CAP. 15/20 dezembro de 2020
Página
143 – Item 53 - Falação Mecânica
“O não
dito está em todo lugar e usamos a falação para acobertá-lo”.
Para
atrapalhar o diálogo, ruídos entre uma “ilha” e outra. Escombros como: rádios, TV, telefones,
carros, filmes, propaganda. Objetos que
são coisas barulhentas.
... em
tempos de falação sem sentido.
....”não é possível escutar o que o outro tem a dizer, porque estamos
despreparados para o sentido alheio.
(Na
Ilha) gritamos desesperados para alguém do outro lado, alguém que não pode nos
escutar e quando dizemos algo que poderia permitir uma real comunicação –
aquela que nos libertasse da ilha – não encontramos ouvintes”.
Nos
ruídos do cotidiano, “falamos, mas não vamos fundo em nenhuma de nossas
conversas”. Há barulhos demais, coisas
e falas jogadas entre nós, e o diálogo se torna impossível.
Falamos
para nossos pares (na bolha).
Conversamos o mais ou menos com quem pensa como nós. ... quando confirmamos o que já sabíamos.
“Saimos
felizes de uma conversa, em que somos contemplados narcisisticamente porque o
outro, com seu espelho opaco, nunca nos apareceu”.
“Conversa
com quem não pensa como eu, eis o desafio do diálogo”. A metáfora: Sair da minha ilha ou deixar que o outro
venha me visitar. Ser generoso e
hospitaleiro com essa visita. Contudo
não será fácil... Conversar com quem
está com medo de conversar. Com quem
está na defensiva.
Osso
duro: ...”com quem tem teorias prontas
demais e uma visão de mundo fechada demais.
(exemplo – aquele que diz: não
assisto tal canal de TV, não leio tal autor, não leio tal jornal)
“A
impotência para entender significa falta de abertura para o outro”.
...
“impotência para o diálogo se transmuta facilmente em negação do outro, ódio ao
outro, discursos e práticas de humilhação, violência simbólica e física e, no
extremo, vai ao extermínio do outro”.
(deleta-lo)
“Teríamos
que, contra isso, encontrar o mistério do outro”.
Página
146 – Item 54 – Mitos e Ressentimento brasileiro
“O poder
do mito é a explicação relativa ao desconhecido”.
Mitos
ancestrais; mitos fabricados. ...
fabricados.... “de modo a sustentar interesses ideológicos. Neste caso o mito mostra alguma coisa para
esconder outra. Construir mitos
inclusive para designar um país. Exemplo
– brasileiro cordial.
(vale
relembrar que o livro é de 2015, portanto, anterior ao governo federal atual).
...
interesse em transformar o desconhecido em algo conhecido por identificação. ... “controlar sua estranheza”.
“O povo
brasileiro é tão heterogêneo, culturalmente falando, que não se curva à
identificação”. A autora cita hoje
para o Brasil .... uma democracia em estado embrionário. Inclusive a língua portuguesa imposta
pela Ditadura de Getúlio Vargas.
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