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sábado, 14 de abril de 2018

FICHAMENTO - LIVRO - SAPIENS - PARTE IV - PARANÁ - BRASIL - ABRIL -2018

     130 -  Mais ou menos no ano 3.000 aC os sumérios bolaram a escrita e esta vem resolver muita coisa que extrapola o cérebro humano.   Eles criaram os números de base seis e base dez.  1, 10, 60, 600, 3600 e 36000. Dia de 24 h e círculo de 360 graus vem deles.
     133 – Incas – tinham a “escrita” que na verdade eram cordas (quipos) de algodão colorido e nós cujos códigos alguns entendiam e interpretavam.   Ali eles mantinham as contas, quantidades, etc.    O conhecimento sobre isso se perdeu.     O Império Inca chegou a governar de 10 a 12 milhões de pessoas em áreas que abrigam países atuais como Peru, Equador e Bolivia inteiros e partes de outros países vizinhos.
     Voltando aos sumérios, eles criaram também as letras cuneiformes, hieróglifos.
     A China em 1.200 aC já tinha sua escrita.
     Na América Central a escrita começou mais ou menos entre os anos 1.000 aC e 500 aC.
     140 – Filmes de ficção como o Matrix e O Exterminador do Futuro.  Os sistemas escapariam do controle humano e nos oprimiriam.
     141 – Em 1776 os USA e os Direitos Humanos e liberdade.  Deixam de fora os negros e os índios.  (igualdade com vírgula...)
     142 – Aristóteles dizia que os escravos tinham uma natureza “escrava” e os livres, uma natureza livre...
     143 – Na Índia as castas se “explicam” com ditames vindos dos deuses.  Cada parte do corpo do deus, criou castas diversas...  (se é divino, teria que ser respeitado...)
     143 -  “A maioria das pessoas afirma que sua hierarquia social é natural e justa, enquanto as de outras sociedades são baseadas em critérios falsos e ridículos”.
     147 – O que ajudou a optarem pelos escravos africanos.  Lá havia um mercado interno funcionando há tempos.   No Brasil era comum a malária e a febre amarela que vieram da África e assim os escravos eram menos afetados aqui por essas doenças.   
     148 – Muitos teólogos vieram com essa de que os africanos eram filhos de Cam, filho de Noé...  e que foram amaldiçoados...  (para justificar escravidão)
     151 – A KKK Ku Klux Klan e a morte de negros nos USA.
     152 -  A velha questão de gênero.  Privilégios aos homens.
     152 – Em várias sociedades a mulher era propriedade do homem – pai, marido ou irmão.     Em caso de estupro, havia julgamento e o estuprador poderia pagar dote por uma noiva e levava a estuprada consigo como sua propriedade.    Hebreus, etc.  Biblia.   Deuteronômio 22; 28-29.
     154 -  Olímpia, da Macedônia e seu filho Alexandre, o Grande.  Alexandre tinha um amante.
     171 – Mitos e ficções – cultura de cada povo.   Era vista a cultura de cada povo como algo imutável, mas muda.
     172 -  Paradoxos – nobres cavaleiros guerreavam, saqueavam, etc. e frequentavam a igreja.   Quando das Cruzadas, tentaram fazer um bem bolado.  Matar os desiguais e estar alinhados com a fé cristã da época.  Na época houve dentre outras, a Ordem dos Templários, a Hospitaleira de São João de Deus.
     172 – Mais pra frente, após a Revolução Francesa surge o mito da Igualdade e Fraternidade.  O autor mostra o paradoxo.  Para ele, para haver igualdade não dá para ter plena liberdade...
     173 – Fala que na Europa em nome da liberdade individual, gente faliu e deixou famílias ao desamparo.   Pelo lado do comunismo, para buscar a igualdade, também teria sido feita crueldade.   A busca continua...
     173 – USA – democratas – igualdade e apoio social.  Republicanos – liberdade até para pagar menos impostos.   Sempre a luta contra a contradição.
     175 -  A Tasmânia é uma ilha no sul da Austrália.
     175 – Theotihuacan era a maior cidade da América (tempo dos maias) e tinha 250.000 habitantes, população similar a Roma de então.
     177 – Em 1532 os espanhóis já tinham liquidado o Império Inca.  Antes, em 1921 os espanhóis tinham dominado o Império  Asteca.
     179 – O primeiro Faraó, Menés, unificou o Egito em 3000 aC.  +ou-
     180 – Os primeiros agentes a quebrarem essa de Nós e Eles foram os mercadores, por interesse comercial.   Ao invés de reprovar diferenças culturais, faturar e conviver com a diversidade.
     Já os imperadores sempre na tentativa de impor uma cultura e se achando ungidos por um ser superior, usar isso para tentar que todos se englobassem no “Nós”.  (sob a batuta do imperador, claro!).
     Os religiosos, tentando também englobar todos no Nós, desta vez com os argumentos religiosos.
     180 – O grande elo que liga o estresse de todos, independente do sistema político, cultural e fé é o dinheiro.
     181 – Quando os espanhóis chegaram, os astecas há tempos usavam o ouro como jóias, estátuas e até o ouro em pó para trocas.   Também para trocas, as moedas: castanhas de cacau e rolos de tecidos.
     182 – A moeda florim vem de Florença  (hoje parte da Itália).
     185 – No campo de concentração de Auschuwitz  como em muitas prisões, a moeda de troca era cigarro.
     186 – O dinheiro facilita trocas e também o poupar.
     188 – A primeira moeda de troca – vem de 3.000 aC – pelos Sumérios e eram grãos de cevada.
     189 – III Milênio aC na Mesopotânia, a moeda era o silco de prata.  Era na verdade não uma moeda convencional, mas a quantidade de 8,33 g de prata.
     189 – No Antigo Testamento não se fala em moeda, mas em prata.

     191 – O “denareo” romano do tempo dos imperadores tinha credibilidade até em terras fora do império.  Ex. na Índia.    Quando certos países árabes quiseram lançar suas moedas, fizeram imitando o jeitão do denário romano para ter credibilidade e daí batizaram como dinar.

