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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

CAP. 03/10 - fichamento do livro - PERTO DE UM CORAÇÃO SELVAGEM - Autora : CLARICE LISPECTOR

 capítulo 3                    dezembro de 2023

(    livro original de 1943 quando Clarice tinha 23 anos e cursava Direito)

 

         “Oh, havia muitos motivos de alegria, alegria sem risos, séria, profunda, fresca”.

         Joana perdeu o pai cedo, depois, casa da tia, depois o internato..

         Joana sobre a infância dela.   “Sim, havia muitas coisas alegres misturadas ao sangue”.  

         Capítulo - ... O banho...

         A tia era esposa do tio Alberto e tinha a filha Armanda, já casada.   A tia no quarto reclamando de Joana para o marido e Joana com o ouvido colado na porta, escutando...

         Joana tinha roubado um livro e estava lendo e foi pega pela tia.   O casal optou por colocar Joana num internato buscando corrigi-la.

         “Mesmo quando Joana não está em casa, fico agitada.  Parece loucura, mas é com se ela estivesse me vigiando... sabendo o que eu penso...”

         ...”- Alberto, nela não há amor nem gratidão.     ...É um bicho estranho, Alberto, sem amigos e sem Deus – que me perdoe!”.

         Joana sofria.   “Nada acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer...”     ...”perscrutando....  não não a queria!  E como para deter-se, cheia de fogo, esbofeteou seu próprio rosto”.

         ... ela busca o professor.   Ela refletindo sobre a vida e o prazer.    “Quem se recusa o prazer, quem se faz de monge, é porque tem uma capacidade enorme para o prazer, uma capacidade perigosa – daí temer mais ainda.    Só quem guarda as armas a chave é quem receia atirar sobre todos”.

         Joana e o professor em aula particular na casa dele.   Surge uma conversa dele insinuando coisas para ela, um romance, um possível caso.  Entra no recinto a esposa do professor.   Os dois mudam de assunto.

         ...”Por que tinha toda criatura alguma coisa para lhe dizer?  ... E que exigiam, sugando-a sempre?”

         ... uma vertigem.  Logo, outra vertigem.

         “Agora sou uma víbora sozinha.    Lembrou-se de que se separara realmente do professor, que depois daquela conversa, jamais poderia voltar.

         ...”ela própria estava mais viva.   A alegria cortou-lhe o coração, feroz, iluminou-lhe o corpo.”

         ...”alguma fonte estancara-se para o exterior e o que ela oferecia aos passos dos estranhos era areia incolor e seca”.

         ... “o tio brincava com dinheiro, trabalho, com uma fazenda, com jogo de xadrez, com jornais”.

         Joana em relação aos tios:  “sim, gostavam-se de um modo longínquo e velho”.

         Um jantar tenso com os tios e ninguém falava.  Evitava-se fazer barulho com os talheres.   Joana quebrou o silêncio, perguntando sobre Armanda.   Depois perguntou aos tios:   Quando eu vou para o internato?

         Os tios não sabiam que Joana tinha ouvido a conversa dos tios trancados no quarto...

         Joana na banheira...   “Ela mal se conhece, nem cresceu de todo, apenas emergia da infância”.

         ... Ri de novo...   Alisa a cintura, os quadris, sua vida.    ... fecha as janelas do quarto – não ver, não ouvir, não sentir.”

         Joana no internato.      ...”Nesse momento, minha inspiração doi em todo o meu corpo.”      ...e ser realmente uma estrela aonde leva a loucura, a loucura.”

         “Não sinto loucura no desejo de morder estrelas, mas ainda existe a terra.”     ...”liberdade é pouco.   O que desejo ainda não tem nome.”

 

         Continua no capítulo    04

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