RESENHA DO SIMPÓSIO INTERNAC. DE MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS
CLIMÁTICAS
Data: 05 a 07-01-2016 – Local: Curitiba PR
-Promoção da ABES PR
ABES – Associação Brasileira da Engenharia Sanitária e
Ambiental
Anotações feitas pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de
Almeida
O primeiro dia do
evento com a parte do cerimonial e falas das autoridades foi na parte da tarde
num auditório no Parque Barigui em Curitiba
(um parque ecológico)
No segundo e
terceiro dia a programação foi em horário comercial em auditório da
Universidade Positivo em Curitiba-PR
Dia 05-12-16 - Na
tarde da abertura compuseram a mesa várias autoridades locais e da Suécia, que
tem convênio com Curitiba no setor de meio ambiente e enviou palestrantes. Entidades que consegui anotar na composição
da mesa: Fabio Goia, Secretário da
Administração da Prefeitura de Curitiba, representando o Prefeito; Padre
Carlos, representando o Bispo da Arquidiocese; o Reitor da PUC Curitiba, Prof.
Valter Lino; o Reitor da Universidade Positivo, professor José Pio Martins;
representante do Reitor da UTFPr a Vice Reitora, Dra. Vanessa Itikawa;
representando o reitor da UFPr o professor Carlos Siqueira; pela ABES, o Sr.
Antonio Carlos; pela SANEPAR o Sr.Pedro Luiz Franco; pela FIEP Federação das
Ind.do Paraná, Rodrigo Martinez.
Houve após o
protocolo de abertura com apresentação musical a assinatura do Termo de
Entendimento (vigência até dezembro de 2018) em tema ambiental entre a
Prefeitura de Curitiba e uma entidade do setor da Suécia. Na verdade é uma renovação de convênio que
já vinha em curso.
O nome completo do
Evento: “SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE
MUDANÇAS CLIMÁTICAS, SANEAMENTO E BIODIVERSIDADE”.
Breves falas das
autoridades.
Pela ABES - Citou eventos do ramo que tem ocorrido em
diferentes lugares como Durban – África do Sul. Lembrou da estiagem que atingiu o sul do
Brasil em 2014 e que deixou a cidade de São Paulo com alta carência no
abastecimento de água, se chegando ao ponto de
atingir o chamado volume morto dos reservatórios.
Afetou o
abastecimento, a produção de energia elétrica e também houve aumento de doenças
como dengue e outras, entre outras consequências da estiagem.
Citou uma Agência
Ambiental da Antuérpia e suas ações de sucesso e destacou que temos que seguir
exemplos como esse para melhorarmos nossa posição rumo ao desenvolvimento
sustentável.
Pela FIEP –
Destacou que Curitiba tem um histórico positivo de ações na questão ambiental e
isso tem sido notado inclusive fora do Brasil. Também ações em planejamento urbano. O mundo está perdendo qualidade de vida
inclusive pelas turbulências do clima.
Destacou a importância de discussões e ações voltadas à defesa do clima
e da biodiversidade.
UTFPr - a representante fez uma breve fala de boas
vindas e destacou a importância do evento e as ações que a instituição à qual
pertence que envolvem o tema.
Pela PUC-PR Lembrado que em 2013 o Rei da Suécia
esteve em Curitiba para evento no tema das Mudanças do Clima. Fez questão de destacar que em Curitiba é
pouco usual um evento que reúne numa mesma mesa as quatro universidades aqui da
capital.
Destacou também o
fato de várias entidades estarem participando tanto da Academia, como do Setor
Público e Setor Privado. Lembrou que
há desafios na questão climática que não dá para serem solucionados apenas pelo
país de forma isolada, mas que deve ser tratado de forma articulada com outros
países. Exemplificou até no tema das
migrações que estão ocorrendo entre África, Ásia e Europa, mostrando desafios
relativos à pobreza, guerras e afins.
Espera que as
próximas administrações de Curitiba deem sequência aos eventos e ações ligados
ao Meio Ambiente. Curitiba também
tem convênio com a Holanda neste quesito e podemos desenvolver ações
interessantes.
Universidade
Positivo - O Reitor até brincou ao
dizer que sua fala ficou por último e o da PUC tirou parte do seu
discurso. Lembrou que a Suécia
(parceira neste evento) tem uma realidade bem diferente da nossa, sendo um país
de primeiro mundo e que tem uma população semelhante à da cidade de São Paulo,
ao redor de 11 milhões de habitantes.
Destacou que após
a Segunda Guerra Mundial, acelerou a industrialização pelo mundo e também a
degradação do meio ambiente em parte pelas necessidades, pela tecnologia
deficiente e causas do gênero. O
cenário atual tem desafios de degradação ambiental, poluição, etc. Fase de indignação mundial e o evento da
Rio 92. Nos anos 2000 ele atribui a
fase da busca de soluções para o setor.
Soluções que tem que ser compartilhadas entre todos os setores, aí
incluídos órgãos públicos, academia, iniciativa privada. O
Brasil cresce em população 1 Suécia a cada 5 anos. Desafios grandes. Disse que podemos gerar tecnologias na área
ambiental e também buscar tecnologia lá fora sem ficar nessa de questões
ideológicas, mas com foco em soluções tecnológicas que sejam adequadas aos
nossos problemas. Há que se ter
pragmatismo. ........leia mais clicando abaixo...
