Total de visualizações de página

sábado, 21 de outubro de 2023

CAP. 05/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - Autor: ROBERTO DRUMMOND

capítulo 5/15            leitura outubro de 2023

 

         18 – Te esconjuro, Satanás!

         O Santo não conhecia Hilda.   Ela se aproximando toda altiva para encarar o Santo.   Este, vendo Hilda, em pensamento....  “Mais fosse um anjo... o demônio sabe como se fantasiar para nos tentar”.

         O Santo gritou então, o crucifixo erguido apontado no rumo dela frente à multidão:   - Te esconjuro, Satanás!

         Nesse momento, deu um trovão já com a chuva caindo.    Hilda não se abalou e encarou o Santo.   Ela estava com 21 anos de idade incompletos.   Encarou o Santo e recebeu o apoio de uma aglomeração que apoiava ela e era contra mudar a Zona Boêmia do centro de BH.

         Entre os apoiadores de Hilda mais próximos estavam Maria Tomba Homem e o travesti Cintura Fina.

         Hilda fez no ato um desafio ao Santo.   Abaixe esse crucifixo e me responda:  O senhor é santo dos ricos ou dos pobres?

         19 – E se foi Deus que me mandou?

         Ela pergunta ao santo:   “Você que é santo, soube como vive um operário brasileiro?”.  “Pois eu, que você diz que sou o demônio, sei como vive um operário brasileiro”.

         Caiu a chuva.

         O santo ficou calado e só depois de uma cotovelada da beata Loló cobrando uma reação dele, o frei, vendo a chuva cair disse:

         - Esta é uma chuva abençoada porque vem lavar os pecados da Rua Guaicurus e da Zona Boêmia”.     Nisso de chuva, trovões, acaba a energia e ficam todos no escuro.

         20 – O sapato da Cinderela

         Um raio caiu no Restaurante Bagdá provocando um incêndio.  Foi um corre corre geral.    Nisso, Hilda perdeu um pé do sapato no tumulto e o santo achou e colocou furtivamente no bolso do paletó.

         Parte Dois

         1 – O Santo e a pecadora

         A vidente que previu a morte de Getúlio Vargas teria dito a sorte de Hilda.   Que ela iria sofrer como Gata Borralheira e iria perder um pé do sapato que ela amava, do tempo dos bailes no Tenis Clube.  E quem achasse o pé do sapato seria seu Príncipe Encantado.

         Ela anunciou a perda do sapato no rádio e jornais.  Ofereceu dois tipos alternativos de recompensa:  mil dólares em dinheiro ou um beijo dela.

         Houve vários e vários que tentaram a sorte mas o sapato não servia.

         2 – Um diálogo muito estranho

         O repórter foi ao convento para tentar conversar com o frei (amigo de infância...).   O leigo que o atendeu disse que o Frei estava nos fundos, na Casa de  Purgação, o que incluía alto flagelo para se livrar de maus pensamentos.   Disse que há dois dias o frei estava nessa purgação.

         No flagelo, o santo em pensamento vai devolver o sapato para Hilda e ganha os beijos dela.   Correm juntos, descalços pela chuva.  Dançam uma música.   Aí termina o sonho no flagelo.

         O santo abre o olho e promete:   - Eu ainda vou exorciza-la, Hilda Furacão.  Hei de tirar o demônio do seu coração.

         4 – Em que se fala sobre o Mal de Hilda, com base em fatos e boatos.

         A Câmara Municipal de BH e o projeto de lei para criar retirada do centro a Cidade das Camélias e para lá transferir a Zona Boêmia.

         O vereador comunista diz que tem provas que as entidades que apoiam o projeto são financiadas pelo lobby dos imobiliaristas e construtores.

         O vereador de situação trouxe uma pasta que teria “provas” de que o ouro de Moscou estaria financiando o vereador comunista.

         Havia empate de 9x9 entre os vereadores pro e contra a mudança da zona.

         Um coronel do cacau de Ilheus-BA querendo rematar todas as fotos eróticas da Hilda.   Pagaria em dólar.   E pretendia um dia leva-la em definitivo para Ilheus-BA.

