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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

CAP. 05/10 - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO - (escalada do pico Everest em 1996) - autor: jornalista e alpinista JON KRAKAUER - USA

 CAP.05/10                (leitura em dezembro de 2021)

 

         O jornalista Jon morava em Seattle onde também morava Fisher, na expedição de quem estaria tabulando a escalada.     A revista Outside teve uma proposta interessante do neozelandês Hall e resolveu que Jon iria nesta expedição de Hall e assim foi.      Quando Fisher ficou sabendo, ligou para Jon bastante desapontado e conversaram sobre o caso e o repórter resume que Fisher não conseguiu cobrir a proposta de Hall.

         Nas alturas, o próprio metabolismo da pessoa fica mais lento e a alimentação não é bem digerida e assimilada.  Deixa a pessoa mais fraca.

         Dor de cabeça era muito frequente nas alturas.   Os alpinistas costumam chamar de zona da morte as altitudes acima dos 7.600 metros.

         Na altitude do acampamento base do Everest o ar tem aproximadamente a metade do oxigênio comparando com o nível do mar.  Já no topo do Everest, o oxigênio no ar é aproximadamente 1/3 do que ocorre no nível do mar.

         Algumas alterações no corpo nas alturas. Aumento do ritmo de respiração, mudança no pH do sangue e aumento gradual da quantidade de glóbulos vermelhos no sangue.

         Capítulo 6 -  Acampamento base do Everest – 12/04/1996 – 5.300 m

         Nesse tempo as pessoas usavam fax para se comunicar com seus contatos distantes além de telefone.

         A equipe de Hall, incluindo os sherpas do apoio, contava com 26 pessoas.   No plano de aclimatação feito por Hall, o pessoal faria etapas de subida de 600 metros por vez após o acampamento base.     No decorrer de um mês, sairiam do acampamento quatro até o topo do Everest.

         A chamada cascata de gelo na encosta da montanha.  Blocos de gelo que podem ter o tamanho de um edifício vão se deslocando pouco a pouco para baixo entre 90 cm e 1,20 metros em média por dia.   Eventualmente despencam de vez.    Uma vez em 1963 um alpinista morreu num desmoronamento de gelo no local.   Dessa data até 1996 morreram nessa situação mais  dezoito alpinistas no Everest.

         Há trechos da escalada onde se tem que ultrapassar precipícios usando ponte improvisada de escadas.  Há caso de ter até três escadas fixadas umas às outras para serem usadas como pontes.   

         Numa fase, a de passar pela escada, a temperatura era de -21ºC.

         Jon recebe uma ligação telefônica da esposa em plena escalada, depois de 18 dias longe dela.   Ele se casou aos 26 de idade com plano de não mais se arriscar no alpinismo.  Não cumpriu isso.   Quando eles se conheceram, ela também era alpinista. Sobre deixar o alpinismo:   “Só não percebi, na época, o quanto minha alma estava possuída e como o esporte dava uma direção à minha vida, sem rumo sob todos os outros aspectos”.

         Um ano após casados, ele já estava de volta ao alpinismo.   Quase se separaram.     ...”minhas escaladas eram o coração de nossos problemas”.

         Ao leva-lo para o aeroporto para ele ir ao Nepal para escalar o Everest, a esposa disse:    “Se você morrer, não é só você que vai pagar o preço.   Eu também vou pagar pelo resto da minha vida.   Você não se incomoda com isso”.

         Capítulo 7 – Acampamento 1 – dia 13-04-1996 – 5.943 metros

         A avaliação que Jon faz dos alpinistas que estão lá no Everest na mesma temporada que ele lá está.       “O Everest sempre foi um imã para os meio tantãns, para os amantes da autopromoção, para os românticos inveterados e outros com um fraco domínio da realidade”.

         Uma expedição da África do Sul no governo Mandela.   Apesar de todos dessa expedição terem pouco preparo, tentavam ser a primeira expedição do seu país, recém saído do apartheid  (os brancos colonizadores dominavam o povo negro do país).     Gerou muita expectativa do povo sul africano pelo potencial dessa eventual conquista.

