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quinta-feira, 11 de março de 2021

CAP. 01/21 - fichamento - livro - VALSA BRASILEIRA - (economia bras. de 2000 até 2017) - Autora: Dra Economista - LAURA CARVALHO

 LIVRO VALSA BRASILEIRA         leitura        04-03-2021

          Este livro eu ganhei de presente da filha caçula que tem formação na área de Economia.  Eu que exerci minha função de Engenheiro por 35 anos dentro de Bancos, até por força das circunstâncias, busquei fundamentos de Economia para bem exercer minhas atividades e tentar entender um pouco mais este mundo.

         A autora, que eu já conheço como assinante da Folha de São Paulo, tem escrito artigos para jornais sempre esclarecendo o que rola na economia e que afeta nossas vidas.    Ela é Doutora em Economia pela New School for Social Research e Professora da FEA Faculdade de Economia e Administração da USP Universidade de São Paulo.

         O livro faz em 190 páginas, um recorte com foco na Economia brasileira do ano 2000 para cá.     Lendo a 9ª reimpressão de 2020

         Há um grupo de trabalho de Macroeconomia da Sociedade Brasileira de Economia Política – SEP.    Destaque para o Professor  Fernando Rugitsky.

         No livro ela destaca que publicou artigos na Folha de SP entre 2015 e 2017.   (a edição deste livro é 2018 – reimpressão de 2020 em leitura)

         Ela  destaca que o fato de ter escrito artigos no Jornal e leitores comentando agregou clareza aos temas até para ficarem mais acessíveis aos leitores.

         Sobre o crescimento da economia brasileira nos dois mandatos do Presidente Lula (2003 a 2010) o preponderante teria sido os bons preços das commodities como soja, minério de ferro etc.

         Para outros, o crescimento foi pelo resultado do tripé macroeconômico adotado nos anos 90, quais sejam:  Regime de metas de inflação; metas de superavit primário; taxas de câmbio flutuantes.

         Uns defendem que houve exagero do Estado em agir e distribuir renda nos governos da Esquerda.   E os dessa linha defendem a volta à trilha dos anos 90 com ênfase no tripé citado há pouco.

         Outros entendem que não foi nem pela questão das commodities e nem pelo tripé macroeconômico.   Seria crise de natureza política.   Isto se tratando da fase após o crescimento da economia nos anos 2000 e seu declínio de 2011 em diante.

         Os que defendem que a crise foi de natureza política, dizem que a economia se degenerou por... Página 10 – “ propaganda negativa da imprensa, má fé do Congresso ou até mesmo por um boicote do empresariado financista”.   “Nesse caso, não seriam os erros do governo Lula ou Dilma os responsáveis pela crise, mas, ao contrário, seus acertos, pelo incômodo que provocaram nas elites econômicas do país”.

         (Esta mesma linha eu encontrei nos dois livros que li do Professor Dr Jessé Souza, da UFABC Universidade Federal do ABC, livros A Elite do Atraso e A Radiografia do Golpe – ambos fiz fichamento e publiquei no Facebook e no blog)

         10 – Entre os fatores que explicam o crescimento inclusivo que o país experimentou nos anos 2000, há um pouco de sorte e alguns acertos.   Da mesma forma, entre os fatores que explicam a desaceleração econômica e a crise que se segue, há um pouco de azar e erros significativos.

         Nos anos 2000 o Brasil conseguiu crescer, aumentar empregos, salários, distribuir renda, mantendo a inflação sob controle.   Melhorando também as contas públicas.

         Os críticos acharam que o crescimento foi liderado pelo consumo e que não era sustentável.   “Empresários do setor industrial e boa parte dos economistas defendiam medidas que reduzissem os custos das empresas nacionais e elevassem sua competitividade diante da concorrência estrangeira.

         11 – “A presidente Dilma atende tais demandas:  reduz  a taxa de juros, desvaloriza o real e subsidia a lucratividade dos empresários por meio das desonerações tributárias (redução dos impostos), controle das tarifas energéticas e crédito a juros mais baixos”.