         Um dia um fazendeiro, grande criador de gado zebu no Triângulo Mineiro, depois de se contagiar pelo Mal de Hilda, prometeu leva-la para sua terra.   Grana não seria problema para ele.

        

         Continua no capítulo 6/15

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

CAP. 04/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

 capítulo 04/15                postagem Outubro de 2023

 

         Esse bispo teria sido o mesmo do bafafá na época de inaugurar as obras projetadas pelo renomado Arquiteto Oscar Niemeyer no entorno do Lago da Pampulha em Belo Horizonte.   O conservadorismo de BH se rebelou porque ele projetou a obra da Capela de São Francisco sendo comunista.   Como se isso fosse motivo para protesto.    E no caso, o consagrado artista plástico Candido Portinari foi destacado para decorar a capela, ele também tido como comunista.

         As obras do Niemeyer na Pampulha atraem de forma permanente uma legião de turistas para o local.     (eu mesmo já visitei o local por duas vezes).

         Contra o conservadorismo de BH, os que aderiram à campanha contra a mudança da Zona Boêmia, pegaram carona nas pichações da campanha O Petróleo é nosso e lançaram as pichações Hilda Furacão é Nossa.

         O primo do jornalista destacou o Roberto para entrevistar Hilda Furacão.

         Os coronéis descreviam o andar da Hilda:   - “Ela anda como uma égua campineira solta no pasto”.

         Hilda disse que era alucinada por Geografia.  Aceitou a visita do repórter e disse que na hora decidiria se daria a entrevista ou não.

         Na visita, serviu refresco ao jornalista e ao fotógrafo, mas decidiu não dar entrevista.

         O jornalista acabou entrevistando Maria Tomba Homem.   Resumo das falas:  Ela declarou -  “Mais melhor é eles levar Maria Tomba Homem para a cidade dos pé junto, que daqui da Rua Guaicurus não saio, daqui ninguém me tira”.

         14 – Precisa-se de um Santo

         Dona Loló Ventura, líder da defesa da família tradicional foi convencer o Frei Malthus a participar da campanha para retirar a Zona Boêmia do centro de BH e transferi-la para a periferia na projetada Cidade das Camélias.

         Ele aceitou a empreitada que incluía exorcizar o local atual da zona.

“Ia exorcizar aquela usina do pecado”.

         Manchete no jornal:  “Santo promete exorcizar o demônio Hilda Furacão”.

         15 – Os disfarces do diabo

         Carros de som nas ruas anunciando local, dia e hora do exorcismo.  Houve até  panfletagem de avião sobre BH anunciando o evento.

         “Deus, sim. Diabo, não!”     entre os dizeres dos folhetos e das vozes em coro dos manifestantes nas ruas.

         Manifestantes marchando rumo à Zona Boêmia seguindo o Santo que vai aspergindo água benta pelo caminho.    Seguidores com tocha acessa na mão na noite da manifestação.

         (risco de incendiarem algum estabelecimento...)   ...”entre os manifestantes há fanáticos...”

         A cerimônia do exorcismo vai ser em dois pontos próximos.   O Montanhês Dancing e o Maravilhoso Hotel  (onde Hilda atua)

         No local encontraram um grupo de policiais e populares contra o exorcismo e contra a mudança da Zona Boêmia.   Chuva se formando...

         O Santo brada:   -“Eu te exorcizo, Satanás!”.      Hilda vem descendo a escada para encarar o exorcista e os manifestantes.

         17 – Mais, fosse um anjo

         O Santo não conhecia Hilda.   Ela se aproximando toda altiva para encarar o Santo.   Este, vendo Hilda, em pensamento....  “Mais fosse um anjo... o demônio sabe como se fantasiar para nos tentar”.

        

         Continua no capítulo 5/15

fonte da foto:   Wikipedia



terça-feira, 17 de outubro de 2023

CAP. 03/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

 

capítulo 03/15  

 

         Havia tretas frequentes de Maria Tomba Homem com o Cintura Fina.   Dava polícia e gás lacrimogênio na parada.   Um dia Hilda Furacão interveio numa briga.   Só a presença de Hilda já cessou a briga.  Ela ralhou dizendo:

Aqui tem lugar para todos, não precisam brigar.    Hilda tomou a navalha do travesti Cintura Fina e a flecha da Maria e levou ambos para os curativos.

