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terça-feira, 27 de dezembro de 2022
CAP. 01/04 - fichamento do livro - CLARICE, UMA BIOGRAFIA - autor Benjamin Moser
segunda-feira, 12 de dezembro de 2022
Cap. 11/11 (final) - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021
capitulo 11/11 (final)
A Calunga Grande, os negros escravizados... “Sangue do povo negro no Brasil
colonial”. Sofrendo como os índios.
“Sangue dos pobres do mundo”. Os
exploradores “com o seu deus estrangeiro,
seu lixo, suas mentiradas”.
“Os motores queimando óleo, o gado invadindo tudo, a comida
com gosto de veneno e cinzas”.
Página 140
... correrias e matanças de índios. Os bandeirantes e a sanha...
Os índios tinham os remédios para seus males, mas os brancos
trouxeram novas doenças que dizimavam os índios.
Cita trechinho da fala de Theodore Roosevelt, de 1913 quando
ele esteve no Brasil e participou inclusive de caçada e provou carne de onça.
Na ocasião o então presidente Roosevelt visitou no Brasil,
cidades em diversas regiões. Viu locais
onde moram ricos, lugares de pobres, de miséria. “Viu que depois de irem acabando com as
nações do povo de origem, foram pegando o nome dos mortos para botar nos novos
lugares que alevantaram.
Praça Tibiriçá, Praça Tamoio, Rua Guarani etc.
Mistura de sangue entre índios e brancos... “mas, se uma alegria resultou disso, de
igual modo também que o que derivou foi uma grande negação, o povo negando a si
mesmo. “Tudo é índio, ninguém é índio”. “E o Brasil, essa igara”. (igara, tipo de canoa indígena)
“Um tiro cala a voz da Amazônia. Chico Mendes, a morte anunciada”.
Manchete, 1989
“Assassinato de freira defensora da Amazônia, Dorothy Stang,
completa dez anos”. InfoAmazônia, 13-02-2015.
O livro faz outras citações do gênero e suas fontes.
“Comissão da Verdade:
ao menos 8.300 índios foram mortos na Ditadura Militar no Brasil”. Fonte: Amazonia Real 11-12-2014.
“CIA treinou polícia para agir contra indígenas no Regime
Militar”.
Avispa Midia de 22-01-2016.
VIII Onça caçando.... quando é hora de caçada
sua, e não é coisa que se ensine. É
porque é”. “E quando menos se espera,
pro bicho entretido, cochilado de si, a onça vai e zás!”
...”morde o bicho... ou no gogó pela frente e, como os
dentes dela vão muito fundo, o bicho morre afogado no sangue dele mesmo”.
A onça, espírito de Iñe-e voa pelo oceano até chegar em
Munique em missão. Encontra Spix
moribundo. Fica ali ao pé da cama sem
ele perceber. Ela não tem raiva dele.
Já é diferente com Martius, de quem ela tem muita
raiva. Ele já velho...
“não havia perdão capaz de resgatar aquele homem”. Ele morre.
Em seguida, em espírito, volta à floresta Amazônia onde atuou e lá
ocorre nesse plano espiritual o acerto de contas dele com a Onça. Ela ataca e destroça o pesquisador. Aquele que comprou as crianças indígenas no
passado.
“Findo estava, caça que era”. Morreu de fato no dia 13-12-1868
A onça voando, desce em Munique no templo de Diana. “Foi aí que a jaguara deu seu rugido, e o
som do rugido da onça se multiplicou por tudo que é lado...”
Os espíritos das crianças índias que morreram em Munique
foram conduzidos para o destino final de volta à sua terra, ao seu povo, junto
aos seus antepassados.
Vencida a missão de Iñe-e como índia e como onça. Já em espírito:
“Agora quero mais não, nem roupa nem nome”. “Despossuo tudo de que já tive precisão,
agora não mais”.
A respeito da construção da maloca
“O mito de Niimúe é de origem do povo miranha”.
“São utilizadas palavras do vocabulário miranha, juri e nhengatu
ao longo desta obra”.
A Constelação dos quatro macacos corresponde à Constelação
de Orion.
“Relatos sobre a árvore da vida são comuns a vários povos do
mundo. Nesta obra foi usada a narrativa
do povo Yanomami como referência”.
Litografias denominadas Miranha e Juri na exposição Coleção
Brasiliana Itau do Instituto Itau Cultural.
Fim de leitura dia 11-12-2022.
