capítulo final (9)
Ele na troca de ideias com a noiva. “Disse que não queria herdar a miséria. ....eu conheço de perto a vida da classe
popular, vulnerável à menor crise econômica”.
... sobre a noiva....
o fato dela pertencer a uma jovem geração que conseguiu escapar da
pobreza graças à educação de qualidade.
Han, o jovem chefe do entrevistador conseguiu analisar a
miséria de cima para baixo, já que ele não viveu a miséria. Foi diferente o caso do entrevistador que
viveu a miséria no passado.
Capítulo - Um mero
ser humano pisoteado
A luta de Gisors e Kyo, depoentes por luta contra o comunismo. ...ӎ
preciso entender que a morte pela ideologia, também é uma forma de lutar
pela humanidade.”.
... “concluindo, apenas a estratégia política mudará as
coisas”.
O personagem quando criança foi criado pelo tio que tinha
uma pequena casa de penhor.
(agiota). Esse tio era católico.
“Eu fui um escravo.
Não passava de um escravo pagão, vendido para uma família católica. Sabem o que acontece com escravos
assim? Eles são batizados. Ganham roupas novas e um novo nome.
O que herdou do tio a casa de penhor depois de anos e anos
trabalhando de graça para o tio. “Quando
trabalhava como ajudante na casa de penhor, o tio nunca lhe deu um tostão”. Durante toda a vida nunca pode possuir as
coisas que amava.
O sobrinho, separado da família, querendo apoio financeiro
do tio agiota, supostamente bem de vida e solitário.
Vendo que não conseguia nada do tio pensa: “Com certeza meu tio morrerá solitário ao
lado do cofre, sem a companhia de nenhum familiar ou pessoas queridas”.
O tio agiota descrente da vida. “Olha para mim e veja se existe algum tipo
de alegria ou júbilo. Agora não posso
mudar nada. A única coisa que ficou foi
a desilusão e a feiura deste mundo”.
O tio tem bens e não desfruta. O sobrinho alerta que o tio poderia desfrutar
mais, passear mais, viver a vida.
O tio que viveu os tempos de guerra, de despotismo, de
miséria, acaba carregando essas cargas negativas pela vida ao longo do tempo.
“No momento, cada indivíduo tem a sua responsabilidade
diante da história, que é o ler o futuro no rosto das crianças”. (tem a ver com a esperança)
Consta que na primeira guerra mundial, a Bélgica participou
dos combates e recrutou muitos coreanos que eram colônia dela na época. Assim, soldados coreanos perderam a vida por
uma causa que não era deles.
No caso, o tio estava mais próximo da própria história e dos
fatos históricos do seu país que incluía sofrimento e miséria.
Então a autora dá o desfecho do livro: “Até o momento de sua morte, Doo-Yeon Bark
(sobrinho) não deixará de ser cínico para com os que sofreram. Durante a vida inteira, ele nunca tinha sido
coreano ou coisa parecida. Era apenas
um meio ser humano cruelmente pisoteado”.
... A autora nas notas finais do livro diz
que no passado ela tinha pouco acesso a livros e nem se interessava muito pela
leitura. Andou jogando no lixo muitos
livros já lidos.
O livro que ela não descartou desde a juventude foi Doutor Jivago
de Boris Pasternak. Ela destaca da
juventude um livro sobre um casal homossexual de Teerã. Livro chamado 1979 de Christian Kracht. A autora que tem formação em Química e é
escritora, diz que não raro seus escritos são recusados por editoras dando
desculpas evasivas. Mas a autora diz
que até compreende isso e segue em frente escrevendo e publicando.
FIM. Final da leitura dia 19-07-24 quando em
viagem e não tinha dado tempo e meios de postar no Facebook e no blog.
Próxima resenha:
livro O Avesso da Pele. Autor: Jeferson
Tenório