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domingo, 15 de janeiro de 2023

CAP. 01/15 - fichamento - livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - Autores Professores de Harvard - STEVEN LEVITSKY & DANIEL ZIBLATT - Edição 2018

 

RESENHA LIVRO COMO AS DEMOCRACIAS MORREM

 

Capítulo 1/15

 

         Este livro editado por dois Professores da Universidade de Harvard (USA) em 2018  consta como best-seller pelo jornal New York Times. 

         A ameaça que vem ocorrendo à nossa democracia no Brasil tem muita semelhança com o que vem ocorrendo nos USA e em vários outros países e é disso que os autores se ocupam em suas análises.

         Página 7 – O prefácio da edição em português, de 2021 é do Cientista Político Jairo Nicolau, professor da UFRJ Universidade Federal do RJ.

         Vamos ao que diz o do prefácio brasileiro:    De 2013 para cá a democracia no Brasil começou a sentir abalos.   Anteriormente, nos anos 80 saimos da Ditadura Militar e conquistamos o regime democrático.

         No final dos anos 80 a URSS se desfaz e paralelamente deixam o comunismo.    Também a América Latina passa a ter cada vez mais países conquistando o regime democrático, assim como vários países da África conquistam a independência e adotam a democracia.

         Entidade que monitora isso, a Polity Project levanta dados: Em 1985 havia no mundo 42 democracias e nestes países moravam 20% da população mundial. Em 2015 o número saltou para 103 países com 56% da população mundial.

         A Primavera Árabe ocorreu entre 2010 e 2011.   No caso dos países envolvidos neste movimento, só a Tunísia se deu melhor no novo regime.

         É recente o foco de estudo nas crises das democracias tradicionais já consolidadas como são exemplo a dos USA e da Inglaterra.

         Para o fenômeno desse novo cenário se criou o termo recessão democrática.     Os estudiosos do fenômeno tem  focado mais no caso recente dos USA, com a ascensão de Donald Trump em 2016, quando ele entra na campanha para a presidência e sai vitorioso.

         Uma mudança na forma de escolher candidatos nos USA depois de décadas, permite que um outsider (um de fora do sistema) entre no páreo.  Antes do caso Trump, eram reuniões de poucos lideres partidários que decidiam quem seriam os candidatos dos seus partidos.   A partir de 1972 o sistema de eleições primárias para escolha de delegados estado por estado e depois estes delegados escolhiam o presidente.   Nesse sistema milhões de eleitores, votando nas primárias, indicam os delegados e estes escolhem por via indireta o presidente.

         Nesse sistema os velhos caciques dos partidos perdem o mando e são os eleitores que decidem no voto a escolha, via delegados, do presidente.

         Os autores estudam regras formais dos sistemas políticos e os sistemas informais, o que é destacado pelo autor deste prefácio.

         Os autores comparam as normas informais com um jogo tipo de pelada de futebol no nosso meio.   As normas são informais e são aceitas por todos e segue o jogo.

         Na política no regime democrático é esperado que os dirigentes políticos acatem as normas informais do jogo democrático.   Uma das normas é a tolerância mútua, que é “reconhecer que os rivais, caso joguem pelas regras institucionais, tem o direito de existir, competir pelo poder e governar”.

         No Brasil usamos o voto obrigatório desde os anos 30 do século passado.

         Agora, a Introdução dos Autores do Livro   (página 13 de 270)

         Os autores americanos passaram anos pesquisando sobre política, sobre democracia e só recentemente ficou claro que a própria democracia americana está se fragilizando.

         “ao longo dos últimos ... anos, vimos políticos dizendo e fazendo coisas sem precedente nos USA – mas que reconhecemos como precursoras de crises democráticas em outros países.”

         ...”No entanto, estamos preocupados.   Os políticos norte americanos agora tratam seus rivais como inimigos, intimidam a imprensa livre e ameaçam o resultado de eleições”.   (livro editado em 2018).

         Os estados americanos outrora louvados por juristas como laboratórios de democracia agora correm o risco de se tornarem laboratórios de autoritarismo.

         Cita de 2016 a eleição do inexperiente e ditatorial Donald Trump para presidente dos USA.  Isto pela primeira vez na história dos USA.

