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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

PARTE V - SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS - CURITIBA - PR 5 A 7-12-16

     7ª Fala -  Sustentabilidade, Arquitetura e Uso do Solo
     Palestrante:  Profª Drª Maria da Graça Rodrigues Santos – da Universidade Positivo
    
     Edificações e a demanda por recursos ambientais
     Materiais – 60% - capital ambiental
     Energia – 50%
     Água – 50%
     Madeira – 60 a 90%
     Algumas práticas que são adequadas para minimizar o impacto ambiental nas edificações:
Ø  Captação de águas pluviais
Ø  Reúso de águas servidas
Ø  Processamento de resíduos
Ø  Captação de energia solar
     Capital Social / Capital Econômico / Capital Natural / Capital Cultural
     Citou um dos problemas da humanidade sobre os quais não se tinha foco até pouco temo atrás:    As imensas levas de refugiados de guerras e de catástrofes naturais.
     Citou de passagem um livro de referência no setor:    Rogers, edição de 2001.   “Cidades como pequeno planeta” – sobre cidades sustentáveis.
     Mostrou foto do edifício novo da prefeitura de Londres; o prédio Aqua Tower – em Chicago; o Studio Gang, etc.
     Mostrou também imagem do Museu do Amanhã, inaugurado no RJ, do arquiteto espanhol Calatrava.   (a concepção da obra lembra um esqueleto)
     Falou algo de preocupações com gabarito (altura do prédio), mobilidade urbana, densidade de obras num certo espaço, etc.
    
     8ª Fala -  Urban SIS – a climate servisse for European cities   -  palestrente pela Suécia
      Palestra pelo português Jorge Humberto Amorim – vinculado ao Meteorological and Hydrological Institute – SMHI – da Suécia
     Ele falou em português mas apresentou o PPT power point todo em inglês e o meu é pra lá de básico...
     Mostrou algumas realizações do Urban SIS   -  Tem a ver com acompanhamento de dados climáticos de interesse de cidades europeias.
     Copernicus Climate – Change Services -   Mostrou dados de um determinado micro clima de uma cidade.    No centro desta, temperatura de 32 graus Celsius, na periferia média, 31 graus e na mais afastada, mais perto da zona com vegetação natural, 30 graus no mesmo momento.

     9ª Fala -  (primeira da quarta feira, último dia do evento)
     Vulnerabilidade à Mudança do Clima
     Professora Dra. Manyu Chang – da Fundação Osvaldo Cruz  - ela é graduada em Economia pela USP e doutora em Meio Ambiente pela UFPr
     O trabalho de pesquisa dela pela Fiocruz é dentro do Plano Nacional para enfrentar as mudanças do clima.    O centro da pesquisa é focado no ser humano.    Uma das definições de Vulnerabilidade :   É a propensão a sofrer danos.   A mesma é usada pelo IPCC 2014.
     O projeto no qual ela trabalha pela Fiocruz mapeia locais de risco em áreas urbanas para que as prefeituras tenham ferramentas para evitar/amenizar riscos de deslizamentos com perdas de vidas humanas.     Há mapas município por município acessíveis pela internet.      O projeto cobriu seis estados, dos quais consegui anotar quatro:  PR, MS, AM e MA.
     Um dos parâmetros importantes é o grau de cobertura vegetal do município.    Ela disse que no Brasil até o ano de 2012 não se registrava de forma adequada e integrada os dados de ocorrências climáticas como enchentes e deslizamentos que ocorriam nos municípios, os chamados desastres naturais.      A partir de 2012 o governo federal passou a fazer esse controle (registro de dados) a partir de base em São José dos Campos-SP.
     Ela citou o exemplo da cidade litorânea de Guaratuba-PR cuja área urbana fica 75% em área de até 10 m acima do nível do mar.   Alto risco.     Citou mapa da CPRMN   da área federal de Produção Mineral que já vinha fazendo estudos de tipos de solos e riscos de deslizamentos, etc.      No BR são mais de mil municípios com certo grau de risco de catástrofes climáticas.     Bom é conhecer e ter estratégia para não ser pego de surpresa sobre algo que já é objeto de estudos e de alertas.
     Geralmente a Defesa Civil do município é que comunica ao órgão federal ocorrência do gênero.     Fomenta dados para o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais  
     IS Índice de Sustentabilidade.    Envolve outros parâmetros como índice de doenças associadas ao clima  (dengue, etc.); índice de pobreza.      Mostrou que Londrina é uma cidade com muitos problemas na questão de doenças associadas ao clima interagindo com cinturões de pobreza.
     Os mais elevados índices de pobreza no Paraná estão concentrados no Centro do estado.        Aqui no leste do Paraná, tendendo para o rumo do Vale do Ribeira, temos Adrianópolis-PR que é um município com grande problema de população muito pobre e carência de infraestrutura.
     ICA Índice de Capacidade Adaptativa.       Destacou como exemplos extremos, caso de terremoto de uma mesma intensidade que mata milhares de pessoas na pobre Haiti e mata poucas pessoas no rico Japão.
     Citou o Índice Firjan   (Federação das Indústrias do RJ) de Desenvolvimento Municipal.  Tem para muitos e muitos municípios do Brasil.
     Projeção para os anos 2041 a 2070 -   No PR, as regiões que tendem a sofrer mais por falta de chuva são das da Região Metropolitana e do nosso Litoral.    Altas concentrações urbanas e poucos mananciais nas proximidades.
     Robustez da Metodologia inclui abrangência.    Ela diz que há o Programa e o modelo que deve ser abastecido com Dados enviados pelos Estados de forma a manter tudo sempre atualizado.   Assim haverá instrumentos para planejamento de ações.
     Ela atua/atuou numa dependência na Fiocruz em MG.   Projeto Vulnerabilidade
     changmanyu@gmail.com                  41- 999677170