         Pouco resultado na economia e prejudicou muito as contas públicas.

         Daí vem o impeachment.   

         Nessa o Brasil resolveu jogar fora a banheira, a água suja e o bebê, tudo de uma só vez.

         Este livro vai abordar o chamado Milagrinho de 2006 a 2010 quando o Brasil deu um passo à frente   (daí a Valsa Brasileira – título do livro)

         Mesmo no ambiente adverso da crise econômica mundial provocada pela quebra das Sub Prime dos USA que tiveram repercussão mundial provocando queda nas economias, nos empregos etc.

         De 2011 (já com Dilma) a 2014 o governo adotou a “Agenda da Fiesp” – redução de juros, redução de tarifas, desoneração tributária etc.

         Apelidaram essa agenda de Nova Matriz Econômica.   Representou na Valsa citada pela autora, no passo para o lado.

         Continua no capítulo 02/20   (um capítulo por dia corrido)

domingo, 7 de março de 2021

CAP. 10/10 (FINAL) - fichamento - livro - CARAVANAS - Um romance sobre o Afeganistão (dos anos 1946) - Autor: James Michener

 CAP. 10/10           - lido em fevereiro de 2021

375 – Julgar um ladrão de caravanas.  Veredito:  cortar a mão direita.  No caso o ladrão foi pego e recuperaram a mercadoria.   Mesmo assim, foi executada a pena para servir de exemplo para inibir outros crimes do gênero.

         “O que temos de tentar conseguir não é a punição deste pobre ladrão, mas a prevenção de outros furtos”.

         Cita a sede da GM General Motors na cidade de Pontiac no estado do Michigan USA.

         Por que escolheram Zulfiqar como novo xarife:   - Nós apoiamos seu amigo porque admiramos a maneira como ele compartilhou conosco os seus serviços médicos... de graça”.

         Zulfiqar usou os estrangeiros da sua caravana na “campanha” pra chegar à chefia.   Ellen pela beleza, o médico pela profissão e o americano pelos dólares da compra de remédios”.

         401 – Muller rezou com o médico e o cuidador de camelos, ombro a ombro, no sistema do Islã.

         403 – Balkh, a cidade encantada...  onde Alexandre se casa com Roxana, a cidade culta na encruzilhada do mundo, a maior metrópole da Ásia Central.    Perto da atual divisa do Paquistão com a Rússia.

         Os  grandes viajantes do passado relataram os primores de Balkh, inclusive Ibn Batuta.  (Li sobre ele no livro O Mundo Falava Árabe – de autoria da uruguaia Beatriz Bissio)

         Muller torceu para pessoas como Moheb, o engenheiro afegão e Zulfiqar – que consigam recriar o Afeganistão com apoio da Rússia ou dos USA.

         411 – Centro comercial russo perto da fronteira: cidade de Samarkanda.

         Moheb tinha dados do seu serviço secreto dando conta de que o médico tinha como nazista contas a acertar à justiça.

         Nazrullah, o engenheiro afegão, diante de três recusas de Ellen, com o rito das três pedrinhas jogadas ao chão, uma a uma,  acompanhadas da pergunta se ela voltaria pra ele, tendo as três negativas dela, ele lhe deu o divórcio e devolveu o passaporte dela.     Ellen optou por seguir com a nova caravana de nômades para uma viagem de um ano, até chegar na Rússia.

         Da Rússia, com visto daquele país, seria recambiada para os USA.

Foi assim que se fez.                         FIM.

        

         Algumas notas do autor sobre o Afeganistão.   Entre 1946 onde tudo era mais precário e 1963 quando ele dá nova vista do país, a capital já tinha asfalto, escolas e mais estrutura.

         Em 1959 foi conquistada pelas mulheres a opção de usar ou não a burca em público.   Poucas aceitaram não usar, até pela pressão do marido e pelo peso da tradição.

         Na nota de 1963 o autor cita:   “Muitos desses jovens estão inclinados a aderir à Rússia, outros, graças aos céus, vèem mais futuro em ligações continuadas com o Ocidente”.