     OBS - continua em breve............................ conforme passo para o word.......

sexta-feira, 13 de abril de 2018

FICHAMENTO - LIVRO SAPIENS - PARTE III ABRIL DE 2018

71 –  O século XX foi o que teve as maiores guerras e genocídios de todos os tempos.
     72 – Os bandos errantes de sapiens contadores de histórias foram a força mais importante e mais destrutiva que o reino animal produziu.
     75 – Tem região beira mar na Ásia da antiguidade que o  mar subiu (e vem subindo) 100 metros e encobriu muito dos sítios arqueológicos de eras remotas.
     75 – Na Austrália dos tempos remotos havia animais enormes, incluindo cangurus de 200 kg.  A maioria dos mamíferos eram marsupiais nesses tempos.   (filhotes recém nascidos ficavam em bolsa junto às tetas da mãe)
     Marsupiais eram raros na Ásia e na África.
     75 – Em alguns milhares de anos a partir da chegada dos humanos à Austrália, 23 das 24 espécies que pesavam mais de 50 kg foram extintas. (ação do homem)
     91 – “Nós não domesticamos o trigo; o trigo nos domesticou”.  Semeando o cereal, os humanos passaram a ficar cuidando do mesmo até a colheita.   Uma nova fase da humanidade que era nômade até então.
     O povo agricultor em caso de invasão morria mais que os caçadores-coletores.   Os primeiros lutavam até a morte para defender suas lavouras e famílias.   Já os caçadores-coletores sendo nômades se espalhavam e sumiam da vista dos inimigos.
     99 – Escavações de 1995 na Turquia.   Monolitos (pedras) trabalhados que demandaram grande contingente de pessoas e tempo.   Coisa feita há mais ou menos 9.500 aC.  Só se explica com ajuda de deduzir que fizeram isso por crenças, coisas místicas.   Não tinham os monólitos outro sentido prático.
     104 – Nova Guiné.    Lá em tempos recentes a riqueza era medida ainda pelo número de porcos que a pessoa tem.    Mutilam o focinho do porco para ele ficar dependente (não fuçar) do que o dono oferece para comer.
     Há pior nessa área.   Havia tribos que arrancavam os olhos dos porcos para ter dependência total do dono e não saírem dos arredores.
     107 – Revolução Agrícola:    Esse ponto foi decisivo, afirmam, em que os sapiens abandonaram sua última simbiose com a natureza e correram rumo à ganância e à alienação.
     108 -  A cada vez o homem acumulava mais objetos difíceis de transportar e ficavam mais presos ao local.    (agricultura)
     109 – Caçadores-coletores – para estes, não fazia sentido se preocupar com coisas que eles não podiam controlar.   (ex:  chuva para lavoura)
     110 – As incertezas da agricultura com riscos de secas, pragas e enchentes geravam preocupação com o futuro e isso traz estresse.
     110 – Os excedentes da agricultura eram “confiscados” pelos governantes e elites para alimentar a política, a guerra, a arte e a filosofia.
     111 – Auge do Império Romano:  século I dC.   Na opulência, por divergências, houve guerras civis sangrentas.
     112 – Em 3.100 aC o Vale do Nilo abriga o primeiro reino Egipcio.
     112 – Mais ou menos em 2.250 aC Sagão, o Grande, construiu o primeiro Império do mundo, o Império Acadiano.
     Entre 1.000 aC e 500 aC surgem os impérios no Oriente Médio:  Assírio, Babilônico e Persa.
     113 – Em 221 aC Qin unificou a China e logo depois Roma unificou a bacia do Mediterrâneo.    China de Qin contava com 40 milhões de habitantes.
     Império Romano – 100 milhões de súditos.  (250 a 500 mil soldados)
     113 – Tudo não era por instinto e relações pessoais mas por crenças e mitos partilhados.   (para poder formar e manter impérios com tanta gente).
     113 – Um dos mitos mais famosos:   Código de Hamurabi de 1776 aC (do reino da Babilonia).
     Os USA em 1776 dC proclamam a independência.
     114 – Em 1776 aC a Babilônia era a maior cidade do mundo.   Um reino de mais de 1.000.000 de súditos.
     115 – Hamurabi se colocava como ungido pelos deuses.  (assim todos seguiam as leis ditadas por ente que acreditavam ser divino)
     Lá na Babilônia havia dois gêneros de pessoas e três classes:  os superiores, os comuns e os escravos.   (mitos davam coesão a isso)
     117 – Homens “iguais” segundo os USA teria o conceito inspirado em princípio Cristão.    
     118 – Não existe liberdade na biologia.   (é mito, abstração humana)
     119 – Sobre mitos, Voltaire teria dito:  “Deus não existe, mas não conto isso ao meu servo, para que ele não me mate durante a noite”.
     Ao contrário, leis naturais não mudam mesmo quando deixamos de acreditar nelas.  Ex.  lei da gravidade.   Mas os mitos, se deixarmos de acreditar neles, estes acabam.
     A ordem pública imaginada e o aparato do Estado para mantê-la viva estão calcadas em mito.
     119 – Citou 1860 e a abolição dos escravos nos USA.   Houve guerra civil para conseguir vencer o mito de que o negro era um ser inferior.
     120 – Para fazer um exército agir, não dá para ser só via pressão...  alguns soldados e comandantes precisam acreditar em alguma coisa, seja Deus, honra, pátria, coragem ou dinheiro.
     121 – A ordem que organiza a nossa vida só existe em nossa imaginação.
     123 – Ele fala dessa mania das pessoas quererem viajar para o exterior e isto estaria ligado aos mitos.
     124 – Viagens e consumismo.   Expressos em variedades e consumismo.
     124 -  Levar a amada em uma viagem a Paris (consumismo romântico).
     124 – O ser humano vive de construir pirâmides  em diferentes formas:  casa de campo, duplex, etc.


