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sábado, 9 de outubro de 2021

CAP. 04/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re)humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V. CUNHA - Editora Voo - 2020

 “Em 2004 o autor entrevistou os 25 mais bem sucedidos do Brasil.  Fez a seguinte pergunta:

         “- Do que você se arrepende?”.      “Uma grande parte deles lembrou, com voz grave, não ter visto seus filhos crescerem”.

         Os empresários de sucesso...  “com agenda extremamente ocupada e uma vida despersonalizada, estão trabalhando para criar as armadilhas em que nos enfiamos”.

         Jonathan Franze em seu livro “Pureza” – sobre o dilema contemporâneo:    “Ele estava tão hipnotizado por privilégios e autoestima que não percebeu que era apenas o instrumento de outra pessoa”.

         O autor diz que já está havendo um despertar para o problema.   Cita dados de 2015 em pesquisa YouGov.    Povos que acham o regime atual (capitalista) injusto:   64% dos britânicos; 55% dos norte americanos; 77% dos alemães.

         Dados do Programa da ONU para Assentamentos Humanos mostra “99% do que consumimos é jogado fora em menos de seis meses.   Boa parte disso não é reciclado – é descartado.   O planeta não aguenta mais.

         Somos ao todo hoje no mundo, 7,6 bilhões de pessoas.

         “Desde  1970, conseguimos matar 60% da vida selvagem no mundo destruindo seus habitats”.

         Tempos de pandemia do corona vírus.   Estudo do PNUD que é o Programa da ONU para o Desenvolvimento -  Em junho de 2020, entre outros dados do PNUD, 1,6 bilhão de trabalhadores informais perderam 60% do seu rendimento.

         A internet nos conecta e constatamos o exagerado consumismo.

         Essa desacelerada causada pelo covid-19 pode servir para refletirmos e possivelmente ajustarmos o ritmo e rota de vida.

         “Depois da noite escura, sempre vem o amanhecer”.

         Hoje em dia há muitos inconformados “infiltrados no sistema”, transformando-o literalmente...

         Listei pessoas, depois fiz contatos com elas e muitas eu não conhecia.  “Também não tentei, em nenhum momento, impor minha ideia aos entrevistados ou provar uma tese.    Queria ouvi-los e conhecer suas histórias de vida...

         O autor passou dois anos nos contatos e entrevistas.    Ele os chamou de Humanos de Negócios...   “são lideres que redesenham o futuro, criando uma nova narrativa de sucesso”.    São os lideres que precisamos para o futuro de um capitalismo com alma, consciente.

         Futuro menos predador; mais humano.

         Dia 1 de agosto é o Dia da Pachamama, a Mãe Terra.

         Ele cita o dia da Sobrecarga da Terra, controle feito pela Global Footprint Network que indica como estamos integrando e consumindo os recursos do planeta.

         No Japão já criaram um nome, o Karoshi, que em tradução literal significa “morte por excesso de trabalho”.

         Citou um Zen Budista, autor do livro Medo.   É o Mestre Zen Thich Nhat Hanh.

         Em maio de 2019 houve uma reunião de trinta (Re) Humans, abreviatura para Regenerative Humans   ... preocupados para além de manter o que já temos, buscar meios de reconstruir o que destruímos do planeta.

         Quem são esses Humanos?      ...”resgatar o verdadeiro espírito do trabalho:   Servir às pessoas, e não ao capital”.

         ... lideres que.... “escolheram, após muita angústia e dúvida, escutar a voz interna, desviar da manada e seguir o caminho que consideravam mais importante para si.   Às vezes, contra tudo e todos”.

         São líderes com intenso senso de justiça, resiliência, ética, idealismo, empatia e compaixão, com capacidade de inovação e comunicação.    HuNe Humanos de Negócios ou ReHu (Re)Humans.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

CAP. 03/35 - fichamento do livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re)humanizando o capitalismo - Autor: Rodrigo V. Cunha - Editora Voo - 2020

 capítulo 03/35                outubro de 2021

        

         Na história da humanidade, o primeiro ciclo de concentração de riqueza – capitalismo agrário.   Depois a Inglaterra com o Mercantilismo e em seguida a Revolução Industrial.

