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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

BRASILEIROS EM CANCUN / RIVIERA MAIA – OUTUBRO-19 - Parte Quatro (RUINAS MAIAS DE CHICHEN ITZÁ)



Parte Quatro – Visita às ruinas da cidade Maia de Chichen Itzá

         Fizemos um passeio de dia inteiro para nos deslocarmos de Playa Del Carmen, onde ficamos hospedados, em ônibus de turismo num pacote para a mais destacada das ruinas da Civilização Maia em Chichen Itzá.
         Sem dúvida, das ruinas maias que visitamos, esta é a mais destacada a majestosa, além de bem preservada.    É classificada entre os bens tombados pela UNESCO, órgão cultural da ONU.

         Lá contamos com as explicações de um dos guias locais, o Sr. Arturo que se diz descendente dos maias e que fala sempre com o maior entusiasmo.    Os comentários que seguem tem como base o que ele nos passou e eu optei por não fazer uma pesquisa mais complexa porque o intuito era captar o que se via e associar às informações do guia.    
         No centro do local, a pirâmide majestosa.   Atrás dele, uns 50 m afastado, um templo com uma estrutura de grandes colunas, sempre de pedra, em parte de face quadrada e em maior parte, de face cilíndrica, no que teria sido um grande mercado e era coberto de pedra.




         No lado esquerdo, umas edificações menores, uma com referência aos mortos, outra com as cabeças da serpente sagrada e em seguida, o maior campo de pelota encontrado nas edificações dessa civilização.


         O local com suas edificações se chama Chichen Itzá, que significa Boca do Poço dos Itzaes ou dos Feiticeiros.   Ao lado esquerdo da pirâmide tem um “poço” natural que eles chamam de cenote, que é uma formação natural em forma de um afundamento da rocha calcárea contendo água permanente ao fundo.     Consta que tem toda a macro região há ao redor de 6.000 desses poços e nos arredores de Chichen Itzá, ao redor de vinte.


         A pirâmide em si se denomina KUKULKÁN, cujo significado:   
Para os maias "kukul" significa sagrado ou divino e "kan" significa serpente. ..
          Lembrado que os povos milenares já tinham a serpente como símbolo da medicina inclusive, como se constata até os nossos dias.
         A cidade em si tinha aproximadamente 25 km2 no seu auge por volta do ano 1250 dC.   Teria no apogeu, nesta cidade, ao redor de 50.000 habitantes.    Já os maias como um todo foram 8 milhões, espalhados por vários países da América Central mais ao sul em relação ao México e em parte do México. Depois decaiu por talvez  doenças, invasão de outros povos, etc.    A cidade ficou abandonada por séculos e desconhecida e foi descoberta em 1843 por um americano e um britânico.    Estava toda coberta de floresta, inclusive nas edificações.      Grande parte da cidade ainda fica sob floresta, sem ser escavada.       Os estudiosos estimam que 90% das construções incluindo templos desta cidade estão escondidos na floresta.
         A pirâmide é oca e tem sistema de acesso interno para se chegar ao ápice onde tem um nicho em que ficam duas imagens, uma humana e outra de jaguar vermelho, símbolo de poder.   O jaguar era encrustado com pedras de jade e ao que se sabe, essa pedra é comum na Ásia e não se explica como os maias de então teriam acesso a tais pedras preciosas.


         Desde 2007, por regulamento da UNESCO/ONU, não se pode mais subir na pirâmide para preservá-la como patrimônio de toda a humanidade.
         Um dos símbolos dos maias era a árvore da vida.    A copa é o mundo com suas três dimensões.   Nas raízes, o intramundo.   Os cenotes, que seriam um dos acessos ao intramundo, tinham um lado sagrado em relação ao mundo.
         Rito de Sacrifícios Humanos.     O guia diz que os maias não tinham ritos de sacrifícios humanos.    Que isto foi incorporado após invasão e domínio pelos Toltecas, povos não maias, guerreiros.     Os Aztecas teriam se formado como civilização em época posterior ao declínio dos Maias.
         Os Toltecas impõem aos maias dominados, seus deuses e ritos.   Um símbolo importante:   A Serpente Emplumada.   (misto de homem, pássaro e serpente).     Nas apresentações aos turistas, é comum vermos pessoas oriundas dos maias vestidos com trajes fazendo referência à Serpente Emplumada.       Na invasão espanhola, estes colocam a serpente como coisa do mal, do demônio, o que se supõe, para sufocar a cultura local dentro de estratégia de domínio.

(foto mais accima, vê-se a cabeça da serpente de boca aberta do lado direito da foto, próxima ao solo.   na foto mais abaixo, na parte dos mortos, as duas cabeças de serpente na parte superior , ambas de boca entreaberta)

         A Pirâmide de Kukunkán
         Tem influência Tolteca.   Base quadrada de 55 x 55 m e altura de 30 metros.    São 91 degraus x 4 lados, perfazendo 364 degraus, mais o pedestal menor, formando os dias do ano.    Eles dominavam com perfeição os ciclos solar e lunar.
         A obra da Pirâmide teria durado 52  anos e demandado mão de obra de 30.000 pessoas.
         A pirâmide e seus anexos tem uma série de detalhes.   Um deles é na face esquerda onde na base, de lado a lado, tem uma cabeça da Serpente.  Nos dois equinócios do ano (dia igual a noite), (setembro e março) em hora exata da tarde, a sombra do sol na escadaria forma o corpo da serpente que “desce” até se unir à cabeça que fica na base.   Momento de ritos inclusive de começar plantio de grãos como milho e calabaça (tipo de batata).    Aumenta muito o fluxo de turistas nessas datas especiais.