         O esporte do polo afegão é um esporte tradicional e continua praticado.   A cavalo, dois times começam a partida sacrificando um cabrito que é degolado e é pego pelas patas e dá início à partida e o que tem o cabrito na mão tenta avançar para o lado do gol por assim dizer.  Os adversários partem com tudo pra cima dele para “roubar a bola” – tomar o cabrito e correr para o gol.   É um esporte bastante violento e sempre há feridos leves e às vezes até com alguma gravidade.  

         A represa de Qala  Bist (agora relato do mundo real, não da ficção do livro) ficou ótima, tem usina elétrica e usaram a água para irrigação, mas o sal muito presente na água salinizou o solo e prejudicou as lavouras.   Ao ponto de abandonarem o projeto de irrigação.

         Os nômades não podem mais cruzar as fronteiras livremente como antes rumo à Rússia.  Há outras restrições de fronteiras a eles com a China e Índia.     (A região por questões políticas, culturais e religiosas tem longo histórico de atritos leves ou graves).

         O autor disse que os tempos em parte mudaram e há mulheres estrangeiras  que se casam com afegãos e vivem bem e felizes e podem visitar seus respectivos países sem problema.

         Qabir é um nome inventado (onde as caravanas se reuniam) mas os fatos relacionados ao lugar são reais.

         Bamian ainda é um dos lugares mais fascinantes e atraentes da Ásia.

         Há o Rio Bamian.    No passado remoto Gengis Khan perdeu um filho nessa cidade.

         Cochi  é uma palavra no idioma farsi que significa aqueles que se movem, os nômades.

         Sobre o Caramaçá das Línguas, o local é da ficção mas há os abrigos do gênero.    E pode ter ocorrido algo semelhante ao relatado neste livro em Herat onde Gengis Khan e seu exército matou mais de um milhão de pessoas.

         Para concluir, o autor cita um poema do sábio Poeta persa Omar:

         “Eu mesmo, quando jovem, frequentei assiduamente

         Doutor e santo, e ouvi grandes discussões

         Sobre isto e sobre aquilo: mas nunca mais

         Saí pela mesma porta por onde tinha entrado”.

 

(a próxima leitura que já está em curso é o Valsa Brasileira, da Economista Laura de Carvalho).   Foco na análise da nossa economia de 2000 para cá.

CAP. 09/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Autor: James Michener - americano (ficção baseada em 1946)

 CAP. 09/10

         Página 340 – O médico alemão que tinha no passado servido ao nazismo.    Ele:   A Alemanha continua a vida.   Dentro de alguns anos, a América estará implorando a amizade da Alemanha.   Estranho, não é?

         O autor citou o frio das montanhas e destacou que se parece com o frio do Tadjiquistão.     O povo afegão é considerado como “povos arianos”.

         ... entrar no grande Vale de Bamian.

         348 – Ellen lembrando da juventude e da lucidez do seu professor de música.  O único que compreendia ela.    “Nunca ocorreu ao meu pai que aquele professor de música meio confuso estivesse olhando para o mundo real, enquanto os outros me davam notas por causa de atributos que nunca teriam importância...   (como foi dito, ela era bela)

         ...”acho que eu vim para cá porque o Afeganistão era o lugar mais distante dos valores americanos que eu poderia alcançar.”

 Muitas pessoas jovens na América compreenderão – garantiu-me Ellen.

Estão começando a rejeitar qualquer sociedade construída por homens como meu pai.

         Muller diz:   Que Deus ajude a América – retorqui com amargura.

         Ellen:   São as pessoas jovens como eu que salvarão a América.  Elas compreenderão o que está acontecendo e modificarão as coisas.

         Ellen no lugar onde foi no passado um templo budista escavado na rocha perto de uma imagem de buda de uns 50 metros também esculpida na rocha e que apresentava a cara deformada pelos que são do Islamismo que proíbe a representação humana de Allah.

         Ellen reflete:  A busca dela pela simplicidade.   Deixou os pais e sua cidade nessa busca.   Conviveu com o engenheiro Nazrullah, buscando a simplicidade; foi embora com Zulfiqar e seu grupo nômade buscando a simplicidade e agora encontra a simplicidade no médico alemão da caravana.

