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sexta-feira, 21 de julho de 2017

2ª PARTE - FICHAMENTO DO LIVRO - GUERRA DO CONTESTADO PR X SC

... DO FICHAMENTO DO LIVRO - GUERRA DO CONTESTADO - PARANÁ X SANTA CATARINA
...............   parte 2..

     96 – Curioso que o termo “Monarca” no interior gaúcho denomina quem “reina” com os animais na vida de campeiro.   Nada a ver com Monarquia.
     97 -  Até tropas federais  foram enviadas para “cortar o passo do bando em armas”.
     98 – Oficiais, metralhadoras e 160 praças (soldados).       Década de 1910
     104 – Coronel João Gualberto .... impulsivo... jovem.
     105 – João Gualberto parte de trem com 265 praças para a região em conflito.
     106 – Coxilhas palmenses. (Coxilha: substantivo feminino  -  extensão de terra com pequenas e grandes elevações, constituindo uma espécie de ondulação, e na qual se desenvolve a atividade pastoril).
     107 – Não se conhecia nenhum ato de violência dos supostos insurretos.
     107 – O Monge João Maria manda emissários encontrar a tropa para dialogar com o comando.  Tinham 40 pessoas armadas de winchester e a proteção de mulheres e crianças dos fanáticos, isolando-os.
     116 -  Entre os soldados à noite, alguém acende vela, a mula se espanta, dá uma “passarinhada”  (balança para os lados) e lá se vai a metralhadora e pentes de bala para a lama e a água.   Tudo fica sem condição de uso imediato.
     117 -  A metralhadora falhou.   Após tiros dos soldados, surgem da mata entre 250 e 300 da defesa/ataque do Monge.  Facões à mão.    Uma bala certeira do Sargento Vergilio Rosa acerta o monge.
     118 – O Coronel João Gualberto leva dois tiros.     Os policiais batem em retirada deixando dez soldados mortos.
     119 – Do lado do monge, 13 mortos e 4 feridos.
     120 – João Gualberto achou que ia enfrentar meia centena de homens mal armados.   Achou que ia vence-los “a toque de clarim”.   (só pela ameaça...)
     120 -   O combate durou menos de uma hora.     João Gualberto morre e é enterrado num cemitério da região do conflito.
     121 – Dá a entender que oito dias após o enterro de João Gualberto, tiraram ele do túmulo e o levaram para a Capital (Curitiba) para um sepultamento apoteótico.
     125 – Tudo ocorreu no local chamado Irani. 
     127 -  Nesse tempo a sede da Província do Paraná era no Palácio Rio Branco, onde atualmente (2017) fica a Câmara Municipal de Curitiba.      Após essa derrota militar, o presidente da província do Paraná pediu ajuda federal.
     128 – Cita o tenente Manoel Eufrásio.
     128 – Federais – soldados destacados de Ponta Grossa.
     129 - ... tapejara dos sertões sulinos...  (substantivo . MG  - aquele que conhece bem o território; baqueano, vaqueano)
     129 – O local para se preparar o combate era em Palmas-PR.
     130 – Armas que ficaram em poder do adversário.  Incluindo a metralhadora e 4 pentes de 250 balas cada.
     130 -  O Irani, salvo o Faxinal dos Fabrícios, tinha 13 casas mais uma capela.
     131 – As tropas federais mandaram emissários e estes constataram que os adversários se espalharam rumo a SC para lugares como Campos Novos, Capinzal...
     131 -  Diz o autor que houve refrega e mortes dos dois lados e o saldo foi que a leva de federais fez o povo de lá entrar no eixo.   Paz.
      133 – Fizeram o julgamento dos “bandidos” e tudo ficou registrado no Cartório Criminal de Palmas.
     137 – “Eram intrusos e posseiros de terras devolutas à espera de medições oficiais, retardadas, ou que não vinham nunca.  (injustiçados pelo Estado).  Quando lá despontavam, vinham pejadas de enormes concessões aos privilegiados de ordem política, na maioria dos casos, estranhos à área e aos sacrifícios pela conquista do seu pedaço de chão”.   (O estado doava a terceiros, terra que tinha posse estabelecida com famílias morando e tirando o sustento da terra)”
     Estas glebas superpostas ao mundo dos posseiros e intrusos, desmantelava aquele reino de lavouras, ervais, pinheiros de corte, especulações e esperanças que aí se instalara.      Para agravar mais, ainda havia o conflito por divisas entre PR e SC.  Sem divisa estabelecida, nenhum dos dois estados dava assistência ao povo simples que lá vivia.   Era conflito e sangue.
     138 – “Viviam à moda indígena... em distâncias impraticáveis, desconhecendo o serviço público, o médico, o sacerdote...”
     138 – Alguns já tinham sido despejados de posses anteriores...
     139 - ... estudos, historiadores, etc.    “A brutal guerra seria, no fundo, uma revolta de camponeses espoliados”   (espoliado – que perde o que é seu)
     139 -  Concessão de terras para a ferrovia no apagar das luzes do Império, dia 09-11-1889.   Aí a vida dos posseiros que já eram um caos virou um inferno.     As terras perto do traçado da ferrovia foram concedidos à empresa empreendedora.   Terras já ocupadas.
     A concessão se dá ao Engenheiro João Teixeira Soares.    Trecho de Itararé – SP até o Rio Uruguai – RS.    Pela concessão, a empresa construía o trecho ferroviário e ficava dono de faixa de 9 a 30 km de faixa dos lados da ferrovia.
     140- o Estado (União) concedeu e a companhia ia expulsando (ou liquidando) os posseiros e colocando fogo nos barracos dos moradores.   Quando solicitado pela empresa, o Estado enviava forças de segurança para ajudar a expulsar os posseiros.
     140 – E veio também para a região a Southern Brazil Lumber, companhia americana para derrubar pinheiros para exportação.   “Insaciável devoradora de pinheiros”.    O diretor dessa companhia no Brasil era Percival Farquhar.
(este também é citado no livro Chatô, Rei do Brasil, do jornalista Fernando Morais.   Farquhar já representava grandes corporações de fora no RJ)
     A empresa Lumber era sócia da estrada de ferro também e monopolizou o uso de vagões deixando na miséria as pequenas serrarias da região.
     141 -  O caminho de ferro que geralmente é fator de civilização, para o povo da região foi o castigo total.     O autor cita que, ao contrário, na Argentina, ao fazerem novas estradas de ferro, distribuíam lotes de terras para pequenos agricultores e assim houve justiça social e desenvolvimento regional.   
     147 – Vasta bibliografia citada.  Uma delas.   “Corografia do Paraná” datada de 1899 de autoria de Sebastião Paraná.
     151 – A criação da UFPr Universidade Federal do Paraná, a primeira Universidade do Brasil.   As outras eram faculdades isoladas.    Na época dos conflitos.
     152 – Em 1913 a erva mate era para o Paraná o que o café era para SP.
     152 – Os carroções eslavos (em 1913) e o começo da concorrência com o trem e os primeiros carros e caminhões.
     152 -  A ação desastrosa do Irani (a Guerra injusta) custou além das vidas, 600 mil contos.    Na época a arrecadação do Paraná era de 6.000 contos por ano.
     153 – No auge do conflito de fronteira a ACP Associação Comercial do Paraná boicotou produtos de SC.
     154 – Pessoa de destaque em SC no episódio.   Ercilio Luz que apoiava a paz e a resolução do problema de divisas.    Em SC o presidente do estado na ocasião era Lauro Muller.
     155 – A jovem Teodora,  neta de Euzébio, como vidente, tem a visão do Monge João Maria.   E a notícia se espalha.
     157 – Euzébio vende o que tem para ir à cidade de Taquaruçu.  O filho Manoel (16 anos) é “ungido”  (ele era analfabeto).... obra de religião, justiça e caridade.

