Parte V – Final – Fichamento do livro A Radiografia do Golpe – Jessé Souza
Página 80 – Herdamos da escravidão as injustiças sociais... além do cinismo e a indiferença.
A lógica do graúdo: “Desde que o $ entre no meu bolso, pouco me importa o arranjo social que torna isso possível. Não interessa também se é ditadura ou democracia.
Já a classe média que pode subir ou cair não pode ficar só nessa lógica.
81 – Quem atropela e mata um “sub humano” por aqui não é punido. Apoiar policiais que “limpem” as ruas.
Ajudar os pobres é taxado de “populismo barato”.
81 – O esforço do PT pela inclusão social. Nesse esforço teve poucos perdedores. E os capitalistas financeiros foram bem alimentados. Mas na política, frequentemente, os argumentos racionais não são os mais decisivos.
82 – Classe média não gostou de outros da classe mais baixa disputando espaço em shopping, voos, etc. Rolezinhos...
83 – Os de cima sempre implicavam até com o estilo simples do Lula. Falar de futebol, tomar uma cachacinha, etc. Preferem o estilo “europeizado” do FHC (culto, etc.)
Se acharem superiores e inclusive acharem que os outros “de baixo” votam mal, etc.
83 – O autor fala de racismo de classe. Antes, velada e após a esquerda governar, se tornou expressa.
Os donos da moralidade e a explicação dos da classe baixa votarem no PT.
84 – Classe média que toma sua dose diária de veneno midiático... não são tão inteligentes e racionais como se acreditam.
84 – Quando o PT subiu ao poder a mídia martelou sempre no voto dos “ignorantes”, desqualificando quem votou no PT. “Um voto menos legítimo...”
84 – Divisor para essa gente “superior”: Se alinhar com o discurso da corrupção. Ir contra os que não se “comovem” com a “corrupção”. Tenta-se legitimar a separação em relação ao “inferior”.
84 – A própria classe média tem alguns interesses racionais ou irracionais em acordo com a classe rica. Um exemplo é manter baixo o salário da classe baixa. Também em destruir o frágil estado de bem estar que a esquerda construiu em doze anos no poder.
85 – Ele(o autor) vê como um medo baseado no irracional da classe média achar que o pobre que começa a transitar pelos seus espaços sagrados (aeroportos, shoppings, et.) seja ameaça. Achar que o pobre iria disputar bons empregos e prestígio que é dos classe média. Disputar espaço.
85 – Ataque da mídia ao Lula e ao PT na verdade tem a ver com essa disputa racional ou irracional por espaço, prestígio.
85 – Combate seletivo à corrupção... pela mídia e pelo aparato do Estado...
85 – Se fosse para valer o combate à corrupção, iriam fazer mudanças institucionais sobre financiamento de campanha, sobre os partidos, etc. Mas só se focou no PT...
85 – Ele diz que a classe média embarcou nessa de combate à corrupção ( e o Fora PT) por puro ódio de classe.
86 – Classe média acha a bandeira do combate à corrupção se colocando como a guardiã da decência e da moralidade. Esse é o componente pró fascista do golpe.
Nos anos 20 e 30 na Europa o fascismo agiu pelo mecanismo semelhante de manipulação do povo.
86 – Surge do outro lado um juiz (o Moro) como líder carismático para empunhar a bandeira da moralidade. Era o que a classe média esperava. Promover a “higiene moral redentora do País”.
87 – O “Golpe legal” e a construção da Farsa (sub título)
O ovo da serpente. As manifestações manipuladas de junho de 2013. O MPL Movimento Passe Livre. Era uma questão municipal.
Em relação aos estudantes, o autor discorre sobre algo abordado em Pierre Bordieu, na chamada “inflação do diploma”. O fenômeno ocorreu na Europa depois da guerra. Os jovens tem mais acesso à universidade mas não conseguem empregos da forma que almejam. Gera descontentamento. Aqui teria ocorrido algo semelhante.
88 – A mídia como “partido político” do pessoal da grana, põe lenha na fogueira do descontentamento...
88 – Diz que Dilma de certa forma se alinhou com o discurso de combate à corrupção, que era um jogo de cartas marcadas e foi tragada pelos acontecimentos. Diz que ela acreditou na jogada da Lava Jato e sua “imparcialidade”.
88 – Historicamente no Brasil o “remédio” que os poderosos tem usado contra os governantes que não fazem o jogo deles é insuflar no povo o discurso da corrupção e seu combate.
89 – Ele fala do ”público cativo” desse sistema todo.
89 – Em 10-06-2013, a 1ª referência ao 13-06-13 teria sido negativa aos manifestantes. Fala de “tumultos”.
89 – O autor narra o 13-06-13 em São Paulo.
90 – PEC 37 era para disciplinar investigação da PF e Polícia civil... como se faz em países civilizados. Contrariou o pessoal do Ministério Público.
--------------------------------- Final do fichamento anotado. O restante do fichamento, até a página final (144) foi feito por anotação direto no livro e não cheguei a passar para o Word. O tema é tão relevante que o que se recomenda é dar uma pesquisada diretamente na fonte, o livro em si. É fundamental para entender o Brasil no aspecto social e político.