     ................... continua oportunamente na medida que passo para o Word

quinta-feira, 12 de abril de 2018

FICHAMENTO DO LIVRO - SAPIENS - PARTE II ABRIL/18

FICHAMENTO DO LIVRO SAPIENS (PARTE II)
      Página 18 – Uma mãe primitiva, diferente dos demais animais, dependia de uma “comunidade” para ajuda-la a prover o alimento para si e para o filhote nos primeiros tempos após o parto.
     O “ganho” no caso do bebê humano é que ele é moldável e isso pode ser bom.
     20 – Nossa luta ao longo de milênios para chegar ao topo da cadeia alimentar teria sido uma das razões para sermos acometidos de medo e ansiedade e em razão disso, cruéis e perigosos.
    20 – Marco importante aos 800.000 anos do ser humano.    Domínio do fogo esporádico no uso.  Aos 300.000 anos, o fogo já é de uso diário pelo ser humano.   Cozinhar melhora a digestão e o cozimento mata microrganismos nocivos.
     Chimpanzé fica até 5 h/dia mastigando alimentos crus.   O sapiens o faz em mais ou menos 1 hora por dia com alimento cozido.
     Alimento cozido permitiu encurtar os intestinos dos humanos e assim gastar menos energia com este e pode crescer o cérebro.
     27 – Uma das hipóteses para o sapiens ter liquidado (se isso ocorreu) com os neandertais.   “Eles eram similares aos demais para se ignorar e diferentes demais para se tolerar”.
     29 – Foto de estatueta em marfim pequena, datada de 32.000 anos achada em caverna na atual Alemanha.   Já tinha arte e talvez se ligava a religião.   Forma de corpo humano na estatueta e cabeça de leão.   Era uma abstração.
     29 – Invenções – aproximadamente há 70.000 anos atrás.   Achados de barcos, lâmpadas a  óleo, arcos, flechas, agulhas para fazer roupa e proteger contra o frio.
     30 – 70 a 30 mil anos.    Revolução Cognitiva do sapiens.
     31-  Comunicação.   O sapiens é antes de mais nada,  um animal social.   A cooperação social é essencial para a sobrevivência e a  reprodução.
     32 -  A fofoca gira normalmente em torno de comportamentos inadequados.
     33 – O abstrato.   Coisa do sapiens.   Ao contrário, você nunca convencerá um macaco a te dar uma banana em troca dele ganhar um cacho de bananas após a morte.
     33 – O sapiens domina o mundo porque sabe agir coletivamente, inclusive com cooperação com estranhos.
     34 – Chimpanzes fazem até coalizão para manter a posição alfa no grupo.
     35 – Pesquisa determinou que grupo pode ter fofoca (os indivíduos se conhecerem) se o tamanho do grupo se limitar a 150 indivíduos.    Ao longo dos tempos, organizações humanas seguem mais ou menos esse número mágico. 
     35 – Como construir impérios e governar milhões de pessoas?  Houve necessidade de desenvolver a ficção.   Envolve o abstrato.
     “Um grande número de estranhos pode cooperar de maneira eficaz se acreditar nos mesmos “mitos”.
     36 – Igrejas – mitos religiosos compartilhados.     Estados se baseiam em mitos nacionais compartilhados.    Sistemas judiciais também se baseiam em mitos jurídicos compartilhados.
     39 – A criação da pessoa jurídica e a separação de responsabilidades.   Mito.
     Nos USA, empresa de responsabilidade limitada se chama corporação.   O termo vem de corpos, do latim, mas elas são abstratas e não tem corpo físico.
     40 -  Criações humanas ligadas ao abstrato.  Alguns nomes:  ficção, “construtos” sociais, realidades imaginadas.
     41 – Algumas das realidades imaginadas: deuses, nações, corporações.   A realidade imaginada ajuda as pessoas a se cooperarem.
     Muda o mito...
     Ex.   Em 1789 na França, o povo que antes acreditava no poder divino do rei deixou de acreditar nisso.   Passou ao mito da soberania do povo.
     O sapiens venceu a luta sobre outras espécies fisicamente mais fortes por deter o poder de criar mitos e agregar as pessoas a cooperarem na luta...
     44 – Comércio é coisa de sapiens.   Só dessa espécie.
     49 – Fomos por longo tempo caçadores-coletores.
     49 – Psicologia evolutiva.  (ele explica)
     49 – Evolução tecnológica recente nos deu parafernália... “mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e pressionados”.   (infelizes)
     50 – Para entender nossa tendência de nos empanturrarmos de alimentos doces ou calóricos, temos que nos reportar ao tempo dos ancestrais caçadores-coletores.  Esses alimentos lá nos tempos primitivos eram raros de alcançar...   Doce era só fruta madura, quando havia.
     50 – Lá atrás provavelmente não havia famílias nucleares e monogâmicas.  São recentes e isto pode ser visto como incompatível com a natureza humana... vista como um “programa biológico”.   Há aqui controvérsias na pesquisa.   Há poucos indícios pare esses estudos.
     52 – Hoje somos cheios de objetos.  Os caçadores-coletores não podiam carregar quase nada na vida de nômades.
     55 – Cão.    O primeiro animal domesticado pelo homem.  Isto a mais ou menos 15.000 anos.   Ajudar na caça, na guerra e alarme de perigo.
     56 – Antes da Revolução Agrícola a população do planeta inteiro era menor que a da cidade de São Paulo dos tempos atuais.
     57 – Antes de poderem ficar num local, com a revolução agrícola, os humanos puderam ancorar em algum lugar bom de pesca, por exemplo.
     58 – Hoje com as profissões, conhecemos muito sobre pouco.   Os caçadores-coletores conheciam muito sobre muito.   Ervas comestíveis, remédios, cura de picadas de cobras, etc.   (todos, dispersos, tinham que deter esse tipo de conhecimento vital)
     59 – Os primitivos ainda disponíveis, trabalham para sobreviver entre 35 e 45 horas por semana o que é bem menos que os “civilizados” de hoje em dia.
     60 -  Era uma carga horária dos caçadores-coletores menor que, por exemplo, dos chineses dos dias atuais.   E estes últimos ficam menos tempo com os filhos, etc.
     Povos antigos – comida mais variada que dos dias atuais.

     61 – Antigo – Não moravam em aglomerados e quase não eram afetados por epidemias, mesmo tendo domesticado animais que poderiam transmitir doenças.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

