capítulo 13/22
Resultado da pesquisa
sobre as rachadinhas: “E enquanto
levantávamos os dados dos assessores parlamentares, também detalhamos os
valores recebidos por eles. O grupo de
102 pessoas com laços familiares entre si, por exemplo, receberam entre 1991
e 2018, um total de 80 milhões de reais
em valores atualizados pela inflação”.
“Já entre os assessores
fantasmas os valores atingiram 36 milhões de reais corrigidos. Na outra ponta, um contraste. Uma boa parcela do grupo tinha uma vida
bastante simples e com dificuldade para se sustentar.”
Quando surgiu o escândalo,
após a imprensa divulgar o caso, Jair declarou:
“Empreguei mesmo, e daí? (na
página 167 do livro)
Após a matéria no jornal O
Globo falando das rachadinhas e os fantasmas, Jair Bolsonaro num evento da
Indústria Automobilística atacou a imprensa e disse que assinou uma Medida
Provisória que inibia a publicação de balanços pelas empresas em jornais, o que
seria uma vingança pessoal, uma retaliação por conta da imprensa estar
noticiando as rachadinhas.
No discurso no citado
evento, Jair disse: “Espero que o Jornal
Valor Econômico sobreviva à Medida Provisória”.
Eduardo Bolsonaro demorou mais
para entrar no mundo da política, mas já em 2011, pagou um imóvel (apartamento)
em Copacabana pagando 150.000,00 em dinheiro.
(página 169)
Citados no livro vários
negócios imobiliários feitos por Eduardo Bolsonaro quitados com dinheiro vivo
em boa parte ou no todo do negócio.
Seguiu assim os passos dos demais membros do clã.
O sistema de manter
assessores fantasmas e rachadinhas também foi usado por Eduardo Bolsonaro entre
2015 e 2018. Houve denúncia de
rachadinhas no caso de Eduardo Bolsonaro mas chegaram ao PGR Augusto Aras,
indicado por Jair Bolsonaro, e este arquivou o caso.
Capítulo 12 – O pedido ao
Miliciano amigo. (página 171)
Queiroz pede ajuda a
Adriano da Nóbrega para acabar com o caso das rachadinhas. Adriano, ex PM, expulso da corporação após
varias execuções de pessoas e que atuava como miliciano. Foi líder do chamado Escritório do Crime,
organização criminosa que atuava em Rio das Pedras, uma comunidade do RJ.
São Paulo, fevereiro de
2019
Processo correndo contra Flávio
e a defesa dele inventou um motivo para a grande movimentação de dinheiro por
Queiroz. Que o Queiroz “sem
conhecimento de Flavio” teria começado a arrecadar parte dos salários dos
assessores e o dinheiro seria para Queiroz contratar por fora (ilegalmente) um
maior número de assessores para turbinar a campanha política de Flávio. Essa
versão enrolava Queiroz, mas aparentemente livrava a cara de Flávio.
Queiroz na pior. Sem grana, fugido, parentes desempregados,
ele no ócio e longe do poder, inclusive de indicar pessoas para cargos
comissionados. E ter que se manter
longe do presidente, seu amigo.
Queiroz sonhava se
candidatar e fazer carreira política.
(em 2022 concorreu para Deputado Estadual pelo RJ e não foi eleito)
Tempo de vacas magras para
Queiroz e ele tinha que ficar distante do clã Bolsonaro. O amigo Adriano da Nóbrega de vez em quando
dava alguma ajuda financeira a ele.
“Mais tarde, Julia Lotufo
(esposa de Adriano) contaria que o marido entregaria uma parte dos 135.000
reais de que Queiroz precisava para custear o tratamento inicial do câncer”. (página 175)
Queiroz quase dez meses
escondido e foi flagrado em gravações telefônicas indicando pessoas para
nomeações em cargos públicos com apoio de políticos de sua relação, como troca
de favor entre si.
Ele ajudou a eleger certos
políticos e estes em troca atendiam seus pedidos de nomeação.
As notícias de Queiroz
fazendo indicações, mesmo estando fugido, incomodaram muito o clã Bolsonaro e
deu brigas na família de Queiroz que também era investigado e agora mais esse
crime do Queiroz.
“Marcia, eu vou te falar.
De coração. Eu não consigo mais ter pena
do meu pai, porque ele não aprende”. Meu
pai é burro. Meu pai é burro!”
Fala de Nathalia à mãe
Márcia, esposa de Queiroz.
Marcia desabafando com a
filha: ...”fui pagar minha promessa,
ano passado eu fiz, eu acendi vela do começo de outubro até dezembro e agora
estou acendendo também... ...pedir a
Deus...”
Além das rachadinhas, o
advogado de Queiroz também tinha outro problema na defesa deste. Agora, o fugido também é acusado inclusive
após manchete na imprensa, de ficar indicando assessores para cargos
comissionados.
Em dezembro de 2019, a
tese do advogado Wassef foi derrotada no STF e os relatórios do COAF e a
comunicação por relatórios aos órgãos de investigação se tornam legais. O processo volta a andar.
Adriano da Nóbrega,
miliciano e amigo de Queiroz (e condecorado no passado como PM pelo clã
Bolsonaro) também estava foragido há quase um ano. (depois foi descoberto e cercado pela PM em
MG e fuzilado)
Após a lista do COAF ser
considerada legal pelo STF (e esta trazia as movimentações de dinheiro de
Queiroz muito acima dos ganhos dele), o MP Ministério Público do RJ já de posse
dos dados bancários (provas) partiu para as buscas no dia 18-12-2019.
“Os alvos eram diferentes
endereços da família Queiroz e também parentes de Cristina, a ex mulher de Jair
Bolsonaro”.
Continua no capitulo 14/22