CAP. 02/10
Em casos
dos pioneiros quando nem sempre se usava todo equipamento, poderia ocorrer a
nifablepsia ou cegueira temporária pelo olhar na neve branca e sua reflexão.
Em 1953
(29-05-1953) o neozelandês Hillary em conjunto com o sherpa Tenzing foram os
dois primeiros a escalarem o Everest.
Foi na época da coroação da Rainha Elizabeth II, esta que foi coroada
dia 02-06-1953. Como a Nova Zelândia
era parte do império britânico, as comemorações se somaram nesse momento de
glória para os britânicos que ainda tinham recente o impacto da Segunda Guerra
Mundial que acabou em 1945.
O
pioneiro Hillary era um apicultor que também era adepto do alpinismo.
Jon
quando jovem tinha como sonho um dia escalar o Everest. Fala um pouco de como era ser montanhista no
seu tempo. “A cultura do montanhismo
era caracterizada por uma competição intensa e por um machismo
indisfarçável...”. “... a grande
preocupação da maioria dos seus integrantes era impressionar uns aos outros”.
....” o
prestígio vinha de se atacar a mais
impiedosa das rotas com o mínimo de equipamentos...” O mais celebrado era o “solista livre” – os
que subiam sozinhos, sem cordas nem ferramentas.
O
alpinista Bass foi o primeiro a conseguir escalar os “Sete Cumes” pelo mundo e
virou celebridade mundial. Os sete
cumes:
Everest
com 8.848 m.
Aconcágua
(América do Sul) com 6.959 m
McKinley
ou Denale – América do Norte – 6.l93 m
Kilimanjaro
– África – com 5.894 m.
Elbrus –
Europa – com 5.641 m
Maciço
Vison – Antártida – 4.897 m.
Koschiusko
na Austrália – 2.175 m
Em 1996
(ano em que Jon escalou o Everest) havia na ocasião 30 expedições na encosta do
Everest. Muitas destas com fins
comerciais.
O
governo do Nepal cobra uma taxa de cada expedição e uma taxa suplementar por
pessoa quando a expedição tem mais de nove integrantes.
Expedição
visa chegar ao topo mas nem todas chegam lá.
Comumente os alpinistas americanos processam os guias pelo insucesso, mas
os guias destacam que há incerteza no empreendimento.
Comumente
alguém dispende de recursos financeiros e dois meses para participar de uma
expedição ao Everest.
A
revista Outside pagou a taxa de 65.000 dolares para Jon ir numa expedição de
elite com mais chance dele chegar no topo da montanha. Ele já há quinze anos escrevia artigos para
a citada revista.
Na
escalada do Everest ele já estava com 41 de idade, o que já era uma idade acima
do ideal para esse tipo de façanha.
Nesse tempo ele estava casado e “vivendo acima da linha de pobreza” como
disse.
Nas
escaladas dele no passado não tinha chegado além de 5.240 m que é abaixo da
altura do acampamento base do Everest.
Até 1996
já eram 130 alpinistas mortos ao tentar escalar o Everest desde 1921. Proporção de uma morte para cada quatro que
conseguiam chegar ao topo. “Mas
descobri que os sonhos de infância custam a morrer”.
Capítulo
3 – Sobre o Norte da Índia -
29-03-1996. 9.144 m. (no voo)
No
sobrevoo à região Jon foi colado à janela olhando os picos da Cordilheira do
Himalaia. Chegou a avistar o Everest.
Imaginou
que seu voo estaria por rotina numa altitude não muito acima da altura do
Everest. O pouso do seu voo em um
Airbus 300 foi no aeroporto de Katmandu no Nepal.
Em
Katmandu, ruas cheias de riquixás puxados por bicicletas, principalmente
carregando turistas. (eu, leitor, andei
de riquixá na Índia num dos dez dias de passeio por lá antes da pandemia).
Nas
paredes do hotel Garuda, fotos e assinaturas de famosos alpinistas que por lá
passaram ao longo dos tempos.
Viu a
lista fixada no Hotel com a chamada Trilogia do Himalaia – os três mais
famosos: Everest, K2 e o Lhotse. Pela ordem de altura, a primeira, a segunda
e a quarta mais altas do mundo.
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