         Nessa face onde tem as serpentes, a pessoa se postando em linha reta uns 30 m da base da pirâmide e bate palmas ritmadas, do ápice da pirâmide vem o eco perfeito.    Batendo as palmas além do eco, se escuta algo como o piar do pássaro sagrado Quitzal, uma ave sagrada para os maias.  Essa ave ainda existe nas selvas tropicais de país mais ao sul da América Central.
         O eco é tão perfeito e tem seu lado místico, que cantores de ópera já se apresentaram lá, como Pavarotti e outros.

         Templo da Grande Mesa – Local de Cremação e Sacrifícios.
         Templo dos Guerreiros ou das Mil Colunas.    

         Este templo tem em seu teto dois pilares de pedra de tal forma dispostos que em época exata do ano o sol poente se coloca exatamente entre os dois pilares e era momento solene de sacrifício humano aos deuses.   Isto em junho, no solstício de Verão.
         O boato do Fim do mundo
         O calendário maia previa um fim de ciclo em 12-12-2012.   O povo moderno espalhou que assim eles estavam definindo a data do fim do mundo, sendo que na verdade era apenas o fim de um ciclo em si, nada mais.

         Livros maias.   Eram milhares e após a invasão espanhola, muitos, ao redor de 3.000 foram levados à Europa e queimados inclusive pela Santa Inquisição.     Tem-se registro da preservação de 3 códices maias em museus na França, Holanda e Alemanha.
         O campo de Pelota e o Rito de Oferenda
         O jogo de pelota tinha uma conotação principalmente ritual, de oferenda aos deuses.    Atletas selecionados, sete de cada lado, jogavam a bola que era tocada com os lados do corpo à altura da cintura e tinham que acertar com elevado grau de dificuldade um dos dois aros de pedra que ficavam de cada lado e ao alto do campo.   O campo local tem o local específico para a realeza assistir o jogo, as autoridades e local para o povo.
   (vista dos aros nos lados e no alto das laterais.    Na foto abaixo, detalhe do aro em si)

         Quem fazia o “gol” conquistava o direito de se oferecer em sacrifício aos deuses.   Acertado o alvo, o jogo acabava.
         Vimos num parque temático em outro local, o XCaret, uma demonstração desse jogo de pelotas ancestral.   Uma bela apresentação.

     Haverá outros capítulos de outros passeios por Cancun e região      


domingo, 27 de outubro de 2019

BRASILEIROS FAZENDO TURISMO EM CANCUN / RIVIERA MAIA – OUTUBRO 2019 (3a. parte – segundo passeio) COZUMEL




local de embarque para a Ilha de Cozumel

                                               local de desembarque na Ilha de Cozumel

         O primeiro passeio partindo de Playa del Carmen onde nos hospedamos na primeira semana foi à praia XPu Ha que já foi objeto da matéria anterior neste blog.             
         Neste segundo passeio, partindo de Playa del Carmen, tomamos um barco grande e confortável para uma viagem de uns 45 minutos a uma hora para a Ilha de Cozumel, famosa pelas flutuações e mergulhos em água cristalina com visão para a flora e fauna locais.
         O local de embarque tem uma estrutura grande e organizada, inclusive com detectores de metais e tudo o mais.   Conforto e segurança.
         O barco conta com lanchonete, palco para apresentações musicais e show durante o percurso.    A viagem em si já é muito linda pela vista panorâmica do mar e da costa.

               monumento (acima) junto ao local de embarque/desembarque em Cozumel


                                 


                     Gente que vem de transatlântico e traz dolar e euro.    O custo dos passeios não ficam barato.
                acima, barco típico que faz a ligação do continente com a Ilha de Cozumel.   

