capítulo 17/20 - novembro de 2020
271 – O
reu enviou carta ao presidente de Israel pedindo clemência. Recebeu de várias entidades, carta apoiando
o pedido de clemência. Buscava-se
evitar a pena de morte para o caso.
Sem negar culpa do reu.
Algumas
entidades que enviaram carta de solidariedade: Conferência Central de Rabinos
Norte-Americanos; Representantes do Judaismo Reformado de Israel; um grupo de
professores da Universidade Hebraica de Jerusalém, chefiado pelo Professor
Martin Buber.
Dia
29-05-1962 – segundo julgamento do reu.
O presidente de Israel não aceita o pedido de clemência. Dia 31-05-1962 o réu é enforcado pouco antes
da meia noite. Seu corpo foi cremado e
suas cinzas foram espalhadas no Mar Mediterrâneo fora das águas
israelenses. Foi enforcado na quinta
feira porque na sexta, sábado e domingo são dias sagrados nas principais
religiões de Israel.
Eichmann
foi para o cadafalso com grande dignidade.
Sobre o capuz preto, ele dispensou.
“Não preciso disso”.
...”expressando assim de maneira comum dos nazistas que não era cristão
e não acreditava na vida depois da morte”.
No final do final, deu um Vila à Alemanha; um Viva à Argentina e um Viva
à Austria.
“Foi
como se naqueles últimos minutos estivesse resumindo a lição que este longo curso de maldade humana nos
ensinou – a lição da temível banalidade
do mal, que desafia as palavras e os pensamentos”.
275 –
EPÍLOGO
“O
objetivo de um julgamento é fazer justiça, e nada mais”.
Fora
disso... “só pode deturpar a finalidade
principal da lei: pesar as acusações contra o reu, julgar e determinar o
castigo devido”.
...”o
processo judicial tem seus próprios meios que são determinados pela lei, e que
não mudam, seja qual for a matéria do julgamento”.
276 – Se
fosse para ser julgado por crime contra a humanidade, o fórum era o tribunal
internacional, não o de Israel.
278 – As
duas bombas atômicas lançadas pelos USA no Japão são “crimes de guerra” no
sentido da Convenção de Haia.
278
- ...”os Tribunais Internacionais
Militares eram internacionais só no nome, sendo de fato cortes dos vitoriosos,
e a autoridade de seu julgamento, duvidosa em qualquer caso...”
281 – O
nome do tribunal de Nuremberg que julgou muitos criminosos nazistas após a
guerra: Tribunal Militar Internacional
de Nuremberg. “Foi instituído para
criminosos de guerra...”
282
- “o advogado que defende um assassino
não defende o assassinato”.
282 –
Curiosamente os crimes foram cometidos contra judeus, antes da existência legal
do Estado de Israel, este que foi criado depois da II Guerra Mundial, portanto
após 1945. Por outro lado, a Nação dos
judeus sempre existiu.
283 – Da
retórica da acusação: “que o julgamento
fora instaurado não a fim de satisfazer as exigências da justiça, mas para
aplacar o desejo e talvez o direito de vingança das vítimas”.
Mesmo
que a vítima perdoe, tem que o Estado agir e processar (dentro de sua jurisdição).
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continua no capítulo 18/20