    
    
    

    
    

     

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

PARTE IV - SIMPÓSIO DE MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS - CURITIBA PR - 05 A 07-12-2016

     5ª fala -  Metabolismo das Cidades e Planejamento sob a ótica da Sustentabilidade
     Palestrante:   Profª Drª Cristina de Araujo Lima – UFPr (tem doutorado em Meio Ambiente)
     Graduada em Arquitetura e Urbanismo – estudos inclusive em Bordeaux – França
     O Brasil teria ao redor de 85% da população residindo na zona urbana.   Numa mesma
cidade poderemos ter um mosaico de situações como parte antiga, parte com comércio, etc.
     O planejamento é limitado.  Ela enfatiza bastante a importância da Gestão.     Destaca que na Europa as cidades tem ritmo menor de expansão urbana do que o Brasil de hoje, onde as cidades de médio e grande porte crescem de forma acelerada.    Soluções por lá podem ser diferentes das soluções para nossas cidades na atualidade.
     Atualmente adquirimos produtos que vem de longe, com destaque para a China.   Não sabemos se esses produtos são feitos de forma sustentável.      Citou também a cidade de Dubai, que é muito bela, luxuosa e toda brilhante, por outro lado às custas de um exagerado gasto de energia, na contramão da sustentabilidade.
     Fala da busca de cidades mais resilientes numa visão holística.   Um equilíbrio entre uso de energia e desenvolvimento.
      Citou o desafio da cidade de Bordeaux na França, que sempre se destacou pela produção de vinhos há séculos.   A expansão urbana tem ocupado terras que antes eram parreirais de uvas.    Preocupa o povo local, pois afetaria até o turismo.
     Ela diz que as pessoas de cada cidade deveriam saber (ter acesso aos dados) quanto está a sua cidade emitindo do CO2 no ar; quanto está gastando de energia; quanto está aquecendo o meio ambiente, etc.     cristinaaraujolima@gmail.com

