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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

CAP. 03/10 - fichamento - livro - MODERNIDADE LÍQUIDA - Autor: Filósofo e Sociólogo ZYGMUNT BAUMAN - Edição original ano 2000

 CAP. 03/10           - leitura em janeiro de 2021

                   Página 56 - ...” a hoje quase vazia ágora – o lugar de encontro, debate e negociação entre o indivíduo e o bem comum, privado  e público.”

         A Teoria Crítica Revisitada

         “São a busca ativa do valor de mercado e a urgência do consumo imediato que ameaçam o genuíno valor do pensamento”.

         Adorno, quando residindo nos USA cita:   “Todo intelectual emigrado está, sem exceção, mutilado”.

         A Crítica da Política – Vida

         Página 64 – Cap. 2 – Individualidade

         70  - Coloca-se aqui também o “dilema” recorrente entre o cenário da ficção de Orwel em 1984 e a ficção de Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo.   Eram dois visionários distópicos.  Mundos diferentes como água e vinho.   O mundo descrito por Orwell, de miséria e destituição, de escassez e necessidade;  já o de Huxley – era uma terra de opulência e devassidão, de  abundância e saciedade.

         Em Orwell – mundo de pessoas tristes e assustadas.  Em Huxley, de pessoas despreocupadas e alegres.   Entre elas, o compartilhamento  - o pressentimento de um mundo estritamente controlado.

         “ – de uma pequena elite que mexia todos os cordões .... movendo pessoas/marionetes”.

         Em ambos mundos de ficção:  O fato de o futuro trazer menos liberdade, mais controle, vigilância e opressão não estava em discussão”.

         71 – “Em carta de 1769 a Sir Horace Mann, Horace Walpole escrevia que ´o mundo é uma comédia para os que pensam, e uma tragédia para os que sentem´ ”.

         72 – Capitalismo – Pesado e Leve

         76 – “Como disse o economista de Sorbonne (na França), Daniel Cohen:  Henry Ford... dobrar os salários... não seria no propósito de que cada empregado pudesse comprar um carro Ford... seria porque estava havendo muita rotatividade da mão de obra e para reduzir isso, resolveu aumentar os salários...

         O capitalismo pesado é representado aqui pelo tempo em que grandes indústrias tinham fábricas enormes com produção em série e empregos duradouros.    Hoje no “capitalismo leve”, mundo com internet, o emprego pode ser uma pasta, um celular e mobilidade.

         Sub Título:  Tenho carro, posso viajar   (a serviço)

         “Estar inacabado, incompleto e sub determinado é um estado cheio de riscos e ansiedade, mas seu contrário também não traz um prazer pleno, pois fecha antecipadamente o que a liberdade precisa manter aberto”.

         Perdas e Ganhos

         ...”nenhum marinheiro pode alardear ter encontrado um itinerário seguro e sem riscos.”

         (o autor traça um cenário dentro do capitalismo leve em que as escolhas das pessoas em termos de trabalho são quase infinitas, mas ao menos neste ítem ele não coloca os laços de família, amizades no entorno e tudo o mais.  Talvez isso será discutido em capítulo adiante)

         Sub Título – Pare de me dizer; mostre-me!

         “Os erros podem ser muitos, mas a verdade é só uma”.

         Auto ajuda.   Cita frase de Melody Beattie, em livro de 1987. Ela aconselha:   “A maneira mais garantida de enlouquecer é envolver-se com assuntos de outras pessoas, e a maneira mais rápida de tornar-se sábio e feliz é cuidar dos próprios”.   (deixa de lado um princípio da fraternidade cristã, em termos, que envolve acudir o próximo...)

         E o autor cita alguém que reforça essa linha:   Samuel Butler, que diz:

         “No fim, o prazer é melhor guia que o direito e o dever”.