         O capitalismo melhorou as condições de vida dos povos.   “Porém onde há luz, há sombra também”.

         Página 25 – Já no ano de 1304, na capela Degli Scroveni em Pádua na Itália, Giotto pinta o afresco de Jesus expulsando os mercadores do templo.   Mercadores e cambistas.  “antro de ladrões” que irritou Jesus.

         Cita Adam Smith, 1776 no tempo da Revolução Industrial e o livro A Riqueza das Nações.    ...”não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles tem pelos seus próprios interesses”.

         Afirma o autor deste livro: “os capitalistas ganharão muito mais dinheiro tratando seus trabalhadores de forma legal e humana”.

         Século XVIII e a riqueza da Inglaterra na Revolução Industrial.   A cidade inglesa de Manchester era um foco de produção de riqueza.   Em 1854 Charles Dickens escreveu Tempos Difíceis, relatando o sacrifício do proletário inspirado na Manchester de então.

         26 – Ano de 1999 – Numa reunião da OMC Organização Mundial do Comércio, protestos desfizeram o arranjo do ambiente onde haveria a reunião e se notou que havia mais insatisfeitos do que os ricos de então.

         Mais recente, a Apple acusada de centralizar tudo e massacrar os pequenos na cadeia de fornecimento de componentes.

         Em 2015 episódios de suicídios na fábrica da Fox Conn na China, a principal fornecedora da Apple em componentes para iPhones.  Houve na fábrica 14 suicídios de trabalhadores na mesma fábrica por fadiga.   Ao ponto da empresa colocar redes nas laterais do prédio para evitar novos suicídios.

         27 – A humanidade nunca teve tantas possibilidades.   Sondas chegando a Marte.   Nos USA, a expectativa de vida está caindo.   Dados do CDC Centro de Controle e de Prevenção de Doenças mostra dados com base em 2018:         Em 2014 – media de vida do americano – 78,9 anos

         Ano de 2018 – média de vida do americano – 78,6 anos.    Esta queda não acontecia lá desde 1993.     As três maiores causas de mortes nos USA:  1ª por doenças do coração; 2ª por câncer; 3ª por injurias não intencionais (que dentre outras, engloba overdose de drogas)

         2017 – Mais de 63.000 morrem por ano por essas injurias não intencionais (drogas etc).    Número maior que o de soldados americanos que morreram na longa guerra do Vietnã.

         Foi elevado o número de mortes por covid-19 nos USA. 

         Na primeira década do século XXI tivemos o menor número de mortos em guerras desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

         O começo isolado do protesto da então pré adolescente sueca Greta Thunberg em agosto de 2018 quando ela tinha 16 anos.   Ela ia no horário que seria da aula, toda sexta feira, para a frente do Parlamento em Estocolmo para protestar contra os causadores das mudanças climáticas.

         Ela foi convidada em setembro de 2019 para um evento da ONU sobre Ação Climática, reunião esta com chefes de Estado dos principais países do mundo.    O evento sendo na ONU nos USA, ela por um gesto de coerência, resolveu não ir de avião (que seria mais poluente) e foi de barco a vela num percurso de quinze dias da Suécia até os USA.

         28 – O autor destaca duas falhas do capitalismo:

         1 – “Ele sistematicamente se inclina a ignorar o sofrimento dos trabalhadores, a menos que seja regularmente incitado a não faze-lo”.

         2 – A riqueza das empresas é muitas vezes construída para satisfazer coisas que não são necessidades essenciais dos seres humanos.    

         “Sofrimento de um lado, para atender desejos supérfluos do outro”.

         “Pessoas bem sucedidas são aquelas que tomam antidepressivos, que criam sua própria doença com excesso de trabalho e procuram maneiras caras de curá-la, como viajar para lugares remotos para se reconectar”.

         Na Idade Média era forte a presença da igreja na luta pelo poder.  Hoje as corporações oprimindo as pessoas.   “Muitos casos de corrupção, subornos, más práticas”.