         Capítulo 8  Go home, Hilda Furacão

         Hilda, menos nas segundas feiras, fazia os programas no Maravilhoso Hotel, quarto 304.   Foi criada a noite dos Coronéis nas sextas feiras e o sucesso foi tanto que ampliaram para sextas e sábados.

         A mulherada de BH detestava Hilda Furacão.      ...”mas os homens, ah, os homens a amavam, ela os fazia subir pelas paredes e conhecer o paraíso”.

         Alta cotação.   Ela era o mito sexual de BH.   O povo chamava as damas do grupo dos Bons Costumes de mulheres mal-amadas.

         Desfilavam pelas ruas com placas contra Hilda:  Go home, Hilda Furacão.

         No passado Hilda frequentava os salões de baile e era conhecida no Minas Tenis Clube como a Garota do Maiô Dourado.

         9 – O mistério da Garota do Maiô Dourado

         Hilda...  “ era bela, inesquecível moça...”    Eram os tempos  que o escritor Fernando Sabino era atleta de destaque na natação do Minas Tenis Clube.   Também outras pessoas célebres frequentavam o clube na época como o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, o poeta Paulo Mendes Campos, o escritor Otto Lara Rezende.

         “Na verdade, a bela Hilda Gualtieri Von Echveger, filha de mãe italiana e pai alemão...”    era atração na beira da piscina  “sempre com seu maiô dourado”.

         Hilda já abalava os corações dos homens também ao cantar Ave Maria de Schubert em alemão no coral do Minas Tenis Clube.

         Dia 01 de abril de 1959 o boato que a garota do maiô dourado estava fazendo ponto no Maravilhoso Hotel.     Nessa época os pais dela sumiram de Belo Horizonte.

         “Ela enlouquecia os homens desde os 15 anos, quando o primeiro namorado dela suicidou-se por sua causa”.

         Ela chegou a passar pelo psiquiatra Helio Pelegrino.    No clube, dançava o carnaval sozinha, fantasiada de havaiana, em cima de uma mesa no salão de baile.

         “Nas missas dançantes escolhia só os rapazes feios para par e dizia: - Eu amo os deserdados do mundo”.

         10 – Um desafio aos Sherloques – Uma pergunta na cabeça das pessoas.   “Por que a Garota do Maiô Dourado trocou o Minas Tenis Clube pela Zona Boêmia?”

         Ela tinha um padre confessor.   Ele sabia...

         11 – O jogo dos sete erros.    O autor dá sete pistas entre falsas e verdadeiras sobre os motivos para ela debandar para a Zona Boêmia.

         12 – O feitiço contra o feiticeiro

         O narrador, atuando como jornalista de plantão na Zona Boêmia.  Constata que os protestos contra a Zona acabaram animando ainda mais a noite no local.

         “Tudo lá é encantado”.    Fila no Hotel, no apartamento de Hilda.

         13 – Bolívia, capital Lima

         A turma conservadora marcou um protesto contra a Zona Boêmia “no próprio coração do pecado, a Rua Guaicurus”.

         O grupo conservador em protesto com reforço do Bispo Dom Cabral.

 

         Segue no capítulo 04/15

domingo, 15 de outubro de 2023

CAP. 02/15 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor: ROBERTO DRUMMOND

 capítulo      02/15            leitura em outubro de 2023

 

         O pai de Robert era Francisco Alvarenga Drummond e tinha o apelido de Francis.   Incorporou o apelido de Francis no nome dos filhos.

         No tempo de colégio, Roberto morou em BH perto da Biblioteca Municipal e do célebre Grande Hotel.    Ia sempre à Biblioteca ler os autores nacionais.  Leu entre outros, Jorge Amado e Graciliano Ramos  “e virei simpatizante comunista”.

         Foi muito a passeatas pela nacionalização do petróleo (campanha O Petróleo é Nosso) e nacionalização das multinacionais.

         Não conseguiu nacionalizar nada e nacionalizou o próprio nome de Robert Francis Drummond para Roberto.   Ficou Roberto Drummond.