     162 – “Tanto o fanatismo político como o religioso, ao longo da história, produziu criminosos e heróis, mártires e santos”.    (O autor deste livro nasceu em 1911 e faleceu em 1968).    

    .......................    continuará com a parte 3 que será a parte final em breve.

PARTE FINAL - GUERRA DO CONTESTADO (PR X SC)


     175 – Lá vão de novo os Federais (tropas) solicitados desta vez por SC.  Tropas de Ponta Grossa e Curitiba.
     176 – Seção de metralhadoras...
    “Tropas federais em missão de paz...”      O autor do livro repete:   Os fanáticos, nenhum crime tinham praticado.
     177 – Povos sertanejos assustados com a presença das tropas federais foram se juntar aos  fanáticos no Taquaruçu.        ...”meio que imitando os Maragatos, também na ocasião colocavam uma fita branca no chapéu”.
     178 – Euzébio queria fundar uma cidade santa.  Fundou Perdizes Grandes.
     178 – O vidente Manuel teve uma “morte”  (uma catalepsia) e depois de orações, “reviveu”.   Após isso, todo o poder de Euzébio passou para Manuel.  Euzébio até beijou os pés dele.
     179 -  O novo guru quis “dormir com três virgens” e foi destronado.   (ele bebia bebidas alcoólicas).
     179 – O povo passa o poder para um neto de Euzébio, que tinha na ocasião 12 anos de idade.    O novo Menino deus da região.
     181 – Badalar do “sincerro”    (sino que vai pendurado no pescoço do animal)
     181 -  No ataque, dispersão dos militares e seus apoios.  Seis dos 12 cargueiros dos militares se assustaram e desembestaram para o mato.  (muares de carga).
     181 – Eleodora, de branco, pareceu em gesto de paz e em seguida, ataque dos fanáticos.   A metralhadora não teve tempo e meios de ser acionada.  Duas horas e meia de refrega e o exército perde parte das armas e mantimentos, que ficam em poder dos sertanejos.
     182 -  Viram que teriam de ir ao corpo a corpo e nisso os fanáticos estavam mais preparados... as tropas se retiraram...  “que uma retirada honrosa vale por uma vitória”.
     Os civis voluntários (que ajudavam as tropas federais) zarparam.    O povo local protegia os rebeldes.
     182 – Assim, o exército ficou cercado pelos inimigos (e o povo local).   Caboclos... fanáticos... por certos aspectos... justos.
     183 – Os fanáticos venceram sem baixas e a “profecia” de que as armas do exército não funcionavam deu certo.    São Sebastião, o santo guerreiro, estava com os sertanejos.
     190 – Agora era o governo de Vital Ramos em SC e este passa pelo sufoco com os fanáticos.    Mandou para a zona de conflito todo o seu contingente militar.   Até o Major que era o Secretário Geral do estado de SC foi para o front.
     191 -  Praxedes (um líder dos sertanejos) foi atacado porque queria arrebatar armas à força e SC usou o episódio como um ataque dos fanáticos.
     Mais gente indo para o reduto dos fanáticos até para se sentirem seguros.
     193 – Dia 03-02-1914 -  754 soldados e 140 cargueiros no local.   O exército tinha até canhões no local.
     195 – O povo brasileiro estava indignado.   O Marechal Rondon rodou o Brasil, desbravou, etc. e não precisou atacar nenhum povo.   Logo agora o Exército iria agir...
     196 – Um advogado do RJ impetrou um “habeas corpus” aos líderes dos fanáticos para proteção legal deles.
     196 – A campanha do jornalista Jaime Balão em O Diário da Tarde, pelo diálogo, ouvir as queixas, etc.
     199 – Tambor e prece duas vezes por dia.
     200 – O deputado Correia de Freitas que foi lá às vésperas do ataque e disseram a ele que se cessassem as perseguições das autoridades  de Campos Novos e Curitibanos, todos deixavam a posição de defesa e iriam cuidar de suas roças e criações. 
     200 – Revoltaram-se com o assassinato de Praxedes às portas de Curitibanos.
     201 – Balas de canhão, granadas, contra os fanáticos...  os do exército matavam e tocavam fogo nas casas.   Data 08-02-1914.
     Um único dia de fogo cerrado e reduziu tudo a cinzas.   Um só soldado morto.   Do lado dos fanáticos, 50 mortes e os outros fugiram para o mato para não morrer.    Entre os mortos, mulheres e crianças.   (uma chacina)
     202 – Os soldados queimaram até a igreja e dentro dela, mulheres e crianças que lá se abrigaram.      Mataram muitos indefesos e depois fizeram o abominável saque dos pertences dos sertanejos.