         Capítulo 8 – Acampamento 1 – dia 16-04-1996 – altitude 5.900 m

         Segue no capítulo 6 desde fichamento...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

CAP. 04/10 - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO - (escalada do Everest em 1996) - Autor e montanhista JON KRAKAUER

 CAP. 04/10

         O transporte de bagagem da expedição é feito por iaques (parentes dos bovinos) e pelos carregadores sherpas.  Na trilha há algumas casas de chá onde o pessoal eventualmente dá uma paradinha para um chá.

         Há em outras regiões do mundo o esporte bem concorrido chamado helicopter-skiing no qual o praticante sobe de helicóptero a montanha até o topo e desce de esqui.    Já no Everest isso é impossível por várias causas e uma delas é um verdadeiro choque entre altitudes e a pessoa tende a ter várias complicações orgânicas muito sérias correndo risco de vida.

         Há no caminho da escalada uma clinica médica mantida pela Associação de Socorro do Himalaia.   Atendimento médico ao povo local e aos que fazem escalada.    Muitos tendem a não tomar os cuidados nas alturas e podem ter problemas sérios ou mesmo ocorrerem complicações devido à altura. 

         Acima da altitude de 4.870 m, acabam os vestígios de vegetais na montanha.

         Os primeiros sintomas comuns na escalada – ficar meio zonzo e ofegante.   Houve condição desfavorável à subida em certo trecho antes do acampamento base e congestionou o local dos alojamentos com pouco espaço e precários banheiros.  Um mal cheiro tremendo.

         Alojamento com beliches para até trinta pessoas.  Presença de pulgas e piolhos.   Aquecimento pela queima de excremento seco de iaque.  À noite, frio abaixo de zero grau.

         A queima de fezes secas de iaque em presença de pouco oxigênio formava mais fumaça do que calor no ambiente.   Esse acampamento fica a 4.973 metros da escalada.

         Cinco sherpas da expedição de Jon estavam fazendo a revisão da trilha rumo ao acampamento base e no descuido não estavam atrelados à corda entre si.   Um deles foi tragado por uma fenda abaixo da neve, numa profundidade de 45 m de queda.   Um resgate moroso.   O guia da expedição subiu até lá para coordenar o resgate.   Os outros tiveram que esperar.   O acidente ocorreu a 6.248 m da montanha.   

         Antes da escalada, o chefe da expedição se reuniu com os integrantes para pedir que tratassem com respeito os sherpas e deixou claro que sem a ajuda deles, não há como completar a escalada do Everest.

         Cap. 5 do livro – Lobuje – 08 de abril de 1996.  Altitude 4.900 m

         Trechos da escalada tem cordas no percurso seguindo a trilha e cada pessoa atrela sua corda curta nessa corda por precaução.   Dois da expedição de Jon tiveram desarranjo intestinal por causa da falta de saneamento local.   Isso se soma à dor de cabeça  decorrente da altitude.

         A expedição chegou ao acampamento base na altitude de 5.364 m.   Na ocasião, mais de 300 barracas com gente correspondente a quatorze expedições.

          O acampamento base tem mais estrutura como telefone por satélite, fax (era 1996), luz de energia solar captada (placas solares).    Existem no mundo 14 picos com mais de 8.000 metros em relação ao nível do mar.

         O principal concorrente de Hall (que dirige a expedição na qual o narrador Jon está) é Fisher, que é americano de Seattle também como Jon.

         Fisher foi um alpinista arrojado no passado e sofreu vários acidentes nas escaladas.    Quando ele foi escalar o Everest como guia, repórteres questionavam o fato dele ter esposa e dois filhos.   Ele dizia que cuidava muito para não cometer erros.   As escaladas, porém, tirava muito ele do convívio com a família.    “Fisher esteve ausente em sete dos nove aniversários do filho”.