 

         Continua no capítulo 04/10

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

CAP. 02/10 - fichamento - livro - MODERNIDADE LÍQUIDA - Autor: Filósofo e Sociólogo ZIGMUNT BAUMAN - Edição original ano 2000

 CAP. 02/10            leitura em janeiro de 2021

         “Como observou Arthur Schopenhauer, a realidade é criada pelo ato de querer, é a teimosa indiferença do mundo em relação à minha intenção, a relutância do mundo em se submeter à minha vontade...   que resulta na percepção do mundo real, constrangedor, limitante e desobediente...”.

         ... sentimo-nos livres na medida em que a imaginação não vai mais longe que nossos desejos e que nem uma nem os outros ultrapassam nossa capacidade de agir”.

         Página 27 - ... a suposição de que as pessoas podem ser juízes incompetentes de sua própria situação.

         Sub título – As bençãos mistas da liberdade

         ... um ser humano dispensado das limitações sociais coercitivas é uma besta e não um indivíduo livre; e o horror que ele gera vem de outra suposição:  a de que a falta de limites eficazes faz a vida detestável, brutal e curta – e assim, qualquer coisa, menos feliz”.

         Durkheim cita:   “O indivíduo se submete à sociedade e essa submissão é a condição de sua libertação”.

         ... grande e inteligente força da sociedade, sob cuja proteção se abriga”.     “A liberdade não pode ser ganha contra a sociedade”.

         31 – “Uma vez que as tropas da regulamentação normativa abandonam o campo da batalha da vida, sobram apenas a dúvida e o medo”.

         “A rotina pode apequenar mas ela também pode proteger”.   (no popular se diz que a pessoa está em sua zona de conforto).   A frase é de Richard Sennett.

         Sennett acrescenta:  “Imaginar uma vida de impulsos momentâneos, de ações de curto prazo, destituída de rotinas sustentáveis, uma vida sem hábitos é imaginar de fato, uma existência sem sentido”.

         38 – Cita George Orwell e seu livro 1984.    A distopia de Orwell.

(distopia: lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação; antiutopia)

         41 – Modernidade...   colapso gradual e o rápido declínio da ilusão moderna: da crença de que há um fim do caminho em que andamos... da mudança histórica, um estado de perfeição a ser atingido...  algum tipo de sociedade boa, sociedade justa e sem conflitos...

         Antes se pensava em sociedade justa; mais recente, se destaca o mote dos direitos humanos, isto é, voltando o foco daquele discurso ao direito dos indivíduos permanecerem diferentes e de escolherem à vontade seus próprios modelos de felicidade e de modo de vida adequado.

         43 – O indivíduo em combate com o cidadão.   “A apresentação dos membros como indivíduos é a marca registrada da sociedade moderna”.

         48 - ... “frustrante e perturbadora em vista do aumento de poder que se esperava que a liberdade trouxesse.”

         “Quem sabe não seria um remédio manter-se como no passado, ombro a ombro e marchar unidos?”

         “Pode-se dizer que desde o começo são moldadas de tal forma que lhes faltam interfaces para combinar-se com os problemas das demais pessoas”.

         ...” como livrar-se de um vício que não dá mais prazer ou de parceiros que não são mais satisfatórios”.

         ... “e que a vida de todo mundo é cheia de riscos que devem ser enfrentados solitariamente”.

         No passado, Tocqueville:    ...”libertar as pessoas pode torna-las indiferentes.   O indivíduo é o pior inimigo do cidadão, sugeriu ele”.     O cidadão é uma pessoa que tende a buscar o seu próprio bem estar através da cidade – enquanto o indivíduo tende a ser morno, cético ou prudente em relação à causa comum, ao bem comum, à boa sociedade, à sociedade justa.”

         ...”individualização parece ser a corrosão e a lenta desintegração da cidadania...”

         52 – “Ser um indivíduo ´de jure´ significa não ter ninguém a quem culpar pela própria miséria...

         “Viver diariamente com o risco de autorreprovação, e do autodesprezo não é fácil”.

