capítulo 3 dezembro de 2023
( livro original de 1943 quando Clarice tinha 23 anos e cursava Direito)
“Oh, havia muitos motivos de alegria, alegria sem risos,
séria, profunda, fresca”.
Joana perdeu o pai cedo, depois, casa da tia, depois o
internato..
Joana sobre a infância dela. “Sim, havia muitas coisas alegres misturadas
ao sangue”.
Capítulo - ... O banho...
A tia era esposa do tio Alberto e tinha a filha Armanda, já
casada. A tia no quarto reclamando de
Joana para o marido e Joana com o ouvido colado na porta, escutando...
Joana tinha roubado um livro e estava lendo e foi pega pela
tia. O casal optou por colocar Joana
num internato buscando corrigi-la.
“Mesmo quando Joana não está em casa, fico agitada. Parece loucura, mas é com se ela estivesse me
vigiando... sabendo o que eu penso...”
...”- Alberto, nela não há amor nem gratidão. ...É um bicho estranho, Alberto, sem
amigos e sem Deus – que me perdoe!”.
Joana sofria. “Nada
acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer...” ...”perscrutando.... não não a queria! E como para deter-se, cheia de fogo,
esbofeteou seu próprio rosto”.
... ela busca o professor.
Ela refletindo sobre a vida e o prazer. “Quem se recusa o prazer, quem se faz de
monge, é porque tem uma capacidade enorme para o prazer, uma capacidade
perigosa – daí temer mais ainda. Só
quem guarda as armas a chave é quem receia atirar sobre todos”.
Joana e o professor em aula particular na casa dele. Surge uma conversa dele insinuando coisas
para ela, um romance, um possível caso.
Entra no recinto a esposa do professor.
Os dois mudam de assunto.
...”Por que tinha toda criatura alguma coisa para lhe
dizer? ... E que exigiam, sugando-a
sempre?”
... uma vertigem.
Logo, outra vertigem.
“Agora sou uma víbora sozinha. Lembrou-se de que se separara realmente do
professor, que depois daquela conversa, jamais poderia voltar.
...”ela própria estava mais viva. A alegria cortou-lhe o coração, feroz,
iluminou-lhe o corpo.”
...”alguma fonte estancara-se para o exterior e o que ela
oferecia aos passos dos estranhos era areia incolor e seca”.
... “o tio brincava com dinheiro, trabalho, com uma fazenda,
com jogo de xadrez, com jornais”.
Joana em relação aos tios:
“sim, gostavam-se de um modo longínquo e velho”.
Um jantar tenso com os tios e ninguém falava. Evitava-se fazer barulho com os
talheres. Joana quebrou o silêncio,
perguntando sobre Armanda. Depois
perguntou aos tios: Quando eu vou para
o internato?
Os tios não sabiam que Joana tinha ouvido a conversa dos
tios trancados no quarto...
Joana na banheira...
“Ela mal se conhece, nem cresceu de todo, apenas emergia da infância”.
... Ri de novo...
Alisa a cintura, os quadris, sua vida.
... fecha as janelas do quarto – não ver, não ouvir, não sentir.”
Joana no internato.
...”Nesse momento, minha inspiração doi em todo o meu corpo.” ...e ser realmente uma estrela aonde leva
a loucura, a loucura.”
“Não sinto loucura no desejo de morder estrelas, mas ainda
existe a terra.” ...”liberdade é
pouco. O que desejo ainda não tem nome.”
Continua no capítulo
04
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