     6ª fala -   Mudanças Climáticas e Saneamento Básico
     Professor Dr. Eng.Agrônomo Cleverson Andreoli     (ABES/ESAE) FGV    Ele tem doutorado em Meio Ambiente.
     Um grupo de cientistas fez um estudo sobre os maiores problemas ambientais.    Colocaram como primeiro, a questão da perda de biodiversidade no planeta.   Colocaram em segundo lugar a poluição por resíduos de adubos usados em lavouras, poluindo solo e água com Nitrogênio e Fósforo. Em terceiro, a questão do Efeito Estufa e o Aquecimento Global decorrente.
     Ele disse que é comum tentarmos nos colocar do lado do mocinho nisso tudo mas na prática muitas vezes somos os vilões.
     Cita como um dos desafios, a descarbonização do saneamento.
     Inventário das Emissões de Gases do Efeito Estufa.   (GEE)
     Disse que no Brasil a primeira empresa que fez esse tipo de inventário foi a Sanepar.    Emissão de gas metano nas estações de tratamento de esgoto pelo sistema anaeróbico.  O sistema anaeróbico não gasta energia e produz energia.     Queima do metano transformando-o em CO2 com aproveitamento da energia liberada.
     A Sanepar opera por enquanto só um aterro sanitário por enquanto.
     Eficientização energética.
     Ele disse que o Brasil tinha até não muito tempo atrás uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo com destaque em hidrelétricas e etanol.     De uns tempos para cá aumentou o consumo inclusive de gás e outros derivados de petróleo (nas termoelétricas) , sujando nossa matriz energética.
     Há parques eólicos instalados e parados no Brasil há dois anos por falta de licença ambiental para a instalação das redes de distribuição.    Enquanto isso, acionamos termoelétricas altamente poluentes para suprir a demanda com danos ambientais.
     No caso da Sanepar e o tratamento de esgotos, em geral pelo sistema anaeróbico, produzem GEE nos seguintes percentuais:    75% dos GEE no caso são pelo metano e 10% por óxido nitroso.
     Falou do gasto de energia para elevar e transportar água para Curitiba e região metropolitana que se localizam em local alto e que é cabeceira de nascentes e tem pouca água disponível.   Parte da água (grande parte) tem que vir de longe e de lugares mais baixos.   Gasto de energia para fazer a água chegar até aqui.    Citou um dos pontos de captação no Rio da Várzea que requer uma elevação de quase 800 m.
     Lembrou que geograficamente o Sul e Sudeste do BR ficam numa faixa que é bem propensa a extensões de desertos.     No nosso caso isso não ocorre porque muita água é evaporada na amazonia e viram verdadeiros rios aéreos que seguem no rumo do Pacífico, mas encontram a barreira da Cordilheira dos Andes e se desviam para o Sul e Sudeste do Brasil, tornando-o rico em biodiversidade.
      Falou dos povos mais pobres que moram em encostas de morros em locais de risco.  Disse que ficamos indignados com mortos em um acidente aéreo, mas ficamos bem menos indignados com as mortes evitáveis e até previsíveis nos sucessivos deslizamentos que ocorrem nas nossas cidades matando tanta gente.        A engenharia tem as soluções para os deslizamentos, mas depende da vontade política do executivo.
     Sobre a devolução dos efluentes das estações de tratamentos de esgotos nos rios.  No Paraná há quatro classes de rios.     A classe crescente indica a que mais tolera uma carga de DBO (demanda biológica de oxigênio) para diluir o que restou de poluente orgânico após o tratamento.    Os rios classe IV são os mais toleram a carga de DBO.
     Falou de chuvas e os efeitos nas encostas (deslizamentos) e no assoreamento dos rios.     Disse que depende da quantidade e do tempo de cada chuva.  Uma chuva de 30 mm que cai em cinco horas causa menos danos do que uma de 30 mm que cai em meia hora.      Nesta, há menos tempo para infiltração no solo e há mais enxurrada.
     Falou sobre as matas ciliares nas zonas rurais.     Disse que estas nos moldes atuais ajudam efetivamente mais como corredor de fauna e proteção da flora.   Por outro lado, pouco conseguem proteger os rios se nas áreas vizinhas mantidas com agropecuária não forem feitos os sistemas adequados de conservação do solo.     Depois que a água ganha velocidade ladeira abaixo, não será a mata ciliar que vai segurar a barra.    A conservação adequada do solo busca reter a água e evitar as enxurradas.
     Colocou um pouco sobre o consumo de água por pessoa ao longo do tempo.    No ano 100 aC o consumo era ao redor de 12 litros de água por habitante por dia.
     No Império Romano, já se gastava ao redor de 20 litros/habitante/dia
     No  Século XX, média de 40 litros.      Hoje é comum nas cidades, consumo na casa dos 250 litros.       Na Libia estão fazendo uma mega adutora de 3.500 km com 5 m de diâmetro para transportar água para abastecer as populações.    Alto custo inclusive em dispêndio de energia e seus efeitos no aquecimento global.
     Aqui em Curitiba e região metropolitana nossa rede de esgoto padece de, havendo chuvas, parte da água pluvial migrar para a rede de esgoto, causando transtornos nas estações de tratamento de esgotos.
     Sobre reuso de água de esgoto após tratada.     Poderia ser liberada para certos usos de forma controlada.     A China irriga ao redor de 1.300.000 ha de lavouras com água de reuso de esgotos tratados.     Um pouco de matéria orgânica que fica após o tratamento é até benéfico e seguro para muitos tipos de vegetais, quando tudo é planejado e monitorado.

     No Brasil as normas são tão restritivas que tem sido inviável usar água de reuso em agropecuária.      É uma questão que está posta para a Academia e à sociedade.