         Jon perguntou a Hall (chefe da sua expedição) o por quê de tanto interesse dele como guia em ter o repórter Jon na sua expedição.   Hall (neozelandês) respondeu que o maior público que procura fazer escalada no Everest é dos USA e sendo o repórter de uma revista americana, iria dar enorme visibilidade à empresa de Hall e ele ficaria bem posicionado junto a potenciais clientes americanos.

         Continua no capítulo 05/10

domingo, 26 de dezembro de 2021

CAP. 03/10 - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO (escalando o pico Everest em 1996) - Autor e participante: JON KRAKAUER - Ano 1997 (leitura em dezembro de 2021)

Capítulo 3 – Sobre o Norte da Índia   - 29-03-1996.   9.144 m. (no voo)

         No sobrevoo à região Jon foi colado à janela olhando os picos da Cordilheira do Himalaia.   Chegou a avistar o Everest.

         Imaginou que seu voo estaria por rotina numa altitude não muito acima da altura do Everest.    O pouso do seu voo em um Airbus 300 foi no aeroporto de Katmandu no Nepal.

         Em Katmandu, ruas cheias de riquixás puxados por bicicletas, principalmente carregando turistas.   (eu, leitor, andei de riquixá na Índia num dos dez dias de passeio por lá antes da pandemia).

         Nas paredes do hotel Garuda, fotos e assinaturas de famosos alpinistas que por lá passaram ao longo dos tempos.

         Viu a lista fixada no Hotel com a chamada Trilogia do Himalaia – os três mais famosos:   Everest, K2 e o Lhotse.   Pela ordem de altura, a primeira, a segunda e a quarta mais altas do mundo.

         Continua no próximo capítulo.   03/10

        

         O guia de Jon, Rob Hall, da empresa Adventure Consultants, fez a proeza de – em 1994 – em dois meses escalar os três picos famosos do Himalaia:   Everest, K2 e Lhotse.

         O guia Hall, alto e magro e estava com 35 anos em 1996 na escalada de Jon.   Hall é neozelandês e demorou dez anos e três tentativas para chegar ao topo do Everest.   Quando ele se profissionalizou, escalou os sete picos famosos.   Vivia de patrocínios.   Só que há sempre a cobrança de fazer algo espetacular para manter os patrocínios.  É risco constante.

         Com o tempo, mudou para a modalidade de guia de expedição.   Assim sua missão era ser remunerado para tentar chegar ao topo das montanhas com pequenos grupos de montanhistas.   A pressão é menor.

         O neozelandês Hillary, que foi o pioneiro na escalada do Everest, critica as expedições com guias remunerados e uma certa banalização da escalada.   Por outro lado, a procura é sempre grande.

    Hillary é uma celebridade em seu país, Nova Zelândia – e sua foto está estampada nas notas de cinco dólares neozelandeses.   Entre 1990 e 1995, Hall foi responsável por colocar 39 alpinistas no topo do Everest.    Em 1996 Hall estava cobrando 65.000 dolares por alpinista para integrarem sua expedição ao Everest.    O autor deste livro, Jon, foi na oitava expedição de Hall ao Everest, guia este muito experiente e celebrado.

         Capítulo 4 do livro – Phakding – 1996, altitude 2.800 metros

         Na vizinhança do Pico Everest há comunidades tradicionais que lá residem há séculos.    Fizeram ao longo do tempo terraplanagens nas encostas das montanhas para cultivarem e criarem animais domésticos para sobrevivência.   Culturas mais comuns deles:  trigo sarraceno, cevada e batata.   Os iaques (parecidos com búfalos) criados na região já são mestiços do cruzamento dos iaques puros com bovinos domésticos.

         Comum encontrar monges budistas pelas trilhas locais com suas vestes vermelhas típicas.  Os sherpas nativos da região, comumente caminham descalços pelas encostas das montanhas onde vivem.   São aclimatados à altitude e geralmente são contratados para apoio nas expedições, nas quais carregam pesadas cargas de equipamentos e suprimentos aos grupos.

         Cargas comuns nas trilhas das montanhas: querosene, lenha e refrigerantes.     Nas encostas do Everest, uma comunidade de apoio aos alpinistas é Namche, que fica numa altitude de 3.444 m acima do nível do mar.   São mais de cem casas dos moradores locais.