     203 – Os fanáticos, com muitas baixas, seguiram para Caraguatá.
     207 -  Dona Ana, viúva de Praxedes, na ânsia da fuga, abandonou duas latas cheias de moedas de ouro e prata do tempo do império.
     208 -   Novo líder e as motivações.   Manoel Alves Assunção Rocha, eleito rei da Festa do Divino...   (mistura de fanáticos e gente com litígios de terra).
     208 -  Gente influente vai aderindo à causa dos sertanejos.   Sonho da ressurreição e volta do profeta como monarca, à frente de 3.000 soldados de honra.    (uma utopia deles).   “Com o regresso ao passado, os velhos rejuvenesceriam e os mortos ressuscitariam”.
     208 – A Virgem Maria Rosa.  14 anos de idade.  Montada num cavalo branco.  Ela vestida de branco.    Os adeptos partilhavam tudo e nada faltava a ninguém dos acampados.
     212 -  Reforço dos militares do Paraná e da empresa Lumber com sua guarda particular.
     215 – Os fanáticos pensavam em criar ali uma Nova Jerusalem com o sistema comunitário, etc.   e Monarquia.
     216 – O deputado Correia de Freitas desistiu da mediação.
     218 – Combate a “ferro branco”.  Seria espada, etc.  Não arma de fogo.
Ferro branco é no corpo-a-corpo.
     221 – Numa batalha, 17 soldados mortos e 23 feridos.
     224 – Soldados atearam fogo na casa de um dos fanáticos.   Foi como colocar gasolina na fogueira.
     229 – Uma das fanáticas já citava... “um deles estudou tanto que se perdeu”.     Jornal Diário da Tarde (SC) de 23-04-1914.
     230 – O Brasil estava conturbado no governo do Marechal Hermes.   O Exército atacava por qualquer coisa.    Rui Barbosa chiava muito contra tudo isso, o uso da força.
     231 – O deputado Correia de Freitas, vendo que não convencia os fanáticos, ao menos deu um conselho para eles não ficarem “aglomerados” em caso de ataque pois assim morreriam mais fácil.    Foi tido como quem ensinou guerrilha aos fanáticos só por esse conselho dado.
     231 – Havia o risco do “empastelamento” dos jornais se estes não se alinhassem com os atos do governo.   Empastelar era o poder policial entrar, arrebentar tudo no jornal e acabar com tudo.
     232 – Os fanáticos se dispersaram.   Houve um surto de febre tifoide...   2.000 pessoas em retirada.
     235 – O autor trata os sem terra de “bandos”.
     237 – Pico do Taió  - SC
     237 – O governador foi para a região e viajou 15 dias entre andar e fazer contatos.   Esteve até na região de divisa com a Argentina.    Foi recebido de forma festiva pelo povo.
     238 -  A comitiva do governo navega 1.000 km a bordo do Vapor Curitiba pelo Rio Iguaçu.
     238 – O município de Canoinhas-SC era um lugar de divisa com o conflito pelo lado de SC e do lado do Paraná, a divisa do conflito era União da Vitória.  Na época do conflito o PR “criou” o município de Timbó, que era em área pleiteada por SC.
     240 – Povos de Curitiba no passado indo para a região bruta em busca dos “campos” de Guarapuava e Palmas  (interesse em bovinocultura).
     241 – Coronel Amazonas Marcondes...   viaja no Vapor Cruzeiro – em 1882.
     241 – Índios botocudos.
     242 – Taunay visita o lugar e cita nos seus escritos.
     243 -  Os fanáticos no Vale do Timbó.   Ali ocorreu a Guerra do Timbó.
     244 – General Menna Barreto e o Exército.    Colocar gente do exército na região  (1910).
     245 -  SC tinha mais prestígio no âmbito federal e isto lhe dava mais poder com relação ao Paraná na questão de divisas.
     250 – Em Calmon – SC em 21-04-1914 -  1.000 soldados do Exército no local.
     254 – Povo de origem germânica também na luta pela posse da terra.
     254 – O fanatismo existiu, existe e existirá, enquanto não se lhe der um nível educacional mais elevado.
     256 - ...”feíssimo, miúdo, desengonçado, mas de estúpida coragem”.
     256 – Uso de canhões e metralhadoras pelo exército.
     260 – Depois da “ocupação” o exército foi embora e deixou 200 soldados como tropa de ocupação.
     261 – Houve a aliança entre fanáticos e bandoleiros.
     262 – Carta do General   -   “Caso de Polícia”.   Cabe aos governadores e suas polícias exterminarem os bandidos... limpando assim a zona...”
     O autor deste livro ficou cego e continuou ditando a obra e sua esposa ia digitando.   Ele morreu um ano após ficar cego.   Morreu relativamente novo.