         Foi membro da UJC União da Juventude Comunista com carteirinha e tudo.    Portar a carteirinha era um risco de ser preso pela polícia da repressão política.

         4 – Comendo criancinha assada.

         Os contra espalhavam o boato de que os comunistas comiam criancinhas...

         ...”fumo um cigarro atrás do outro  ... cigarro Continental.”    Andando pelas ruas boêmias à caça de mulheres.

         Rua Mauá, um perigoso antro de mulheres e desfalques nos clientes.

         Casa da luz vermelha da Rua Mauá na Zona Boêmia.

         5 – Ganhando meu pão, aliás, meu cigarro...

         Trabalhando na Folha de Minas, um jornal conservador.   Antes de trabalhar no jornal, como integrante do comando de greve dos estudantes, ele levava notícias direto à redação do jornal.   Mais adiante, passou a trabalhar no jornal Folha de Minas.   O jornal estava quebrado, atrasava os salários e pertencia ao governo de MG.

         Estudante, numa greve, foi à redação do jornal com colegas do comando de greve e lá encontrou o repórter, também Drummond que descobriu que ambos eram primos.   Recebeu convite do primo para trabalhar no jornal e aceitou.

         6 – Um flash sobre o Santo

         O amigo dele, candidato a Santo, no convento dos Dominicanos, criou um coral:  “Os Meninos Cantores de Deus”.   Buscava converter pessoas através da música.

         7 – A Cidade das Camélias    (das prostitutas).

         O novo repórter no início da carreira saia à pé fazer reportagens.   Ia de calça social, gravata e cabelo curto.  Nesse tempo não se exigia diploma na área de Comunicação para ser jornalista.  Era aprender praticando.

         Eu sonhava cobrir uma guerra ou guerrilha como fez meu ídolo Ernest Hemingway.

         A imprensa de BH (Belo Horizonte) se engajou na luta para tirar a zona boêmia do centro da cidade.  A ideia era criar a “Cidade das Camélias” e transferir a prostituição para lá numa periferia.

         O primo Felipe Drummond, já veterano em reportagens, via essa campanha com entusiasmo.   Ambos os primos eram parte da campanha.

         Tinha pesquisa de opinião favorável à mudança da zona; tinha maquete da Cidade das Camélias; tinha coleta de assinaturas pedindo para os vereadores aprovarem lei nesse sentido.

         Um dos vereadores, comunista, Orlando Bomfim Junior, desvendou um dos segredos dessa mudança.   Era coisa da especulação imobiliária, onde poucos ganhariam muito com a mudança e os simpatizantes da causa serviam de massa de manobra para os especuladores.

         O autor do projeto de lei favorável a mudar a zona era um padre e na tribuna ele atacou o vereador comunista:   “Tirar a zona do centro da cidade é uma obra de Deus e de Deus você não entende nada”.

         Em ação a Liga de Defesa da Moral e dos Bons Costumes.

         Todos opinavam.  “Todos, menos a parte mais interessada: as prostitutas”.     E eram os tempos do esplendor da zona boêmia da cidade de BH.

         Casa de destaque era o Montanhês Dancing.   “O folclore da zona boêmia corria por conta de Maria Tomba Homem e do travesti Cintura Fina.

         Som da música interpretada por Emilinha Borba e Luiz Gonzaga:  Paraíba masculina / mulher macho, sim sinhô.     Era um furor no salão do Montanhês Dancing.

         Perto do Montanhês, o Maravilhoso Hotel.

         Cintura Fina era oriundo de Recife.  Nesse tempo estava fazendo sucesso com Luiz Gonzaga também a música que tem o refrão: Vem cá cintura fina / cintura de pilão / vem cá minha menina / vem cá meu coração. A galera delirava no salão.

         Passeatas de estudantes na Praça Sete em BH.

 

         Continua no capítulo 03/15  (ou mais...)

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

CAP. 01/12 - fichamento do romance - HILDA FURACÃO - autor - ROBERTO DRUMMOND

 Capítulo 1/12          - Romance - HILDA FURACÃO          outubro de 2023

 

Autor: Roberto Drummond – Editora – Geração Editorial – Romance – 18ª edição – 2008 – 295 páginas

 

         A primeira edição é de 1996.