(gratidão aos que acompanharam mais este fichamento). Uso bastante o Facebook e o MSN. Caso queiram fazer algum comentário no blog
ou nestas outras mídias, fiquem à vontade.
Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba – Pr – Brasil
OBS – ao redor de 85% dos que acessam o blog historicamente
são dos USA
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
Cap. 10/12 - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021
capítulo 10/12
“Onça gosta de rio e de sombra de árvore. O mundo era uma árvore. “Árvore de toda a vida, assim se
chamava”. Era assim e dou fé.
“Do alto daquela árvore nasceu o primeiro céu e o sol e a
lua e todas as estrelas, porque o alto é que dá fruta”.
“Do alto da árvore nasceu também a Onça Grande, Tapai Uu, o
corpo dela feito de brasa das estrelas”.
“Das raízes da árvore nasceu um segundo céu, a terra que a
gente pisa por fundamento, o mói de plantas e as águas...”
“Das raízes... nasceu também a Grande Jiboia
Igaibati... “Igaibati era fera de dar
medo”.
... “E foi quando a Onça Grande descobriu um demasiado amor
por Igaibati, sem se importar com a feiura dela...” Dessa união nasceram todos os bichos da
floresta. Dessa união também nasceram
os homens de toda qualidade e índole...”
...”Inclusive gente branca, que nasceu da qualidade
sufocante da serpente...”
“Vocação de tudo é virar onça, e tudo é onça porque Tipai uu
amou Igaibati primeiro”.
II página 121 (das
160 totais)
Contando do chamamento da Grande Onça a Iñe-e quando esta
era bem pequena... “Porque ela era
destinada de Tipai uu desde antes de nascer.”
Então a Grande Onça contou para a menina uma porção de
ensinamentos... se defender... olhos de
ver o passado do passado, ... o futuro...”
“E Tipai uu disse assim:
“Iñe-e, tu é minha e, por ser minha, é bom que saiba que tu é onça
quando quiser de ser”.
...”Vai chegar um tempo de que tu seja caça, Iñe-e. E onça não nasce para ser caça. Onça é dona da mata. Se um dia você estiver em apuro, me chame
que eu venho te socorrer”.
III
Tempos depois da menina se encontrar com a Onça... “Já a menina mal adormecia, onças, jiboias,
antas, quatis, cutias visitavam ela”.
Quando a menina já era escrava do branco, o espírito da
Grande Onça só não incorporou nela porque a menina não soube dar o recado
certo, mas a onça em espírito estava sempre por perto dela.
“Então se deu que a menina desandou a morrer no estrangeiro”.
...”A hora era chegada.
Uaara-Iñe-e! falou a Onça Grande com sua voz muito antiga. E num instante muito rápido onça era menina
e menina era onça.”
IV
Iñe-e na forma de onça se aproximou da aldeia com vontade de
ver a mãe, mas com medo dela não a deixar se aproximar. A mãe ao ve-la atravessando o rio, sorriu e
veio ao encontro da filha. Se
abraçaram. Momento terno.
Em seguida, Iñe-e recebeu um sinal para ir embora e assim
fez. A mãe contou para o avô que se
encontrou com a filha pela derradeira vez e que ela já não é mais deste mundo.
...”não pisa mais no mesmo chão que nós. A Dona da Caça levou ela”.
Passa o tempo e o branco começa a explorar os seringais
nativos nas terras indígenas e usam trabalho pesado dos índios. Inclusive trabalho de crianças carregando
pesadas cargas de látex de seringueira.
O leite da seringueira é bem branco e a autora coloca como um
leite. Jorra leite das árvores e
sangue dos indígenas nessa lida.
Chicote de couro de anta sendo usado contra os índios para acelerar a
produção.
A menina Kaiemi sofrendo com o peso das cargas que tem que
transportar. “Justiça de onça se faz é
no dente”.
A menina Kaiemi é filha do filho do irmão de Iñe-e.
VII
A Calunga Grande, os negros escravizados... “Sangue do povo negro no Brasil colonial”. Sofrendo como os índios.
Continua capitulo 11/12
quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
Cap. 09/12 - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021
capítulo 09/12
Em 2009 a artista Mirtha Monge pintou as figuras de Iñe-e e
Juri e expos num parque da cidade de Munique.
No tempo do nazismo muita gente foi presa por resistir
contra o mesmo na Alemanha. “Schmorell,
um dos fundadores da Rosa Branca, a resistência alemã aos horrores do nazismo”. Isso quando o nazismo estava provocando o
extermínio de judeus. Muitos da
resistência foram mortos.