         Na ilha, tomamos um barco menor, curiosamente movido há dois motores de popa de 150 HP cada, equivalente cada motor à potência de um carro médio.    Nesse barco navegamos um curto trecho margeando a Ilha de Cozumel para escolha de um local mais adequado à parada para flutuação com ajuda de snorkel já fornecido no pacote do passeio.   Todos de colete salva vidas, a maioria entrou na água que no local tem a profundidade aproximada de 15 m e basta colocar o rosto dentro da água com o snorkel e já se vê o fundo do mar em detalhes.   Água limpa e a questão de que o sol deve incidir mais diretamente no mar na região próxima à linha do Equador dão mais visibilidade ao fundo do mar na região do mar do Caribe na costa mexicana.
         Eu, aos 69 de idade e sem saber nadar, consegui flutuar tranquilo no local e ver o fundo do mar com peixes e animais marinhos caminhando principalmente no fundo do mar.    Moreias e estrelas do mar, mais alguns peixes outros.    Nesse local não vimos formação de coral.
         Quem não sabe nadar, mesmo com o colete salva vidas, sempre é bom ficar bem próximo dos demais porque pequenas movimentações da corrente marinha podem afastar um pouco a pessoa dos demais e esta pode se sentir insegura.       Um guia fica na água com os turistas e outro fica pilotando o barco em apoio aos que estão flutuando ou mesmo no mergulho.    Um passeio lindo, confortável e seguro.
         Há opção de mergulho com cilindro para pessoas que antes receberam instruções específicas inclusive em piscinas, mas nosso grupo ficou mesmo na flutuação e ficamos satisfeitos.
         O passeio de flutuação foi na parte da manhã e depois almoçamos na ilha.   Em seguida nosso grupo alugou carros e fizemos um tour por nossa conta de uns 57 km no entorno da ilha com algumas pequenas paradas para ver as praias e o mar.    Esse passeio pouco agregou ao nosso ver, pois há recifes e pedras na costa, poucas faixas de areia e o interior da ilha tem bastante parte com vegetação nativa.
         No mais, passeio pela ilha que é bem bonita e retorno no final da tarde.     Pode ter sido o segundo melhor passeio nosso na região, sendo que o melhor ficou por conta do Parque X Caret que tem variedade de atrações desde história, ruinas, rios subterrâneos para flutuação, aquários marinhos, bosque, restaurantes e um show de duas horas de duração da melhor qualidade, mostrando espetáculos típicos do povo das diferentes regiões do México.    Haverá uma matéria sobre o X Caret especificamente.

         Segue nova matéria em outra postagem.


sábado, 26 de outubro de 2019

BRASILEIROS FAZENDO TURISMO EM CANCUN / RIVIERA MAIA - MÉXICO - MAR DO CARIBE - OUTUBRO 2019 (capítulo 2)







   Na primeira parte da abordagem sobre nosso passeio em grupo pela região neste mês de outubro/19 por doze dias, publiquei uma visão geral dos lugares que visitamos e aqui começo a dar algum detalhamento do que vimos por passeio.
     Um dos amigos programou com mais detalhes os locais que iriamos visitar e eu dei uma morcegada e não pesquisei muito com antecedência os locais a serem visitados, sempre confiando no bom gosto dos amigos que tem sido um sucesso no quesito preparar roteiros.   Acertamos.     
     Fomos no primeiro passeio, saindo de Playa Del Carmen (70 km mais ao sul em relação a Cancun), visitar a praia de XPu Ha.       A praia ao que consta é muito bem conceituada entre os turistas e lá chegamos num dia nublado e que chegou até a chover, mas a temperatura estando sempre por perto dos 30 graus, em nada afetou o passeio e a beleza e tranquilidade do lugar.
        O local é fora de centro urbano e acessível a partir da rodovia por curto caminho de chão já dentro da propriedade onde se tem acesso à praia e às lanchonetes adjacentes.
        Quiosques entre as lanchonetes e a praia com cadeiras de tomar sol e guarda sois sob mesinhas.   
        Água limpa e de cor maravilhosa, ondas na medida certa, nem muito fortes nem fracas, ótimas para banho.   Foi um belo dia de desfrutar a natureza e a tranquilidade de um lugar que no dia que visitamos tinha pouca gente.
        Valeu a pena esse passeio.
        Nas matérias seguintes abordaremos outros passeios.

(Destaco que optamos por ficar na primeira parte da viagem hospedados num hotel apenas mediano fora de Cancun por razões de economia e praticidade, já que na praticidade, se enquadram o fato dos passeios à praia de XPu Há, às ruinas de Tulum, Chichen Itza e ao Parque X Caret serem mais acessíveis partindo de Playa del Carmen)
    

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

BRASILEIROS FAZENDO TURISMO EM CANCUN / RIVIERA MAIA – MÉXICO (outubro/2019) - Abertura da série que terá vários artigos contemplando os passeios