         “Nosso tempo é propício aos bodes expiatórios – sejam eles políticos que fazem de suas vidas privadas uma confusão...”

         Ágora – aquele lugar intermediário, público/privado, onde a política-vida encontra com a Política com p maiúsculo, onde os problemas privados são traduzidos para a linguagem das questões públicas e soluções públicas para os problemas privados são buscadas, negociadas e acordadas”.

         Continua no capítulo 03/10

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

CAP. 01/10 - fichamento - livro - MODERNIDADE LÍQUIDA - Autor: Filósofo e Sociólogo - ZYGMUNT BAUMAN - Edição 2014 no BR

         FICHAMENTO – LIVRO – MODERNIDADE LÍQUIDA

                   Capítulo 01/10                  publicação no blog     25-01-2021 

         Ganhei este livro dos meus sobrinhos Kiane e Rafael Forsetto e agora estou lendo.   O autor é versado em Sociologia e Filosofia sendo que esta última também me atrai, mas reconheço que requer bastante esforço de abstração e análise para tentar captar um tanto da mensagem.   

         Vai indo do meu jeito e estou gostando da obra.     O autor polonês, viveu entre 1925 e 2017 e escreveu uns quarenta livros geralmente traduzidos para o português.   Eu estou lendo uma obra dele pela primeira vez.     Início da leitura dia 20-01-2021 e final previsto para 05-02-2021.  

         Seguem os destaques que fiz ao meu critério de leitor:

         Este livro foi editado inicialmente em 2000 e esta edição que estou lendo é de 2014, da editora Zahar.      

         O autor divide o livro em 5 capítulos para suas 280 páginas.

         1 – Emancipação; 2 – Individualidade; 3 Tempo/Espaço; 4 Trabalho e 5 – Comunidade.

         Página 7 – Prefácio -   Datado de 1999.   Título do prefácio:   “Ser leve e líquido”

         10 – Cita o Ancien Régime do autor Tocqueville.  (França, 1805-1859)  - “Os primeiros sólidos a derreter e os primeiros sagrados a profanar eram as lealdades tradicionais, os direitos costumeiros e as obrigações que atavam pés e mãos, impediam os movimentos e restringiam as iniciativas”

         Agora o autor deste livro:   “... construir uma nova ordem verdadeiramente sólida...  deixar restar só o nexo do dinheiro...   deixava toda a complexa rede de relações sociais no ar – nua, desprotegida... exposta...  ordem econômica...   essa ordem veio a dominar a totalidade da vida humana....

         12 - ,,,”nem através da colonização da esfera privada pelo sistema...

         Ano 1999, Ulrich Beeck...   modernização da modernização...   “categorias zumbi  (zumbi – guerreiro virtual), que estão mortas e ainda vivas.   Ulrich menciona:   “família, a classe e o bairro como principais exemplos do  novo fenômeno”.

         14 – “Na verdade nenhum molde foi quebrado sem que fosse substituído por outro”.

         15 – “Os poderes que se liquefazem passando do ´sistema´ para a sociedade, da política para as políticas da vida – ou desceram do nível macro para o nível micro do convívio social.”

         A nossa.... uma versão individualizada...  de modernidade, e o peso da trama dos padrões e responsabilidade pelo fracasso caem principalmente sobre os ombros dos indivíduos.

         20 – As guerras tendem a ser mais por ataque aéreo...

         “A guerra hoje, pode-se dizer, parece cada vez mais uma promoção do livre comércio por outros meios”.

         21 – Citou Ibn Khaldoun, no século XIV em que os nômades  eram considerados superiores por estarem longa dos vícios dos assentados.   Na atualidade os nômades são vistos como muito inferiores...   “arrastando-se nos degraus mais baixos da escala evolutiva...”

         Ao longo do estágio sólido da era moderna, os hábitos nômades foram mal vistos.   A cidadania andava de mãos dadas com o assentamento...   A era da superioridade incondicional do sedentarismo sobre o nomadismo e da dominação dos assentados sobre os nômades está chegando ao fim.