Capítulo VIII página
109
Josefa é descendente de Iñe-e. Pela gravura
...”ela olha a menina e é seu próprio rosto que vê”. Josefa sente um aperto no peito.
Sonhava com a ancestral indígena e sentia vontade de ir
visitar a avó em Belém do Pará. Mas não
iria porque saiu de casa para não retornar e para não rever o pai e virar uma
página da vida.
Josefa de impulso compra uma passagem para Munique para coletar
mais dados para seu estudo do caso das crianças índias.
Após a morte da menina Iñe-e, a rainha da Baviera encomenda
uma placa de bronze com a imagem dela e de Juri para colocar no túmulo dos dois
indígenas em Munique.
A rainha inclusive foi no enterro de Iñe-e. “O trabalho da natureza, constante e
humilde, devolvendo ao pó o que do pó era feito, não abre espaço para qualquer
questionamento”.
A rainha triste porque perdeu a filha pequena fazia pouco
tempo e logo em seguida, os dois meninos índios morrem também.
Terminado o sepultamento de Iñe-e, a rainha olha para os
olhos vermelhos dos cientistas Martius e Spix e pergunta rispidamente: “Afinal, foi para isso que vocês os trouxeram?”.
A rainha sabia que todos ali tinham alguma culpa, inclusive
a família real. Dar um sepultamento
digno era uma forma de aliviar a
consciência dos culpados.
Capítulo X página 115
Josefa em Munique visitando os lugares onde viveu Iñe-e por
uns tempos. Compra uma gravura dos
dois indígenas. Olha a gravura e se
enxerga nela. Ao olhar... “é ela que os adota, que é ela que neles se
reconhece”.
Josefa em suas pesquisas chega até o local e ao ver as gravuras,
foi como se tivesse uma reunião familiar.
...”pela primeira vez na vida parece se sentir à vontade consigo mesma”.
A tribo miranha (de Iñe-e) viveu na margem do Rio Japurá no
estado do Amazonas.
...”se sente cheia de energia e coragem para iniciar um novo
capítulo de sua vida”. ...”se manter
em pé sobre si mesma...” “Um caminho
imperfeito, no entanto, é só seu”.
Etapa 3 do livro
Cita o índio escritor e ativista atual, Davi Kopenawa em seu
livro A Queda do Céu:
“Sabemos que os mortos vão se juntar aos fantasmas dos
nossos antepassados nas costas do céu, onde a caça é abundante e as festas não
acabam”.
Depois segue a narrativa da autora:
“Onça gosta de rio e de sombra de árvore. O mundo era uma árvore. “Árvore de toda a vida, assim se chamava”. Era assim e dou fé.
“Do alto daquela árvore nasceu o primeiro céu e o sol e a
lua e todas as estrelas, porque o alto é que dá fruta”.
“Do alto da árvore nasceu também a Onça Grande, Tapai Uu, o
corpo dela feito de brasa das estrelas”.
Continua no
capítulo 10/12
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Cap. 08/12 - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021
capítulo 08/12
Josefa que agora faz pesquisa sobre sua ancestral Iñe-e, no
passado, bem jovem, teve um namorado que a abandonou quando ela ficou
grávida. Ela teve aborto espontâneo.
Tomás e Josefa passam a se relacionar sem que ele ficasse
querendo saber do passado dela.
Mantinham relação sexual rotineiramente, ela e Tomás.
Tomás ao sair de rotina do local onde mora Josefa. Ela diz:
“A minha bisavó materna foi pega no laço, sabia? Tenho um tanto de sangue caiapó em mim. Mas o fato é que todo mundo tem uma avó pega
no laço no Brasil, eu, você, o porteiro lá embaixo”.
...”O curioso é que esta minha avó colombiana como que
crescia, se agigantava ao convocar o meu passado materno, como se estivesse ela
mesma prestes a ganhar novo corpo e novas feições, e de sua estrutura delicada
de ossos estivesse pronta para sair outra mulher, enorme, quase brutal”.
Josefa no passado, educada pela tia que vivia impondo regras
para tentar a sociabilidade da sobrinha.
...”Em Munique, Spix se empenha em ensinar
alemão e português pra Iñe-e. Busca que
ela saia da profunda tristeza agravada pela morte de Juri.
Spix abalado com... “o
fracasso que mais aquela morte representa.
