capítulo 2/4 leitura em dezembro de 2024
O velho pai tinha os dois pés atrás com religiões e mesmo
assim conhecia bem a bíblia. Ele
comenta de Jacó que passou pra trás o irmão e ganhou a posição de primogênito e
adquiriu direitos especiais por isso. E
mais adiante virou destaque do povo judeu.
O velho pai, agnóstico, levava os filhos à missa todos os
domingos...
Ele era vascaíno. Em
1950 quando o Brasil perdeu a final para o Uruguai em pleno Maracanã, no que
ficou sendo o Maracanazo, o povo jogou toda a culpa no nosso goleiro que era
negro. O velho pai não se conformava
com tamanha injustiça.
Em 1970 em tempos de Ditadura Militar, nossa seleção ganhou
mais uma copa do mundo. O governo de
então se “apossou” da nossa seleção, buscando surfar no sucesso do nosso
futebol. O velho pai ficou indignado.
Os tempos recentes e a direita com o seu deus/pátria/família
e o sequestro do verde/amarelo pela turma partidária da direita. Se estivesse neste plano, o velho pai teria
mais uma vez ficado indignado com isso.
“Meu velho pai não tinha aptidão para o êxito nos negócios”. Talvez por isso que não gostava de falar
sobre dinheiro na hora das refeições nem em hora nenhuma na maior parte da vida
dele.
O tio formado médico e a segunda guerra terminada, este
ouviu o comentário sobre as terras férteis do norte e noroeste do Paraná. Conseguiu um pedaço de terra e trouxe os
familiares de Minas Gerais para Maringá-PR.
Cita o caso dos trilhos de trem que chegaram à região norte
do Paraná. Ferrovias com bitola
estreita, fora do padrão, que não se ajustava a se articular com outros trechos
e parece que foram feitas para amarrar o desenvolvimento do país e não para
deslanchar nossa economia. Algo
semelhante ocorreu em muitas partes do Brasil, infelizmente.
O velho pai, pai de quatro filhos, na Ditadura Militar de
1964 se colocou contra o regime, mas só manifestava isso em família para
esclarecer os familiares.
Sabia ele que a pior democracia seria melhor do que uma
ditadura.
... No livro de Josué, na bíblia...
sequência natural do pentateuco de Moises...
“às vezes me pergunto: Que deus
justo e igualitário escolheria um povo em detrimento dos demais seres viventes? Que deus misericordioso poderia consentir
em guerras de conquistas que deixariam como saldo milhares de mortos e
refugiados?...”
Continua no capítulo 3/4