         Futuro do nomadismo, da fluidez, sem tomadas (plug de eletricidade) e cada um com sua bateria portátil para seus equipamentos...

         “Esta parece ser a distopia   (lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação; antiutopia.)  feita sob medida para a modernidade líquida – e capaz de substituir os terrores e pesadelos de George Orwell e de Aldous Huxley.

         Página 25 – Capítulo 1  (junho de 1999) – Emancipação

         “Como observou Arthur Schopenhauer, a realidade é criada pelo ato de querer, é a teimosa indiferença do mundo em relação à minha intenção, a relutância do mundo em se submeter à minha vontade...   que resulta na percepção do mundo real, constrangedor, limitante”.

         Continua no capítulo 02/10

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

CAP. 17/17 (FINAL) - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Autora: Jornalista americana - MICHIKO KAKUTANI - Edição 2018

CAP. 17/17 (FINAL) - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Notas sobre a Mentira na Era Trump - autora: jornalista americana MICHIKO KAKUTANI - Detentora do Prêmio Pulitzer de Jornalismo de 1998

“As mentiras de Trump, seus esforços para redefinir a realidade, a violação de normas, regras e tradições, sua normalização do discurso de ódio, seus ataques à imprensa, ao judiciário, ao sistema eleitoral... causou uma deterioração mais forte e mais rápida dos padrões democráticos norte-americanos do que qualquer outro momento que se tenha registro”.

O presidente faz um estrago interno com projeção internacional.

(esse filme se parece com um que andamos vendo aqui no Brasil...)

211 – Quando ele tiver deixado o cargo, terá causado às instituições norte-americanas (a autora diz isso em 2018) e à política externa do país um dano que levará anos para ser superado”.

O ambiente nos USA na era Trump, mas que já vinha numa crescente na sociedade – crescente polarização política; profusão de fake News na internet; isolamento em bolhas. Trump apeando do cargo de presidente não altera muito esse cenário que faz parte da sociedade dos USA.

...”desinformação... se enraizou numa cultura em que o ensino de história e do civismo está atrofiado”.

Os ânimos do povo americano estão se exaltando e lá eles tem o fenômeno dos estados “republicanos” e os “democratas” como tendência dos respectivos eleitores.

Palavras de George Washington ... séculos atrás: “E as duas outras pedras angulares da democracia planejada pelos fundadores seriam cruciais para criar um público informado, capaz de escolher seus líderes com sabedoria: educação e uma imprensa livre e independente”.

Thomas Jefferson lá em seu tempo escreveu: ... “ o homem pode ser governado pela razão e pela verdade. ... o mais eficaz dos caminhos tem sido a liberdade de imprensa.”

Justamente por isso, diz a autora deste livro, a imprensa é a primeira a ser calada por aqueles que temem a investigação de suas ações.

“Sem verdade, a democracia é tolhida. Os fundadores dos USA reconheciam isso e aqueles a favor da sobrevivência da democracia deveriam reconhecer o mesmo hoje”.

FIM. 20/01/2021

(coincidiu com o fim do mandato do republicano Trump e posse do seu opositor democrata Biden).

P.S. – próxima leitura com fichamento em capítulos: Modernidade Líquida – autor Zygmunt Bauman – Editora Zahar – 280 páginas) 

CAP. 16/17 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Autora: Jornalista americana MICHIKO KAKUTANI - Edição 2018

CAP. 16/17

         Página 194 -  O novo niilismo... “são pessoas ganhando dinheiro criando fake News – com ganhos estimados em mais de dez mil dólares por mês obtidos por meio de anúncios on line”.