Disse que o Brasil
tem um rebanho bovino de 210.000.000 unidades, o que se assemelha com o número
de habitantes do país. Teríamos
65.000.000 de veículos.
Falou que o Japão,
mesmo tendo alto índice de tecnologia e desenvolvendo muitas patentes, ainda
busca fora do país ao redor de 60% das patentes para suas soluções
tecnológicas.
Padre Carlos -
Destacou que várias igrejas cristãs no Brasil se articulam no CONIC para
ações conjuntas em várias áreas e uma delas é a preocupação com o meio
ambiente. Citou várias CF Campanhas
da Fraternidade que são lançadas na Quaresma e muitas delas tem como tema o Ser
Humano; Moradia; Cuidados com a Água; Meio Ambiente de forma geral. Já em 1979 a CF versou sobre “Por um Mundo
mais Humano”. E o tema da Campanha da
Fraternidade para 2017 será “Cultivar e Guardar a Criação”. Falou da preocupação que há com a dignidade
da pessoa humana (questões como pobreza, falta de saneamento básico, poluição,
etc.).
Dentro dessa
linha, a Igreja também se insere nesse contexto de ações pela defesa do Meio
Ambiente e Biodiversidade. Esta
incentiva o consumo responsável.
Citou um pacto das
Igrejas realizado na Suiça para aplicação global tendo por tema a Água como
Direito Humano. Se estamos neste
Simpósio é porque aceitamos o desafio.
Citou inclusive falas do Papa Francisco na defesa do meio ambiente e
destacando o tema da CF de 2017.
Representante do
Prefeito de Curitiba - Esclareceu que o
prefeito Gustavo está em viagem oficial ao México onde Curitiba recebeu
premiação do C 40 ligado à Sustentabilidade.
Destacou que é hora de ação para melhorar o clima e o meio
ambiente. Falou da desigualdade social
no país em geral e em Curitiba em particular.
Disse que no
âmbito da prefeitura há desafios para se implantar projetos porque nossa
engenharia ainda tem pontos a ajustar na questão de atenção aos cuidados com o
meio ambiente nas obras projetadas e executadas. Há que se rever formação do engenheiro
inclusive, na visão dele. Riscos de
inundações, etc.
A indústria Nissan
de Curitiba está desenvolvendo carros que usam formas alternativas de energia.
Paris, Atenas e
mais dois municípios assinaram acordo para até 2040 não terem mais uso de
veículos movidos a diesel nas mesmas.
A cidade do México também seria uma das signatárias e foi sede do Evento
da C 40.
KTH entidade da
Suécia - passaram um vídeo com ações da
entidade estatal sobre a parte ambiental.
Palestra da
pesquisadora sueca Dra. Elisabet Kock
elisabet.cock@swedishepa.se
A Suécia tem 9,9
milhões de habitantes. Estocolmo, ao redor de 1 milhão.
O país tem 290
municípios. Na questão de resíduos
sólidos urbanos (RSU) eles tem 16 objetivos planejados e em execução. Swedis Epa Entidade para cooperação internacional no
ramo. Tem inclusive convênio com
Curitiba que neste caso se chama “ Promoting Resource and Energy-Efficient and
climate Friendly”
Pela ABES Assoc.
Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
A população
mundial dos anos 80 para cá acelerou o crescimento. Além disso, tem se concentrado as
populações em centros urbanos. Mais
concentração, mais problemas de saneamento, etc. Quanto maior é a renda per capita da
população, maior é a geração de resíduos sólidos. Tem havido correlação – mais renda,
mais geração de resíduos. O BR gera ao redor de 390 kg de resíduos/per
capita/ano.
Os resíduos
sólidos urbanos (RSU) já vão afetando nossa sobrevivência.
ISWA - Uma das entidades globais sobre a questão
dos RSU. Já em 1970 na Áustria se
editou uma revista que publica os 50 maiores lixões do mundo, os quais afetavam
diretamente ao redor de 30 milhões de pessoas.
A entidade ligada
ao empresariado que atua em RSU é a ABRELPE fundada em 1976. Mostrou um vídeo
sobre o panorama do setor no Brasil. A
partir de 2003 lançam anualmente um relatório – “Panorama dos Resíduos Sólidos
no Brasil”. A visão da
entidade: Um planeta onde lixo não
existe.
Fala da Gabriela
G.P. Otero, ligada à ABRELPE
Um breve panorama
dos RSU no Brasil. 90% dos resíduos
seriam coletados. Destes, 4 % seriam
reciclados. Emissão de metano (um dos
gases do efeito estufa). Das emissões
humanas do metano, estima-se que 3% vem dos aterros sanitários. O aumento do efeito estufa causa perturbação
dos fenômenos meteorológicos, dentre outros.
Uma das ações da
ABRELPE foi na cidade do Rio de Janeiro.
O foco foi na renovação da frota de caminhões de coleta de RSU para
diminuir a emissão de poluentes destes.
Na cidade de São Paulo, a entidade fez convênio com a prefeitura com
foco na gestão de resíduos orgânicos, envolvendo pequenos projetos
pilotos. Estes que podem ser ampliados
e também servem para educar o povo no quesito.
Este foi o resumo
do que foi abordado no primeiro dia do evento, no período da tarde. Os dois outros dias foram em todo o
horário comercial com média de oito palestras de 40 minutos por dia, mais
pequeno debate no final de cada meio expediente.
...........................na sequência serão colocadas as
palestras técnicas do segundo e terceiro dia do evento.......
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