                Litoral com praias, mergulhos, passeios, shows e monumentos Maias 
                Como costumo fazer em viagens desse tipo, procuro desfrutar os atrativos da região, buscando também informações sobre a cultura local e, havendo monumentos históricos e museus, cabendo na agenda, visito para captar e reportar um pouco mais da alma do povo de ontem e de hoje da região.          
                A chamada Riviera Maia é uma região litorânea no sul do México e contém vários municípios, sendo o mais divulgado, o de Cancun, cidade que teria ao redor de 1.700.000 habitantes.
                Fomos a passeio por duas semanas à região num grupo de casais amigos de longa data, a maioria, aposentados do Banco do Brasil. 
                Em termos de praias, visitamos a de Playa del Carmen, onde ficamos hospedados na primeira semana.    A segunda semana passamos em Cancun.
                Praias visitadas ao todo:
   PLaya del Carmen, Xpu Há, praia em Cozumel (ilha), Isla Mujeres e Cancun
                Na primeira semana, hospedados em Playa del Carmen, ficamos focados em excursões à região e vinhamos ao hotel no final de cada passeio.     Já na semana em que ficamos num resort em Cancun, na modalidade all inclusive, ficamos mais desfrutando o conforto do hotel e da praia em frente, além de uns passeios de fim de tarde pela cidade.
                Em Playa del Carmen, em frente ao nosso hotel há um pequeno e aconchegante Museu Frida Kalo, que visitei e que abordarei em detalhes com fotos mais adiante.   
                Visitamos as ruinas Maias em Chichen Itza, Tulum, no Parque X Caret e na zona urbana de Cancun (no complexo do Museu Arqueológico local).     Vimos ruinas maias também no sul da Isla Mujeres que fica próxima a Cancun.  De Cancun se vê há uns 20 km a Isla Mujeres.
                O local mais completo visitado foi o Parque X Caret que fica fora de Cancun e é um misto sofisticado de sítio arqueológico com ruinas maias, rios subterrâneos acessíveis aos turistas, infra estrutura completa de lazer e segurança e show de duas horas ao final do dia, de excelente qualidade.     (esse parque foi o que nosso grupo mais apreciou em termos de passeio, seguido da flutuação na ilha de Cozumel)
                Outro tesouro da região é uma série de algo como seis mil cenotes, que são fendas profundas no solo e que contém água cristalina no fundo, que pode ter forma de caverna com as estalactites pendentes do teto.    As estalactites se formam em milhões de anos de água pingando do teto da rocha contendo minerais na água e os minerais vão se concentrando e formando aquelas formações como agulhas.    Visitamos um dos cenotes no caminho das ruinas de Coba.    O cenote que visitamos e nadamos no mesmo se chama Tanakach Há  .  Darei detalhe do mesmo numa próxima matéria da série, assim como farei com cada um dos passeios em si que terá texto e fotos específicos.  
                Ver nas matérias seguintes...
                                  Zap  41 999172552   Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba – Paraná – Brasil
                               orlando_lisboa@terra.com.br
 

domingo, 29 de setembro de 2019

Parte 3/3 - RESENHA DO LIVRO SOBRE A GUERRA DO CONTESTADO - PARANÁ X SANTA CATARINA


Contestado 3    (ver também duas postagens anteriores)     
......................................................................................................
         199 – Toque de tambor e preces duas vezes por dia.
         200 – Ao deputado Correia de Freitas que foi lá às vésperas do ataque militar, disseram que se cessassem as perseguições das autoridades de Campos Novos e Curitibanos, todos deixavam a posição de defesa e iriam cuidar de suas roças e criações.
         200 – Revoltaram-se com o assassinato de Praxedes às portas de Curitibanos.
         201 – Balas de canhão, granadas, contra os fanáticos...  o exército matava e tocava fogo nas casas do fanáticos.  Data de 08-02-1914.
         Um dia só de fogo cerrado e reduziu tudo a cinzas.  Um só soldado morto.   Do lado dos fanáticos, 50 mortos e os outros fugiram para a mata para não morrer.   Entre os mortos, inclusive mulheres e crianças.
         202 – O exército queimou até a igreja e dentro dela, mulheres e crianças que lá buscavam abrigo.
         202 – Os soldados mataram e queimaram até os indefesos e fizeram o abominável saque.