         “E agora, Otto Stiglitz é mais simples que tudo”.

         353 -   ... quando a caravana chegar a Balkh, quando você (Muller) deixar Mira, sua namorada nômade, eu também irei embora...   mas irei com Otto....   Eles no momento, nos penhascos de Damian.

         356 – A cidade de Ellen, Dorset, fica na Pensilvânia.

         361 – Mira e Muller tem camelo pelo dote de estarem juntos.  Ele pergunta se ela conseguirá arranjar outro par na caravana quando ele se for.  Ela disse:  Eu tendo camelos, terei marido.

         362 – Czaque.   Povo nômade da Rússia (vizinha do Afeganistão).  Povo exímio em montaria a cavalo.

         363 – A esperada cidade de Qabir dos nômades.  Na confluência de dois rios, próximos da Rússia.   Muitos acampamentos.  Tendas negras.

         Algo como umas quatrocentas caravanas de umas duzentas pessoas cada.    Povo em encontro por pouca temporada e depois se dispersam de novo de forma cíclica.    Umas 60.000 pessoas no acampamento.

         Antes da Guerra  (II Guerra Mundial) aquele era o último posto avançado dos povos livres.

         O grupo de Zufiqar tinha mais de 500 ovelhas, ao redor de 100 camelos e dezenas de jumentos de carga.

         369 – Este é Shakkur, o quirguiz (do Quirguistão).  Um Chefe.

         371 – Cita queijo de leite do iaque, um animal parecido com bisão.

         372 -  Muller não conseguiu saber um segredo estratégico.  Onde aqueles nômades atravessavam o Rio Oxus.   (divisa com a Rússia).

         Do norte do Afeganistão vinham os Tadjiques, Uzbeques e os Quirguizes.   Da Rússia, os Cazaques e outros.

         Foi levado ao centro do poder de Qabir.   Só entrava homem na tenda da Chefia.    Homem e que fosse chefe de caravana.

         375 – Julgar um ladrão de caravanas.  Veredito:  cortar a mão direita.  No caso o ladrão foi pego e recuperaram a mercadoria.   Mesmo assim, foi executada a pena para servir de exemplo para inibir outros crimes do gênero.

                   Amanhã, capítulo 10/10 (final)

sábado, 6 de março de 2021

CAP. 08/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um romance sobre o Afeganistão - Autor americano: James Michener

 CAP 08/10      (baseado no Afeganistão de 1946 logo após II Guerra Mundial)

         Página 293 – Passará a caravana andando inclusive por Balkh, esta que foi no passado remoto a principal cidade da Ásia Central.

         296 – Diz numa parte do livro que lá roubam de tudo na cidade e agora vai no deserto seguir com os nômades e deixar o jipe no caminho e seguir com os nômades.    Espera que o companheiro voltará ao local e levará o jipe que está no acampamento Caramaçá.

         297 – Na caravana, inclusive há burros de carga com balaios no lombo para transportar mantimentos.    A caravana anda em média 22 km por dia.     No deserto para aproveitar as horas mais de temperatura mais amenas, andam mais à noite.

         Nesta narrativa cita que quando o grupo de nômades parava numa cidade eventualmente alguns integrantes da caravana furtavam uma ou outra coisa que seria útil.

         302 – A caravana que o Muller acompanhou tinha ao redor de 200 pessoas.

         304 – o narrador passa uns dias, neste ficção, com os nômades e já dá um “laudo antropológico” sobre eles.  Diz que é um povo analfabeto, desleixado,...   “os dias se transformavam em meses e os meses em anos, sem nenhum alargamento do intelecto do grupo”.

         Chega ao ponto de duvidar que o grupo podia discernir sobre o bem e o mal.  (forçou a barra...)

         “É possível que os kochis (nômades) fossem felicíssimos em sua adaptação rude à natureza...”

         O rebanho de ovelhas do grupo era importante patrimônio do mesmo.

         308 – Cita carga de 400 quilos nas costas de cada camelo.