RESENHA DO FORUM LIXO E CIDADANIA - CURITIBA PR. - APOIO AOS CATADORES DE RECICLÁVEIS DO PARANÁ - 05-04-2018


     Evento regular para apoiar a organização dos Catadores de Recicláveis no Paraná
     Local do Evento:   Auditório do 9º TRT Tribunal Regional do Trabalho no centro de Curitiba PR.    14 h às 16.40 h
    Anotações pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida   (Senge PR)
     Faz ao redor de 15 anos que acompanho o Forum Lixo e Cidadania desde quando residia e atuava em Maringá-PR onde também há reuniões regionais do mesmo.
     Logo após a abertura dos trabalhos, foi feita a assinatura do Convênio de repasse de verba da Fundação Banco do Brasil a entidade dos Catadores da região.   Na fala do representante da Fundação BB ele destacou os 32 anos da entidade e o apoio a projetos que tem foco na Sustentabilidade em seus pilares Econômico/Social/Ambiental.
     O projeto em pauta teve um montante aproximado de R$.250.000,00 aportados pela Fundação BB.
     Alguns municípios do Paraná que tiveram representantes nesta edição do Forum que é aberto á participação do público.    Fenix, Nova Tebas, Araucária, Paranaguá, Quitandinha, Guaratuba, Morretes, Pinhais, Quatro Barras, Maringá, Indianópolis, Matinhos, Manoel Ribas, Piraquara, Tibagi, Antonina, Castro, Colombo, Jandaia do Sul, Curitiba.   (como anoto tudo informalmente, pode ser que alguns passaram batidos nas minhas anotações).    Anotei a presença dos prefeitos de Fenix e Guaratuba.
     Fala da Dra.  Gina Rizpah Besen, pesquisadora da USP na qual foi desenvolvido um  Programa para processamento de dados com a finalidade de ajudar na Gestão de Projetos na área de atuação dos Catadores de Recicláveis.     Ela fez uma breve fala com projeções em Power Point explicando os principais aspectos do programa.   Disse que é livre e sem custo o uso do programa por entidades que se cadastrarem via site.   www.iee.usp.br      o  e mail dela é   rizpah@usp.br     Ela também escreveu um livro sobre o tema que tem versão em e book.    Não consegui anotar o nome do livro.
     Lançamento do Prêmio Pró Catador pelo MPT Ministério Público do Trabalho (PR)
     Os dados sobre o prêmio estão disponíveis no site  www.lixoecidadania.com.br
     Eles também tem página no Facebook      Instituto Lixo e Cidadania
     O prêmio é destinado a entidades que congreguem catadores de reciclagem no Paraná e que estejam dentro das normas do certame.   Foco em Coleta Seletiva Solidária.
     Os municípios terão premiação dentro grupos segundo o número de habitantes.  
     Dra. Margaret em sua fala destacou que sempre é importante promover ações para conscientizar a população a separar o lixo do que é reciclável para tornar mais efetiva a ação dos catadores.      O MPT tem vários materiais de publicidade que podem ser adaptados à realidade de cada município e que pode ser utilizado para campanhas municipais.
     Fala do publicitário Maurício sobre material de campanha para Separação do lixo
     Disse  que já houve várias campanhas, mas ainda não está no ponto desejado e por isso estamos com materiais publicitários prontos para uso em campanha nova.    Os materiais publicitários diversos para rádio, TV, cartazes, etc. estão no site:
     Disse que as peças estão liberadas para uso e mesmo adaptações e estão liberadas de direito autoral.    Sugere que se for fazer filme local, colocar em evidência catadores locais que sejam conhecidos pela comunidade, o que dá mais corpo à campanha.
     Alguém destacou que papel tem mais valor quando não está muito amassado.   Até quarta feira 11-04-18 eles estão aceitando sugestões para eventuais aprimoramentos do material da campanha VamosSepararSemParar.        
     Alguém ou alguma entidade que tenha interesse em participar do Forum que faz em média uma reunião mensal sempre no mesmo local pode enviar um e-mail de contato ao Instituto Lixo e Cidadania e pedir para incluir seu e-mail no rol dos interessados e sempre que houver reunião, serão convidados.     Não se assustem porque eventualmente vem o termo Convocamos, mas a coisa na prática é um convite bem informal.             orlando_lisboa@terra.com.br       (41)   9.99172552
     Esta resenha está disponível no blog      www.resenhaorlando.blogspot.com.br

     