domingo, 18 de dezembro de 2016

PARTE III - SIMPÓSIO INTERNAC. MEIO AMBIENTE E MUD.CLIMÁTICAS - CURITIBA - PR

 Palestra 3 – Mudanças Climáticas ou Alterações no Clima? Quais as interferências na  
                       Gestão dos Recursos Hídricos       dezembro/2016
     Palestrante:   Profª Drª. Alice Marlene Grimm  - do Grupo de Meteorologia da UFPr
     A grande maioria dos raios solares é composta de luz na faixa visível e esta entra com facilidade na atmosfera.   Parte desta ao atingir a superfície da terra volta ao espaço com outro comprimento de onda na faixa do infravermelho no que se denomina de “forçantes radiativas” pelo que entendi.    Com a ação humana e o aumento da presença de GEE gases do efeito estufa presente na atmosfera, parte dessas ondas do infravermelho não consegue se dissipar rumo ao espaço pela ação do efeito estufa e volta à terra aquecendo o planeta acima do normal.
     A ciência tem pesquisado o clima do passado distante através de amostras de diferentes camadas do gelo polar.   Retiram porções em cilindros e a amostra vai apresentando em diferentes épocas caracteres que tem correlação com o comportamento do clima no passado.   Em Vostok em região polar, eles tem conseguido por esse meio inferir sobre o comportamento do clima nos últimos 400 mil anos.   Eles tem uma unidade de medida para o C02 aprisionado no gelo e o número médio de partículas na atmosfera no passado chegava ao limite de 300 unidades no universo de 400 mil anos.   Por outro lado, constataram que nos últimos cem anos os índices chegaram a 400 unidades, o que pode ter correlação com intensificação da ação humana alterando o meio ambiente.     Esta constatação tem o aval do IPCC Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, este que envolve uma legião de cientistas de muitos países que trabalham em conjunto nesse setor.   Baseado em muitas pesquisas o IPCC tem sido mais conclusivo nas mudanças da Temperatura Global do que nas mudanças na Pluviosidade Global (chuvas) por ação do ser humano.
     Os dados de temperatura global se alteram de forma não típica dos anos 80 para cá.  Por outro lado ela como pesquisadora destaca que devemos ter cuidado ao elaborar artigos sobre o tema pois poderá eventualmente causar alarmismo.    Mesmo os pesquisadores, após conclusão de trabalhos tem uma série de crivos para evitar alarmismo.    Produção / revisão pelos pares / etc.     Ela tem uma série bastante robusta de gráficos e mapas com dados sobre temperatura e regime de chuvas no Brasil e no mundo.   Mostrou estudo feito para o horizonte até o ano de 2100 com quatro cenários de regimes de chuvas.     As mudanças climáticas nos cenários são menores no Brasil do que no conjunto dos demais países por uma série de razões.   
     Ela diz que não é a quantidade anual de chuvas maior menor que produz desastres na zona urbana ou rural.     Depende da distribuição destas no tempo.    Uma chuva de 40 mm por exemplo, se cair num dia durante o período de 8 h causará efeito bem menor em termos negativos do que se ocorrer em uma hora.      Inundações, deslizamentos de morros com moradias, etc.
     O sol aquece a superfície, evapora água superficial do oceano, forma nuvens que depois retornam como chuvas.
     Ela mostrou um pouco do fenômeno El Niño e La Niña que ocorrem com frequência e que afetam o regime de chuvas inclusive no sul do Brasil.    Tem correlação com o aquecimento (acima da média) das águas do Pacífico na região da linha do Equador.  Ano em que ocorre aquecimento no Pacífico acima da média, ocorre El Niño e na região Sul Sudeste do Brasil tende a haver chuvas acima da média.     Ao contrário, resfriamento do Pacífico um pouco acima da média, forma o La Niña e tende a chover abaixo da média na nossa região.
     Destacou que o El Niño tem algumas nuances entre uma ocorrência e outra.   Ela disse que os modelos desenvolvidos até o momento não tem boa previsibilidade para o comportamento do clima em ocorrência de El Niño Leste.   Há também o E.N. Central.
     Citou de passagem uma entidade que tem dados de acompanhamento e previsão de chuvas para zonas urbanas visando inclusive prevenir catástrofes.    UCCRN  é a sigla da entidade.

     Palestra 4 – Tomada de Decisão para Sustentabilidade por meio da Avaliação do Ciclo de Vida:  Além das Mudanças Climáticas