         Caravana passando por um povoado e o agito de medo de roubo dos moradores.   E os do povoado usando a burca sendo que as mulheres nômades não usam.   Isto deixa as mulheres dos povoados indignadas.

         311 – Nessa de transmissão de notícia de boca em boca, de aldeia em aldeia que chegou a Cabul e ao Chefe político Shah Khan a notícia da mulher loira seguindo em caravana com os kochis.

Ellen considera o povo da cidade do Afeganistão como presos e os nômades como povo livre.

         316 – Bate papo no acampamento.  Sobre o chefe.   “Ele me fazia muitas perguntas, mas eu aprendia mais do que ensinava”.

         Os kochis também seguem o Islã mas não obedecem aos mulás.

         319 – Ao levantar acampamento, mulheres e crianças recolhiam os excrementos de animais e colocavam em cestos a serem carregados pelos burros.    Região pobre em madeira e lenha, os excrementos secos viram carvão para o fogão.

         324 – No centro de Cabul, uma pequena montanha.     Na capital o chefe de Muller o convida para seguir com a caravana até Qabir para que este mapeasse o caminho pois os ocidentais não sabiam como esses nômades se comunicavam e transitavam até a Russia e vice versa.

         Pesquisar qual a influência dos russos no povo local.

         322 – Há rota milenar por despenhadeiros e vales que só os nômades conhecem e não descrevem até por não serem alfabetizados.

         Passam rumo a Qabir pelo local montanhoso Koh-i-Baba.    Os nômades mantém rebanhos de ovelhas do tipo da cauda gorda que são animais mais resistentes.   Guardam reservas de energia como gordura na cauda para aguentarem a adversidade da caminhada.  Cauda de até 60 cm.

         Fala-se do chapéu de astracã.   Feito de pele de um tipo mais nobre de ovelhas da região, mas menos resistentes ao rigor do deserto.

         Chapéu caro.     Ter rebanho de ovelhas astracã era padrão de riqueza.

         335 – Casamento.  Festa com música, instrumentos, doces para as crianças.    A noiva que solteira usava saia vermelha, passa a usar saia preta.

         A noiva ao casar, no caso dos nômades, ganha um certo número de ovelhas como dote.   Mas elas ficam compondo do rebanho do grupo. 

 

         Continua no capítulo 09/10 

sexta-feira, 5 de março de 2021

CAP. 07/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um romance sobre o Afeganistão (ano 1946) - Autor: James Michener

 CAP. 07/10            (lido em fevereiro de 2021)

         O povo do islamismo não come carne de porco.

         Página 227 – Viajando à noite de jipe no deserto, viu uma luz e disse:  é a Cidade.    O americano pergunta se vão seguir até lá. Nazrullah diz que não, que vão pousar no deserto ao que Muller pergunta o por quê?

         - É que parece perto mas estamos ainda há cem quilômetros da Cidade que você está avistando as luzes dela.

         230 – Molhar o turbante para refrescar a cabeça.  Turbante de oito metros de pano enrolado.   Molhado, o turbante absorve bastante água e vai liberando à medida que a pessoa vai exercitando e demandando essa água.

         Assim diminui um pouco o sufoco do calor seco do deserto.

         Xarife – príncipe ou governante muçulmano.   Título que recebe o muçulmano que já visitou três vezes a cidade sagrada de Meca.

         Os do jipe chegaram onde o rio Helmand termina raso e desaparece no deserto.   Parte da água evapora e parte infiltra no solo arenoso.

         A que o autor chamou de A Cidade ( o nome de verdade era Chakhansur) era no passado remoto um povoamento espalhado pro 110 km na margem do rio e que abrigou no passado uma civilização.   Fica na divisa com a antiga Pérsia, hoje Irã.

         232 – Na época de Alexandre Magno, era uma das maiores concentrações humanas do mundo.

         233 – Os islamitas baniram as imagens com forma humana em seus ritos de fé.  (por isso provoca ira quando outros povos desenham algo se referindo a Allah.)

         234 -  A cidade mais importante do passado afegão se chama Balkh.