         O Nepal tem mais de 20 milhões de habitantes e o povo sherpa do Nepal é uma minoria, algo como 20 mil pessoas.

         Os alpinistas do ocidente muitas vezes tratam os sherpas como inferiores e ignorantes, coisa que obviamente não são.   O Nepal conta com aproximadamente 50 diferentes grupos étnicos.    Há grupos de sherpas que migraram para a Índia há muito tempo.

         A concentração maior do povo sherpa é em Khumbu.   Não há estradas de acesso a esse local que é bem acidentado.    A criação de iaques tem sido importante fonte de renda e subsistência dos sherpas locais.

         Na região dos sherpas, eles sempre viveram adaptados a altitudes entre 2.700 e 4.200 metros acima do nível do mar.   Isto dá a eles um perfil ótimo para ajudar nas escaladas das montanhas desafiadoras.

         Na atualidade, os sherpas tem sido requisitados para expedições num fluxo anual de 15.000 pessoas visitando a região.    Nessa lida, 53 sherpas já morreram ao longo de escaladas no Everest desde 1922 até 1996 (ano que Jon fez a escalada).

         Os sherpas disputam as 12 a 18 vagas em cada expedição.   Em uma expedição (duração ao redor de dois meses) os sherpas experientes ganham entre 1.400 e 2.500 dolares americanos.     É uma pequena fortuna num país onde o povo vive na miséria e a renda per capita é de 160 dolares por ano.

         O dilema: turismo crescente, concentração humana de apoio e a degradação de floresta para obter lenha.    Jovens locais já vão abandonando os trajes típicos da cultura deles e vão adotando hábitos ocidentais.   Inclusive hábito de assistir filmes do ocidente.

         O turismo trouxe infraestrutura que inclui pontes, energia elétrica, escolas e serviço médico.  Nesse aspecto, melhoraram as condições de vida do povo local.

         Na rota  para chegar ao Everest, Jon passou no Tengboche, o maior mosteiro budista  do Khumbu.     A língua sherpa é falada mas não tem correspondente escrito.

                   Segue no capítulo 04/10 

sábado, 25 de dezembro de 2021

CAP. 02/10 - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO - (escalando o Everest em 1996) - Autor: JON KRAKAUER (que participou da expedição)

 CAP. 02/10

     Em casos dos pioneiros quando nem sempre se usava todo equipamento, poderia ocorrer a nifablepsia ou cegueira temporária pelo olhar na neve branca e sua reflexão.

         Em 1953 (29-05-1953) o neozelandês Hillary em conjunto com o sherpa Tenzing foram os dois primeiros a escalarem o Everest.    Foi na época da coroação da Rainha Elizabeth II, esta que foi coroada dia 02-06-1953.     Como a Nova Zelândia era parte do império britânico, as comemorações se somaram nesse momento de glória para os britânicos que ainda tinham recente o impacto da Segunda Guerra Mundial que acabou em 1945.

         O pioneiro Hillary era um apicultor que também era adepto do alpinismo.

         Jon quando jovem tinha como sonho um dia escalar o Everest.   Fala um pouco de como era ser montanhista no seu tempo.   “A cultura do montanhismo era caracterizada por uma competição intensa e por um machismo indisfarçável...”.     “... a grande preocupação da maioria dos seus integrantes era impressionar uns aos outros”.

         ....” o prestígio vinha de se atacar a mais  impiedosa das rotas com o mínimo de equipamentos...”    O mais celebrado era o “solista livre” – os que subiam sozinhos, sem cordas nem ferramentas.

         O alpinista Bass foi o primeiro a conseguir escalar os “Sete Cumes” pelo mundo e virou celebridade mundial.   Os sete cumes:

         Everest com 8.848 m.

         Aconcágua (América do Sul) com 6.959 m

         McKinley ou Denale – América do Norte – 6.l93 m

         Kilimanjaro – África – com 5.894 m.