         Exemplo:   A NPR National Public Radio relatou que uma matéria fictícia com a manchete:  “Agente do FBI suspeito de vazar e-mails de Hillary é encontrado morto em suposto suicídio”.   Essa mensagem (fake) foi espalhada quase meio milhão de vezes pelas redes sociais.   Quem criou essa mentira foi a empresa californiana Disinfomedia, cujo fundador Justin Coler afirmou que montou a empresa para mostrar que as fake News se espalham rapidamente e acabou “gostando” do negócio.  Diz que tentaram colocar a empresa a serviço os liberais mas não teve o sucesso esperado...  No dizer dele:  “mas esses esforços não produziram conteúdos de disseminação viral como acontece com matérias destinadas aos apoiadores de Trump”.

         196 – “Em uma conferência da direita alternativa em novembro de 2016, o supremacista branco Richard Spencer terminou seu discurso gritando “Hail Trump! Hail nosso Povo!  Hail à Vitória!”    (cunho nazista)

         Quando depois foi questionado, disse que foi  “feita claramente em um senso de ironia e exuberância”.

         Site neonazista The Daily Stormer que visa “espalhar a mensagem do nacionalismo e do antissemitismo para as massas”.   No manual de orientação aos redatores do site:  “sempre culpem os judeus por tudo”.   “Os não doutrinados não devem saber se estamos brincando ou não”.

         “Trump, claro, é um troll tanto pelo temperamento quanto pelo hábito”.    ....”que vive numa bolha autocentrada e recebe a atenção que deseja atacando seus inimigos...”.  ... trollando mesmo como presidente.  Um dia foi chamado de “maior troll de todo o Twitter, ele respondeu:  “que grande elogio!”.

         205 – Epílogo      -  Cita frase de Aldous Huxley, autor do livro O Admirável Mundo Novo e cita também Robert Orwell em seu livro 1984.

         Orwell colocava em sua ficção um povo governado pelo Grande Irmão, sem liberdade e na alienação, não tendo acesso à verdade.

         Huxley e o ...Mundo Novo coloca na ficção a liberdade e a vida fútil e tudo o mais.   A autora resume:

         “Orwell temia aqueles que nos privariam de informações, escreveu Postman.  Já Huxley temia aqueles que nos dariam tantas informações que seríamos reduzidos à passividade e ao egoísmo”.

         210 – No ano que Trump tomou posse, o livro de Hannah Arendt chamado Origens do Totalitarismo esteve entre os mais vendidos nos USA. O livro foi publicado originalmente em 1951 mas dava pistas do presente...

         “As mentiras de Trump, seus esforços para redefinir a realidade, a violação de normas, regras e tradições, sua normalização do discurso de ódio, seus ataques à imprensa, ao judiciário, ao sistema eleitoral...   causou uma deterioração mais forte e mais rápida dos padrões democráticos norte-americanos do que qualquer outro momento que se tenha registro”.

         O presidente faz um estrago interno com projeção internacional.

         (esse filme se parece com um que andamos vendo aqui no Brasil...)

 

         Continua no capítulo final  17/17 

CAP. 15/17 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Autora Jornalista americana MICHIKO KAKUTANI - Edição 2018

 CAP. 15/17

         Página 172 – Steve Bannon, conselheiro de Trump atualmente afastado e ex diretor executivo da Breitbart News, certa vez descreveu a si mesmo para um jornalista como “um leninista”  (eu como leitor diria que isso serve bem para enganar os incautos que não conhecem história, pois Bannon é de direita explícita)

         173 -  Como autores de ideias negativas a autora deste livro de certa forma mistura Lênin (e o comunismo)  com Hitler (de direita e nazista), o que é um disparate em termos de história e de ciência política.

         176 – Critica canais como RT e Sputnik News como não confiáveis.  “São mais uma mistura de infoentretenimento e desinformação do que jornalismo..”.   Consta que certos canais russos por não terem compromisso com a fundamentação, tão logo ocorre um fato de destaque, eles dão a roupagem no estilo deles e já colocam na web, muitas vezes na frente dos noticiários que zelam pela qualidade da veiculação.