         Lá era um exemplo de irrigação no passado remoto mas junto com a água vinham sais que mudam a química do solo e vão tornando-o inóspito para vegetais.     Na irrigação com água muito concentrada em sais, a água evapora ou infiltra nas camadas inferiores do solo e o sal vai se depositando na superfície até chegar ao limite de tornar o solo estéril.

         O autor chega a dar um recado aos irrigantes dos anos 40 dos USA, das regiões do Denver e do Colorado.    Risco de salinização do solo.

         Cabras – são animais que conseguem viver em condições bem extremas de solo e clima.   Criadas de forma intensiva pelo ser humano, se tornam por essa razão predominantes no ambiente e devoram o verde meio em geral para sobreviver.    Elas são fonte importante de proteína para os habitantes, mas por outro lado podem ter depredado florestas inclusive por roer a casca de árvores maiores provocando a morte das mesmas.

         Madeira é coisa rara na maior parte do território afegão.

         O Engenheiro Nazrullah pergunta e responde:  quem são as cabras que acabam com as florestas da América?    São os seres humanos.

         Destaca que os alemães voltaram a plantar árvores, ficando em melhor situação ecológica.

         Cidade de Chahar, quase na divisa com o Irã.  Plantação de romãs.  Nessa cidade os do jipe foram socorrer o engenheiro americano que teve fratura exposta no trabalho e estava sem cuidados médicos.   Foram levar socorro e um médico para atende-lo.   O acidentado estava com seus quarenta anos de idade.

         265 – O médico alemão que foi ao socorro no passado serviu ao nazismo.  Fez experiências com seres humanos.   Pesquisou até quanto tempo um ser humano aguenta ficar no frio extremo.  Foi aumentando a dose até o judeu cobaia entrar em óbito.

         273 – A jovem americana Ellen entre os nômades.  Ela diz:

         “Os selvagens me trataram muito bem.”   Ela era agora uma das esposas do chefe de uma caravana de nômades.  Ele, Zulfiqar.

         275 – O líder dos nômades protestou com Muller por causa do termo povindahs.    O termo é do inglês para indicar que os nômades são “tolerados – tem permissão”  para transitar pelos países.

         Os nômades se denominam Kochis.

         Ellen seguia um grupo de kochis que tem como líder Zulfiqar.

         Ela alega: “Porque eu gostaria de caminhar com o povo livre”.

         284 – O grupo com quem ela caminha.   Não tem casa, não tem nacionalidade e tem 91 camelos, burros e ovelhas.    E tem liberdade.

         285 – A família de Ellen é Presbiteriana.   Ela fica brava com Muller por este ficar recriminando-a.    “Os anos passarão e ele será enfiado em algum buraco insignificante como a embaixada de Bruxelas”.   (o que para ele seria o sonho de carreira, para ela é uma insignificância, o que mostra que há diferentes formas de ver o mundo)

         Ela a Muller:     “você é um jovem e já está na meia idade precoce.  Tenho imensa pena de você”.

         290 – Abrir latas de ração K.  (ração das Forças Armadas dos USA)

         Assar o nan em fogo usando como carvão, esterno seco de fezes de camelo.

         Fala de Ellen sobre o marido nômade:    “Não posso explicar Dorset (a cidade de onde ela veio) para ele, nem ele para Dorset”.

         Os nômades desse grupo fazem por ano caminhada de 1.500 km de ida em certo período do ano conforme comportamento do clima e retornam outros 1.500 km.      Percurso de um grande rio a outro.     Adultos andando à pé e crianças e cargas nos camelos.

         Continua no capítulo 08/10

quinta-feira, 4 de março de 2021

CAP. 06/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um Romance sobre o Afeganistão (ano 1946) - Autor: James Michener

 CAP 06/10                - leitura em fevereiro de 2021

          Página 183 – Conversão. Nur disse que os ocidentais acham que  esta só ocorre do islamismo para o Cristianismo, mas ela também ocorre em outro sentido, ou seja, do cristianismo para o islamismo, como ocorreu com o médico e com Ellen.

