Cap. 3/09
O rip hop .... dança do break. Hip – quadris; hop salto para o lado.
...”dança, comportamento, cultura, filosofia do grupo.”
O hip hop tem como precursores o rap jamaicano, o break
portorriquenho e o graffiti norteamericano.
O termo hip hop foi criado pelo DJ Afrika Bambaataa em 1968 para
os dançarinos de rua no bairro do Bronx em New York.
Hoje o movimento hip hop possui quatro elementos: o break com
seus passos e batalhas. Música e a poesia (rap = rhythm and poetry) com
seus trechos falados e rimados. O DJ disc jockey com o fundo rítmico
para o rap e o break e o Graffiti com suas artes visuais.
Lema do hip hop: Atitude!. Tem um viés de conscientização
política.
“Também é diversão, é esporte, é ponto de encontro”.
O hip hop nos USA surgiu entre jovens negros e latinos
principalmente. A lata de tinta spray foi inventada na década de 50 e
alavancou a arte do Graffiti.
Vandalismo ou Arte?
“Vai da pichação, cujo propósito é marcar, demarcar um território,
sujar, incomodar, agredir, chamar a atenção sobre certo espaço urbano e
certa realidade ou simplesmente desafiar a autoridade...”
Depoimento do grafiteiro gaúcho Gabriel em Curitiba: “Não é
decoração, não é gratuito. Tem sentido, tem força”. Já a autora relata:
...”esta arte é apreciada por sua intensidade explosiva, por sua grande
carga de expressividade”.
Sobre o artista de rua. “Sua única defesa é o seu arsenal: frágeis,
abstratas e passageiras palavras, cujo efeito pode ser como o de uma
lâmina!.
Cita o Coletivo InterLuxArteLivre. “A intervenção urbana, a arte de
rua, discute o aqui e o agora”.
Território e Territorialidade.
A concepção do artista de sua arte remete inclusive ao bem comum
antes da existência da propriedade privada. Postula que tudo é de todos,
portanto nada é de alguém. Assim, desafia as normas.
Lembrando que uns veem o Graffiti como poluição visual mas há o
argumento de que o comércio também com suas placas e tudo o mais,
podem ser vistos como poluentes do visual urbano.
Um certo paralelo no marcar território. Animais usam urinar em
locais para demarcar território e o artista de rua com sua arte de certa forma
também demarca território ao seu modo.
“Afinal, de quem é a praça senão daqueles que transitam por ela?”
Escolher o que ler no espaço público. Ou escolher o que não ler.
Sobre a arte de rua: “Consideram-no obra de indivíduos que não
estudam e não tem o que fazer. No entanto, a maioria dos envolvidos com
a arte de rua não apenas estuda ou trabalha, mas tem ótimo rendimento na
escola ou no emprego e é apreciada e respeitada pela sua família e pela sua
comunidade”.
Continua no capítulo 04/09