         177 – Cita o ex campeão de xadrez russo e líder pró-democracia em Twitter de dezembro de 2016 - Garry Kasparov tuitou:  “O objetivo da propaganda moderna não é apenas desinformar ou disseminar ideias específicas.   É esgotar o pensamento crítico para aniquilar a verdade”.

         ...”deixar todos exaustos de notícias, uma estratégia perfeitamente pensada para a nossa era de déficit de atenção e da hiperinformação.”

         Surkov em um ensaio argumenta que a fase república de Roma não conseguiu se manter pelo “emaranhado” da separação de poderes e acabou se transformando em Império, que centraliza o poder.    “De forma agourenta, insinua que os USA também estão apenas esperando para serem resgatados do caos crescente por “uma mão forte”.    Um argumento que dialoga com o pensamento de uma filosofia antidemocrática de direita dos USA conhecida como Neoreaction ou NRx, que reúne pessoas a favor da ascensão de um líder que administraria o país como uma espécie de CEO sem restrições”.     (como leitor, seria voltar séculos aos velhos Impérios...)

         187 – Capítulo 9 – A Felicidade dos Trolls com a desgraça alheia

         Citação de abertura do capítulo:   “Introduza um pouco de anarquia.  Perturbe a ordem vigente, e tudo se torna o caos.  Eu sou um agente do caos”.    Autor:   Frase do personagem Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas.

         189 – Povo americano e desilusão com o sistema político... adicionado a um sentimento de estranhamento em um mundo que sofre com a mudança tecnológica, a globalização e o excesso de informações.

         O baque que os americanos sentiram com a crise de 2008 por eles mesmos provocada...

         190 – “Como seus próprios livros deixam claro, Trump é completamente desprovido de empatia, e sempre teve uma visão de mundo em que é cada um por si”.    O pai de Trump já era do olho por olho, dente por dente.   O seu primeiro mentor (de Donald Trump) foi Roy Cohn que lhe deu o seguinte conselho:  quando estiver em apuros: ataque, ataque, ataque.

         Livro de Donald Trump – Think Big.   No trajeto de homem público... insulta imigrantes, muçulmanos, mulheres e afro-americanos.   ... parte de sua pauta é dominada pela negatividade, pela necessidade de desfazer o legado do presidente Obama – inclusive a saúde pública e a proteção ao meio ambiente.  (como leitor:  parece que vi este filme por aqui também...)

         192 – Fazer a América Ótima Novamente (slogan de campanha) é na prática querer voltar aos anos 50, antes do movimento dos direitos civis, do movimento feminista, dos direitos LGBT, do Black Lives Matter.    O presidente não está só nessa linha.  Tem muitos seguidores inclusive congressistas republicanos também.

         Congressistas votando leis fiscais para atender seus financiadores de campanha.     “O deputado Chris Collins disse:   “Meus financiadores estão praticamente me dizendo `faça isso ou nunca mais me ligue de novo`”

         Trump....  “nomeando indivíduos lamentavelmente desqualificados para cargos importantes no governo”.   ... decisões importantes...   perda crescente de fé... e do respeito.... pelas normas e tradições cotidianas e o início de nossa perda de civilidade...

         ,,,”da nossa crescente incapacidade de debater respeitosamente com pessoas que possuam opiniões diferentes das nossas.     Da nossa crescente relutância em dar aos outros o benefício da dúvida, o perdão para um erro inocente e a gentileza de ouvi-las”.

 

         Próximo Capítulo  16/17

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

CAP. 14/17 - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Autora: Jornalista americana - MICHIKO KAKUTANI - edição 2018

 CAP. 14/17

  - fichamento - livro - A MORTE DA VERDADE - Notas sobre a Mentira na Era Trump - Autora: jornalista americana MICHIKO KAKUTANI - Edição de 2018

Pierre Omidyar, fundador do eBay, escreveu que a monetização e a manipulação de informações estão nos afastando rapidamente e encomendou um relatório sobre o efeito das redes sociais sobre a responsabilidade, a confiança e a democracia norte-americana”.