         Em termos de América Latina, citou de 1973 o caso do governo democrático no Chile com Salvador Allende.  Dia 11/09/1973 que a direita bombardeou o Palácio La Moneda, derrubou o governo e Allende foi morto pelo regime militar que se instalou.    O general Augusto Pinochet assumiu o poder de forma ditatorial.       Allende vinha enfrentando muita resistência ao seu governo e no momento dramático do cerco, ainda fez pronunciamento ao povo chileno tentando salvar a democracia mas o povo se calou. 

         Essa era uma das formas clássicas de derrubar o governante em golpe de estado.     Em 1964 no Brasil também em um dia, os militares derrubaram o governo civil e instalaram um regime militar que durou 21 anos.

         Hoje em dia há outros meios da democracia morrer.     ...”nas mãos de presidentes que subvertem o próprio processo que os levou ao poder”.

         No passado, um caso emblemático foi do de Adolf Hitler.  Assumiu o governo no voto popular e depois foi forjando meios de se chegar à ditadura que fez o que fez.

         A Venezuela com Hugo Chávez, teve ele eleito pelo voto popular em 1998 e ele tinha um aceno para os mais pobres e para as minorias.               

 

         Continua no capítulo 02/15

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

CAP. 04/04 - resumo do livro - CLARICE, UMA BIOGRAFIA - Autor: Benjamin Moser

 

BIOGRAFIA CLARICE LISPECTOR - FINAL

      Como já disse nos capítulos anteriores, a Biografia da Clarice Lispector, de autoria de Benjamin Moser, é um livro volumoso, mas de grande qualidade e diversidade de informação.     Dos apontamentos que fui fazendo ao longo da leitura, daquelas partes que mais me chamaram a atenção,  notei que dava para fazer comentários sobre um pouco do pensamento da Clarice, um tanto do Brasil na época e finalmente, destaquei o lado que o autor realça o povo judeu, afinal o autor e Clarice pertencem ao povo judeu e essa condição se reflete naturalmente na obra.    Vamos à síntese do que anotei:

     (Página 23)   Na Ucrânia onde nasceu Clarice, Stalin matou muita gente e depois Hitler também fez o mesmo, para a dor daquele sofrido povo.    Era a região que tinha a  maior concentração de judeus do mundo.     Clarice nasceu na cidade de Tchechelnik.

     (p.27)  Os judeus costumavam ter muitos filhos, pois preceitos religiosos deles não eram compatíveis com o controle da natalidade.

     (p.28)  Por lei, na Ucrânia da época, os judeus não podiam ter terras e viviam em seu país como se fossem estrangeiros.        

     (135)   Nas Guerras Mundiais, praticamente o mundo todo fechou as portas para os imigrantes judeus.

     (p.166)   Para todos os lugares onde os judeus migraram, já na segunda geração eram classe média, visto que sempre foram dedicados inclusive aos estudos.         Sionismo - movimento dos judeus visando ao retorno à terra dos ancestrais.

     (p.244)   O jornalista Samuel Wainer, que foi destaque no cenário brasileiro, era judeu nascido na Bessarabia,  que fazia parte da URSS.    Ele foi proprietário do Jornal Última Hora.      Clarice, formada em Direito, exerceu o jornalismo no Rio de Janeiro por bom tempo e foi até demitida do Jornal do Brasil  por ser judia.

     (p.271)   O diplomata brasileiro Osvaldo Aranha teria assinado pela ONU em 29-11-47 o documento de criação do Estado de Israel.

     (304)   O empresário Adolpho Bloch, da Revista Manchete nasceu na Ucrânia e era judeu.

    (p.327)   O empresário americano Henry Ford, segundo o autor, era um notório anti-semita.    

 

     Conclusão:   o meu hábito de anotar o que achei de mais relevante em todos os livros que leio me fornece uma síntese interessante.    Ao ler e reler esta síntese, reforço o conhecimento das passagens de destaque que permitem uma reflexão boa. 

CAP. 03/04 - fichamento do livro - CLARICE, UMA BIOGRAFIA - Autor: Benjamin Moser

 

DA BIOGRAFIA DA CLARICE LISPECTOR III

     No mês de fevereiro coloquei duas partes de comentários daquilo que achei mais interessante na Biografia da Clarice, cuja obra está detalhada no Capítulo I do tema no blog.     Para este capítulo III destaquei mais o lado Brasil da época focado no livro.    Mas antes de entrar no tema Brasil, vou destacar uma frase lapidar para as pessoas que são chegadas a fazer uns rabiscos.   (página 126) " Uma coisa eu já adivinhava:  era preciso tentar escrever sempre, não esperar por um momento melhor porque este simplesmente não vinha.  Escrever sempre me foi difícil, embora tenha partido de uma vocação.  Vocação é diferente de talento.  Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir".