         203 – Os fanáticos, dizimados no Taquaruçu, os que sobraram, seguiram para Caraguatá.
         207 – Dona Ana, viúva de Praxedes, na ânsia da fuga abandonou duas latas cheias de moedas de outro e prata do tempo do império.
         208 -  Novo líder e as motivações.  Manoel Alves Assunção Rocha, eleito rei da Festa do Divino...   (povo com mistura de fanáticos com gente com litígios pela posse da terra).
         208 – Gente influente vai aderindo.  Sonho de ressurreição e volta do profeta como monarca, à frente de 3.000 soldados de honra...
         “Com o regresso ao passado, os velhos rejuvenesceriam e os mortos ressuscitariam”.
         208 -  A Virgem Maria Rosa, 14 anos.   Montada num cavalo branco, ela vestida de branco.
         209 -  Partilhavam tudo e nada faltava a ninguém dos acampados.
         212 -  Reforço dos militares do PR e da empresa Lumber com sua guarda armada particular.
         215 – Os fanáticos pensavam em criar ali uma Nova Jerusalem com o sistema comunitário, etc. com Monarquia.
         216 -  O deputado Correia de Freitas desistiu da mediação.
         218 – Combate a “ferro branco”.  Espada, etc.  Não arma de fogo.
É no corpo a corpo.
         219 – Um canhão Schrapnell mata oito jagunços.
         221 – Numa batalha, 17 soldados mortos e 23 feridos.
         224 -  Soldados atearam fogo na casa de um dos fanáticos.    Atiçou muito mais os ânimos.
         229 – Uma das fanáticas já citava...   Um deles estudou tanto que até se perdeu.  Isto no jornal Diário da Tarde de SC de 23-04-1914.
         230 – O Brasil estava conturbado no governo do Marechal Hermes da Fonseca.  O exército atacava por qualquer motivo.  Rui Barbosa reclamava contra tudo isso.
         231 -  O deputado Correia de Freitas, vendo que não convencia os fanáticos, ao menos deu um conselho para ele não ficarem “aglomerados” em caso de ataque pois assim morreriam mais fácil.   Foi tido como quem ensinou tática de guerrilha aos fanáticos só pelo conselho dado.
         231 -  Na época, risco de “empastelamento” dos jornais de oposição.  (a polícia vinha e arrebentava tudo na redação do jornal).
         232 – Os fanáticos se dispersaram.  Houve um surto de febre tifoide...   2.000 pessoas em retirada.
         235 – O autor trata os sem terra de “bandos”.
         237 – Pico do Taió.   Um lugar.
         237 – O governador do Paraná foi para a região e viajou por 15 dias entre andar e fazer contatos. Esteve até na região da divisa com a Argentina.     Foi recebido de forma festiva pelo povo.
         238 -  Navegam 1.000 km a bordo do barco a vapor Curitiba pelo Rio Iguaçu.
         238 – O município de Canoinhas-SC era um lugar de divisa com o conflito pelo lado de SC e do lado do PR era União da Vitória.   Na época do conflito o PR criou o município de Timbó que era em área de SC.
         240 – Povos de Curitiba no passado indo para  a região bruta em busca dos campos de Guarapuava e Palmas.    Lugares de pouca vegetação frondosa e mais de campos nativos que eram como pasto pronto para lida com gado.
         241 – Coronel Amazonas Marcondes... no vapor “Cruzeiro” em 1882.
         241 – Indios botocudos.
         242 – O Visconde de Taunay visita o lugar e cita nos seus escritos (ver bibliografia).
         243 – Fala de forma recorrente no Timbó.   Pergunto:  seria o mesmo que hoje é o município catarinense?  
         243 – Os fanáticos no vale do Timbó.   Ali ocorreu a Guerra do Timbó.
         244 – General  Mena Barreto e o exército.   Colocou gente do exército na região  (1910).
         245 – SC tinha mais prestígio no âmbito federal e isto lhe dava mais poder com relação ao Paraná.   Influia no embate pela divisa.
         250 – Em Calmon-SC em 21-04-1914 estavam 1.000 soldados do exército.
         254 – Povo de origem germânica também na luta pela posse da terra.
         254 – “O fanatismo existiu, existe e existirá enquanto não se lhe der um nível educacional  mais elevado”.
         256 - ...” feíssimo, miúdo, desengonçado, mas de estúpida coragem”.  Assim o autor descreve os posseiros e fanáticos.
         256 – Exército com canhões e metralhadoras.
         260 – Depois da ocupação, o exército foi embora e deixou 200 soldados como tropa de ocupação.
         261 – Houve a aliança entre fanáticos e bandoleiros.
         262 – Carta do General:   ... “caso de polícia”.  Cabe aos governadores e suas polícias exterminarem os bandidos...   limpando assim a zona...”