Em ensaio... Roger Mc Namee, um dos primeiros investidores no Facebook, argumentou que a manipulação nas redes sociais do Google e de suas plataformas... e o nível do discurso político, já na sarjeta, ficará ainda pior”.

... as plataformas faturam com seus dados e os comerciais que aparecem nas páginas criam artifícios para “segurar” o leitor pelo maior tempo possível na plataforma e vai montando suas “preferências” e vai lhe dando mais isso em troca de você ficar mais tempo plugado.

“Teorias da conspiração viralizam facilmente nas redes sociais... “assim como mensagens políticas inflamadas e estúpidas”.

“Steve Bannon disse ao jornalista Michael Lewis que Trump não era apenas um homem raivoso, mas que também tinha uma habilidade única de explorar a ira dos outros”. Chavões dele na campanha: “Prendam ela”; Construa o Muro. Isso era pura raiva. Raiva e medo são o que leva as pessoas às urnas. (no país no qual o voto não é obrigatório)

157 – Cambridge Analytica – empresa de dados. Em tempos de internet e os dados que lá circulam. A empresa consegue traçar perfil psicológico de milhões de potenciais eleitores... e influir numa eleição...

O Facebook revelou que os dados de até 87 milhões de pessoas (do seu banco de dados) podem ter sido compartilhados indevidamente com a Cambridge Analytica. (e usados ilegalmente para influenciar em campanha eleitoral...)

158 – Campanha de Trump de 2016. Uso forte das redes sociais. Inclusive com dark posts que só aparecem para os destinatários no Facebook mas não são vistos por outros que veem a página dessa pessoa.

161 – Cita iniciativas em larga escala de russos postando em massa nas redes sociais materiais que beneficiam a campanha de Trump em 2016.

No governo, Trump tentou abolir a norma que exige neutralidade da web e que tem 83% dos americanos que são contra acabar com a neutralidade.

Os russos teriam feito campanha na web nos USA para apoiar a iniciativa de Trump. Foi feita pesquisa sobre os e-mails recebidos pela comissão que deliberou sobre a neutralidade. Verificou-se que entre os e mail, 444.938 comentários vieram de e mail russos. 7,75 milhões vieram de domínios associados ao Fake Mail Generator.com e tinham praticamente o mesmo texto. (sistemas de disparos em massa de forma ilegal)

Há na web verdadeiras fábricas de trolls e exércitos de bots que são usados para espalhar notícias falsas.

Os cenários para as fake News com novas tecnologias. “Vozes já podem ser recriadas a partir de amostras de áudio (inclusive disponíveis na web) e expressões faciais podem ser manipuladas por programas de inteligência artificial. Tecnicamente com esses artifícios, dá para colocar uma pessoa e um diálogo em sua boca, que a mesma não fez.

Embaralha mais a imitação e o verdadeiro; o falso e o real.

8 – Propaganda e Fake News.

Frase de abertura: “Você pode influenciar mais rápido mil homens se apelar para seus preconceitos do que se tentar convencer apenas pela lógica”. Autor da frase: Robert A. Heinlein

169 – A autora destaca ações da Russia na que chama de guerra cibernética, que teria influenciado inclusive algumas eleições na Europa e a eleição de 2016 nos USA.

Fala do pouco conhecido Vladislav Surkov, um ex diretor de teatro pós-moderno que já foi descrito como o “Rasputin de Putin”, o especialista do Kremlin em manipular a opinião pública com uso da propaganda.

“Quase um século após sua morte, o modelo de revolução proposto por Lênin se mostra assustadoramente longevo”. No texto a autora cita a jornalista Anna Applebaum que classifica como grupos “neobolcheviques”, até o que inclui Trump. (como leitor, querer misturar os bolcheviques que eram de esquerda com Trump da direita é uma barca furada teórica)

Continua no capítulo 15/17