CAP.5
“Em 2004 foi preciso reescrever os livros de Ciência. Estes diziam:
“É impossível haver furacões no Atlântico Sul. Mas naquele ano, pela primeira vez, um
furacão atingiu o Brasil. Furacão
Catarina em março de 2004”.
Em 2004 também nos USA foi quebrado o record histórico de
tornados.
Um importante órgão do ramo nos USA: O NOAA
Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.
A NOAA vem estudando efeitos do aquecimento global nos
oceanos e o aumento da velocidade dos ventos.
Em 2005 e 2006, furacões que atingiram o Golfo do México, avariaram um
terço das plataformas marítimas de exploração de petróleo, incluindo a maior
plataforma do mundo, A Thunder Horse da BP British Petrolium.
O respeitado MIT Massachussets Institute Tecnology em
31-05-2005, menos de um mês antes do furacão Katrina atingir os USA, deu
respaldo ao consenso científico de que o aquecimento global está tornando os
furacões mais poderosos e mais destrutivos.
“As grandes tempestades, tanto no Atlântico como no
Pacífico, aumentaram em duração e intensidade, desde a década de 1970, em cerca
de 50%”.
O furacão Katrina foi catastrófico para os americanos.
Nos anos 30, uma tempestade diferente, terrível, sem
precedentes ganhava força na Europa Ocidental.
Na ocasião Winston Churchill alertou o povo inglês: “A era da procrastinação, das meias medidas,
dos expedientes que acalmam e confundem, a era dos adiamentos está chegando ao
fim. Em seu lugar, estamos entrando na
era das consequências”. Disse isso em
1936.
O setor de seguros nos USA. (base 2005 – o livro é de 2006)
Nas últimas três décadas as indenizações pagas pelas
seguradoras por acréscimo dos eventos ligados ao clima aumentaram em quinze
vezes.
Fenômenos climáticos extremos como furacões, enchentes,
secas, tornados, incêndios florestais etc.
Parte do aumento por conta do aquecimento global recente.
Só pelo furacão Katrina, as seguradoras desembolsaram em
indenizações nos USA, 60 bilhões de dólares.
(Katrina – setembro de 2005)
Muitos fundos de pensão nos USA têm como parte do
patrimônio, seguradoras e notam que são afetados por crescimento nos riscos.
Um gráfico de grandes seguradoras citado no livro mostra os
prejuízos decorrentes das catástrofes.
Começa em 30 bilhões de dólares no período de 1960-1969. Salta para 290 bilhões no período 1988-1997
e dá um salto ainda maior para 720 bilhões no período 1997-2005.
Em 2005 foram 27 fortes furacões nos USA, todos citados com
foto no livro em discussão.
O aquecimento global e as grandes enchentes no mundo. Gráfico com Europa, Américas e Ásia.
Na ordem de afetados por mais ocorrência, em ordem
crescente: Europa, América e Ásia, a
mais atingida.
Dados da Ásia – ocorrência de grandes enchentes:
Período número
de enchentes
1950-59 48
1970-79 90
1980-89 220
1990-2000 330
Um exemplo: A
metrópole Mumbai na costa da Índia, em julho de 2005 teve uma chuva de 930 mm
em 24 horas. Para se ter uma ideia,
em Curitiba chove em média 1.200 mm em UM ANO.
Nessa chuva extrema em intensidade, formou uma camada de
água de 2 m de altura na cidade causando caos. Morreram na ocasião mais de mil pessoas.
O aquecimento global também traz grandes secas. O fenômeno desloca águas na atmosfera,
descarregando concentradas em certas áreas e deixando outras em seca severa.
No século XX houve na terra quase 20% de aumento no volume de
chuvas. Um mapa mundi no livro mostra
os locais nos quais aumentaram as chuvas (em maior número) e as regiões nas
quais diminuíram as chuvas.
Nas Américas, predominam pontos com aumento de chuvas. Já na periferia do deserto do Saara na
África, predominam regiões onde aumentam as secas.
O Lago Chade na África era o sexto maior do mundo e entre
1963 e 2001 (há fotos), ficou reduzido a uma pequena parte do que já foi,
trazendo miséria e conflitos dos povos da região. Em 2001 o lago estava com 1/20 do que foi
até a década de 60. Menos água, menos
peixe, menos agricultura e mais fome. E
disputas por recursos para sobrevivência dos povos.
Áreas que secaram do Lago Chade e de outros grandes lagos
africanos, as terras começaram a ser cultivadas e houve e há conflitos com
perdas de vidas na disputa por essas terras.
Na África, perto do Mar Mediterrâneo, países como Marrocos,
Líbia e Tunísia perdem, cada um, cerca de 1.000 km2 de terra produtiva por ano
devorada pelo avanço do deserto.
Continua no Capítulo 06