   Fim.

     O autor do livro ficou cego e continuou ditando a obra e a esposa ia datilografando.   Morreu após um ano de cegueira.    Era relativamente novo.
         orlando_lisboa@terra.com.br        zap 41  99917.2552



sexta-feira, 27 de setembro de 2019

REVOLTA DO CONTESTADO (PARANÁ X SANTA CATARINA - PARTE 2/3

Contestado 2/3
140 – Veio também a Southern Brazil Lumber, companhia americana para derrubar pinheirais nativos. “Insaciável devoradora de pinheiros”. Tinha serrarias na área de concessão da ferrovia que era enorme. (e havia os posseiros...)
A empresa era dirigida no BR por Percival Farquar (citado também com ligação à Ligth no RJ no livro Chatô Rei do Brasil de autoria de Fernando Morais).
A empresa era sócia na estrada de ferro local e monopolizou os vagões e deixou na miséria as pequenas serrarias locais.
141 – O caminho de ferro que geralmente é fator de civilização, no formato de concessão no caso, trouxe injustiça, miséria e mortes.
(Na Argentina, ao abrir ferrovia, a União dividia as terras adjacentes em lotes rurais para assentamento de muitos pequenos agropecuaristas e assim gerava riqueza, progresso e paz social)
147 – Vasta bibliografia e a última listada: “Corografia do Paraná” por Sebastião Paraná, de 1899. Curitiba PR
151 – A criação da Universidade Federal do Paraná, a primeira universidade do Brasil.
152 – Em 1913 a erva mate é para o PR o que o café estava sendo para SP.
152 - Os carroções eslavos e o começo (em 1913) da concorrência com o trem e os primeiros carros e caminhões.
153 – A ação desastrosa do Irani (a guerra absurda) custou 600 mil contos e as vidas humanas. Na época a arrecadação do PR era de 6.000 contos.
153 – No auge do conflito de fronteira a ACP Associação Comercial do Paraná boicotou os produtos de SC.
154 – Na época, pessoa de destaque em SC : Ercílio Luz. Ele apoiava a paz e uma solução para o problema de divisas com o PR. O presidente de SC na época era Lauro Muller.
155 – A jovem Teodora , neta de Euzébio, como vidente, tem a visão do Monge José Maria e a notícia se espalha.
157 – Euzébio vende o que tem para ir à cidade de Taquaruçu. O filho Manoel (16 anos) é “ungido” (mesmo sendo analfabeto) e passa a realizar obra de religião, justiça e caridade.
162 - “Tanto o fanatismo político como o religioso, ao longo da história, produziu criminosos e herois, mártires e santos”
(o autor deste livro nasceu em 1911 e faleceu cego em 1968)
175 – Lá vão de novo os federais (de combate) solicitados desta vez por SC. Vão tropas destacadas de Ponta Grossa e Curitiba.
176 – Seção de metralhadoras... Tropas federais em missão de paz...
176 – Os fanáticos “nenhum crime tinham praticado”.
177 – Povos sertanejos “assustados” com os federais, foram se juntar aos fanáticos de Taquaruçu.
177 - ...” meio que imitando os Maragatos, também na ocasião colocavam uma fita branca no chapeu”.
178 – Euzébio queria fundar uma cidade santa. Fundou Perdizes Grandes.
178 – O vidente Manuel teve uma “morte” (catalepsia) e depois de orações “reviveu”. Todo o poder passou de Euzébio para ele. Euzébio até beijou os pés dele.
179 – O novo guru quis “dormir com três virgens” e foi destronado. Ele era dado à bebida.
179 – Passam o poder a um neto de Euzébio, neto então com 12 anos de idade. O Menino deus do lugar.
181 – Cita o badalar do sincerro (sino no pescoço do animal para indicar onde está e para os outros o seguirem arrebanhados)
181 – No ataque dos revoltosos, dispersão dos militares e seus apoios. Seis dos doze cargueiros (muares) se assustaram e desembestaram mato adentro. Perda de armas e munições (e mantimentos)
181 – Eleodora (outra com poderes...) de branco, pareceu em gesto de paz frente aos federais e já em seguida, houve ataque surpresa dos fanáticos. A metralhadora não teve tempo nem meios de ser acionada.
181- Duas horas e meia de refrega e o exército perde armas e mantimentos para os inimigos. Parte das armas e mantimentos.
182 – Viram que teriam que ir para o corpo a corpo e nisso os fanáticos estavam mais preparados... então os do exército se retiraram... “que uma retirada honrosa vale por uma vitória”.
182 – Os civis voluntários que estavam para combater com o exércico cairam fora.
O povo local protegia os rebeldes. (e a causa deles, claro)
182 – Caboclos fanáticos, sob certos aspecto... justos.
183 - Os fanáticos venceram sem baixas e a “profecia” de que as armas do exército não funcionariam deu certo. São Sebastião, o santo guerreiro, estava com eles.
190 – Agora era o governador de SC Vidal Ramos a passar sufoco com os fanáticos. Mandou para lá todo o seu contingente militar. Até o Major que era o Secretário Geral do Estado (SC) foi para o local do conflito.
191 – Praxedes foi atacado porque queria arrebatar armas à força e SC usou o episódio como um ataque dos fanáticos porque eles resistiram ao uso da força para tentar arrebatar suas armas.
191 – Mais gente indo para o reduto dos fanáticos até para se sentirem seguros. Posseiros que tinham suas posses e atividades agropecuárias na região.
193 – Dia 03-02-1914 – 754 soldados e 140 cargueiros chegam ao local.
195 – O exército traz até canhões para o local. O povo brasileiro estava indignado. Antes o Marechal Cândido Rondon rodou o Brasil, desbravou, etc. E não precisou atacar nenhum povo. Logo agora, o exército iria agir...
196 – Um advogado do RJ impetrou um habeas corpus aos líderes dos fanáticos.
196 – A campanha do Jornalista Jaime Balão em O Diário da Tarde, pelo diálogo, foi ouvir as queixas, etc.

199 – Tambor e preces duas vezes por dia.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

RESENHA DO LIVRO – O PRESIDENTE CAVALCANTI E A REVOLTA DO CONTESTADO (parte 1/3)