         “Em 2004 o autor entrevistou os 25 mais bem sucedidos do Brasil.  Fez a seguinte pergunta:

         “- Do que você se arrepende?”.      “Uma grande parte deles lembrou, com voz grave, não ter visto seus filhos crescerem”.

 

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

CAP. 02/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor : Rodrigo V. Cunha - Brasil - Editora Voo - 2020 - 410 páginas

CAP. 02/35

         O autor, depois de trabalhar no Jornal Zero Hora de Porto Alegre e na revista Você S.A, foi para o Banco Real e deste, já em 2008 o Banco Real foi considerado pelo jornal inglês Financial Times o banco mais sustentável do mundo.

         Página 20 – Cita o personagem ganancioso (agiota) do livro O Mercador de Veneza (que eu li – de William Shakespeare).

         O Banco Real lá pelo ano 2000 resolveu resgatar a função de uma instituição financeira:   ajudar a desenvolver a sociedade.

         Já nesse tempo, cortaram o crédito a empresas ligadas à devastação das florestas da Amazonia.   O       pioneiro Barbosa do Banco Real ganhou da ONU um prêmio Campeões da Terra, este que é a maior honraria ambiental da ONU.    Fábio Barbosa usava sempre a frase:   “É preciso dar certo, fazendo as coisas certas, do jeito certo”.

         O autor trabalhou no Banco Real por oito anos e parte desses anos o Real passou a ser controlado pelo Banco Santander.

         Ele, o autor, se envolve com a conferência TED que é uma referência global no compartilhamento de boas ideias capazes de mudar o mundo.

         Participou do projeto TED x Ilha Grande e outros projetos.

         Em 2013 ele fundou a Profile PR, uma Agência de relações públicas que trabalha com marcas, projetos e pessoas com visão de sustentabilidade...

         ...”o cuidado com as relações e com o planeta enquanto se faz negócios.

         Em 2013 assume o Papa Francisco.   Edward Snowden expos segredos de abusos da espionagem dos USA.  No Brasil o cenário era de insatisfação com a classe política.

         22 – Cita texto indu antigo e uns princípios.   Um deles se refere aos meios de vida.    De quanto preciso para viver bem.

         Pesquisa mostra que os que já tem um bom ganho, se acrescentar um pouco mais, faz pouca diferença no nível de satisfação em relação aos que ganham menos e tem um ganho.

         Pesquisa da NEF New Economics Foundation concluiu que, para viver bem, as pessoas precisam estar:

         1 – conectadas a outras pessoas;

         2 – em constante atividade física

         3 – ter um bom nível de curiosidade

         4 – Continuar aprendendo sempre

         5 – Doar algo para as pessoas, mesmo que seja apenas uma hora de conversa.

         Notar que nos itens acima não se fala no ganhar dinheiro em si como essencial.

         Aí ele pergunta.   Se isso não é o essencial da vida, por que alimentamos um sistema que privilegia a busca incessante de .... produtividade, eficiência, meritocracia, agilidade e velocidade?

         Cita os estudos de Karl Marx há 150 anos.     O filósofo e economista prussiano.

         “No livro O Capital Marx previu a alienação e o isolamento humano provocados pelo trabalho moderno, os impactos ao apego ao lucro, as crises cíclicas a que estaríamos expostos...”

         24 - ...”meu objetivo não é fazer um libelo contra o capitalismo, mas sim trazer uma reflexão sobre onde depositamos nossa esperança e nosso futuro.”.

         ...”poucos se conhecem,   ... há pouca relação com os vizinhos”.

         Nossos ancestrais viviam em grupos formando suas tribos para proteção, atuação conjunta na caça etc.    Hoje podemos resolver tudo “comprando” tudo e não mais nos relacionamos.

         Na história da humanidade, o primeiro ciclo de concentração de riqueza – capitalismo agrário.   Depois a Inglaterra com o Mercantilismo e em seguida a Revolução Industrial.

         O capitalismo melhorou as condições de vida dos povos.   “Porém onde há luz, há sombra também”. 

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Capítulo 01/35 - