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sábado, 17 de dezembro de 2016

Parte II - SIMPOSIO INTERN. MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS - CURITIBA PR - BRASIL - DEZEMBRO/16

CONTINUAÇÃO – SIMPOSIO INTERNACIONAL DE MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS  -   CURITIBA – PR.      06-12-2016  -   AUDITÓRIO DA UNIV.POSITIVO                    - DEZEMBRO-2016

     Resenha da fala do Prof.Dr. Mario Sergio Michaliszyn -  Universidade Positivo
     Ele tem formação em Antropologia  (Coordenador Estadual do Programa de Prevenção ao uso de drogas).    Tem três livros publicados.    msmzyn@gmail.com
     Tema da fala:   Desenvolvimento Sustentável, cidade e saneamento  
     Ele chegou a trabalhar em pesquisa junto aos índios da Amazonia.     Atuou também em Guaraqueçaba, litoral do Paraná com populações locais.    Disse que duas frases marcaram muito para ele.    A de um xamã da Amazônia que disse:    Aqui você encontra tudo para viver.    Só a felicidade tem que estar dentro de você e depende de você.
     Outra frase, de um morador de comunidade tradicional de Guaraqueçaba que vive em área de Preservação da Mata Atlântica.    “Vocês falam bem do meio ambiente.   Eu tiro palmito da mata.  Me indique outras alternativas para eu colocar comida em casa e nós e nossos filhos pararemos de tirar palmito da mata para viver”.
     A busca do desenvolvimento no sentido de obter o crescimento econômico aliado à melhoria da qualidade de vida das pessoas.
     Alguns fatores a serem compatibilizados nas atividades econômicas:   utilizar racionalmente os recursos naturais; economizar energia; economizar água, et.
     Quando se fala de sustentabilidade devemos lembrar que estamos no sistema capitalista no qual a exclusão social já faz parte do combo.
     Dentro dos parâmetros da sustentabilidade do ponto de vista antropológico há inclusive o fator cultural.
     Citou a Agenda 21 da Cultura – estabelecida em 2014 em Barcelona – Espanha.
     A saúde como um estado de equilíbrio entre o ser humano e seu ambiente, permitindo o completo funcionamento da pessoa...
     Declaração de Ottawa (Canadá) 1986.    Promoção da Saúde e qualidade de vida.
     Recursos para ter saúde.   Água e ar puros, ambiente saudável, alimentação adequada, prevenção de problemas específicos de saúde, educação e informação, situação social e econômica e cultural favorável.
     Cita um caso para estudo ocorrido no Paraná em 2012.    Em Foz do Iguaçu-PR.    O desmatamento e expansão da zona urbana alterou o clima e o ecossistema local.   O mosquito palha que é vetor da leishmaniose visceral (mais grave que a da pele) começa a afetar o ser humano.     Em geral a ocorrência desta em humanos é acidental.  Em Foz a ocorrência foi acima do normal e pesquisaram as causas.   Cães são vetores.      O mosquito palha se espalhou na cidade inclusive em áreas nobres e mesmo em apartamentos, colocando ovos em pratos de vasos de flores como o da dengue.
     Quando uma pessoa é picada pelo mosquito contaminado, o sintoma só aparece dentro de uns seis meses e é então que a pessoa busca tratamento.     Antes a ocorrência era mais nas periferias e atingia mais as populações pobres, mas foi se espalhando e passou a agir de “forma democrática” atacando do pobre ao rico em Foz.
     Fizeram um estudo de caso para monitorar e buscar o controle da doença.   Foz tem 265.000 habitantes.  (2015).    Densidade de 415 pessoas/ km2.     O estudo mostrou que Foz (fronteira) é lugar de grande ocorrência de abandono de cães pelos que migram.  No chamado Ceasinha de Foz (central de abastecimento de frutas, legumes e verduras) havia muito rejeito orgânico pelo chão e eram alimentos para os mosquitos.   Este foi um dos fatores a ajudar a propagar o mesmo.    Se bem que a causa básica foi mesmo o desmatamento pela expansão da cidade sobre onde antes era floresta.
     Rejeitos no chão e cães em quantidade no Ceasinha.    Teve que haver medidas saneadoras para reduzir o potencial de reprodução do mosquito transmissor da doença.
     Foz tem frutíferas inclusive na arborização urbana e isso também aumenta a população do inseto citado por fornecer alimento ao mesmo. (gabiroba, araçá, etc.)
     Na fronteira com a Argentina, os argentinos barram a entrada de cães, mas na fronteira Paraguai-Brasil não há controle.     Inclusive se constatou que é muito comum os catadores de recicláveis (que geralmente fazem o serviço mais na parte da noite) terem seus cães e transitam pela fronteira também.    Alto índice de contaminação.
     A pesquisa junto aos catadores de recicláveis foi moroso por ser serviço noturno e Foz tem a agravante do tráfico de drogas que oferece riscos às pessoas.
     O inseto também suga sangue de galinhas e nas periferias há ocorrência de galinheiros, sendo mais um desafio no controle da doença.
     A cidade de Foz do Iguaçu-PR tem 79% de residências com sistema de coleta de esgotos.     87% das residências tem coleta regular de resíduos sólidos urbanos (lixo).
    
     ......................     na sequência haverá resenhas de outras quinze palestras do simpósio, na medida que sejam colocadas no word..................       

      

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