que
podia viver desse jeito. Aprendi muito
sobre desapego de bens materiais como de relações”.
No setor de RH da J&J não se achou
e ficou muito frustrado.
Ele, filho de um engenheiro mecânico, o
primeiro engenheiro da família. A mãe
fez arquitetura na FAU Fac de Arquitetura e Urbanismo da USP. Ela nunca exerceu essa profissão. Bem depois de criar os filhos, ela voltou à
USP e fez Direito.
Ele, filho mais velho foi bastante
cobrado nos estudos pelo pai, cuja família vivia com orçamento apertado.
Daniel, quando estudante da FGV
Faculdade Getúlio Vargas e namorando, foi buscar uma vaga de trainee e
conseguiu na disputada J&J. Em 1999
deixou esta empresa e foi para a Submarino.
A Submarino foi criada pelo GP Investimentos de propriedade de Jorge Paulo
Lemann (das cervejas), Telles e Beto Sicupira. Depois veio o estouro da bolha da internet
e a redução de quadros na Submarino.
Retornou para a J&J.
Lá adiante, atuando no departamento de
RH da J&J, já tinha estudado
empreendedorismo social e não via viabilidade naquilo.
Ele foi implantar um projeto na J&J
em venda direta de produtos para a área de saúde em comunidades carentes
cariocas. No decorrer do projeto notou
que já não era celebrado dentro da empresa como nos tempos de atuação na área
de Marketing, na qual fez sucesso total.
Traduziu livros de Terceiro Setor e se
associou a projetos ligados à comercialização de artesanatos. Caso do Impacto Hub.
Em 2008 ele notou que havia desafio de
gestão e formas de captar recursos para projetos sociais. Ele afirma que viu naquela oportunidade seu
novo caminho. Diz: “Pensei:
é isso que vou fazer da minha vida”.
...”apoiar negócios sociais. Nestas, ...”simplesmente não há espaço para
hesitação ou vacilo”.
Ele criou em 2009 a Vox Capital que se
tornou a primeira gestora de investimentos de impacto do Brasil. Ele tem sócios na Vox Capital.
Ele diz: “...é o caminho onde dinheiro e propósito se
encontram”.
A Vox traz às Ongs os dois fatores:
estrutura organizacional e de gestão. “Hoje menos de uma década depois de fundada,
a Vox contabiliza mais de cinco mil negócios analisados e investimentos em 23
com impacto em 7,2 milhões de pessoas”.
Há entre os projetos implantados desde
microcrédito no interior do Nordeste, até cartão pré pago de saúde. Tem reconhecimento internacional.
Bate papo com Daniel Izzo
Nas perguntas, o autor lembra o quadro
atual do Brasil com milhões de desempregados e desalentados. Consta que somos
“o país com o maior número de casos de depressão e ansiedade do mundo...”
Daniel diz: ...”foi uma força enorme em mim. Para quem está em crise e quer mudar, eu
sugiro fazer uma busca dentro da alma para achar algo que te deixa apaixonado,
que te mobiliza, para então ir atrás disso”.
Alerta: “Nossa sociedade valoriza muito o ter, a
grana”. Essa pressão da sociedade de
certa forma afeta de algum grau mesmo quem empreende na área social. Um dos projetos que ele destaca pelos
resultados é o investimento no Diaspora.black, um serviço de hospedagem como o
Airbnb, tudo pela internet, porém focado na cultura negra.
Comumente no mercado há chance de
investimentos para investidores que dispõem de elevado capital. Já no caso da Diaspora.black, conseguiram
formatar sistema em que a partir de R$.1.000,00
a pessoa já pode ser investidor na mesma.
Futuro que ele vê no mundo do
trabalho. Cresce a especialização da
mão de obra e cresce a dependência de quem faz as coisas básicas como
consertos, reparos, preparo de alimentos etc.
“Acredito que voltaremos para coisas
mais básicas, como plantar a própria comida, fazer coisas que nos tragam mais
autonomia e nos façam depender menos do dinheiro”.
Fim deste capítulo. Vem outros...
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