     Agora, sobre o Brasil da época por conta do biógrafo:

     (pag.129)   Antes do ano de 1920 os navios de Cruzeiro que vinham do primeiro mundo se gabavam de não parar no Brasil.   Havia lá fora o medo de doenças tropicais daqui e outras idéias negativas.

     O Brasil em geral e o Rio de Janeiro (que era a capital federal na época) despontaram para o Primeiro Mundo como lugar interessante após 1920.    Nessa onda, o RJ inaugura em 1922 o famoso Hotel Glória e em 1923 o Copacabana Palace, outro hotel que virou ícone do RJ.     Getúlio Vargas, o Presidente, fez uma forte campanha para melhorar a imagem do Rio em particular e do Brasil em geral no exterior.    E era tempo da cantora super star da época Carmen Miranda estar bombando na mídia.   Ela acabou ajudando a melhorar a imagem do Brasil lá fora.     Futebol e Carnaval já eram produtos fortes do Brasil da época.

     (p.140)     Nossa Casa de Detenção, que depois virou o Carandiru já foi um presídio modelo de tal forma que era aberto a visitantes daqui e do exterior.   Visitantes famosos como o Antropólogo Clode Lévi-Strauss e o escritor judeu Stefan Zweig visitaram a Casa de Detenção.

     (p.142)   Algo para reflexão:    Até 1920 o Brasil não tinha nenhuma Universidade.  O que havia era faculdades isoladas com cursos específicos.    Nada de um campus com vários cursos dentro do conceito de universidade.     E o autor destaca que cidades como Lima, Cidade do México e Santo Domingo já tinham suas universidades desde o século XVI.  

     (p.198)     Na Segunda Guerra Mundial os americanos fizeram em Natal-RN a maior base aérea fora do seu território no esforço de guerra usando Natal-RN por ser um ponto estratégico por ficar no ponto da América do Sul mais próximo da África.    Diz que a  Base americana em Natal era tão grande e sofisticada que tinha até um cinema que recebia os filmes de lançamento, mesmo antes de chegarem à nossa capital federal que era o Rio de Janeiro.

     (p.213)   Em 1888 o Brasil decretou o fim da escravidão e passou a incentivar a imigração para prover mão de obra principalmente nas lavouras, sendo que o café era o carro-chefe.    E que a preferência teria sido para o imigrante italiano por ser branco, latino e católico.   Supunha-se que o povo brasileiro se adaptaria melhor a esse perfil de imigrante, segundo o autor comenta.

     (p.278)   Em 1947, o Brasil em uma fase de estreitamento diplomático com os USA chegou a importar 27.000 toneladas de bananas dos USA.     Parece piada!

     (p.300)   Diz que até certa época recente, no Brasil só três escritores conseguiram viver da literatura e seriam: Érico Veríssimo, Fernando Sabino e Jorge Amado.

     (p.314)   O magnata Giuseppe Martinelli fez o primeiro arranha-céu como se chamava um prédio alto nos tempos dos anos 20.    O povo paulistano ficou abismado com a obra e sua altura mas tinha medo de morar naquela altura.    Para mostrar que o prédio era seguro, o magnata Martinelli se mudou com a família na cobertura do arranha-céu.   Daí as pessoas aderiram à novidade.

     (p.395)   Jânio Quadros, que foi presidente do Brasil, visitou Cuba de Fidel.   Jânio condecorou Chê Guevara  (em 19-08-61) com a maior comenda nacional -  a Ordem do Cruzeiro do Sul.

    (p.427)     Na Ditadura militar os amigos de Clarice, Paulo Francis e Ferreira Gullar, foram presos logo após a edição do AI 5 Ato Institucional número 5 que suspendeu as liberdades democráticas no País em 1969.            

     Em resumo nosso País é novo e estamos no aprendizado...   

CAP.02/04 - fichamento do livro - CLARICE, UMA BIOGRAFIA - Autor: Benjamin Moser

 

BIOGRAFIA DE CLARICE LISPECTOR - II

     Como simples leitor da Biografia de Clarice Lispector, seguem mais algumas frases que eu destaquei como marcantes na obra.   Isto tudo para mostrar que a escritora foi fora de série e merece ser lida com muita atenção.   