         Elbrus – Europa – com 5.641 m

         Maciço Vison – Antártida – 4.897 m.

         Koschiusko na Austrália – 2.175 m

         Em 1996 (ano em que Jon escalou o Everest) havia na ocasião 30 expedições na encosta do Everest.   Muitas destas com fins comerciais.

         O governo do Nepal cobra uma taxa de cada expedição e uma taxa suplementar por pessoa quando a expedição tem mais de nove integrantes.

         Expedição visa chegar ao topo mas nem todas chegam lá.    Comumente os alpinistas americanos processam os guias pelo insucesso, mas os guias destacam que há incerteza no empreendimento.

         Comumente alguém dispende de recursos financeiros e dois meses para participar de uma expedição ao Everest.

         A revista Outside pagou a taxa de 65.000 dolares para Jon ir numa expedição de elite com mais chance dele chegar no topo da montanha.   Ele já há quinze anos escrevia artigos para a citada revista.

         Na escalada do Everest ele já estava com 41 de idade, o que já era uma idade acima do ideal para esse tipo de façanha.   Nesse tempo ele estava casado e “vivendo acima da linha de pobreza” como disse.

         Nas escaladas dele no passado não tinha chegado além de 5.240 m que é abaixo da altura do acampamento base do Everest.

         Até 1996 já eram 130 alpinistas mortos ao tentar escalar o Everest desde 1921.   Proporção de uma morte para cada quatro que conseguiam chegar ao topo.    “Mas descobri que os sonhos de infância custam a morrer”.

         Capítulo 3 – Sobre o Norte da Índia   - 29-03-1996.   9.144 m. (no voo)

         No sobrevoo à região Jon foi colado à janela olhando os picos da Cordilheira do Himalaia.   Chegou a avistar o Everest.

         Imaginou que seu voo estaria por rotina numa altitude não muito acima da altura do Everest.    O pouso do seu voo em um Airbus 300 foi no aeroporto de Katmandu no Nepal.

         Em Katmandu, ruas cheias de riquixás puxados por bicicletas, principalmente carregando turistas.   (eu, leitor, andei de riquixá na Índia num dos dez dias de passeio por lá antes da pandemia).

         Nas paredes do hotel Garuda, fotos e assinaturas de famosos alpinistas que por lá passaram ao longo dos tempos.

         Viu a lista fixada no Hotel com a chamada Trilogia do Himalaia – os três mais famosos:   Everest, K2 e o Lhotse.   Pela ordem de altura, a primeira, a segunda e a quarta mais altas do mundo.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

CAP. 01/10 - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO - escalada do Pico Everest em 1998 - Autor: Jon Krakauer (na expedição).

 Cap. 01/10                             novembro de 2021 - leitura

 

         Há na minha biblioteca um livro ganho por uma das filhas há tempos e folheando, descobri que tratava de um jornalista escritor americano narrando aventura nas montanhas com base na realidade.

         O livro anterior a este, do mesmo autor, se chama Na Natureza Selvagem, que li, fiz fichamento e publiquei no Facebook e no blog amador.     Agora, depois de ler outros livros, passei a ler este que comprei recentemente, também baseado na realidade.

         Vamos ao conteúdo resumido:    Este livro em sua edição original foi lançado em 1997 com o nome Into Thin Air.

         Na introdução, cita José Ortega Y Gasset:   “ Os homens encenam tragédias porque não acreditam na realidade da tragédia que de fato está se desenrolando no mundo civilizado”.

         Cume do pico Everest – fica a 8.848 m acima do nível do mar.   O autor trabalhou em 1996 para a Revista Outside.  Em março de 1996 ele foi enviado ao Nepal para participar de uma escalada guiada ao Pico Everest e escrever sobre a expedição.   A expedição da qual participou contava com um guia e oito clientes, fora o pessoal de apoio.    No dia 10-05-1996 eles, a duras penas, chegaram ao topo do Everest, “O topo do Mundo”.

         Entre os cinco clientes da expedição de oito, cinco morreram após atingirem o topo da montanha em decorrência de uma tempestade.