         Capítulo 8 – página 184 – plantações de melões e guaritas de vigia armada para evitar roubo no período do melão maduro.

         Deserto internacional...  se estende do centro da Índia, atravessa a Arábia, percorre o Egito, continua no Saara e vai até o Marrocos onde chega ao Oceano.

         No deserto da região o vento é quase direto.    Cidade de Qala Bist.  Ruinas com arco, muralhas etc.      Lugar onde dois rios se encontram. O rio corre para um lugar de deserto e lá desaparece.   Vai para o ar como vapor e parte infiltra no deserto.

         Em Qala Bist encontrou o engenheiro Nazrullah, marido de Ellen.  Este que disse morar numa morada com quatrocentos quartos em prédio da antiguidade em local com muralhas.   Muros de 1 metro de espessura e 6 metros de altura e aproximadamente 15 quilômetros de extensão.

         Missão dele na região.   Comandar a construção de uma barragem para energia e para irrigação das áreas próximas com as águas do Rio Helmand.

         190 – Forno afegão ancestral para assar nan.

         No passado remoto construíram série de tuneis para levar água do rio para usar a água para povoação e plantação.    Se não fosse subterrâneo, o canal infiltraria a água toda e evaporaria também e não chegaria ao destino.

         Estima-se que parte desses túneis foram feitos há aproximadamente 1.200 a 1.300 anos.   Os riscos de desabamento na construção eram enormes.     Chamam de sistema “Karez”.       O engenheiro Nazrullah aos 20 anos foi para a Alemanha para cursar engenharia.   Estava lá de 1941 a 1944 (época da II Guerra).     Ele disse que antes foi doutrinado por professores particulares sobre o Afeganistão ser ruim e a Europa ser tudo de bom.

         Ele viu barbaridades na Alemanha e depois na continuação dos estudos na Filadelfia conheceu o sofrimento de ser negro nos USA.

         Nos USA foi menos pior que ser judeu na Alemanha de Hitler, mas o Afegão pele escura sofreu discriminação e comparou com o sofrimento dos negros americanos.

         Nazrullah optou  com afinco a ser um afegão para sempre e ajudar a construir seu país com seu povo.  Formado engenheiro, 28 anos.

         206 – Represar o rio e tirar a liberdade dele na visão de Muller.  O engenheiro protestou por essa colocação do americano.   Quer o progresso para seu povo.    E pergunta a Muller:    Em que acredita?

         - Que sempre é triste ver a liberdade perdida.   Quanto à mudança, esta é a razão por que temos uma embaixada americana em Cabul.    Para ajudar a fazer as mudanças, continuando livres.    (discurso contra o comunismo dos vizinhos russos).

         Nazrullah disse que era bom que os americanos ajudassem porque senão os russos estavam bem dispostos a ajudar.

         206 – Capítulo 9 -   Um cumprimento:   Salaam aleikum.

         212 – Temperatura no deserto chega a cinquenta graus.

         Os caravançarás, abrigos para caravanas no deserto.   Lugares onde por longa tradição não se criam atritos, mesmo quando encontrasse ali um inimigo.  

         216 – Por volta ao ano 1220 Gengis Khan esteve por lá.  Destruiram o Afeganistão e esteve nesse local do caravançará citado.   (a passagem dele pelo local específico é ficção).

         Ainda da ficção, simbolizando as mortes perpetradas por Gengis Khan na região:    No Caravançará, uma coluna de diâmetro de quatro metros em material calcário.   Quando Gengis Khan invadiu o Kandahar, pegou prisioneiros e foi amarrando-os deitados em camadas até chegar à altura de quatro metros.   Não matou nenhum diretamente, mas todos morreram sufocados e esmagados.    Depois teria mandado cimentar com massa calcárea aquela pirâmide humana.  

         Por causa da lenda, ficou aquele caravançará específico com o nome de Caravançará das línguas de fora.

         Nazrullah...   disse que o Afeganistão já foi destruído várias vezes e que ele pressente que ao melhorarem o país, aviões russos e dos USA virão e destruirão de novo.