     Professora Drª Cássia Maria Lie Ugaya – da UTFPr -  a formação dela é em Engenharia Mecânica.    Exerceu por certo tempo essa profissão, mas não estava satisfeita com o que fazia no ramo e decidiu migrar para os estudos de eficiência no uso de energia.   Nessa busca na área de energia interage com a questão do meio ambiente.   O foco do estudo e atuação dela é na área de ACV Avaliação do Ciclo de Vida no setor de embalagens.    Citou inclusive uma Norma Técnica da ABNT específica. ISO 14040
     Ela mostrou que há algo de relativo na questão de impacto ambiental para uma mesma alternativa dependendo de outros fatores.   Usou um exemplo.    Se utilizo uma área de pastagem degradada na amazonia para plantar palma para usar o óleo desta como biodiesel, pode ser positivo em termos de redução dos GEE.   Na mesma região, se uso uma área que era de soja para plantar a palma para biodiesel, pouco ganho haverá em redução dos GEE.   Certamente se abater a mata para plantar a palma, o resultado é negativo em termos de redução dos GEE.
     Falou sobre produção de arroz irrigado e gasto de energia e emissão de GEE. Citou os dados para carne bovina, para carne de frango, etc.  
     Destacou que estritamente na questão dos GEE as hidrelétricas são mais nocivas que as usinas nucleares.   Claro que há outros parâmetros em jogo.
      Pede cuidados ao se fazer comparações.   Há padrões para isso ser feito de forma racional.   Parâmetros como garantir comparabilidade; garantir unidade funcional; garantir dados consistentes; métodos consistentes; revisão de terceira parte; ponderação – revisão de painel de especialistas.    Procurar não puxar a sardinha para um lado nem para outro.
     Rótulos com parâmetros ambientais.   Se há muitos parâmetros, os consumidores dos produtos ao lerem a embalagem ficarão confusos.    Há uma Comissão Européia tratando disso no âmbito da mesma.    Busca-se sistema único de rotulação baseado no Ciclo de Vida da Embalagem no meio ambiente.     No Brasil o assunto é novo e estamos estruturando o tema.    Citou nosso banco de dados no setor, cuja sigla é IBICT.   Lembrou que além do impacto ao meio ambiente no caso de embalagens, há outros impactos inclusive o impacto social.    Citou como exemplo o caso da Nike que fabricava produtos usando mão de obra barata na Ásia e pelo impacto social gerou protestos.
     Grupo de Trabalho em ACV-S     Projeto ACV Social   - em curso.
          cassiaugaya@utfpr.br
     Parte de perguntas e respostas na parte da manhã: 
     Alguém do plenário perguntou se haveria discrepâncias entre dados do IPCC e do ICCRM que monitora mudanças climáticas e impacto no meio urbano.     A palestrante Alice, da Climatologia, disse que não há discrepâncias.     Ela destacou que nesse tema há lobby dos dois lados, tanto para pintar o quadro trágico como para dizer que não se está afetando o clima.
     Disse que quando o pessoal se alarma muito com a questão do clima tende a carregar nas tintas e setores deste pessoal perde credibilidade no confronto do que a ciência diz. O mesmo vale para o outro lado, se tentar argumentar que não há problema de aquecimento global, etc.    Estudos desqualificam esses argumentos.    Recomenda então embasamento e equilíbrio dos dois lados.
     O Antropólogo destacou que ao falarmos do clima e meio ambiente, temos que sempre colocar o ser humano como componente do sistema.   Destacou que é positivo conhecer o que outros países estão fazendo para melhorar o cenário, mas não recomenda ir importando soluções que são adequadas para determinado meio com diferente economia e cultura.   Citou um exemplo concreto.    Ministrou aqui em Curitiba aula na graduação de um aluno Angolano na área ambiental.    Um dia o aluno lembrou que certas tecnologias aqui abordadas são muito interessantes mas estão distantes da realidade de Angola que passou quatro décadas em guerra civil e está em estado precário em termos econômicos, sociais e ambientais.   Há prioridades.
     ...............até aqui foram abordadas as falas do primeiro dia do evento e as palestras da parte da manhã do segundo dia.     Ainda a colocar no word quatro palestras da parte da tarde deste segundo dia e oito palestras do terceiro dia, etapa final.     Eu chego lá...