     Frase com comentário do crítico literário Milliet sobre uma obra de Clarice:    "A autora sucumbe ao peso de sua própria riqueza"  (cultural).    ... "livro desanimadoramente difícil de ler"..  (p.284)

     Sobre seu desapego a Deus:   "Acima dos homens, nada mais há."  (p.285)

     "Todos querem ter projeção sem saber como esta limita a vida."    ... "o que eu queria dizer, já não posso mais".   (p.360)

     Cazuza leu 111 vezes o livro Perto do Coração Selvagem.    Cita o biógrafo: "O livro inspirou paixões".   (p.457)

      "Que ninguém se engane.  Só consigo a simplicidade através de muito trabalho"   (p.479)

     Dica de Clarice para uma menina que gostava de escrever:   "Escreva em prosa... ninguém edita comercialmente livro de poesias".   (p.480)

     Sobre seu cão Ulisses:   "É um cachorro muito especial... é um pouco neurótico".   (p.482)

     Perto dos 47 anos de idade, que não chegou completar:     Em carta para o intelectual católico Alceu de Amoroso Lima (o Tristão de Athaide):   "Eu sei que Deus existe".

 

     Há material anotado para mais uns dois capítulos no blog, sobre detalhes do Brasil, do Jornalismo no Brasil (ela militou na área), da Guerra e na Diplomacia.   Vejamos...

CAP. 01/04 - fichamento do livro - CLARICE, UMA BIOGRAFIA - autor Benjamin Moser

 

SOBRE A BIOGRAFIA DA CLARICE LISPECTOR - PARTE I

     Como leitor franco atirador, um dia me chega às mãos  o livro biográfico "Clarice" de autoria de Benjamin Moser e tradução de José Geraldo Couto.  Obra da editora Cosacnaify, com 647 páginas.
     O livro é de uma riqueza de dados impressionante, não só da controversa Clarice, mas no retrato que o autor traça sobre a política brasileira, a Europa das primeiras décadas do século passado, a questão do povo judeu na Europa, as Guerras e muito mais.    
     Tendo o hábito de ler com papel e lápis do lado, anotando aquilo que mais me chama a atenção, percebi que no caso desta obra, dá para fazer até uma separata por assunto, como Política brasileira nos anos 20, aspectos da Geopolítica nos tempos das Guerras Mundiais,  aspectos da Diplomacia brasileira nos anos 20, aspectos do Jornalismo no Brasil e no front de batalha na Europa e por aí segue.
     Para esta primeira parte, já que a protagonista é a Clarice, resolvi destacar frases e citações que mostram um pouco do modo de pensar dela.      Ela no Cairo, esposa de diplomata, em frente à esfinge e o mito do "me decifra senão te devoro".     Ela teria dito após "encarar" a esfinge:  "Não a decifrei.. mas ela também não me decifrou".  (p12)
     Frase de Drummond sobre sua amiga Clarice:  "Veio de um mistério e partiu para outro"   (p.14)
     Ela por ela mesma:  "Sou tão misteriosa que não me entendo"   (p.15)
     Idem:   "Eu sou vós mesmos"   (p.17)
     Idem:   Dela que nasceu na Ucrânia e veio bem novinha para o Brasil:  "Eu pertenço ao Brasil"  (p.23)
     Consta que ela na juventude chegava a ler um livro por dia.   (p.126)    A literatura de Herman Hesse teria influenciado um pouco a pessoa e a obra de Clarice.    (p.127)
     Clarice, se referindo ao suicídio de Virginia Wolf:         "... não quero perdoar o fato de ela ter se suicidado.   O horrível dever é ir até o fim".   (p.205)
     Sobre viver longe do Brasil e das pessoas amigas na Europa, acompanhando o esposo diplomata.    "O que importa na vida é estar junto de quem se gosta". (210)
     Ela, morando numa pequena cidade do interior da Europa.   "É preciso ser feliz para morar em uma cidade pequena, pois ela alarga a felicidade como alarga também a infelicidade" (251)
     Para finalizar o capítulo de hoje, parte de uma frase dela numa carta enviada da Europa:    "... somente até um certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar  aos outros e às circunstâncias...".       (259).    Ela leu muito os filósofos...
     

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Cap. 11/11 (final) - Fichamento - livro - O SOM DO RUGIDO DA ONÇA - Autora Micheliny Verunschk - Cia das Letras - 2021

 

capitulo 11/11 (final)

 

         A Calunga Grande, os negros escravizados...    “Sangue do povo negro no Brasil colonial”.    Sofrendo como os índios.