segunda-feira, 2 de abril de 2018

FICHAMENTO DO LIVRO - SAPIENS - 29 EDIÇÃO - YUVAL NOAH HARARI - PARTE V 02-04-18

FICHAMENTO DO LIVRO – SAPIENS – 29ª Edição – Autor: Yuval Noah Harari
     Fichamento pelo leitor Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida -    02-04-2018
     Parte V  -   página 300 em diante
Sapiens – Uma breve História da Humanidade
     Página 300 – Entre 1409 e 1433 o Almirante Zheng He, na dinastia Ming da China fez uma enorme viagem de exploração com uma armada de 300 navios e 30.000 homens.    Ao que parece a missão não era tanto de ocupação e dominação de novos territórios.   Seria mais de caráter de prospecção de potencial comercial.
     Para se ter um termo de comparação, a expedição de Colombo de 1492 constava de 3 navios e 120 marinheiros.      Aqui a meta era desbravar novos territórios para domínio territorial e dos povos com suas riquezas.
   303 -  Em 1519 Hernan Cortez parte para o caribe com 500 homens a bordo dos poucos navios.   Tinham armas e cavalaria, sendo que cavalos não eram conhecidos pelo povo do Império Asteca.    Diz a Montezuma II, rei dos Astecas que vem em paz.   Depois em ações diversas domina o império local.     Cortez não agia em nome do rei da Espanha.   Era pertencente a um grupo de investidores ávido por lucros altos.
     305 – No Peru, sede do Império Inca, o explorador Pizarro mais 168 homens chegam com armas de fogo e usando artimanhas várias, acabam detonando o império e pilhando o que puderam.    Isto no tempo do Imperador Atahualpa.
     307 – Ingleses explorando a Índia.      Inclusive estudaram as ruinas de Mohenjo Daro, cidade estado datada do III milênio aC e destruída em 1.900 aC aproximadamente.   Esta cidade ficava perto do Rio Índo.
     307 – No Oriente Médio a escrita cuneiforme foi usada por aproximadamente três milênios.   Os europeus decifraram essa escrita relativamente recente.
     310 – Os britânicos tinham lá suas táticas para dominar povos como o da Índia por quase dois séculos.   Na época a Índia já contava com aproximadamente 300 milhões de pessoas.
     311 – Bengala era a província mais rica da Índia na época da chegada dos exploradores.    Após o domínio britânico na região e a forma de conduzirem o governo por lá, houve três anos de fome que matou ao redor de 1/3 do povo de Bengala.  Estima-se que morreram ao redor de 10.000.000 de bengaleses.  (1770-1773)
     O autor diz que no caso da Índia e a ação inglesa que lá fez ferrovias, etc. dá para encher enciclopédias com o que os britânicos fizeram de bom e outro tanto de enciclopédias com o que fizeram de ruim.
     311 -  A ciência, do lado do mal, criou teorias que davam respaldo para os opressores considerarem os povos oprimidos como inferiores.    Assim, tentavam justificar a opressão.
     312 – Darwin e parte dos elementos que ajudaram a ciência a chegar à “superioridade da raça ariana”.     Branco, etc.
      312 – No tempo da teoria da superioridade  ariana e seu racismo, se explicava pela biologia, inclusive pelo “sangue”.    Agora o autor diz que o racismo usa o “culturismo” (termo que ele propõe), ou seja, que há culturas superiores a outras e isto justificaria se ver como superior.
     313 – As direitas europeias se escudam na defesa da “cultura ocidental” para se proteger dos imigrantes.   A cultura ocidental se vê com valores como:
Ø  Valores democráticos
Ø  Tolerância
Ø  Igualdade de gênero
     Os muçulmanos são vistos pelos ocidentais como:
Ø  Política hierárquica
Ø  Fanatismo
Ø  Misoginia
     Que isso de negativo na visão ocidental justificaria aos europeus segregar imigrantes.
     314 – Os impérios modernos se valeram bastante da ciência e do capitalismo para se expandirem.
     315 – Economia e “crescimento”.    Devora tudo que encontra pela frente.
     315 – Em 1500 a produção global  anual era de 250 bilhões de dólares por ano.
     Atualmente a produção global é de 60 trilhões de dólares por ano.
     Renda per capita em 1500 -     550 dolares/per capita/ano
     Renda per capita atual.........   8,8 mil dólares per capita/ano.  (com problema na distribuição desigual)
     317 – O capitalismo financeiro trabalha em parte sem lastro, sempre acreditando no futuro e isso ajuda a economia a crescer.
     318 – Coisa moderna:   O Crédito.   Envolve confiança no futuro.
   321 -  Em 1776 Adam Snith publicou o livro A Riqueza das Nações.
     322 – Proclama que ser rico é altruísmo.
     324 – O capitalista atual quase não aplica dinheiro no que não for produtivo (busca do lucro) e vive correndo de uma reunião para outra...
     324 – Uma lógica:   reinvestir o lucro na produção gera crescimento da economia.
     325 – O autor usa o termo “religião” (que eu não concordo) para o capitalismo.  E o autor não fala que o planeta atualmente não tem Sustentabilidade.
     326 – Até o século XVIII a Ásia era a potência econômica do mundo.   China, Índia e países muçulmanos.
     327 – Colombo seria tipo uma start up e buscava fundos de investidores para colocar seus planos a campo.   Capital e risco.   Cita que Colombo levou seu plano primeiro para o rei de Portugal que não aceitou bancar parte.  Depois fez o mesmo com Italia, França e Inglaterra, sempre sem sucesso.    Deu certo com a Espanha da monarquia de Fernando e Isabel, numa Espanha récem unificada.     Com apoio, partiu à América e os resultados conhecemos.   Ouro, açúcar, etc.   Altos lucros aos investidores.
     328 – No século XVI a Espanha era o país mais potente da Europa e tinha treta com a Holanda (povo protestante).   Portos importantes da Espanha de então:  Sevilha e Cádiz.    A Espanha (católica) dominava inclusive a Holanda que sempre teve inclinação para o mar e o comércio.
     Em 1568 começam as hostilidades da Holanda aos espanhóis e as refregas, geralmente no mar, duraram ao redor de 80 anos.   Nessa os holandeses se deram melhor e saíram independentes e fortalecidos em suas armadas e rotas de comércio com o mundo.   Agora os holandeses são a Nação mais rica e poderosa da Europa.    O autor diz que o grande segredo dos Holandeses foi o Crédito e os Investimentos de capital privado pulverizado.    Os holandeses tinham capital e bancos sólidos e capitalistas dispostos a riscos por empreendimentos de potencial alto de ganho.   O comércio marítimo era um filão.   Usaram (como alguns adversários) inclusive mercenários em navios para conquista crescente de rotas lucrativas por mar.   Deixaram a Espanha para trás.
     Amsterdã se torna um dos portos mais importantes da Europa e passa a ser a Meca do capital e dos investidores no Continente Europeu.
     O segredo dos holandeses:  Pagar os créditos aos investidores em dia.  Pontualidade.  E um sistema legal que protegia os direitos individuais.    O que não era comum nos países vizinhos.      Muito capital de fora migra para a Holanda em busca de lucro e segurança.  
     332 -  Empresa holandesa com ações em bolsa, a VOC (sigla) conquista a Indonésia , esta que é composta do maior arquipélago do mundo.    A empresa contratava navios, armava, contratava mercenários e promovia inclusive guerra por mercados, o que era normal na época.    A VOC (empresa privada) “governou” boa parte da Indonésia por quase 200 anos.   O Estado Holandes dominou a Indonésia por aproximadamente 150 anos.
     Já do lado do Oceano Atlântico quem mandava era outra empresa privada holandesa, a Companhia das Índias Ocidentais.     Esta que fundou nos USA o que depois foi parte de Nova Iorque, originalmente com o nome de Nova Amsterdã.   Depois os ingleses tomaram a região.    O que hoje é Wall Street tem muros de proteção dos tempos das refregas entre holandeses e ingleses pelo local.
    (continua oportunamente)