A lógica do graúdo: “Desde que o $ entre no meu bolso, pouco me importa o arranjo social que torna isso possível. Não interessa também se é ditadura ou democracia.
Já a classe média que pode subir ou cair não pode ficar só nessa lógica.
81 – Quem atropela e mata um “sub humano” por aqui não é punido. Apoiar policiais que “limpem” as ruas.
Ajudar os pobres é taxado de “populismo barato”.
81 – O esforço do PT pela inclusão social. Nesse esforço teve poucos perdedores. E os capitalistas financeiros foram bem alimentados. Mas na política, frequentemente, os argumentos racionais não são os mais decisivos.
82 – Classe média não gostou de outros da classe mais baixa disputando espaço em shopping, voos, etc. Rolezinhos...
83 – Os de cima sempre implicavam até com o estilo simples do Lula. Falar de futebol, tomar uma cachacinha, etc. Preferem o estilo “europeizado” do FHC (culto, etc.)
Se acharem superiores e inclusive acharem que os outros “de baixo” votam mal, etc.
83 – O autor fala de racismo de classe. Antes, velada e após a esquerda governar, se tornou expressa.
Os donos da moralidade e a explicação dos da classe baixa votarem no PT.
84 – Classe média que toma sua dose diária de veneno midiático... não são tão inteligentes e racionais como se acreditam.
84 – Quando o PT subiu ao poder a mídia martelou sempre no voto dos “ignorantes”, desqualificando quem votou no PT. “Um voto menos legítimo...”
84 – Divisor para essa gente “superior”: Se alinhar com o discurso da corrupção. Ir contra os que não se “comovem” com a “corrupção”. Tenta-se legitimar a separação em relação ao “inferior”.
84 – A própria classe média tem alguns interesses racionais ou irracionais em acordo com a classe rica. Um exemplo é manter baixo o salário da classe baixa. Também em destruir o frágil estado de bem estar que a esquerda construiu em doze anos no poder.
85 – Ele(o autor) vê como um medo baseado no irracional da classe média achar que o pobre que começa a transitar pelos seus espaços sagrados (aeroportos, shoppings, et.) seja ameaça. Achar que o pobre iria disputar bons empregos e prestígio que é dos classe média. Disputar espaço.
85 – Ataque da mídia ao Lula e ao PT na verdade tem a ver com essa disputa racional ou irracional por espaço, prestígio.
85 – Combate seletivo à corrupção... pela mídia e pelo aparato do Estado...
85 – Se fosse para valer o combate à corrupção, iriam fazer mudanças institucionais sobre financiamento de campanha, sobre os partidos, etc. Mas só se focou no PT...
85 – Ele diz que a classe média embarcou nessa de combate à corrupção ( e o Fora PT) por puro ódio de classe.
86 – Classe média acha a bandeira do combate à corrupção se colocando como a guardiã da decência e da moralidade. Esse é o componente pró fascista do golpe.
Nos anos 20 e 30 na Europa o fascismo agiu pelo mecanismo semelhante de manipulação do povo.
86 – Surge do outro lado um juiz (o Moro) como líder carismático para empunhar a bandeira da moralidade. Era o que a classe média esperava. Promover a “higiene moral redentora do País”.
87 – O “Golpe legal” e a construção da Farsa (sub título)
O ovo da serpente. As manifestações manipuladas de junho de 2013. O MPL Movimento Passe Livre. Era uma questão municipal.
Em relação aos estudantes, o autor discorre sobre algo abordado em Pierre Bordieu, na chamada “inflação do diploma”. O fenômeno ocorreu na Europa depois da guerra. Os jovens tem mais acesso à universidade mas não conseguem empregos da forma que almejam. Gera descontentamento. Aqui teria ocorrido algo semelhante.
88 – A mídia como “partido político” do pessoal da grana, põe lenha na fogueira do descontentamento...
88 – Diz que Dilma de certa forma se alinhou com o discurso de combate à corrupção, que era um jogo de cartas marcadas e foi tragada pelos acontecimentos. Diz que ela acreditou na jogada da Lava Jato e sua “imparcialidade”.
88 – Historicamente no Brasil o “remédio” que os poderosos tem usado contra os governantes que não fazem o jogo deles é insuflar no povo o discurso da corrupção e seu combate.
89 – Ele fala do ”público cativo” desse sistema todo.
89 – Em 10-06-2013, a 1ª referência ao 13-06-13 teria sido negativa aos manifestantes. Fala de “tumultos”.
89 – O autor narra o 13-06-13 em São Paulo.
90 – PEC 37 era para disciplinar investigação da PF e Polícia civil... como se faz em países civilizados. Contrariou o pessoal do Ministério Público.
--------------------------------- Final do fichamento anotado. O restante do fichamento, até a página final (144) foi feito por anotação direto no livro e não cheguei a passar para o Word. O tema é tão relevante que o que se recomenda é dar uma pesquisada diretamente na fonte, o livro em si. É fundamental para entender o Brasil no aspecto social e político.
orlando_lisboa@terra.com.br