quinta-feira, 20 de julho de 2017


PARTE II - Continuação da relação iniciada com a leitura de 1994 e editada aqui neste blog no dia 26-10-2014.

          Título da obra                                     Autor/a              Mês e ano da leitura

183 – Tempo Bom Tempo Ruim                   Jean Wyllys                12-14

184 – Os Chineses                                         Claudia Trevisan         01-15

185 – Os Garotos da Fuzarca                        Ivan Lessa                   04-15

186 – Fotografia – Anal. e Digital                 Nelson Martins           02-15

187 – A Medida do Exagero...                      Caetano F.Ranzi         09-15

188 – Louvado Sejas – Laudato Si                Papa Francisco            09-15

189 – Eu, Malika Oufkir, Presioneira...         Michele Fitoussi         09-15

190 – Xangai Baby                                        Wei Hui                      10-15

191 – Azules  (poesia)                                   Cristiane Grando        10-15

192 – Maria (a mãe de Jesus)                        Rodrigo Alvarez         11-15

193 – Caim                                                    José Saramago            01-16

194 – José Bonifácio (Projetos p/Brasil)       José B.A.Silva            02-16

195 – Sua Resposta vale 1 bilhão                  Vikas Swarup             03-16

196 – O Filho Eterno                                     Cristovão Tezza          04-16

197 – O Caçador de Pipas                             Khaled Housseini       05-16

198 – Diário da Queda                                  (autor gaúcho)            08-16

199 – O Beijo de Schiller                              Cezar Tridapalli          08-16

200 – O Estrangeiro                                       Albert Camus             09-16

201 – O Caminho do Peregrino                     Laurentino Gomes      09-16

202 – A Radiografia do Golpe                      Jessé Souza                 10-16

203 – As Brasas                                             Sándor Márai              12-16

204 – A Geografia da Pele                            Evaristo de Miranda   12-16

205 – Pensamento Ecológico                         Vilmar S.D.Berna       01-17

206 – O Mercador de Veneza                        William Shakespeare  02-17

207 – Perdição                                               Luiz Vilela                  03-17

208 – Contos Eróticos                                   Luiz Vilela                  03-17

209 – O Homem Lento                                  J.M.Coetzee                03-17

210 – A Trégua                                              Mario Benedetti         04-17

211 – A Eternidade e o Desejo                      Inês Pedrosa               05-17

212 – Memória de minhas Putas Triestes      Gabriel G.Marques    05-17

213 – Noite Sobre Alcântara                         Josué Montello           06-17

214 – As Avós                                               Doris Lessing             06-17


215 – Rota 66                                                Caco Barcelos             07-17   

sábado, 15 de julho de 2017

PALESTRAS/CURSO - SER CRISTÃO NO NOVO MILÊNIO - com Monsenhor Agenor

RESENHA DE PALESTRA/CURSO COM O MONSENHOR AGENOR
Anotada pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida   orlando_lisboa@terra.com.br
Público – Leigos da Arquidiocese de Maringá – PR