                 orlando_lisboa@terra.com.br      www.resenhaorlando.blogspot.com.br

sábado, 17 de dezembro de 2016

Parte II - SIMPOSIO INTERN. MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS - CURITIBA PR - BRASIL - DEZEMBRO/16

CONTINUAÇÃO – SIMPOSIO INTERNACIONAL DE MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS  -   CURITIBA – PR.      06-12-2016  -   AUDITÓRIO DA UNIV.POSITIVO                    - DEZEMBRO-2016

     Resenha da fala do Prof.Dr. Mario Sergio Michaliszyn -  Universidade Positivo
     Ele tem formação em Antropologia  (Coordenador Estadual do Programa de Prevenção ao uso de drogas).    Tem três livros publicados.    msmzyn@gmail.com
     Tema da fala:   Desenvolvimento Sustentável, cidade e saneamento  
     Ele chegou a trabalhar em pesquisa junto aos índios da Amazonia.     Atuou também em Guaraqueçaba, litoral do Paraná com populações locais.    Disse que duas frases marcaram muito para ele.    A de um xamã da Amazônia que disse:    Aqui você encontra tudo para viver.    Só a felicidade tem que estar dentro de você e depende de você.
     Outra frase, de um morador de comunidade tradicional de Guaraqueçaba que vive em área de Preservação da Mata Atlântica.    “Vocês falam bem do meio ambiente.   Eu tiro palmito da mata.  Me indique outras alternativas para eu colocar comida em casa e nós e nossos filhos pararemos de tirar palmito da mata para viver”.
     A busca do desenvolvimento no sentido de obter o crescimento econômico aliado à melhoria da qualidade de vida das pessoas.
     Alguns fatores a serem compatibilizados nas atividades econômicas:   utilizar racionalmente os recursos naturais; economizar energia; economizar água, et.
     Quando se fala de sustentabilidade devemos lembrar que estamos no sistema capitalista no qual a exclusão social já faz parte do combo.
     Dentro dos parâmetros da sustentabilidade do ponto de vista antropológico há inclusive o fator cultural.
     Citou a Agenda 21 da Cultura – estabelecida em 2014 em Barcelona – Espanha.
     A saúde como um estado de equilíbrio entre o ser humano e seu ambiente, permitindo o completo funcionamento da pessoa...
     Declaração de Ottawa (Canadá) 1986.    Promoção da Saúde e qualidade de vida.
     Recursos para ter saúde.   Água e ar puros, ambiente saudável, alimentação adequada, prevenção de problemas específicos de saúde, educação e informação, situação social e econômica e cultural favorável.
     Cita um caso para estudo ocorrido no Paraná em 2012.    Em Foz do Iguaçu-PR.    O desmatamento e expansão da zona urbana alterou o clima e o ecossistema local.   O mosquito palha que é vetor da leishmaniose visceral (mais grave que a da pele) começa a afetar o ser humano.     Em geral a ocorrência desta em humanos é acidental.  Em Foz a ocorrência foi acima do normal e pesquisaram as causas.   Cães são vetores.      O mosquito palha se espalhou na cidade inclusive em áreas nobres e mesmo em apartamentos, colocando ovos em pratos de vasos de flores como o da dengue.
     Quando uma pessoa é picada pelo mosquito contaminado, o sintoma só aparece dentro de uns seis meses e é então que a pessoa busca tratamento.     Antes a ocorrência era mais nas periferias e atingia mais as populações pobres, mas foi se espalhando e passou a agir de “forma democrática” atacando do pobre ao rico em Foz.
     Fizeram um estudo de caso para monitorar e buscar o controle da doença.   Foz tem 265.000 habitantes.  (2015).    Densidade de 415 pessoas/ km2.     O estudo mostrou que Foz (fronteira) é lugar de grande ocorrência de abandono de cães pelos que migram.  No chamado Ceasinha de Foz (central de abastecimento de frutas, legumes e verduras) havia muito rejeito orgânico pelo chão e eram alimentos para os mosquitos.   Este foi um dos fatores a ajudar a propagar o mesmo.    Se bem que a causa básica foi mesmo o desmatamento pela expansão da cidade sobre onde antes era floresta.
     Rejeitos no chão e cães em quantidade no Ceasinha.    Teve que haver medidas saneadoras para reduzir o potencial de reprodução do mosquito transmissor da doença.
     Foz tem frutíferas inclusive na arborização urbana e isso também aumenta a população do inseto citado por fornecer alimento ao mesmo. (gabiroba, araçá, etc.)
     Na fronteira com a Argentina, os argentinos barram a entrada de cães, mas na fronteira Paraguai-Brasil não há controle.     Inclusive se constatou que é muito comum os catadores de recicláveis (que geralmente fazem o serviço mais na parte da noite) terem seus cães e transitam pela fronteira também.    Alto índice de contaminação.
     A pesquisa junto aos catadores de recicláveis foi moroso por ser serviço noturno e Foz tem a agravante do tráfico de drogas que oferece riscos às pessoas.
     O inseto também suga sangue de galinhas e nas periferias há ocorrência de galinheiros, sendo mais um desafio no controle da doença.
     A cidade de Foz do Iguaçu-PR tem 79% de residências com sistema de coleta de esgotos.     87% das residências tem coleta regular de resíduos sólidos urbanos (lixo).
    