         A expedição deixou o autor muito abalado e foi difícil escrever sobre a mesma.

         ...” as lembranças dos sobreviventes estavam muito distorcidas pela exaustão, falta de oxigênio e choque”.

         “A escalada do Everest abalou até o âmago da minha vida”.   Só o artigo para a Revista não foi suficiente para ter o espaço a tudo que tinha a dizer e então veio o livro, após a publicação do artigo.

         ...”Havia muitas e ótimas razões para não ir, mas tentar escalar o Everest é um ato intrinsecamente irracional – um triunfo do desejo sobre a sensatez”.

         ...” acompanhei de perto a morte de pessoas boas...”

         Cita da sua expedição, Macgillivray Freeman dentre outros, David Breashears, americano e diretor do filme “Índia” e Jamling Norgay, estrela do mesmo filme.

         Chegaram ao cume do Everest no dia 10 de maio de 1996.    O pico fica na cordilheira do Himalaia, na divisa da China com o Nepal.

         Vindos de uma longa escalada, no ataque final ao topo, ficaram 57 horas sem dormir.   “Ar rarefeito, pouco oxigênio.   A mente da pessoa fica bem confusa.

         No topo – “tirei quatro fotos rápidas dos dois fazendo pose no topo, em seguida virei as costas e comecei a descer”.   “Tudo somado, eu passara menos de cinco minutos no teto do mundo”.    Na descida o tempo ficou ruim.   Houve vários mortos.  Um dos colegas de expedição dele teve gangrena e teve que amputar uma mão.

         O risco enorme e há turista que paga até 65.000 dolares (em 1996) para fazer a escalada.  (sem garantia de que chegarão ao topo).

         Jon ao descer, percebeu que tinha pouco oxigênio no cilindro.   Jon é de Seattle nos USA.

         Capítulo 2 – Dehra Dun, Índia.  Ano de 1852 – altitude 680 metros.

         O nome Everest foi dado em homenagem ao topógrafo George Everest.   Contrariaram uma norma não escrita da topografia segundo a qual se um local já tem um nome, que não se mude esse nome.    Tradicionalmente os tibetanos chamavam o monte (Everest) de Chomolungma ou “Deusa do Mundo”.

         Os desafios aos seres humanos pelo mundo.   O Polo Norte foi atingido em 1909 por um americano.   Em 1911 noruegueses chegaram ao Polo Sul.   Faltava chegar ao pico mais alto do mundo.

 

         Continua no capítulo 02/10

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

CAP. 35/35 (FINAL) - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - História de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V CUNHA - Ed. Voo - ano 2020

CAP.35/35 – FINAL

 

         Fala  de Ricardo Guimarães – Presidente da Thymus Upframing Consultoria

         Diz que tem vigorado o modelo antropocêntrico que é o de domínio e arrogância  (o humano como centro de tudo na terra).     Tende a dar lugar ao modelo biocêntrico, da parceria e humildade.    A tese é:    “Se os humanos abandonarem o modelo de domínio da natureza e se reconhecerem como parte dela, a natureza cuidará de nós e nosso futuro estará garantido”.

         Ele encerra a fala com os dizeres:   “Encerro com um pensamento em que você pode entender Deus como quiser, inclusive como natureza:   trabalhe como se tudo dependesse de você e confie como se tudo dependesse de Deus”.

         O autor deste livro trabalhou no Banco Real no passado.   Declara:   “Nos anos de banco, curiosamente, aprendi sobre valores, crenças e princípios”.

“Estas páginas são o resultado de uma busca por valores éticos e ética nos negócios”.   Ele tem uma empresa que é a ProfilePR.

         Cita as sócias da Editora Voo que publicou seu livro:  Claudia Kubrusly, Joana Mello e Priscila Seixas.

         Ele quando menino morava em Cachoeira do Sul – RS.  Jornalista, filho e neto de jornalista.    A avó dele morreu aos 93 anos de idade em 2019.   Ela cuidava dos livros da biblioteca da cidade e contava muitas histórias para crianças.

