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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

PARTE VI - SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS - CURITIBA PR - BRASIL

PARTE VI  SIMPÓSIO DE MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS DO CLIMA     dezembro 2016
   
Fala 10ª   Turning City Waste into City Resource
     Palestrantes -  Nina Avdagic Lam e Elisabet Kock  -   da entidade EPA – Suécia

     Nina -  Lá eles tem ação forte inclusive na questão de destinação ao que chamam de desperdício de alimentos, etc.      Na Suécia cada pessoa gera em média 500 kg de lixo por ano.      Comumente eles separam de 10 a 15 diferentes frações do lixo para fins de reciclagem.      Já completaram 40 anos de ações mais inovadoras na destinação do lixo incluindo ter menos aterros e mais reciclagem.
     Na Suécia, por lei, a partir de 2002 eles não admitem mais resíduos de combustíveis em aterros.   Tem toda uma regulamentação de destinação correta.
     De todo resíduo sólido gerado no país, menos de 1% vai para os aterros sanitários.  Buscam inclusive fazer recuperação energética a partir dos resíduos sólidos.
     (Elas falaram em inglês mas trouxeram as apresentações em português e isto facilitou no meu caso)
     Eles produzem por ano em torno de 900.000 t de resíduos sólidos urbanos.
     No caso dos resíduos de alimentos, eles destinam a reação biológica.    Meta para 2018 é tratar de forma biológica 50% dos resíduos de alimentos, sendo 10% por compostagem e 40% por digestão anaeróbica que libera energia (biogás) que é utilizada em seguida.
     Eles vem incentivando de forma piloto a compostagem doméstica de forma educativa.  Por enquanto são 50.000 t por ano, mas a busca é de ir expandindo.
     Na Suécia, 73% dos municípios tem sistema de coleta separada de resíduos alimentares para tratamento adequado.     A maioria dos municípios taxa de forma mais cara quem não separa os resíduos sólidos urbanos e isto dá uma força para a reciclagem e destinação correta.
     Eles separam inclusive resíduos sólidos específicos de manutenção de jardins como poda de grama, de arbustos e árvores, etc.
     80% do biogás gerado a partir de resíduos é usado para abastecer veículos.   2.000 ônibus urbanos naquele país usam biogás.   21% do combustível dos caminhões de coleta de lixo é movida a biogás.
     O próximo desafio a ser enfrentado por eles é evitar que alimentos se transformem em resíduos.   (por lá o descarte de sobras parece ser elevado)
     Fala da Elisabet  -   Para até o ano de 2030 -  Há objetivos globais -  Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.    Prevenção na Suécia, do desperdício de alimentos.
     No caso da Suécia, estudo revela que reduzir em 20% o desperdício de alimentos dá uma economia de 900.000.000 de euros por ano.      Também a economia gerará menos gás de efeito estufa que é danoso ao meio ambiente.
     Roupas -  Lá descartam bastante roupa em boas condições de uso.   Estudos revelam que 60% do que descartam neste item poderiam ser reutilizados.   Descartam a média de 7,6 kg de roupas por pessoa por ano.     Em geral essa roupa descartada é incinerada para recuperação energética.
     Objetivos de qualidade ambiental -  Produção Sustentável; Consumo Sustentável.

     Fala 11ª  - Gerenciamento de Resíduos e Mudanças Climáticas
     Palestrante – Ms Gabriela Otero -   da equipe da ABRELPE Assoc. Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
     Estima-se que o mundo terá 10 bilhões de pessoas no ano 2050.   O crescimento é mais acelerado nos países em desenvolvimento.   Os resíduos sólidos são produzidos em maior quantidade por pessoa nos países ricos.       O Brasil produz em torno de 390 kg de resíduos sólidos per capita por ano.      RSU Resíduos Sólidos Urbanos.
     Destino dos RSU.      Coleta-se aproximadamente 80.000.000 t de RSU por ano no Brasil.     58% tem destino adequado.   41% tem destino inadequado.
     Um aterro sanitário que mereça esse nome é uma obra de engenharia e mesmo após o aterro estar com carga completa e não receber mais resíduo, fica mais 20 anos tendo que receber acompanhamento e manutenção para evitar contaminação do meio ambiente.
     Há muitos “aterros controlados” que é um termo para dourar a pílula em casos nos quais se deposita o lixo em lixões e apenas cobrem com terra.   O chorume vai para o lençol freático contaminando a água; o metano não é recuperado para produção de energia, etc.    Danos ambientais e sociais.
     Os aterros sanitários e os lixões respondem pela 3ª colocação no ranking das emissões antrópicas (pelo ser humano) de GEE gases do efeito estufa no ambiente causando aquecimento global.
     O gás metano é 20 vezes mais danoso como GEE e a razão principal estaria no maior tempo de permanência causando o efeito estufa.   O C02 fica bem menos tempo e por isso é relativamente menos danoso comparado ao metano.       Por isso, quando se produz metano sob controle, se queima o mesmo para recuperar energia e da queima resulta CO2 que vai para a atmosfera como um mal menor.
     O CO – carbono negro – costuma ser mais danoso como resíduo particulado em suspensão no ar que respiramos, afetando nossa saúde e qualidade de vida.
     O que se deve fazer –
     Reduzir a geração de RSU;
     Eliminar queimadas inclusive a queima de lixo;
     Aprimorar o sistema de coleta e seus equipamentos;
     Promover programas de separação na fonte e tratamento de resíduos orgânicos;
     O Brasil tem na atualidade (2016) 2.000 lixões ativos – crime ambiental.
     Uma das alternativas envolve compostagem.  Há também, dentre outras, a alternativa de digestão anaeróbica de resíduos orgânicos.
     Ela sugere para o Brasil que se faça planta piloto por região  e se incentive inclusive a compostagem.   Podem ser em pequena escala e trazem efeito educativo.   Em São Paulo, capital, há um projeto que envolve 58 feiras livres que geram bastante resíduo orgânico.    O povo que frequenta tais feiras tem aprovado muito a iniciativa dos feirantes.     Iniciativa que pode ser feita em escolas.   
     Curitiba neste mês de dezembro/16 ganhou um prêmio internacional no chamado C 40 na Cidade do México com um programa que envolve agricultura urbana nos bairros.
     Curitiba é a terceira cidade do Brasil a se juntar ao Projeto CCAC/ABRELPE.    Uma parte do projeto se desenvolveu de novembro de 2016 a novembro/17 e foi renovado.
     Atividade 1 – Gestão de resíduos orgânicos com mitigação das emissões de SLCPs
     Atividade 2 – Aprimoramento da Comunicação na gestão dos RSU.

     ..........................  haverá outra(s) etapas.... uma ou duas para finalizar.

     

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