         “Sangue dos pobres do mundo”.   Os exploradores   “com o seu deus estrangeiro, seu lixo, suas mentiradas”.

         “Os motores queimando óleo, o gado invadindo tudo, a comida com gosto de veneno e cinzas”.      Página 140

         ... correrias e matanças de índios.   Os bandeirantes e a sanha...

         Os índios tinham os remédios para seus males, mas os brancos trouxeram novas doenças que dizimavam os índios.

         Cita trechinho da fala de Theodore Roosevelt, de 1913 quando ele esteve no Brasil e participou inclusive de caçada e provou carne de onça.

         Na ocasião o então presidente Roosevelt visitou no Brasil, cidades em diversas regiões.  Viu locais onde moram ricos, lugares de pobres, de miséria.   “Viu que depois de irem acabando com as nações do povo de origem, foram pegando o nome dos mortos para botar nos novos lugares que alevantaram.

         Praça Tibiriçá, Praça Tamoio, Rua Guarani etc.

         Mistura de sangue entre índios e brancos...    “mas, se uma alegria resultou disso, de igual modo também que o que derivou foi uma grande negação, o povo negando a si mesmo.    “Tudo é índio, ninguém é índio”.   “E o Brasil, essa igara”.   (igara, tipo de canoa indígena)

         “Um tiro cala a voz da Amazônia.  Chico Mendes, a morte anunciada”.

         Manchete, 1989

         “Assassinato de freira defensora da Amazônia, Dorothy Stang, completa dez anos”.   InfoAmazônia, 13-02-2015.

         O livro faz outras citações do gênero e suas fontes.

         “Comissão da Verdade:  ao menos 8.300 índios foram mortos na Ditadura Militar no Brasil”.   Fonte: Amazonia Real   11-12-2014.

         “CIA treinou polícia para agir contra indígenas no Regime Militar”.

         Avispa Midia de 22-01-2016.

         VIII          Onça caçando.... quando é hora de caçada sua, e não é coisa que se ensine.  É porque é”.   “E quando menos se espera, pro bicho entretido, cochilado de si, a onça vai e zás!”

         ...”morde o bicho... ou no gogó pela frente e, como os dentes dela vão muito fundo, o bicho morre afogado no sangue dele mesmo”.

         A onça, espírito de Iñe-e voa pelo oceano até chegar em Munique em missão.   Encontra Spix moribundo.  Fica ali ao pé da cama sem ele perceber.  Ela não tem raiva dele.

         Já é diferente com Martius, de quem ela tem muita raiva.  Ele já velho...

         “não havia perdão capaz de resgatar aquele homem”.    Ele morre.   Em seguida, em espírito, volta à floresta Amazônia onde atuou e lá ocorre nesse plano espiritual o acerto de contas dele com a Onça.   Ela ataca e destroça o pesquisador.   Aquele que comprou as crianças indígenas no passado.

         “Findo estava, caça que era”.    Morreu de fato no dia 13-12-1868

         A onça voando, desce em Munique no templo de Diana.   “Foi aí que a jaguara deu seu rugido, e o som do rugido da onça se multiplicou por tudo que é lado...”

         Os espíritos das crianças índias que morreram em Munique foram conduzidos para o destino final de volta à sua terra, ao seu povo, junto aos seus antepassados.

         Vencida a missão de Iñe-e como índia e como onça.  Já em espírito:

         “Agora quero mais não, nem roupa nem nome”.   “Despossuo tudo de que já tive precisão, agora não mais”.

         A respeito da construção da maloca

         “O mito de Niimúe é de origem do povo miranha”.

         “São utilizadas palavras do vocabulário miranha, juri e nhengatu ao longo desta obra”.

         A Constelação dos quatro macacos corresponde à Constelação de Orion.

         “Relatos sobre a árvore da vida são comuns a vários povos do mundo.  Nesta obra foi usada a narrativa do povo Yanomami como referência”.

         Litografias denominadas Miranha e Juri na exposição Coleção Brasiliana Itau do Instituto Itau Cultural.

 

                   Fim de leitura dia 11-12-2022.    

 

         (gratidão aos que acompanharam mais este fichamento).   Uso bastante o Facebook e o MSN.   Caso queiram fazer algum comentário no blog ou nestas outras mídias, fiquem à vontade.   Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba – Pr – Brasil 

         OBS – ao redor de 85% dos que acessam o blog historicamente são dos USA