         Quando ele tinha 16 anos, o pai dele teve uma conversa com ele.   Estimulou ele a ler desde já, pois mais tarde se casaria, iria trabalhar e teria menos tempo para leituras.    Assim ele fez.

         Ele tem dois filhos do primeiro relacionamento e uma filha do segundo relacionamento.

         Parte da renda dos livros editados pela Editora Voo é carreada para Ong que apoia a leitura de menores infratores que estão em regime interno.

         www.editoravoo.com.br               fim da leitura dia 27-11-2021


  (Se gostou das postagens e quiser deixar algum recado, pode ser aqui ou no Facebook onde também posto os capítulos misturados com outras matérias - Feliz Natal a todos s um Ano Novo profícuo)     Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida - Curitiba - PR.       dezembro 2021 

CAP. 34/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo. Autor: RODRIGO V CUNHA - Editora Voo - Ano 2020

 CAP. 34/35

          Continuação das falas do Humano de Negócios Charles Eisenstein

 

         O ambiente geral é de polarização nestes tempos.   Eisenstein aposta na contracultura generosa, com uma boa dose de empatia, para acalmar a disputa e resgatar a convivência.    “A empatia gera a criatividade e dá origem a uma comunicação hábil”.    “Eu posso usar o humor ou apreciação ou contar verdades duras com amor”.   “Não é fácil o tempo todo”.

         “Quando as pessoas sentem que você não está atacando, que você não está julgando, elas se tornam mais abertas a ouvir.  E uma maneira de atacar o julgamento é tentar sobrecarregar alguém com força intelectual.   Tentamos destruir a sua existência com mais evidência, mais lógica, que muitas vezes só acionam no outro, mecanismos de defesa”.

         “O que faz as pessoas se sentirem conectadas é quando elas experimentam generosidade ou testemunhar generosidade, porque na economia normal todo mundo está preocupado apenas consigo”.

         “Todo mundo está tentando conseguir o melhor negócio”.

         ...”quando alguém é generoso com você, isso lhe dá um ponto de vista que não se encaixa neste mundo”.    ...”quando você experimenta a generosidade ou mesmo vê alguém sendo generoso, você se sente mais à vontade, mais seguro”.   E sente vontade de ser também mais generoso.

        

         Bate papo com Charles Eisenstein

         Propósito numa empresa.      Geralmente na missão das empresas tem enunciados que vão além de falar em busca do lucro em si.   Mas no dia-a-dia, a missão é meio que deixada de lado.

         Por que as pessoas buscam uma riqueza que objetivamente nem precisam?

         “Acho que estamos todos muito pobres.    Fomos privados de coisas que tornam a vida rica, por exemplo, conexões íntimas com a comunidade e com a natureza, um sentimento de pertencer ao mundo”.

         “No Brasil, notei como todas as casas ricas tem portões de arame farpado e sistemas de segurança ao seu redor”.   Isso não é riqueza.   Riqueza é você se sentir seguro.    E, ironicamente, em algumas favelas, as pessoas tem mais riqueza.   As crianças corriam por toda parte – seu território em toda a favela.

         “Consumismo e posses são uma tentativa de compensar as conexões que perdemos”. É por isso que quando alguém vive uma forte experiência religiosa ou espiritual, geralmente abandona sua ambição simplesmente por redescobrir essa conexão que foi perdida.    Aí já não é necessário compensar mais”.

         “No futuro, teremos incentivos, vai custar muito caro poluir e quem hoje polui menos vai ter muita vantagem, por exemplo.

         Isso ainda não aconteceu, mas, se existe um futuro, terá que ser assim.   A alternativa a isso é um planeta morto.

 

NOTA – este foi o depoimento do último Humano de Negócios a participar deste livro que tem suas 420 páginas de puro conteúdo ao meu ver.    Seguirá o capítulo final com mais uns comentários de um colaborador e o desfecho do autor.         (o próximo livro dos fichamentos será sobre a escalada do pico Everest – livro No Ar Rarefeito – autor – montanhista, jornalista e escritor Jon Krakauer).