PARTE VI SIMPÓSIO DE
MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS DO CLIMA dezembro 2016
Fala 10ª Turning City Waste into City Resource
Palestrantes
- Nina Avdagic Lam e Elisabet Kock - da
entidade EPA – Suécia
Nina - Lá eles tem ação forte inclusive na questão
de destinação ao que chamam de desperdício de alimentos, etc. Na Suécia cada pessoa gera em média 500
kg de lixo por ano. Comumente eles
separam de 10 a 15 diferentes frações do lixo para fins de reciclagem. Já
completaram 40 anos de ações mais inovadoras na destinação do lixo incluindo
ter menos aterros e mais reciclagem.
Na Suécia, por
lei, a partir de 2002 eles não admitem mais resíduos de combustíveis em
aterros. Tem toda uma regulamentação de
destinação correta.
De todo resíduo
sólido gerado no país, menos de 1% vai para os aterros sanitários. Buscam inclusive fazer recuperação energética
a partir dos resíduos sólidos.
(Elas falaram em
inglês mas trouxeram as apresentações em português e isto facilitou no meu
caso)
Eles produzem por
ano em torno de 900.000 t de resíduos sólidos urbanos.
No caso dos
resíduos de alimentos, eles destinam a reação biológica. Meta para 2018 é tratar de forma biológica
50% dos resíduos de alimentos, sendo 10% por compostagem e 40% por digestão
anaeróbica que libera energia (biogás) que é utilizada em seguida.
Eles vem
incentivando de forma piloto a compostagem doméstica de forma educativa. Por enquanto são 50.000 t por ano, mas a
busca é de ir expandindo.
Na Suécia, 73% dos
municípios tem sistema de coleta separada de resíduos alimentares para
tratamento adequado. A maioria dos
municípios taxa de forma mais cara quem não separa os resíduos sólidos urbanos
e isto dá uma força para a reciclagem e destinação correta.
Eles separam
inclusive resíduos sólidos específicos de manutenção de jardins como poda de
grama, de arbustos e árvores, etc.
80% do biogás
gerado a partir de resíduos é usado para abastecer veículos. 2.000 ônibus urbanos naquele país usam
biogás. 21% do combustível dos caminhões
de coleta de lixo é movida a biogás.
O próximo desafio
a ser enfrentado por eles é evitar que alimentos se transformem em
resíduos. (por lá o descarte de sobras
parece ser elevado)
Fala da
Elisabet - Para até o ano de 2030 - Há objetivos globais - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Prevenção na Suécia, do desperdício de
alimentos.
No caso da Suécia,
estudo revela que reduzir em 20% o desperdício de alimentos dá uma economia de
900.000.000 de euros por ano. Também
a economia gerará menos gás de efeito estufa que é danoso ao meio ambiente.
Roupas - Lá descartam bastante roupa em boas condições
de uso. Estudos revelam que 60% do que
descartam neste item poderiam ser reutilizados. Descartam a média de 7,6 kg de roupas por
pessoa por ano. Em geral essa roupa
descartada é incinerada para recuperação energética.
Objetivos de
qualidade ambiental - Produção
Sustentável; Consumo Sustentável.
Fala 11ª -
Gerenciamento de Resíduos e Mudanças Climáticas
Palestrante – Ms Gabriela
Otero - da equipe da ABRELPE Assoc.
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
Estima-se que o mundo
terá 10 bilhões de pessoas no ano 2050.
O crescimento é mais acelerado nos países em desenvolvimento. Os resíduos sólidos são produzidos em maior
quantidade por pessoa nos países ricos.
O Brasil produz em torno de 390 kg
de resíduos sólidos per capita por ano.
RSU Resíduos Sólidos Urbanos.
Destino dos
RSU. Coleta-se aproximadamente
80.000.000 t de RSU por ano no Brasil.
58% tem destino adequado. 41%
tem destino inadequado.
Um aterro
sanitário que mereça esse nome é uma obra de engenharia e mesmo após o aterro
estar com carga completa e não receber mais resíduo, fica mais 20 anos tendo
que receber acompanhamento e manutenção para evitar contaminação do meio
ambiente.
Há muitos “aterros
controlados” que é um termo para dourar a pílula em casos nos quais se deposita
o lixo em lixões e apenas cobrem com terra.
O chorume vai para o lençol freático contaminando a água; o metano não é
recuperado para produção de energia, etc.
Danos ambientais e sociais.
Os aterros
sanitários e os lixões respondem pela 3ª colocação no ranking das emissões
antrópicas (pelo ser humano) de GEE gases do efeito estufa no ambiente causando
aquecimento global.
O gás metano é 20
vezes mais danoso como GEE e a razão principal estaria no maior tempo de permanência
causando o efeito estufa. O C02 fica
bem menos tempo e por isso é relativamente menos danoso comparado ao metano. Por isso, quando se produz metano sob
controle, se queima o mesmo para recuperar energia e da queima resulta CO2 que
vai para a atmosfera como um mal menor.
O CO – carbono negro
– costuma ser mais danoso como resíduo particulado em suspensão no ar que
respiramos, afetando nossa saúde e qualidade de vida.
O que se deve
fazer –
Reduzir a geração
de RSU;
Eliminar queimadas inclusive a queima de
lixo;
Aprimorar o
sistema de coleta e seus equipamentos;
Promover programas
de separação na fonte e tratamento de resíduos orgânicos;
O
Brasil tem na atualidade (2016) 2.000 lixões ativos – crime ambiental.
Uma das
alternativas envolve compostagem. Há
também, dentre outras, a alternativa de digestão anaeróbica de resíduos
orgânicos.
Ela sugere para o
Brasil que se faça planta piloto por região
e se incentive inclusive a compostagem.
Podem ser em pequena escala e trazem efeito educativo. Em São Paulo, capital, há um projeto que
envolve 58 feiras livres que geram bastante resíduo orgânico. O povo que frequenta tais feiras tem
aprovado muito a iniciativa dos feirantes.
Iniciativa que pode ser feita em
escolas.
Curitiba neste mês
de dezembro/16 ganhou um prêmio internacional no chamado C 40 na Cidade do
México com um programa que envolve agricultura urbana nos bairros.
Curitiba é a
terceira cidade do Brasil a se juntar ao Projeto CCAC/ABRELPE. Uma parte do projeto se desenvolveu de
novembro de 2016 a novembro/17 e foi renovado.
Atividade 1 –
Gestão de resíduos orgânicos com mitigação das emissões de SLCPs
Atividade 2 –
Aprimoramento da Comunicação na gestão dos RSU.
.......................... haverá
outra(s) etapas.... uma ou duas para finalizar.
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