         Autor: Fredericindo Marés de Souza – Editora Lítero Técnica – 1ª edição – Curitiba – PR. – 1987 – 265 páginas
         Fichamento de leitura por :  Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
         (leitura em outubro de 2013 – publicação no blog em setembro/19)
         Na orelha da capa do livro há citação de várias obras editadas pelo Estante Paranista com abordagens de aspectos da história do Paraná.
         5º livro citado – “Recordações de um Cosmógrafo de Cabeza de Vaca “ – Luiz Carlos Pereira Tourinho
         O Marés, autor do livro citado na epígrafe,publicou também o livro sobre o Contestado chamado Eles não Acreditavam na Morte.
         Outros livros da Estante Paranista citados:    “O tempo do meu pai” do autor Tulio Vargas
         “Relatos de um Pioneiro da Imigração Alemã” – Gustav Hermann Strobel.
         Curitiba era antes de 1853 chamada de Quinta Comarca de São Paulo, até por pertencer àquele estado.
         Página 17 – O Paraná se emancipou de SP em 19-12-1853 e nesse tempo já existia o problema de limite com o estado de SC.
         17 – Fala da busca ao “gado de vento”, ou seja, bovinos criados soltos, sem dono, resultante de rebanhos dos antigos jesuítas (até 1712) que estiveram nos chamados Campos Gerais do sul.
         17 – Em 1720 – descoberta dos Campos de Palmas e Lages e a aptidão  (pasto nativo) para criação de gado.
         20 - ...”abastecer de sal as fazendas” da região de Palmas PR por via fluvial.
         21 – Já se fala em contrabandos... desvio de rotas das tropas para não passar pelos locais de cobrança de impostos.  
         23 – Vila do Desterro foi o primeiro nome da atual Florianópolis.
         24 – Durou quase um século a turra entre PR e SC pela divisa e assim a região ficou sem lei e sem jeito para se cobrar impostos.
         30 – Para passar pelo posto de fiscalização uma tropa de 550 bestas, se cobrou na barreira 2.969 contos de reis, equivalente a aproximadamente 5% do valor da tropa.
         30 – Durante a Guerra do Paraguai – parte da principal riqueza do Paraná que era a erva mate estava saindo em ramas, por carroça pela Estrada Dona Francisca até os moinhos de Joinvile.   De lá a erva era embarcada no Porto de São Francisco do Sul rumo ao Mar Del Plata.   Lá no exterior agregavam valor à erva mate que saia em ramas do Paraná.
         32 – Paraná e Argentina em litígio sobre a região das “Missiones”.  No fim foi decidido na sentença arbitral de Cleveland em 1895.
         37 – Povoamentos incipientes de Rio Negro e Palmas.  Depois (1900) o foco da povoação era em União da Vitória por causa da ferrovia chegando e a valorização das terras.
         38 – Gente com armas (bandos) descidos do Rio Paciência e do Timbó...     Cometiam tropelias.
         38 – Invade terras de gente de Tatui-SP na região.   (o de Tatui:   José Bueno de Camargo)
         40 – Atuação do Conselheiro Manoel da Silva Mafra, este de SC.
         40 – O PR contrata o Sr. Barradas para defender a questão de divisa com SC na justiça federal e este usa dados históricos fornecidos por Romário Martins.
         41 – Tempo de Anita Garibaldi.   Apoiava os de SC.
         42 – usa o termo chiru.  (ouço pelos gaúchos o termo mas não sei o sentido)
         43 – Demétrio, gaúcho que lutou no Cerco da Lapa junto aos federalistas.   Depois este ficou na região e era devoto do Monge curandeiro João Maria de Jesus.
         44 – Cita viagem a “vapor” (barco a vapor) pelo Rio Iguaçu em 1906.
         45 – Faz referência ao Coronel Amazonas Marcondes.
         45 – Fala que o “bandido” Demétrio Ramos era Coronel e ativista por SC.     Não fica claro isso na obra.
         46 – Voluntários de “pau e corda” (na marra) – sertanejos para ajudar os de SC.
         49 – Morre Vicente Machado (1907)  e assume como Governador o Vice João Cândido Ferreira, médico,  um dos heróis da Lapa no cerco