quarta-feira, 28 de março de 2018

AUDIÊNCIA PUBLICA - CAMPO MOURÃO - TEMA AGROTÓXICOS E ZONA DE PROTEÇÃO VERDE - 27-03-2018

RESENHA DO EVENTO COM A PROMOTORIA PÚBLICA DE CAMPO MOURÃO – TEMA: AGROTÓXICOS – 27-03-2018 – NA CONCAM
     Resenha feita pelo Eng.Agr Orlando Lisboa de Almeida
     O evento em Campo Mourão foi convocado pela Promotora de Justiça da Comarca, Dra. Rosana Araujo de Sá Ribeiro.   Ela é Promotora da comarca e Coordenadora Regional da Bacia Hidrográfica do Alto Ivai.
     Ela fez um Convite às pessoas interessadas e às autoridades da região e houve um evento de casa cheia no auditório da Concam que tem ao redor de 300 lugares.   Foi na parte da tarde de 27-03-18.     
     Eu estive lá na qualidade de Gestor da Fiscalização pela CEA Câmara Especializada de Agronomia do CREA PR em companhia do Sr. Helio Xaviver que é o Gerente Regional do CREA Maringá-PR.
     No telão da abertura o destaque para o dia 09-04-18 – Dia Mundial da Saúde
     Algumas das autoridades e entidades presentes:  Edson Batilani, Eng.Agrônomo e Presidente da Câmara de Campo Mourão; Eng.Agrônomo Edinei – Emater PR; representantes da Adapar, IAP, Ocepar, Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente de várias prefeituras daquela região e muitos interessados dentre agricultores, técnicos, estudantes.       Na recepção, no apoio, conversei com dois estudantes de Direito com foco na área de Meio Ambiente.
     Da fala da Promotora que não formou mesa de autoridades e partiu para a prática, dando o recado.    Disse que não se trata de um enfrentamento contra os produtores rurais.   Busca-se construir um trabalho em conjunto com a comunidade e suas lideranças na área de abrangência da Bacia Hidrográfica do Alto Ivai.    O esforço está focado em criação de leis municipais para proteger o entorno das zonas urbanas dos municípios numa região que é fortemente agrícola e que se usa agrotóxicos como rotina.
     No contexto da busca de criação de Zona de Proteção Verde ao redor das cidades para tentar barrar no que for possível a ação de agrotóxicos nas lavouras vizinhas destas. A Zona de Proteção é uma faixa de 300 m que tem sido estabelecida na lei entre a cidade e o local até onde se poderia aplicar agrotóxicos nas lavouras, quando não há renque de árvores na proteção.   A faixa pode ser menor onde há renque de árvores plantadas para ajudar na proteção inclusive contra a deriva (produto arrastado pelo vento ao aplicar) de agrotóxicos.
     O Comitê da Bacia Hidrográfica local está organizando um evento para celebrar o dia Mundial da Saúde (09-04-18) com ações como Feira de Produtos Orgânicos, etc.  Já há três Cooperativas de Agricultores Familiares que aderiram:  Nova Tebas, Corumbatai e Mato Rico.   Está aberto a novas adesões.    Programados vídeos, teatro, etc.     Buscam inserir produtos orgânicos na merenda escolar das escolas públicas do Paraná.
     A Promotora destacou que na democracia alguns podem ser contra certas iniciativas, mas tem que participar.     O foco é criar mecanismos para reduzir o uso de agrotóxicos na região.   Evitar poluição do solo, das águas, das pessoas e da fauna e flora.
     Ela disse que se conseguirmos em sociedade cumprirmos ao menos o que diz a lei vigente do setor, já teremos um ganho para a sociedade.     Elogiou a SEAB Secretaria da Agricultura do PR e a ADAPAR a ela ligada, pela criação e operacionalização do Sistema SIAGRO que é um sistema informatizado para cadastrar e monitorar as receitas agronômicas no Paraná, e que mantém banco de dados sobre quem comercializa, quem compra, quem recomenda agrotóxicos e onde aplica.   
     Ela disse que estão meio que unindo duas Bacias Hidrográficas para efeito de gestão conjunta.   Haverá a Bacia Hidrográfica do Alto Ivai – Piquiri, das quais ela continuará como a Gestora com mais uma equipe.  São 45 municípios na área de abrangência da Bacia em pauta.   Uma das preocupações neste quesito é ter água de qualidade para as populações.   Abastecimento hídrico seguro.
     Para obter água de qualidade preconizam ações integradas envolvendo:
Ø  Proteção das matas ciliares adjacentes aos córregos, etc.
Ø  Monitoramento da qualidade da água de poços tubulares
Ø  Agrotóxicos – buscar monitorar e  cobrar o uso responsável dos mesmos
Ø  Tecnologia no Uso e Conservação dos Solos.    Evitar erosão que empobrece o solo, leva água e resíduos de agrotóxicos aos rios e assoreia rios e represas.
Ø  Conservação de estradas rurais.     Requer cuidados com as estradas e a conservação do solo de uso agropecuário nas adjacências.
     A cidade de Campo Mourão tem 95.000 habitantes.   Forte na Agricultura.
     A Promotora historiou um pouco as ações na questão dos agrotóxicos.   A população de Luiziana-PR que fica na comarca de C. Mourão se sentia prejudicada com as aplicações de agrotóxicos junto ao meio urbano e entrou com um abaixo assinado com 150 assinaturas na Promotoria pedindo providências, datado de 15-09-16.   A Promotora passou à ação.   Fez reuniões, convidou pessoas (convocou) para oitivas, inclusive 15  Engenheiros Agrônomos que assinaram Receitas Agronômicas para os proprietários vizinhos da zona urbana, etc.     Eles em geral disseram que seguiam as recomendações da Embrapa pesquisa em suas Receitas Agronômicas.
     Dentro de iniciativas da Promotoria Pública de diversas regiões do PR, o CREA se comprometeu e imprimiu 5.000 exemplares de Cartilhas sobre uso racional de agrotóxicos para divulgar junto aos Engenheiros Agrônomos e Técnicos que emitem receituário no estado reforçando os cuidados exigidos em lei.   Também o CREA colocou em seu site na internet três Boletins Eletrônicos com esse mesmo tema e objetivo de uso racional de Agrotóxicos por recomendação do Ministério Público.
     Ao demonstrar os riscos dos agrotóxicos na periferia das cidades citaram o caso da Santa Casa de Campo Mourão que fica na periferia e tem unidades de atendimento oncológico e maternidade dentre as atividades e não longe desta, se aplicava agrotóxicos com menos atenção aos riscos do que o caso merece.