Tais sentimentos o aniquilam”.
Josefa e a lembrança triste do seu tempo de criança, criada pela
tia e a avó que morava junto com elas.
A avó pega a laço. ...”a
presença inexorável da mulher pega a laço e o desejo de que o pai não voltasse
nunca mais”.
Capítulo VI página 103
Voltando a Martius e seus planos. “ A ideia de Martius de apresenta-los em
exibições etnográficas pelo continente teria que esperar momento mais propício”. (a saúde dos dois jovens índios não estava
boa)
O menino que era forte estava definhando na Alemanha e
Martius se lembrou que quando chegou no Brasil com plena saúde, teve seus
problemas de saúde por conta da mudança de clima. Spix sofreu mais com o clima do Brasil e
isso tirou dele certas iniciativas e aumentou a avidez do colega. Martius se acostumou na liderança e com
frequência ignorava alertas de Spix.
Spix se afeiçoou tanto às crianças que chegava a pregar a
palavra de Deus a elas, mesmo sabendo que havia total barreira de idioma. Confiava no milagre da sua fé.
Quando o menino Juri morreu, Spix ficou muito chocado e
arrependido de não ter sido mais enfático contra o plano de Martius de comprar
as crianças.
“Fora covarde e conivente.
Antes, quando as crianças estavam em melhor condição de saúde....
Spix... “sente-se feliz de
contempla-las. As crianças são suas”.
Capítulo VII - página
106
Na rua Wirt em Munique, uma caixa postal que só recebe
poesias. Fica bem perto da casa de Spix. “Os homens gostam de glorias para si e aos
seus”.
“Os homens, sobretudo os brancos, gostam de fixar-se na
suposta permanência dos monumentos de pedra ou minério”. Há na cidade monumentos ou placas em homenagem
a Martius e Spix.
Continua no capítulo 09/12
terça-feira, 6 de dezembro de 2022
Cap. 07/12 - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021
capítulo 07/12
Capítulo XX página 79
A índia ralando yuca.
(planta fibrosa da qual fazem farinha)
Já em Munique...
começa a nevar. E nesse tempo,
Iñe-e tem sua primeira menstruação. Na
cultura do povo dela, o lugar onde isso ocorre pela primeira vez, se torna para
essa pessoa um lugar sagrado.
A dona da pensão falando com a empregada sobre a índia. “Não passa de uma macaca suja...”
Segunda parte do livro -
página 85
A autora cita Guimarães Rosa – do seu livro Grande Sertão –
Veredas:
“A gente quer passar um rio a nado, e passa, mas vai dar na
outra banda é num ponto diverso do que em que primeiro se pensou”.
Outro lugar e outra época bem atual: Carros, buzinas na Avenida Paulista em São
Paulo. ...”mendigos na calçada pedindo
esmolas para a ração dos cães talvez porque as pessoas sintam mais empatia
pelos animais do que por aquela gente encardida e amontoada”.
Josefa na Avenida Paulista vendo uma exposição no centro
cultural de um banco. Ela que no
passado fugiu. “Josefa não sabe
exatamente do que fugiu. Ou nem quer
saber.”
...”Não quer pensar porque veio ou no que deixou”. Lida com traduções e livros
didáticos. Outros tipos não dão renda.
No Recife... numa exposição de artes. “O estilo vivaz de Debret a assombra... Na tela... “os índios vistos como parte da
fauna.”
Na exposição há telas cujos modelos são Iñe-e e Juri. Gravuras denominadas Muxurana. (ver no link: https://journals.openedition.org/artelogie/3774?lang=pt )
Fala de três telas:
Muxurana, Miranha e Juri.
...”A terra sempre vomita o que lhe faz mal.” Os rios também...
Capítulo III da Segunda parte do livro página 90
O jovem Juri com doença dos brancos e os médicos tentando
lhe aplicar sangria. O usual da época
era colocar vermes reproduzidos em laboratório (sanguessugas) que sugam o
sangue da pessoa pela pele.
Ele que desde menino sempre foi um exímio nadador, agora
longe das suas águas.
“Afogava-se em si mesmo sem que houvesse água ao redor. Afogava-se por dentro e esse era
verdadeiramente o começo do terrível”.
Faleceu o jovem Juri depois de sofrer com a doença dos
brancos. Morreu de uma pneumonia
crônica devido ao frio rigoroso da Alemanha.
Morreu dia 11-06-1821.