     ......................     na sequência haverá resenhas de outras quinze palestras do simpósio, na medida que sejam colocadas no word..................       

      

domingo, 11 de dezembro de 2016

RESENHA - SIMPOSIO INTERNAC. MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS - CURITIBA PR DEZEMBRO 2016

RESENHA DO SIMPÓSIO INTERNAC. DE MEIO AMBIENTE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Data: 05 a 07-01-2016 – Local:   Curitiba PR  -Promoção da ABES PR
ABES – Associação Brasileira da Engenharia Sanitária e Ambiental
Anotações feitas pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
                        orlando_lisboa@terra.com.br
     O primeiro dia do evento com a parte do cerimonial e falas das autoridades foi na parte da tarde num auditório no Parque Barigui em Curitiba  (um parque ecológico)
     No segundo e terceiro dia a programação foi em horário comercial em auditório da Universidade Positivo em Curitiba-PR
     Dia 05-12-16  -  Na tarde da abertura compuseram a mesa várias autoridades locais e da Suécia, que tem convênio com Curitiba no setor de meio ambiente e enviou palestrantes.    Entidades que consegui anotar na composição da mesa:    Fabio Goia, Secretário da Administração da Prefeitura de Curitiba, representando o Prefeito; Padre Carlos, representando o Bispo da Arquidiocese; o Reitor da PUC Curitiba, Prof. Valter Lino; o Reitor da Universidade Positivo, professor José Pio Martins; representante do Reitor da UTFPr a Vice Reitora, Dra. Vanessa Itikawa; representando o reitor da UFPr o professor Carlos Siqueira; pela ABES, o Sr. Antonio Carlos; pela SANEPAR o Sr.Pedro Luiz Franco; pela FIEP Federação das Ind.do Paraná, Rodrigo Martinez.
     Houve após o protocolo de abertura com apresentação musical a assinatura do Termo de Entendimento (vigência até dezembro de 2018) em tema ambiental entre a Prefeitura de Curitiba e uma entidade do setor da Suécia.    Na verdade é uma renovação de convênio que já vinha em curso.
     O nome completo do Evento:   “SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS, SANEAMENTO E BIODIVERSIDADE”.
     Breves falas das autoridades.
     Pela ABES -  Citou eventos do ramo que tem ocorrido em diferentes lugares como Durban – África do Sul.     Lembrou da estiagem que atingiu o sul do Brasil em 2014 e que deixou a cidade de São Paulo com alta carência no abastecimento de água, se chegando ao ponto de  atingir o chamado volume morto dos reservatórios.
     Afetou o abastecimento, a produção de energia elétrica e também houve aumento de doenças como dengue e outras, entre outras consequências da estiagem.
     Citou uma Agência Ambiental da Antuérpia e suas ações de sucesso e destacou que temos que seguir exemplos como esse para melhorarmos nossa posição rumo ao desenvolvimento sustentável.
     Pela FIEP – Destacou que Curitiba tem um histórico positivo de ações na questão ambiental e isso tem sido notado inclusive fora do Brasil.    Também ações em planejamento urbano.     O mundo está perdendo qualidade de vida inclusive pelas turbulências do clima.     Destacou a importância de discussões e ações voltadas à defesa do clima e da biodiversidade.
     UTFPr -  a representante fez uma breve fala de boas vindas e destacou a importância do evento e as ações que a instituição à qual pertence que envolvem o tema.
     Pela PUC-PR     Lembrado que em 2013 o Rei da Suécia esteve em Curitiba para evento no tema das Mudanças do Clima.    Fez questão de destacar que em Curitiba é pouco usual um evento que reúne numa mesma mesa as quatro universidades aqui da capital.
     Destacou também o fato de várias entidades estarem participando tanto da Academia, como do Setor Público e Setor Privado.     Lembrou que há desafios na questão climática que não dá para serem solucionados apenas pelo país de forma isolada, mas que deve ser tratado de forma articulada com outros países.     Exemplificou até no tema das migrações que estão ocorrendo entre África, Ásia e Europa, mostrando desafios relativos à pobreza, guerras e afins.
     Espera que as próximas administrações de Curitiba deem sequência aos eventos e ações ligados ao Meio Ambiente.      Curitiba também tem convênio com a Holanda neste quesito e podemos desenvolver ações interessantes.
     Universidade Positivo -   O Reitor até brincou ao dizer que sua fala ficou por último e o da PUC tirou parte do seu discurso.     Lembrou que a Suécia (parceira neste evento) tem uma realidade bem diferente da nossa, sendo um país de primeiro mundo e que tem uma população semelhante à da cidade de São Paulo, ao redor de 11 milhões de habitantes.
     Destacou que após a Segunda Guerra Mundial, acelerou a industrialização pelo mundo e também a degradação do meio ambiente em parte pelas necessidades, pela tecnologia deficiente e causas do gênero.    O cenário atual tem desafios de degradação ambiental, poluição, etc.      Fase de indignação mundial e o evento da Rio 92.   Nos anos 2000 ele atribui a fase da busca de soluções para o setor.    Soluções que tem que ser compartilhadas entre todos os setores, aí incluídos órgãos públicos, academia, iniciativa privada.      O Brasil cresce em população 1 Suécia a cada 5 anos.   Desafios grandes.   Disse que podemos gerar tecnologias na área ambiental e também buscar tecnologia lá fora sem ficar nessa de questões ideológicas, mas com foco em soluções tecnológicas que sejam adequadas aos nossos problemas.   Há que se ter pragmatismo.      ........leia mais clicando abaixo...

sábado, 3 de dezembro de 2016

PALESTRA - PROF. JESSÉ SOUZA - AUTOR DO LIVRO - A RADIOGRAFIA DO GOLPE

  Evento nas dependências do SENGE Sindicato dos Eng.no Estado do Paraná
Data:   01-12-2016  -   das 17.30 às 20 h
Anotações pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida (a quem se deve imputar alguma possível falha de interpretação da fala do nobre Professor).
     Na forma bem resumida, o palestrante tem uma série de livros publicados, tem estudos no BR, nos USA e Alemanha e atualmente é Professor na UFF Universidade Federal Fluminense    (é natural de Natal-RN).  No final do governo anterior ele chegou a presidir o IPEA.
     Eu já tinha passado da metade da leitura do livro dele na ocasião citada acima.  Vamos às falas:
     O desafio agora é aprender com os erros que foram cometidos.  Aprender é a busca de nos tornarmos melhores do que somos.
     Tudo que acontece no mundo é legitimado na nossa mente.    (dentre outras formações, ele é Psicanalista).
     Por quê o golpe aconteceu?    Foi com a mesma desculpa de 1964.   Alegação de combate à corrupção.    Só que combate de forma seletiva.   Um moralismo conservador que amesquinha a questão ética.      Citou como exemplo.   Os poderosos na sanha de combater a corrupção mas não movem uma palha para reduzir o ganho estratosférico dos banqueiros que faturam com o pagamento de juros  dívida do Brasil na casa de 300 bilhões por ano.     Sangra nosso Orçamento e falta verba para saúde, educação, segurança, etc.    Disto eles passam ao largo.
     Demonizaram o Estado.  Só é visto como corrupto quem faz parte do Estado.   O pessoal do mundo privado que suborna o Estado não é levado em conta.    O combate é “seletivo” porque ele é fulanizado.      E se nota que o Sistema já é montado para ser corrupto.   O sistema eleitoral, o sistema de funcionamento da política, etc.
     Nossa dívida pública não foi auditada.   No mundo, as dívidas públicas que foram auditadas mostraram que ela é inflada.... bem maior do que realmente deveria ser...
     O discurso é de que  o Mercado é virtuoso.   continua... 

