CAP 21/22
A autora sugere alternativas de
arrecadação e chega a citar mais pelo lado simbólico que isso possa ter, é
evitar que determinados cargos públicos tenham penduricalhos que elevam de
forma exorbitante os salários num país com tantas carências. Sugere cortes de ministérios etc.
Orçamento – permitir que haja reserva
nos orçamentos para investimentos. Hoje
tem uma PEC (Emenda à Constituição) que
engessa o orçamento. Se deixar o
orçamento engessado como está, em tempos de economia em baixa, arrecada-se
menos e os cortes geralmente são em investimentos e sem investimentos, não
teremos “motor” para ajudar a retomar a economia. Atualmente estamos sofrendo pela falta
desses investimentos.
Há várias alternativas para os
investimentos públicos futuros. Uma
delas é ter um espaço como metas de inflação.
Definimos uma meta com um teto.
Poderia ser assim. Ter um teto no
orçamento para investimento e um piso também.
Se for passar o teto, fazer justificativas ao Parlamento com detalhes.
O Banco Central já tem esse espaço e metas
de inflação e quando as coisas não andam
bem, eles tem que dar explicações ao Estado e ao povo.
Poderia ser semelhante no caso dos
investimentos públicos.
171 – Juros e Inflação (ironicamente ficou na página 171...)
“Está mais do que na hora, portanto, de
romper com o senso comum tupiniquim de que toda inflação vem do excesso de
dinheiro em circulação”. Um dos
consensos é de que taxas de juro altas... contribuem para elevar a dívida
pública”. Contribui sim, mas não só
ela.
Temos forte inércia – nunca nos
livramos totalmente da memória inflacionária e da indexação de contratos...
Desde 2016 a inflação passou a cair de
forma acelerada. A inflação no caso
caiu por uma combinação de fatores.
Valorização do real frente ao dólar, desemprego elevado e salários em
queda e o fim dos efeitos dos choques de preços administrados dos alimentos.
O instrumento mais à mão para controlar
a inflação é a taxa de juros.
Quando a inflação está subindo e se
pretende conter essa elevação, o BACEN Banco Central sobe os juros: isto desestimula o consumo, desestimula os
investimentos privados, desaquecendo a economia.
Demanda menor, desemprego maior,
mantendo o salário e os preços sob controle.
Geralmente no Brasil funcionam mal os
mecanismos de controle da inflação, diferente do que ocorre em outros
países. “... o mercado de crédito
privado de longo prazo nunca se desenvolveu no Brasil”.
Esta é uma das razões para nossa
economia ser mais refratária a responder aos mecanismos de controle de inflação.
“A elevação dos juros funciona para
evitar a desvalorização do real e controlar assim a inflação”.
Por que o real é uma das moedas mais
voláteis do mundo e temos de pagar um preço tão alto por isso?
Ela chega a propor a retirada dos
preços administrados (combustíveis, eletricidade etc) da medida de inflação
para evitar que o governo represe estas tarifas como forma de segurar a
inflação.
Os bancos com a concentração deles no
setor, mesmo que o governo reduza a taxa Selic, eles costumam manter suas altas
taxas de juros nos empréstimos.
Página 178 – Câmbio e Complexidade
Tecnológica
A autora cita que o Brasil como grande
exportador de certas commodities (soja,
minério de ferro, petróleo etc) deixa elevado passivo ambiental e ficamos
reféns das flutuações dos preços das mesmas.
“A melhor opção parece ser, portanto, o
fortalecimento do mercado interno com base nos pilares da distribuição de renda
e de investimentos em estrutura física e social”. O problema é que repetir diretrizes
seguidas entre 2006 e 2010 criaria desequilíbrios.
Nessa época se manteve a apreciação do
real (com dólar baixo) que tornava os
importados mais baratos, gerando desequilíbrios cada vez maiores na nossa
balança comercial (importando cada vez
mais...)
Continua no capítulo
final 21/22 (amanhã, quarta feira)