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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

CAP. 26/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V CUNHA - Editora Voo - ano 2020

 CAP. 26/35

         Outro Humano de Negócios:   DANIEL IZZO

         “Coragem de jogar tudo para o alto”

        

         Ele é paulistano.   Atuou por bom tempo na Johnson & Johnson.    Chegou deixar a empresa uns tempos quando atuou no Submarino que atua via internet.    Voltou em seguida para a J &J.    Atuou mais em marketing.

         No Brasil, o protetor solar da J&J Sundown responde com quase 1/3 do lucro da companhia.

         Daniel era um sucesso no mundo corporativo mas ... “nunca em encaixei bem na parte comportamental”.    Pediu demissão da J&J para ir cursar MBA no Canadá para ficar perto da namorada.   Lá ele se sintonizou com o conceito de Sustentabilidade social, econômica e ambiental.

         ...” e por projetos ligados à preservação da natureza e à distribuição de riquezas”.

         Voltou depois para a J&J mas não no marketing e sim no RH Recursos Humanos.   Mas antes disso, fez um mochilão de quatro meses percorrendo Vietnã, Nepal, Tibete e Tailândia.    O desafio de viver de mochila...   “Eu percebi que podia viver desse jeito.   Aprendi muito sobre desapego de bens materiais como de relações”.

         No setor de RH da J&J não se achou e ficou muito frustrado.

         Ele, filho de um engenheiro mecânico, o primeiro engenheiro da família.   A mãe fez arquitetura na FAU Fac de Arquitetura e Urbanismo da USP.   Ela nunca exerceu essa profissão.   Bem depois de criar os filhos, ela voltou à USP e fez Direito.

         Ele, filho mais velho foi bastante cobrado nos estudos pelo pai, cuja família vivia com orçamento apertado.

         Daniel, quando estudante da FGV Faculdade Getúlio Vargas e namorando, foi buscar uma vaga de trainee e conseguiu na disputada J&J.   Em 1999 deixou esta empresa e foi para a Submarino.   A Submarino foi criada pelo GP Investimentos de propriedade de Jorge Paulo Lemann (das cervejas), Telles e Beto Sicupira.     Depois veio o estouro da bolha da internet e a redução de quadros na Submarino.     Retornou para a J&J.

         Lá adiante, atuando no departamento de RH da J&J,  já tinha estudado empreendedorismo social e não via viabilidade naquilo.

         Ele foi implantar um projeto na J&J em venda direta de produtos para a área de saúde em comunidades carentes cariocas.    No decorrer do projeto notou que já não era celebrado dentro da empresa como nos tempos de atuação na área de Marketing, na qual fez sucesso total.

         Traduziu livros de Terceiro Setor e se associou a projetos ligados à comercialização de artesanatos.   Caso do Impacto Hub.

         Em 2008 ele notou que havia desafio de gestão e formas de captar recursos para projetos sociais.   Ele afirma que viu naquela oportunidade seu novo caminho.    Diz:  “Pensei:  é isso que vou fazer da minha vida”.

         ...”apoiar negócios sociais.  Nestas, ...”simplesmente não há espaço para hesitação ou vacilo”.

         Ele criou em 2009 a Vox Capital que se tornou a primeira gestora de investimentos de impacto do Brasil.   Ele tem sócios na Vox Capital.

         Ele diz:   “...é o caminho onde dinheiro e propósito se encontram”.

         A Vox traz às Ongs os dois fatores: estrutura organizacional e de gestão.       “Hoje menos de uma década depois de fundada, a Vox contabiliza mais de cinco mil negócios analisados e investimentos em 23 com impacto em 7,2 milhões de pessoas”.

         Há entre os projetos implantados desde microcrédito no interior do Nordeste, até cartão pré pago de saúde.  Tem reconhecimento internacional.

        

         Bate papo com Daniel Izzo

         Nas perguntas, o autor lembra o quadro atual do Brasil com milhões de desempregados e desalentados. Consta que somos “o país com o maior número de casos de depressão e ansiedade do mundo...”

         Daniel diz:   ...”foi uma força enorme em mim.   Para quem está em crise e quer mudar, eu sugiro fazer uma busca dentro da alma para achar algo que te deixa apaixonado, que te mobiliza, para então ir atrás disso”.

         Alerta:   “Nossa sociedade valoriza muito o ter, a grana”.   Essa pressão da sociedade de certa forma afeta de algum grau mesmo quem empreende na área social.    Um dos projetos que ele destaca pelos resultados é o investimento no Diaspora.black, um serviço de hospedagem como o Airbnb, tudo pela internet, porém focado na cultura negra.

         Comumente no mercado há chance de investimentos para investidores que dispõem de elevado capital.   Já no caso da Diaspora.black, conseguiram formatar sistema em que a partir de R$.1.000,00  a pessoa já pode ser investidor na mesma.

         Futuro que ele vê no mundo do trabalho.   Cresce a especialização da mão de obra e cresce a dependência de quem faz as coisas básicas como consertos, reparos, preparo de alimentos etc.

         “Acredito que voltaremos para coisas mais básicas, como plantar a própria comida, fazer coisas que nos tragam mais autonomia e nos façam depender menos do dinheiro”.

         Fim deste capítulo.     Vem outros...