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

COMO FAÇO AS RESENHAS DE LIVROS E PALESTRAS 28-11-2016


    Vou tentar dar aqui mais ou menos o caminho das pedras da minha experiência com fichamento de livros só na prática, pois não consultei teoria para tal.  Faço movido pelo destaque daquilo que me chamou mais atenção em cada leitura.
Ao começo
Sempre gostei de ler um bocadinho.    Fiz estudos em escola pública de cabo a rabo e a universidade foi a USP – ESALQ- Piracicaba (fundada em 1901).   
     Pois bem.   O curso (Engenharia Agronômica) lá era e é bem puxado e no meu tempo (1973-1976) eram aulas geralmente de quatro horas cada e o curso em período integral.    Os professores eram topo de carreira e muitos deles autores de livros do ramo.   Bem exigentes, claro.     E aula não tinha essa de ficar anotando na lousa.   Era prestar atenção e anotar o que achasse relevante.   Acho que foi essa necessidade que me fez um “resenhista”.    Ou anotava, ou esquecia um bocado do que foi dito e depois complicaria na hora da prova.   Minha tática era assiduidade às aulas e esse esforço de anotar e depois estudar em casa também.    Os demais alunos pouco anotavam e quando as provas iam chegando era fila para pegar meu caderno e tirar xerox pra galera estudar.   Talvez alguns iam até melhor que eu nas provas...
     A continuidade
    Resumos de Palestras  e Resenhas/fichamento de livros.
     Como eu peguei um verdadeiro traquejo em fazer síntese assim de bate pronto, toda vez que vou a uma palestra sobre qualquer tema, levo junto comigo uma caneta bic e um caderninho específico (Tilibra pequeno de 96 fls) para caber entre os livros.   Anoto tudo o que acho relevante e depois coloco no word e deste alguma coisa vai para o blog.   www.resenhaorlando.blogspot.com.br
     Ao todo, são aproximadamente uns 40 caderninhos com anotações dos mais recentes vinte e poucos anos...   Minha relíquia e meu hobby junto com a leitura.
     Já dos livros, que tenho lido por lazer, tenho escolhido geralmente temas mais informativos, inclusive vários livros escritos por jornalistas, falando de países como China, Irã, Cuba, Venezuela, Japão, USA, etc.   Mas diversifico a leitura.
     Comumente os livros que leio são meus.    Sento para ler e pego o livro, o marcador de páginas, um lápis/lapiseira para destacar os locais que me chamaram a atenção e a caneta e um caderno específico (capa dura espiral Tilibra também 96 folhas)  e já estou no caderno número 14.   Comecei a fazer as “resenhas” de livros em julho de 1994.   Por sinal,  publiquei no blog acima há algum tempo uma lista com o nome e autor de todos os livros que li daquela data até hoje.   É um pouco de me mostrar na intimidade até certo ponto, mas para socializar experiência acho que vale a pena.
     Então ao iniciar a leitura de um livro, já anoto no Caderno espiral específico os dados do livro como – nome da obra, nome do autor, nome da editora, nome do tradutor, número da edição, ano da edição, local e número de páginas.    Isto tudo porque costumo fazer a “resenha” citando a página na qual li aquilo que destaquei no fichamento.   E se eu destacar a página sem dizer a editora/edição, o número da página pode ser diferente.
     Coloco a data de início da leitura e vou tocando o barco, lendo.   Cada vez que algo me atrai em especial, um leve traço a lápis no livro e cito a página no caderno com a caneta e já escrevo aquilo que me interessou.    Se a frase é curta, pode ser que anoto de forma literal.   Se a idéia requer maior número de palavras, pode ser que resumo com minhas palavras para anotar (até porque não tem interesse acadêmico).
    Notar que dessa forma, ao terminar de ler o livro, terminei de fazer a resenha, que fica melhor chamar de “fichamento”.      É bem curioso depois sentar, após ler o livro, e ler a própria resenha que dá uma visão muito interessante de tudo que foi lido.   A tal ponto que se me pedissem para dar uma palestra de, digamos, meia hora ou mais sobre um livro X que li há doze anos, com minha resenha eu dou uma revisada e dou o recado legal.    E serve também para fazer alguma citação de trecho para fundamentar alguma opinião, sempre citando a fonte.
     Acho que é mais ou menos isso.    Curiosamente no caso recente da morte do Fidel, controverso que é, vale lembrar que sobre o tema além de um punhado de artigos, li os livros – A Ilha (Cuba) de autoria do jornalista/escritor brasileiro Fernando Morais e publiquei  a resenha no blog citado.   Também sobre o mesmo tema, li do próprio Fidel o livro A História me Absolverá   (ele era inclusive Advogado) cuja resenha também está no blog.    Se vou emitir opinião sobre o caso, pode ser que eu cite algo da resenha ou indique a resenha para alguém que quer algo mais aprofundado para formar opinião sobre uma pessoa controversa como o tal.   
     Fico à sua disposição e espero ter contribuído com alguma dica que possa ajuda-la em seus estudos. 
                                          orlando_lisboa@terra.com.br     

     Curitiba PR, 28 de novembro de 2016