(Na ocasião  - 2001 - ele era da Diocese de Tubarão-SC)
O tema da palestra:   “Ser cristão no novo milênio”
     Nossa igreja hoje é uma barca num mar agitado que é o nosso mundo.  Não há como nos refugiarmos.
     Temos que, como igreja, estar inseridos no contexto.   Marchar com a humanidade.    A missão da igreja é estar na missão.   É um serviço gratuito.  Implica diálogo, respeito pelo diferente.
     Abrir espaço para semear as sementes do Reino.   Ser corpo de Deus no mundo.   Grandes desafios.   Um deles: a fome de sentido de vida, de razão para viver. 
    Há hoje uma invasão de espiritualidade praticamente no mundo todo.   A busca de felicidade pessoal “aqui e agora”.   Busca-se a felicidade e não se quer engajar na luta do “próximo”.
     Comum católicos que frequentam a Seisho No Ie, que acreditam na reencarnação.    Distorções.
     Há busca das tradições, dos valores autóctones.   
     O empobrecimento crescente do povo.   Os idosos são “insignificantes”.   Existem povos insignificantes, continentes insignificantes...
     O desafio da ecologia.   Sistema econômico de rapinagem.   O desafio da emancipação da mulher numa cultura patriarcal e machista como a nossa  com reflexo na própria Igreja.
     Deveríamos partir para a radicalização na democracia, onde as pessoas participassem e exercessem a Cidadania.
     Vai colocar o foco em um desafio, diante de tantos citados:  O desafio da experiência religiosa.   Hoje se vivem “religiões à la carte”.  Busco o que me interessa.   Mercado da religião, onde se consome ao bel prazer.  Seria o neo paganismo.   Misturam esoterismo, cromoterapia, etc.
     Há religiosos sem Deus, sem Igreja.   Religiosidade eclética e difusa.
     Grandes religiões:  Judaismo, Cristianismo e Islamismo.    Não crescem e passam por muitas fragmentações.
     Há hoje (2001) 48 formas de viver no Islamismo.  No Judaismo, mais de 10 formas.  No Cristianismo, uma série.   Em São Paulo (cidade) há ao redor de 3.000 igrejas cristãs.
     Amanhã falaremos das nossas tarefas, as saídas, formas de ação partindo de duas vertentes.    ( O curso foi de dois dias)
     ... erupção de manifestações ecléticas difusas.
     Comecemos a nossa reflexão:
     A erupção/exploração do religioso, da espiritualidade.    Por quê?
     Há um pensar que à medida que a ciência avançou, nos tornaríamos senhores do Universo e não precisaríamos mais de Deus.   Viveríamos na sociedade do bem estar.
     Houve filósofo que  afirmou que teria que ser tirado Deus “de campo” para o povo ser feliz.
     As sociedades mais avançadas apostaram alto nessa “erradicação” de Deus dos seus seios.    A Igreja na Europa (os teólogos) se preparou para dialogar com o homem ateu.
     Há hoje uma orientalização do ocidente.   É um amalgma de esoterismo, naturalismo, tudo misturado.
     Outros fatos a destacar.     Quando se colonizou a América Latina se satanizou a religião do povo nativo.    Antes, o catolicismo era hegemônico no mundo.
     Modernamente, partiu-se para a fé como opção pessoal.
     Até o Concílio Vaticano  II, as demais religiões eram coisa do diabo para o povo católico.    Esse concílio veio mudar isso.    Lançou inclusive um documento sobre a Dignidade Humana.     Admite outras experiências religiosas.    Um bispo católico conservador – o Lefevre – andou se rebelando contra isso e foi voto vencido.   O concílio aceitou que  há alternativa de se chegar ao Pai em outras determinadas religiões também.     Inclusive aceitou religiões não cristãs.
     Falou do relativismo religioso.   Com isso, não haveria uma verdade; haveria várias verdades.
     Falou das opções nas bancas de revistas.   A Auto Ajuda.    Leonardo Boff, Paulo Coelho, Bonfiglio, etc.   Um mercado do religioso, nas palavras do palestrante.  Há um mercado e o consumidor consome o que lhe convém.    Numa experiência religiosa sem comunidade, uma Igreja sem Doutrina.
     O relativismo e o ecletismo religioso.   Ler conforme a afetividade e a subjetividade de cada um.      O sincretismo religioso.    Achando-se que tudo leva ao Pai.      

Continua.....

terça-feira, 20 de junho de 2017

Parte final: FICHAMENTO DO LIVRO NOITE SOBRE ALCÂNTARA (MA)

Continuação do fichamento do livro Noite sobre Alcântara   (final)