     Campo Mourão tem ao redor de 75 propriedades rurais que fazem divisa com o meio urbano.   Eles tem uma lei do final dos anos 90 já sobre esse tema.   Faixa de 100 metros entre área de aplicação e zona urbana.
     A Promotora destacou que eventualmente pode haver alguma perda para os produtores mas disse que o interesse coletivo se sobrepõe ao individual.     E que havendo pessoas afetadas estas tem o caminho de reclamar às autoridades e estas tem o dever de tomar providências. 
     Nessa leva de criação da Lei de Proteção Verde recente há 10 municípios da região que já criaram a lei e há outros em discussão do tema.     Ela disse que em contato com o PARANÁ CIDADE, órgão do governo estadual, foi informado que os municípios terão que constar em seus Planos Diretores, diretrizes sobre esse tema da proteção contra os agrotóxicos.
     PRONARA – Programa Nacional de Redução dos Agrotóxicos
     Aberta a palavra aos presentes.    O Eng.Agr. Djalma, da equipe de Cooperativa local de Campo Mourão usou a palavra.     Ele que também é Advogado, levou em mãos cópias de alguns laudos e disse que havia algumas distorções na questão do número de aplicações de agrotóxicos.   Disse que as ações tem que ser pautadas na “verdade”.    Falou inclusive que há recomendação de produtos em mistura de tanque na qual se usa mais de um produto numa mesma aplicação.  
     Fala do colega Eng.Agr. Edinei da Emater.   Falou de MIP Manejo Integrado de Pragas, processo consagrado há tempos, para racionalizar o uso de agrotóxicos.   Ele destacou que há lei federal que trata do uso racional de agrotóxicos no sentido de proteção das pessoas e meio ambiente e que eventuais desvios podem resultar em penalidades aos faltosos, inclusive aos agentes públicos em caso de omissão.
     Serão instalados Comitês Técnicos-Científicos com abrangência em averiguações em agrotóxicos em relação ao ar, água, solo, produtos agrícolas, etc.    Assim as discussões ficam com mais embasamento.
     Consta que na página do IPARDES (órgão estadual que coleta e tabula estatísticas sócio-econômicas) na internet há dados importantes sobre Saúde por município.  Idem na ADAPAR.
     Como exemplo citado pela promotoria de casos extremos de uso de Receituário Agronômico por um só profissional:   Em Luiziana houve caso de 4.000 Receitas/1 profissional/ano.   Já em Ibiporã houve caso de 11.000 Receitas.   São pontos bem fora da curva, mas servem de alerta.
     O Sr Jonas, advogado, ligado à prefeitura de Altamira do Paraná, parabenizou a Promotora pelas ações.
     Foi destacado lá que os herbicidas (mata mato no popular) costumam ter efeitos mais visíveis pelas pessoas do entorno porque os danos são mais visíveis em plantas domésticas dos atingidos e estes reclamam.    Mas há risco em casos invisíveis de produtos que tem efeito cumulativo e de longo prazo nas pessoas.
     O Eng.Agr. Gilberto Bramisso que é da região, disse que já foi do CREA PR e opinou que este evento é uma discussão política e legal.    Pede que haja mais embasamento técnico.
     Sobre as cidades crescendo sobre a zona rural, o colega da Emater lembrou que todo novo loteamento é aprovado pela lei e em audiência pública. 
     A representante da prefeitura de Roncador-PR    (Camila) destacou que no seu município, um lado tem bastante pequenos produtores e isto causaria dificuldade aos mesmos para eventual implantação de Barreira de Proteção Verde.      Mas lá foi dito que não se proíbe plantar na faixa e a agricultura orgânica nesta é uma das alternativas.
     Programa PAR    Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos
     É um programa federal em curso.    Citado que o estado do PR tem também um programa estadual dentro dessa mesma linha.     Que análises são caras e dificultam a expansão do programa.
     Fala do Eng.Agrônomo pesquisador da Embrapa – Dionisio Gaziero que participou da CEA do CREA PR como Conselheiro Titular e do Grupo de Trabalho Agrotóxicos na mesma.    Ele disse que a iniciativa da Promotoria é bom e ele acha que há distorções no aspecto técnico da condução da matéria e que devem ser corrigidas para obtenção de melhores resultados para a comunidade.    Seguir a tecnologia de aplicação de agrotóxicos com mais profissionais de assistência técnica aos produtores será de grande valia.    Disse que o produtor rural precisa de assistência técnica e também ser fiscalizado para que ele faça a parte dele conforme determina a lei.   Não eximí-lo da parte que tem de responsabilidade no uso racional de agrotóxicos.    Ele se coloca à disposição para ajudar a buscar esse rumo de ação mais racional e segura.
     Falou-se na necessidade de haver mais treinamento para aplicadores de agrotóxicos e também foi dito que houve promoção de eventos do gênero na região e houve pouca demanda por parte dos produtores rurais.
     O Eng.Agrônomo Djalma, da Cooperativa local, falou de treinamento de aplicadores.  Lamentou que na atualidade está muito um Nós e Eles, meio que um confronto na sociedade e isso contamina os outros temas.  
     O Eng. Agrônomo Batilani, Presidente da Câmara de Campo Mourão usou a palavra e fez considerações sobre o problema e lembrou que no passado os agrotóxicos eram bem mais agressivos que os de hoje.   Que há ações a realizar para que os mesmos sejam usados com critério para o benefício de todos.
     Esta foi uma resenha do que eu vi e ouvi e anotei de forma resumida e espero com a mesma passar uma idéia do que foi discutido naquele evento.   
             orlando_lisboa@terra.com.br      Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
                                          Curitiba PR.       Conselheiro Titular do CREA PR
(Conselheiro – cargo exercido sempre de forma voluntária e não remunerada)
    