         50 – Tendo morrido o advogado defensor do litígio de fronteira pelo PR, assume a causa o lapeano Ubaldino do Amaral Fontoura.
         51 – Timbó-SC era front de confronto entre o PR x SC
         54 – Em 1910 já havia decisões do STF e os tais embargos e também os infringentes do julgado.
         54 -  No contexto da disputa de limites, se tentou crirar o Estado Federado das Missões na região.   
         64 - “As maiores sumidades : Barradas, Mafra, Ubaldino, Carlos de Carvalho, Inglês de Sousa, Sadro Pimentel (ou Sancho), Epitácio Pessoa e Rui Barbosa.
         65 – Morre Rio Branco que o Paraná, perdida a causa no tribunal, sugere como mediador e é aceito por SC.
         66 – O PR teve crise na produção de alimentos na década de 1910.    Os empregos ficaram focados na construção de ferrovia, nas serrarias e nas lavouras de café e descuidou-se da produção de alimentos básicos como arroz, milho, feijão.     Importava-se então feijão e milho do RS, arroz de SP, açúcar do PE, manteiga de MG, carne do MT e trigo da Argentina.
         Em 1914 a Primeira Guerra Mundial para complicar ainda mais as coisas.
         72 – A fugura do “Monge” que declara proceder de Tatui-SP.   O monge se instala no interior da Lapa, na gruta do Monge.
         72 – O povoado era Vila do Príncipe e depois ganhou o nome de Lapa-PR
         72 – O monge (leigo) pregava na Matriz da Lapa a convite do padre local.   Isto por causa do prestígio que o monge tinha com o povo.
         72 – Tornou-se famoso com o nome de João Maria de Agostini ou João Maria.
         72 – O livro cita que a gruta do Monge foi visitada em 18-02-1886 pelo Visconde de Taunay.
         73 – Coronel Telêmaco Borba..... 1852....
         75 – Novo beato vindo do sul para a região.   Também o povo o chamava de João Maria.  Diferente do anterior que só ficava no campo religioso, este tinha também paixões políticas além de religiosas.
         83 – Curas memoráveis...
         83 – Romarias até o novo João Maria.   Mesmo ricos fazendeiros precisando de curas, iam até o beato.     O beato gostava de mascar fumo.   (não era algo tão raro isso nesse tempo)
         86 -  Convidado pelo padre, não aceitou ir à missa, nem fazer confissão.
         88 – O autor explica a figura do “Coronel de Fazenda” e o Comissário de Polícia.   Grandes poderes a eles.
         89 – Açoite como punição em 1912 inclusive nos quarteis.
         95 – Na cantoria, o viva à monarquia e a Dom Pedro II.  A coisa se espalhou e o boato logo foi parar na capital federal (RJ) na Câmara e no Senado.     E os adversários pediam providências dos órgãos federais.   O beato e seus liderados ficaram como sendo contra a República recente e a favor da Monarquia, o que não era o caso.
         96 – O termo Monarca, no interior gaucho, é que “reina” com os animais.   Os da lida com gado na vida campeira.
         97 – Até tropas federais foram enviadas para “cortar o passo do bando em armas”.
         98 – Oficiais, metralhadoras e 160 “praças” (soldados do exército).
         104 – Coronel João Gualberto...  impulsivo....
         105 – João Gualberto parte de trem com 265 praças armados para a região do conflito.
         106 -  Fala das coxilhas palmenses.  (rever o termo que é gaucho) – tem a ver com o terreno e vegetação.
         107 - “Não se conhecia nenhum ato de violência dos supostos insurretos”.
         107 – O monge manda emissários encontrarem a tropa para dialogar com o comando (João Gualberto).    Os adeptos do Monge tinham 40 pessoas armadas de winchester e a “proteção” de mulheres e crianças dos fanáticos isolando-os para caso de ataque.
         116 – Um dos soldados na tocaia acende vela, a mula da guarnição se espanta (dá uma passarinhada) e lá se vai metralhadora e pentes de bala pra dentro da lama e água.
         117 -  Na hora dos tiros a metralhadora falhou.    Após os tiros dos soldados, surgem da mata entre 250 e 300 da defesa/ataque do monge.   Facões na mão.
         117 – Uma bala do exército acerta o monge, disparada pelo sargento Vergilio Rosa.
         118 – O comandante João Gualberto leva dois tiros no combate.
         118 – Os policiais batem em retirada deixando dez soldados mortos.
         119 – Do lado do monge, 13 mortos e 4 feridos.
         120 -  João Gualberto achou que ia enfrentar meia centena de homens mal armados e que ia vencê-los a toque de clarim.
         120 – Menos de uma hora de combate.   Morre João Gualberto nesse conflito e é enterrado em cemitério da região.
         121 – Dá a entender que oito dias após o enterro dele, tiraram seu corpo de lá e o levaram para a capital, Curitiba, para um sepultamento Apoteótico.
         125 – Tudo isso (a batalha) ocorreu no campo chamado Irani.
         127 -  O Paraná tem o chamado Palácio Rio Branco.  (seria a atual Câmara de Vereadores de Curitiba)
         127 -  Depois desse embate, o presidente do estado do PR pediu ajuda militar federal.
         128 – Federais destacados de Ponta Grossa.
         129 -  termo  (tapejara dos sertões sulinos...  ?)
         129 – O local para se preparar o combate era em Palmas-PR.
         130 – Armas que ficaram em poder dos inimigos... reforçavam o poder de fogo dos adeptos do monge.   Uncluindo a metralhadora e quatro pentes de 250 balas cada.
         130 – O local (povoado) de Irani, tirando o Faxinal dos Fabrícios, tinha 13 casas mais uma capela.
         131 – Os federais (tropas) mandaram emissários e estes constataram que os adversários se espalharam.   Rumo a SC – Campos Novos, Capinzal...
         131 -  Diz o autor que houve refrega e mortes dos dois lados e o saldo foi que a leva de federais fez o povo entrar no eixo e se conseguiu a paz.
         133 – Fizeram o julgamento dos “bandidos”  (simples posseiros na maioria)  e tudo ficou registrado no Cartório Comunal de Palmas.
         137 - “Eram intrusos e posseiros de terras devolutas à espera das medições oficiais, retardadas, ou que não vinham nunca.   Quando lá despontavam, vinham pejadas de enormes concessões aos privilegiados de ordem política, na maioria dos casos, estranhos à área e aos sacrifícios pela conquista do seu pedaço de chão”.   
         … estas glebas superpostas ao mundo dos posseiros e intrusos  (o estado distribuindo terras onde já havia os posseiros e intrusos) desmantelava aquele reino de lavouras, ervais, pinheiros de corte, especulações e esperanças que aí se instalara”.     Causou conflito e sangue.
         138 - … viviam à moda indígena... em distâncias impraticáveis, desconhecendo o serviço público, o medico e o sacerdote...
         138 -  Alguns posseiros já vinham despejados de posses anteriores...
         139 – Estudos, historiadores, etc.     “A brutal guerra seria, no fundo, uma revolta de camponeses espoliados”  .
         139 -  A União fez concessão para a ferrovia no apagar das luzes do Império dia 09-11-1889, só quatro dias antes da Proclamação da República.
         A concessão é feita ao Engenheiro João Teixera Soares no trecho a ser construida ferrovia de Itararé (SP) até o Rio Uruguai (RS).    Num tipo de parceria Público Privada, o particular construia a ferrovia e em troca recebeu uma enorme faixa de terra no entorno da ferrovia em faixa de 9 a 25 km de largura.    Áreas comumente já ocupadas por posseiros que tinham há tempos a terra como suas e ali viviam.
         Veja que o argumento de fanatismo, de serem contra a República, foi só artifício para atacar os posseiros que já viviam na região ao deus-dará, sem apoio do aparato do Estado.
         140 – O estado concede e a companhia ia expulsando (ou …) os posseiros e colocando fogo nos barracos dos mesmos.    Quando solicitado pela companhia, o Estado enviava as forças de segurança para ajudar a expulsar os posseiros.

        continua em mais duas postagens aqui no blog.   Partes 2/3 e 3/3