     117 – O costume da época – mascar fumo de corda.
     122 – Uma negra apareceu com um negrinho escanchado na ilharga (termo que conheci da minha terra que tem influencia do tropeirismo)
     Natalino vai ver a Fazenda Flor da Nata, da família, que ele não visitava há dez anos.    No passado ela produzia cana, algodão e tinha cem escravos.
     123 -  O escravo que o recebe lá informa que por lá deu a bexiga (varíola) e matou a metade dos escravos e dos outros que ficaram, a maioria fugiu do local por causa da doença.    Agora, só seis negros e destes, dois no “fundo da rede”  (doentes).
     124 – E o feitor da fazenda deu uma sugestão ao patrão que queria de lá ir visitar a outra fazenda da família:  Não vá ver a fazenda Córrego Fundo.  Fique aqui mesmo.
     124 – Viu sericoras pelo caminho  (saracuras?)
     125 – Cana caiana.     O escravo disse um termo bem regional:   .... ele veio aqui mais eu.     Nada mais produzia a Córrego Fundo.
     126 -  Natalino a pensar do que o Visconde (seu pai) e a família viveriam se quase toda  a renda vinha dessas duas fazendas.      Ele, Natalino, ao menos vive da pensão por ter lutado na Guerra do Paraguai.
     128 – Gente da região enviou escravos para a Guerra do Paraguai, geralmente substituindo os nobres da família.
     129 -  Visitando a outra fazenda, pergunta ao escravo.   E os outros?   
     - Tá tudo debaixo do chão.   Só ficô eu pra semente.
     129 – Os barcos desciam os rios com algodão, farinha, arroz e açúcar vindos de mais distante da costa e concorrendo com as fazendas locais.
     131 -  O animador de quadrilha junina usando o francês:   - En avant!  En arrière!  Balancez!         (França – terra de origem da Quadrilha)
     Natalino ao retornar a Alcântara e mesmo havendo o movimento por causa das festas juninas, percebeu melhor que a cidade iria ficar deserta logo, logo.
     136 – A sempre disputa acirrada dos partidos Liberal e Conservador, respectivamente “os cabanos” e os “bem te vis”.    Não se misturavam, mas na fase de decadência alguém propôs uni-los.   Não havia jeito.
     137 – Ambos partidos resolveram (por interesses em mais títulos de nobreza) construir cada um, um castelo para receber o Imperador Pedro II.  Mas não havia nada de oficial sobre a visita ser realizada ou não.     Os nobres, já empobrecidos, mas sem perder a arrogância, vendendo bens para levantar as obras.      Alcântara tem esse nome em homenagem a Pedro de Alcântara.
     Tentaram construir os castelos com recursos deles, dizendo que não iriam usar verbas públicas para tal.
     Esperavam que lá pelo ano de 1860, quando o Imperador iria visitar os USA, no retorno passaria por Alcântara.
     137 – A disputa pelo melhor castelo saiu inclusive no jornal de São Luis, o “Publicador Maranhense”.
     139 – Obras dos dois castelos e o povo ficava de olho no andamento das obras e na disputa de vaidade dos nobres que já andavam mal das pernas em termos financeiros.      Uso de mão de obra dos escravos.
     Em obras, inclusive de calçamento, teriam usado pedras que vinham de Portugal como lastro nos navios que vinham vazios para retornarem carregados.    As pedras davam estabilidade ao navio em curso.
     Nas paredes dos sobrados e muros usavam pedras rejuntadas com massa com adição de óleo de baleia para dar a liga e afirmar a edificação.
     143 – Cita o jornal Diário do Maranhão que seria também da época em São Luis.     (cidade de colonização francesa e o nome homenageia rei daquele país)
     144 -     Os cegos cantadores de Alcântara já faziam suas músicas de improviso fazendo chacota aos prédios dos palácios que tendiam a ficar inacabados e sem receber o Imperador, como de fato ocorreu.
     146 – Cita o Forte de Santo Antonio.
     155 -  Sobre a amiga de Olivia no colégio interno em Paris.  Eloise, que era homossexual, forçou no passado, um caso com a companheira de alojamento Olivia e continuaram amigas.   Trocavam cartas.   Um dia Olivia ficou sabendo que a amiga foi presa após matar uma companheira num hotel na França.
     158 -  Olivia detesta que a mãe grite com os escravos da casa.    Quando isso ocorria, saia de casa para não ter maior constrangimento.
     O pessoal do internato não deixou ela ler Emile Zola.
     169 – Biscoitos sequilhos.
     170 – Natalino fez um artigo no jornal de São Luis falando do descalabro das finanças dos nobres de Alcântara e também atacou como sempre os monarquistas e apoiou os republicanos.   Em pleno Imperio e escravidão.   O pai dele, nobre e monarquista, ficou muito indignado e passou enorme vergonha perante seus amigos da nobreza e do partido.    Discutiu com o filho e deixou de conversar com ele até a morte, vestindo luto inclusive por esse gesto.
     192 – O Visconde (pai de Natalino) segreda ao médico amigo que já vendeu suas propriedades para honrar sua parte na construção do palácio.    Só sobrou o sobrado onde morava.     Usou o termo sobre a palavra dada entre os nobres da época:     Nós quebramos mas não vergamos.
     212 – Cita de Olivia referência ao livro O Vermelho e o Negro, de Stendal.
     238 – Alonso Ramirez – o galã pretendente a se casar com Olivia.  Ficam de namoro e logo depois ele é preso por passar dinheiro falso.  Já vinha de outros estados com esse golpe.   Decepção enorme a Olivia.
     241 -  O sonho dos nobres da época era serem “Titulares do Império”.   Serem reconhecidos na corte e terem títulos de nobreza.
     253 – Um termo tropeiro:    Atafulhar a carta no bolso...
     262 -  Dois golpes nos nobres na época.  Em 1888, abolição dos escravos no Brasil e em 1889, a proclamação da república.
     266 -  Prato típico na nobreza de então – galinha à cabidela.
     274 -  A esposa do Dr. Carlos (médico que tinha título de nobreza: Barão de Grajaú) foi a julgamento por castigo que resultou na morte de escravos.    Poderia ser “condenada às galés” mas pela influência, ficou livre.
     O episódio do afundamento de um barco de passageiros na rota São Luis Alcântara, morrendo todos.     E duas mulheres, esposa e amante, chorando o mesmo morto.   Vergonha total, principalmente da esposa do morto, que era comadre de Natalino.    Inclusive ele, dali uns tempos foi se solidarizar com ela e acabaram tendo um caso.     Caiu na boca do povo e mais um escândalo para a família dele administrar.
     307 – Nos bons tempos, carruagens pelas ruas de Alcântara, com brasões dos nobres nas portas das mesmas.    Puxadas por cavalos puro sangue árabe.
     313 – Natalino se dirigindo à Viscondessa, sua mãe que era adepta da escravidão.    Vi na guerra o cúmulo:  Negros mandados à guerra do Paraguai por seus patrões e os negros morreram na guerra por uma pátria na qual eles eram escravos.
     326 – Cita o trovador Euclides Faria de São Luis.   Seria muito popular.
     339 – Alcântara teve inclusive muitas salinas e era exportador de sal, dentre outros produtos.
     387 – Na passagem do século, com Natalino pronto para deixar Alcântara em breve.   Na barraca de tiro ao alvo, viu um jovem e percebeu que era a cara dele.   Mas ele achava que era estéril.  Achava mas não era.   O filho seria dele.  Não teve coragem de conversar com o rapaz mas soube que a mãe do rapaz foi um caso dele no passado.  Era a mulher, filha de um padre.
     O rapaz inclusive era canhoto como ele.