         Capítulo 1 – Um homem morrendo no quarto   (pai do protagonista)

         O narrador – repórter em Belo Horizonte -   ...”fumava se-midão”... estava fichado no DOPS  (a polícia que reprimia adversários da ditadura)

         Acreditava que ainda ia ter minha Sierra Maestra.  (um dos locais de combate de Chê Guevara).

         Militante sindical...  preso pela repressão.    Na cela já havia outros presos por questão política no tempo do regime militar.

         “Perdi o sono à noite e descobri que os presos políticos também roncam...

         Presos num quartel.       ...”Meu pai tinha pavor do comunismo...

         A morte do pai do narrador.   O medo do pai moribundo pedir como último pedido ao filho que deixasse de ser comunista.

         O pai não tocou no assunto no momento final.

         Capítulo – Meu tipo inesquecível

         Um tio queria que a família deserdasse o comunista da família.  Outro tio foi se opor, mesmo sendo simpatizante do Integralismo de Plinio Salgado e usasse a saudação “anauê” desse grupo.   Apesar de tudo, esse tio era na prática um democrata.    Era fazendeiro.     O empregado da fazenda, Seu Quim, um grande contador de causos.

         Capítulo – Os três mosqueteiros

         Tia Ciana e tia Çãozinha  (de Conceição), irmãs do pai do personagem.  Solteironas.  Tia Çãozinha, eterna noiva de Pedro, que os sobrinhos já chamavam ele de tio Pedro.

         ....”meu pai foi engenheiro civil...   construiu inclusive a ponte de Santana dos Ferros – MG.”   Tia Ciana no passado teve grande desilusão no namoro.   Traída pela prima que ela detestava.    Virou beata rezadeira.  As duas tias moravam juntas.

         Quando o padre local sugeriu demolir a igreja velha e construir uma nova, as duas tias ficaram divididas, uma a favor e outra contra a proposta do padre.

         Demoliram a igreja e teriam feito uma nova meio parecida com a igrejinha de São Francisco ao lado do Lago da Pampulha em Belo Horizonte, esta projetada por Oscar Niemeyer.

         As tias e o cãozinho Joli, amigo do narrador.

         O narrador morou um tempo com as tias na casa que era mal-assombrada.

         Os três adolescentes do lugarejo que conseguiram de forma pioneira terminar o colegial.    Festa na saída dos três para continuar os estudos em BH Belo Horizonte.

         Um deles era casto e queria ser santo.   Este era o Malthus.

         Já Aramel, o Belo, queria ser astro de Hollywood e já tinha aprendido até um tanto de inglês.

         O terceiro, o narrador, que queria ser escritor.

         “Mas como a profissão não era bem vista pela família e no meio, eu fingia que queria ser médico”.

         Malthus virou Frei Dominicano.

         Capítulo -  Ao som de Frank Sinatra

         Cita o cassino que havia ao lado do Lago da Pampulha em BH.    Nesse cassino, o pai de Aramel, o Belo, que era bem de vida, perdeu seu patrimônio no jogo.    Depois virou marido de professora e só fazia ouvir Sinatra.

         Aramel detestava Sinatra e detestava o pai.

         Capítulo -   Já que não nacionalizei a Esso

         Roberto Drummond (o narrador) diz que nacionalizou seu nome que era Robert Francis Drummond.   Em parte, por raiva de um Francis, o mulo que falava.   (seria o Paulo Francis, jornalista?).

         Roberto, quando estudava no colégio, na hora da chamada o professor chamava Robert Francis Drummond e toda a classe caia na risada.     Mudou de colégio (também religioso) e a cena voltou a se repetir.

        

         Próximo capítulo      02/12

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

CAP. 20/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo final 20/20                           09-10-2023

 

         Morrer é deixar de existir?  Não sabemos exatamente.

         “O que é possível saber de forma unânime é que as pessoas que permanecem vivas guardarão a memória de quem partiu”.

          Notícia de morte.    “Comunicando a pessoa autista com sutileza ou com objetividade, o luto autista é muito intenso em todos os níveis de suporte”.    