Capítulo IV – página 96
O corpo do jovem sendo dissecado para pesquisa. Ao dissecar, deceparam também ele e depois
de colocar a cabeça numa forma de gesso para tirar a modelagem, colocaram a
mesma em vidro com formol. E depois
aquela cabeça ficou sobre a estante de Martius em seu escritório.
Agora a autora volta ao tempo moderno com Josefa e sua lida.
Para se livrar do estresse, corridas na praça. ...”os velhotes passeando com os cães,
mas esquecendo de recolher a merda dos bichos”.
Josefa... foi menina magra e guenza... (guenza – adoentada, raquítica)
Continua no capítulo 08/12
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
Cap. 06/12 - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021
Capítulo 06/12
... “1889 no Rio de
Janeiro, queda de Dom Pedro II e a vinda da república. Soldados e armas. ...”suas lâminas e armas de fogo sempre a
postos, pairando ao longo dos tempos sobre a cabeça do povo”.
...”todo castelo guarda em si túmulo e prisão”.
No Castelo do rei que encomendou a expedição. “Há ainda as gentes presas nos quadros das
paredes”. ... “os espelhos a
multiplicar os corpos...”
Página 67
Os meninos indígenas foram apresentados ao rei no
palácio. Muitos curiosos também no
salão. Um homem que tem contato com os
cientistas analisa os dois meninos, inclusive tocando-os, abrindo e examinando
a boca deles etc.
Capítulo XVII – página 69
Martius e Spix desembarcaram para a expedição no Porto do
Rio de Janeiro, vindos de carona com a comitiva da Princesa Leopoldina, isto em
14-07-1817. (a família real veio para o
Brasil em 1808)
Os pesquisadores viram na cidade do Rio de Janeiro uma face
de civilização, mas a quantidade de negros escravizados transitando pelas ruas
em suas atividades de trabalho diversas chamaram a atenção dos cientistas.
Na época o transporte de cargas mesmo na cidade portuária do
RJ era comumente feito com tração animal.
Carros de boi e carroças com burros.
Os cientistas numa comitiva viajando a cavalo pela Serra do
Mar entre o Rio e São Paulo.
Escrevem: “Diante de tanta
riqueza de formas, não temos mãos e olhos suficientes para realizar nosso
trabalho”.
...após apresentarem os meninos ao rei na Alemanha... “agora tudo deve ser celebração pelo regresso,
prestação de contas e, é claro, um pouco de gloria”. “Mas neste momento, por um átimo, seu
olhar cruza com Iñe-e. E uma sombra
anuvia seu pensamento”. (te-la como escravizada)
Capítulo XVIII – página 72
Os meninos do castelo perto do Rio Isar na Baviera. Ela já não mais compreende a voz do rio. “Sente terrível falta da maloca, do
cotidiano perdido... da pele morna da
mãe”.
“Não sente fome, sono, vontade de nada”.
As filhas do rei tentam brincar com os indígenas, como se
estes fossem brinquedos. Iñe-e vê
bonecas e são muito estranhas para ela.
Já na primeira semana, batizam com o padre os dois meninos.
Iñe-e agora é Isabella e Juri é Johann. O rei se chama Maximiliano I da Baviera.
Iñe-e é do povo Miranha e Juri da tribo Juri (tribos
inimigas).
Capítulo XIX – página 74
Em 1821 o pessoal assistindo na Alemanha a peça de Schiller,
peça A Donzela de Orleans, sobre Joana D´Arc.
A rainha era casada com um parente que já era viúvo e pai de quatro
filhos. Ele, o rei da Baviera.
Ela, a rainha, tinha o hábito de anotar coisas.
Anotou o que o rei adquiriu da expedição de Martius e
Spix: 350 aves, 85 mamíferos, 2.700
insetos, 6.500 plantas e duas crianças.
A rainha percebeu que não eram bom para seus filhos ficarem
interagindo com os dois indígenas e também não seria bom para estes
últimos. Pediu ao rei e ele atendeu –
para que os meninos fossem entregues aos cuidados de Spix.
A rainha perde uma criança nova e na sua dor, presume a dor
das mães dos indígenas que foram escravizados e estavam ali com eles. Ficou muito mal e se lembrou das palavras
finais da Donzela de Orleans da peça de teatro:
“Adeus,
colinas, campos que eu amava”
Adeus, sereno vale, adeus”
Adeus, pois nunca mais virei pisar teu chão”...
Joana vai, não volta nunca mais”.
Próximo capítulo 07/12