     Natalino no preparo para despedida, visita Olivia e conta a ela que não se casou com ela por causa da sua esterilidade.   Não queria uma vida de casado sem filhos.    Lá se foram a vida dele e dela, de certa forma.

domingo, 18 de junho de 2017

RESENHA/FICHAMENTO - LIVRO - NOITE SOBRE ALCÂNTARA

FICHAMENTO DO LIVRO – NOITE SOBRE ALCÂNTARA (MA)
Autor do livro:   o maranhense Josué Montello
Fichamento por:  Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida -   Curitiba – 17-06-17

     Alcântara é uma cidade histórica próxima a São Luis do Maranhão.
     Teve uma aristocracia marcante e muito trabalho escravo.
     Página 44 – O padre desceu a ladeira até o Convento do Carmo.
     45 – Largo de Santa Quitéria.
     45 – Visconde de São Marcos, o pai de Natalino (o protagonista do livro).  Natalino se alistou voluntariamente para a Guerra do Paraguai a contragosto dos pais.
     45 – Natalino ficou cinco anos na guerra (deve ser obra de ficção).   E teria no final da mesma, sido ajudante de ordens do General Osório.
     47 – Natalino ganhou a Medalha da Ordem da Rosa.
     48 – Ele vê Maria Olivia que não via há anos.  Foi paquera dele no passado.   Ela passou um tempo em colégio de freiras em Paris.   O pai dela era o Barão de São Matias.
    50 -  Descer a ladeira para chegar ao Largo da Matriz.
     52 – Olivia e a amiga de colégio interno, Eloise (francesa).
     54 – Olivia ganhou de Eloise o romance Madame Bovary, de Flaubert.
     55 – Olivia é filha única.     (56)    Trouxe caixas de livros de Paris.
     58 – Casarão dela com mais de oito quartos.   Na parte de baixo do casarão, vários alojamentos, inclusive estábulo para os cavalos de uso da família.
     58 – A pedido do pai, Olivia cursou equitação em Paris nos fins de semana.  Estudou no colégio da Sacre Coeur.
     60 – O sobrado de Olivia e família ficava em frente à Praça da Matriz de Alcântara.
     60 – Os pretendentes dela, após voltar de Paris.   Muitos, incluindo até velhos aristocratas viúvos.    Uns velhos usavam até espartilhos por baixo do paletó para remodelar o corpo.
     61 – Ela andou lendo em Paris vários autores famosos como Voltaire, Montesquieu e outros.
     62 – A mãe dela se escandalizou com o traje “absurdo” que a filha colocou para montar a cavalo.   Traje em moda em Paris.
     63 – O pai autoriza ela usar o traje e sair pela cidade a cavalo:   “Para mim o importante é que vivas feliz”.
     64 -  O povo da cidade fica pasmado com a audácia da moça nobre.   Ela não estava nem aí para o que os outros achavam daquilo.    Ela teve um acidente e o cavalo caiu sobre a perna dela causando grande trauma.
     69 – Crianças brincando de roda ou de chicote queimado.
     70 – Largo do Carmo – visualizar no Maps.
     72 – Natalino diz ao primo sobre Olivia:   “Não nasci para marido”.
     73 – Viu negros “cacetistas” em Alcântara.   Atuavam a mando dos caciques políticos espancando seguidores de adversários dos caciques desafetos.
     Quando Natalino voltou da Guerra do Paraguai, recebeu muitas visitas de gente da alta sociedade local de Alcântara.   A Viscondessa, mãe dele, anotou tudo (sem ele saber) num caderninho, visita por visita e depois exigiu que ele fosse “pagar” as visitas uma a uma.
     Um dia, impaciente, ela cobrou dele a visita que ele ainda não tinha feito ao Barão (pai de Olivia) que era muito amigo do seu pai.    O Barão foi o primeiro a visita-lo e era o primeiro que ele deveria visitar pela lista da mãe.
     79 – O pai fala do Barão, seu melhor amigo e aliado político e diz esses detalhes ao Natalino cobrando a visita do mesmo.
     79 – Natalino fala ao pai que está fora daquele tipo de política (monarquista).    Natalino era republicano, o que era uma afronta aos nobres de então.