    
    



terça-feira, 20 de março de 2018

SEMINÁRIO INTERNACIONAL - VIVA SEM AGROTÓXICOS - CURITIBA PR 13 A 15-03-18 - RESENHA DAS PALESTRAS

RESENHA DA PRIMEIRA PARTE DO SEMINÁRIO  INTERNACIONAL “VIVA SEM VENENO” -  CURITIBA – PR      AUDITÓRIO DA UTFPR – 13 A 15-03-18
     Anotações feitas pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
     O evento teve sua abertura por volta das 14.30 h num anfiteatro da UTFPR Campus de Curitiba-PR.    As pessoas que consegui anotar da composição da mesa de abertura:
     Ana Gabriela Oliveira de Paula – do MPT Ministério Público do Trabalho
     Eng.Agr. Florindo Dalberto – Presidente do IAPAR Instituto Agronômico do PR.
     Paulo Costa Santana – representando o Secretário Estadual da Saúde – SESA
     Paulo de Oliveira Perna – Professor da UFPR – do Observatório do Uso de Agrotóxicos e Consequências para a Saúde Humana e Ambiental do Paraná / Núcleo de Saúde Coletiva da UFPR Universidade Federal do Paraná
     Roberto Baggio – representante do MST no estado do Paraná
     Everaldo da S.Onidoni
     Ligia do Prado -  da APREA Associação Paranaense dos Expostos ao Amianto
     Deputados estaduais:Rasca Rodrigues (PV), Tadeu Veneri (PT) e Pericles Melo (PT)
     Este Seminário foi lançado no Forum Nacional Contra Agrotóxicos.   O Forum  em 30 meses com página na Internet já teve mais de 70.000 acessos.    Foi impulsionado inclusive pela apresentadora Preta Gil que colocou o tema dos resíduos de  Agrotóxicos nos alimentos na TV e deu forte repercussão.       www.vivasemveneno.com.br
     Fala do Professor Paulo Perna da UFPR -   Em sua fala de abertura do evento ele diz que ao seu ver o problema dos agrotóxicos é hoje o maior problema de saúde pública no Brasil.   Destaca a força mundial dos fabricantes de agrotóxicos.   As contaminações no ser humano de forma aguda, que aparecem de imediato, são as que mais aparecem nos serviços de saúde.   Por outro lado, há o problema das intoxicações crônicas que vão ocorrendo de forma lenta e cumulativa prejudicando a saúde da pessoa e que são menos detectadas pela Saúde oficial.
     A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná, presente no evento, destacou que nosso estado tem grande número de pequenos produtores da Agricultura Familiar.     Eles buscam apoiar para que cada vez mais esses agricultores migrem para a Agricultura Orgânica que reputam como Produtora de Vida.   Há núcleos nesse esforço em várias partes do PR e União da Vitória-PR tem um desses núcleos.   Disse o representante sobre o slogam deles:   “Produzir  o alimento sagrado e viver em comunhão”.   No ano Jubilar de 2000 já tinham ações nessa linha.
     Fala do Roberto Baggio do MST do Paraná -  Disse que o modelo atual de agricultura é pernicioso e compromete nosso futuro.   O desafio é como construir a Matriz de produção agropecuária com a Agroecologia.     Os esforços deles seguem essa linha.  Destacou que os quilombolas e os índios fazem agricultura Orgânica.
     Destacou os agricultores como guardiões de sementes e por isso, guardiões da vida.
     Fala da Ligia do Prado – da APREA -   disse que tem casos de pessoas da família dela inclusive com problema de saúde em função de resíduos de agrotóxicos.    Falou de depressão e gente com vontade de se suicidar.
     Contei por alto, por filas de cadeiras, de forma aproximada, entre 280 e 300 pessoas presentes, geralmente lideranças de várias entidades que se identificam com a causa.
     O Eng.Agrônomo Nelo estava presente e ajudou na secretaria do evento.
     Fala do Eng.Agr. Florindo Dalberto do IAPAR
     Parabenizou e agradeceu aos organizadores do evento que convidaram o IAPAR para o mesmo.  Disse que o IAPAR tem em seu dna a Agricultura Conservacionista que objetiva preservar, melhorar e adotar o Manejo Integrado de Solos, manejo integrado da água.    A busca da resposta para a pergunta:  Como melhorar os Agrossistemas?
     Destacou que o governo do estado tem o CPRA Centro Paranaense de Referência em Agroecologia.    Disse também que o Seminário aqui é um espaço para se debater a questão.
     Fala do Sr.Paulo Costa Santana – da Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Paraná.       Disse que eles tem algumas ações nessa área.   Vão fazer oficina sobre o tema ainda neste mês de março em Cascavel-PR.    Disse que no evento de Cascavel o Dr. Angelo e Dr Ciro que são do Ministério Público do Paraná estarão presentes.    Uma das pautas é a Proteção dos Mananciais.
     Há um GT Grupo de Trabalho interdisciplinar do qual fazem parte inclusive produtores rurais.
     No Paraná a sociedade está cobrando das autoridades, ações para defende-la contra os problemas advindos dos agrotóxicos da forma que estão sendo utilizados.
     Ainda nas falas da abertura, a Professora Angela Emilia de Almeida, da anfitriã UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná, deu as boas vindas a todos.   (12 pessoas na mesa de abertura, sendo 4 mulheres e oito homens)
     A Reitora em exercício da UTFPR, Professora Vanessa Ishikawa Ivasato usou a palavra.      A origem da UTFPR vem de 1909 com a escola de artífices e ofícios, que depois passou a Liceu Paranaense, em seguida CEFET Centros Federais de Educação Tecnológica e a atual UTFPR.     A UTFPR  tem foco na parceria com a sociedade.  Alianças estratégicas, inclusive para promover eventos como este.   A busca de melhorar a vida das pessoas.   Está a Instituição chegando aos 38.000 alunos entre curso médio e superior, mestrado, etc.   São ao redor de 4.000 servidores e tem campus em 13 municípios do PR.    Demonstra gratidão para com a sociedade.    Praticam o Ensino, a Pesquisa e a Extensão.    Disse que é uma grande honra, ela, mulher no Vice comando de uma entidade (UTFPR) mais que centenária no cômputo das diferentes etapas da mesma.   Encerra sua fala de boas vindas com as palavras:    “Sejam muito bem vindos!  Paz e bem!”
     Fala do Reitor da UFPR  Universidade Federal do Paraná, Professor Ricardo Marcelo Fonseca .   Saudou os presentes e lamentou que a mídia vem dando destaque desmedido a problemas ocorridos em gestão anterior na UFPR.      Disse que é papel da Universidade ajudar a pensar.   Que ela é um espaço contra hegemônico e um espaço de ação.
     Fala de uma Promotora de Justiça  (do Tribunal Regional do Trabalho) que estava na mesa de abertura:    Na fala dela destacou ações do geógrafo Milton Santos na linha de incentivar a ação do homem contra ações que sejam destrutivas do próprio homem e do meio ambiente.   Disse que a Sustentabilidade deve estar no contexto das ações.   Ela atua em Irati-PR.
     Fala do Dr. Glauco – da chefia do MPT Ministério Público do Trabalho do PR.
          Ele é o chefe da Dra. Margaret Matos que é integrante do MPT em Curitiba e que atua de longa data nessa linha da busca da cidadania defendendo o trabalhador urbano e rural contra toda forma de degradação do ambiente e relações de trabalho.     Ele destacou que sendo chefe dela, acompanha e apoia esse trabalho que vem sendo  realizado.     Busca-se inclusive condição de trabalho saudável e alimento saudável.
     Encerradas as falas da mesa de abertura, antes de desfaze-la para dar início às palestras programadas, agricultores familiares que estavam expondo alguns produtos orgânicos no saguão da UTFPR presentearam as autoridades da mesa com cestas de produtos.
     OBS -  Eu, Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida, na qualidade de Conselheiro Titular do CREA PR e Gestor da Fiscalização da área de Agrárias do mesmo, me identifiquei como tal na Secretaria do Evento e esta na abertura fez constar aos presentes esta participação no plenário.
     Este relato está sendo publicado no blog   www.resenhaorlando.blogspot.com.br

(também no blog já há mais quatro matérias com falas de palestrantes em temas específicos no evento em pauta.   Haverá mais umas cinco ou seis falas que também serão publicadas por etapas na medida que sejam colocadas no Word)

           Orlando – Curitiba – PR.      (41)  999172552   orlando_lisboa@terra.com.br