         Continua no capítulo 07/10

quarta-feira, 3 de março de 2021

CAP. 05/10 - fichamento - livro - CARAVANAS - Um Romance sobre o Afeganistão (ano 1946) - Autor: James Machener

 CAP 05/10

         Na parte do Afeganistão sob influência russa, já tinham acabado com o apedrejamento e as mulheres foram liberadas do uso da burca.

         127 – As tribos nômades povindahs, cujas mulheres são livres e não usam burca, cruzam países da região desde tempos imemoriais, em caravanas.    Moça nômade.  Roupa vermelha indica não casada.

         129 – Aqueles nômades, no inverno vão para a Índia e no verão vão para o Norte.   Legalmente seriam possivelmente indianos aqueles nômades.

         Problemas locais de Ghazni depois da seca.  Falta de alimentos, impostos altos e preço elevado dos cavalos.

         Capítulo 6 – página 136    ...”completar nosso trabalho, antes que a Rússia tome conta”.   (vizinha de fronteira com o Afeganistão)

         - A política do  meu governo (USA) é de ajuda a vocês...

         142 – Cidade de Kandahar com suas muralhas.  Região com camelos como as demais.    Muralhas do tempo de Dario, o Persa.

         O afegão que traz uma das esposas vestidas de burca ao médico.  O médico vai examinar a mulher.  Ela fica durante o exame na sala de espera e o marido vai na sala do médico, conta o que a esposa sente e o médico vai fazendo perguntas e o marido vem perguntar pra mulher.   Isso por causa dos costumes e do uso da burca.      (em 1946).    Se o médico receitasse remédio caro, era comum o marido não comprar o remédio e muitas vezes a paciente morria.

         149 – O médico disse que tratou da Ellen varias vezes.    “Ela era uma moça agradável e bem ajustada.  Bastante feliz com o marido e ele com ela”.

         Costume local.  Vários homens comerem da mesma tigela.  Sempre com a mão direita.  Motivo:  Lá a água é rara e a mão direita se usa para comer e a esquerda para se limpar ao ir ao banheiro.

         Punição por roubo, cortar a mão direita.    Assim a pessoa não mais podia comer em comum na tigela.

         Festival de dança.    O médico disse que os dançarinos geralmente eram gays.

         Apedrejavam mulheres adúlteras e se serviam dos gays.

         156 – Capítulo 7 -    O médico falando:  Volte daqui a três anos, herr Muller e encontrará seu ajudante Nur falando russo.

         176 – Disputa pelo gay após a dança.  Ele era o melhor dançarino dos que se apresentaram em público.  O que morreu na disputa pelo gay era policial.   Pena ao assassino:  morte.   O pai da vítima teve o “direito” de degolar o assassino em praça pública.

         Sobre os mulás  (chefes religiosos) aceitarem os linchamentos e apedrejamentos.  Nur diz a Muller:   Os mulás são bastante esclarecidos.   Quando o governo achar que o povo está preparado, vai proibir essas práticas e os mulás vão apoiar esse ato do governo.   Nur acrescentou:

         Eu tenho um irmão que é mulá.   Conheço bem esses religiosos.

         O médico alemão se diz não pro nazista, declarou que agora pratica o islamismo. 

         Alguém disse do islamismo local aceitar o apedrejamento.    Aí o médico alemão disse: Os cristãos da Alemanha perpetraram genocídio aos judeus, o que seria bem pior...

         Nur diz que Ellen também se converteu ao islamismo.

         181 – “Ela salientou o fato de que o islamismo, o cristianismo e o judaísmo, todos haviam começado no deserto, onde Deus parece mais próximo e onde a vida e a morte são mais misteriosas.”    Disse que somos no fundo animais do deserto e que a vida foi concebida para ser dura.   Quando vivemos em oásis como Filadelfia (nos USA) ou Munique, tornamo-nos degenerados e perdemos o contato com as origens, tipo comer o pilau com as mãos em várias pessoas na mesma tigela.   

         O médico alemão em 1946, aos 40 anos.   Nur, 32 e Muller, 26 anos.

         Continua no capítulo 06/10   (um capítulo por dia corrido)