     81 – Um outro barão local alvoroçou a nobreza da cidade ao deixar de lado a esposa bonita e passar a desfilar em público com uma negra cozinheira da casa.   Chegou a ir com a negra na Festa do Livramento.   Impacto na sociedade.
     82 – Quando Natalino ficou sabendo do caso ficou contente pois sabia que mais dia menos dia a nobreza e o povo iriam se misturar.
     86 – (um termo regional – tropeiro)   Natalino escanchou-se na rede...
     86 – Narra a despedida de Natalino e Olívia há tempos, quando ela tinha 20 anos e decidiu ir estudar em Paris.    Ele argumentou então que aquilo seria a perdição dela.   Ela disse que a decisão foi dela mesma e não dos pais.   E que ia para um colégio interno, colégio de freiras em Paris.   Longe do risco de perdição.
     Ele disse que se ela ia, que não era para escrever para ele.   E se deram adeus como paqueras que já foram.   Ele diz:   Nem contes comigo no teu embarque.    Ela:  Adeus.
     89 – Natalino pagando a visita na casa do Barão, pai de Olivia, já nos tempos em que ela tinha voltado de Paris.   Ela não aparece na sala.
     O Barão fala no assunto de Natalino ter desistido da política (monarquista).  Natalino argumenta ao Barão que a decisão de ser republicano não é só coisa de jovem não.   Que era uma decisão madura dele que inclusive já batalhou na Guerra do Paraguai.     Diz que agora a luta é por liberdade e fraternidade.
     91 – Mercedes, a irmã casada de Natalino.   Mora na Fazenda.
     92 – Na festa de Natal e o aniversário de Natalino.    Os seus pais trazem uma prima dele, rica, para ser pretendente a se casar com ele, tudo com apoio do Padre Teobaldo, amigo da família.   Nome dela:    Ana Dulce.
     94 – Ana Dulce fica uns tempos na casa do primo.  Ela tocava sempre no piano músicas como polcas, mazurcas e valsas.    Ele também sabia tocar piano.     E tinha o instrumento em casa.
     95 – Ela era da cidade de Caxias-MA.
     96 – Ele revela ao padre que é estéril e que médicos de renome do sul teriam comprovado isso, fora os casos que ele teve durante os tempos de guerra e que nunca resultaram em filhos que ele queria muito.
     103 -  Não dava bola para a prima porque não queria casar sendo estéril e não revelava isso às pessoas.    Durante a permanência da prima em sua casa, os pais dele pegaram-no em flagrante fazendo sexo com uma escrava da casa e fizeram um bafafá.   A prima se mandou de volta para casa.
     106 – O pai de Natalino é o Visconde de São Marcos.     Vergonha com os boatos de que seu filho andou “mijando fora do caco” com umas escravas.
     110 – Cita Donnana Jansen, já falecida que foi uma senhora possuidora de muitas posses e muitos escravos.  Ela teria sido muito cruel para com estes.   Ela de fato existiu e eu, que estou fazendo o fichamento, visitei Alcântara e conheci a ruina do casarão que Donnana Jansen residiu na cidade.
     Há lenda urbana até hoje na cidade de certas noites que as pessoas veem Donnana passando em sua carruagem conduzida por escravos (esqueletos) e os cavalos também esqueletos, o da boléia estalando o chicote pela cidade.
     111 – Quando Natalino foi flagrado fazendo sexo em casa com a escrava, logo depois seus pais foram falar com o Padre Teobaldo para este ajudar a coibir esse tipo de atitude do rapaz.     Nesse tempo o pai já estava de luto, por não mais conversar com seu filho e até usava roupa preto desse luto que foi assim até sua morte.
     Argumentou ao padre que este poderia dar mais conselhos ao rapaz por estar “mais perto de Deus”.   (113) O pai indignado:   Minha casa transformada pelo meu filho em lupanar.  (zona)
       ...........................................   parte final em breve.........