         “A única pessoa cuja partida eu ainda não aceito é a do Vovô.  (morreu de covid-19).  Eu não consigo”.

         Há formas de comunicar, de acordo com cada família.   “Mas é preciso informar a pessoa autista que o ente querido não está mais conosco e que ele ou ela não vai mais voltar”.

         “A pessoa autista sempre teve e sempre terá o direito de saber toda a verdade por mais dolorosa que seja”.

         “Nem comentarei sobre a necessidade de não obrigar a pessoa autista a ir a velórios ou enterros...”

         ...”minha crença me ensinou que a relação entre as pessoas deve ser sempre considerada uma benção...”

         Encerra o livro homenageando ...”meus dois heróis já falecidos, os homens que mais quiseram ver minha carreira de escritor: meu Tio Nelson e meu Vovô Antonio.   Dedico a eles esses dois  belíssimos sonetos de minha autoria.

         Que outros autistas também contem suas histórias.       FIM

 

 

         Gratidão aos leitores que acompanharam esta resenha.      Faço resenhas longas do meu jeito há 29 anos.   Meu modo de curtir o hobby da leitura detalhada e sem pressa.     Este livro foi lido entre 21-08-23 a 08-10-23. 

          Leio em média por uma hora por dia, quase sempre após as 21 horas.  Livro, caderno específico para anotação, lápis para destacar no livro e caneta para anotar no caderno.   Cada vez que destaco algo, já passo para o caderno e assim, terminando a leitura, termina a resenha.      Este livro no caso, tem 270 páginas.   Anotei em caderno porte médio (tamanho de livro), espiral de 96 folhas.   Foram 115 páginas de anotações em letra cursiva.   Do que resultou uma série de 20 capítulos com média de duas páginas no word cada.

         Nos 29 anos de resenhas, são 42 cadernos numerados em ordem crescente.   É um acervo seguro e livre de riscos da informática.   Nos nove anos mais recentes, iniciei um segundo blog, agora só de resenhas e já está com mais de 125.000 acessos, sendo 90% no exterior, mesmo sendo em português.   (tem caixa de acesso a outros idiomas no blog)          resenhaor     lando.blogspot.com.br    

         Mais uma vez, gratidão a todos.        Curitiba PR, 09-10-2023

         Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida

CAP. 19/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

capítulo 19/20                        postagem 09-10-23

 

         Capítulo – Vida em branco:  a falta de memórias da infância

         Na minha infância...   “É claro que eu não tinha medo de Deus.  Eu tinha medo de que Deus lesse meus pecados em voz alta, me fazendo corar de vergonha”.

         O passado...   “Lembrar, é claro, não deixa de ser uma ficção.  Lembramos apenas do que queremos e contamos as coisas do nosso jeito – não como realmente eram”.

         “Quem sabe um dia eu possa escrever um livro de poemas sobre o autismo?”

         Capítulo – Superação sem capacitismo:  como transformei minha vergonha em autoestima.      “O perfeccionismo quase destruiu minha vida.  Por não me sentir apto a fazer o que eu sinto vontade, vivia numa tristeza de morte”.

         Resolvido...   “quando entendi a necessidade de ter um suporte emocional”.   Compreendido com o suporte emocional que preciso de visitas, carinho e cerveja com meus amigos-suporte.   ... a minha criatividade literária ressurgiu das cinzas”.

         Antes eu ficava preso ao perfeccionismo que me limitava e entristecia.   “Sinto que não tenho tantas habilidades  sociais, então atuo socialmente através da minha escrita”.

         ...”além dos livros, pretendo erguer minha voz na luta por uma sociedade mais justa, plural, sustentável e humanizada.”

         Em meu quarto eu me sentiria só e frágil se não estivesse sintonizado inclusive pelas redes sociais aos autistas que buscam espaço e ação conjunta por dias melhores.

         Capítulo – Minha vida não é nada sem você: o luto no autismo.

         Morrer é deixar de existir?  Não sabemos exatamente.

         “O que é possível saber de forma unânime é que as pessoas que permanecem vivas guardarão a memória de quem partiu”.

         Continua no capítulo final 20/20        (a ser postado amanhã, terça feira, 10-10-23 no Facebook)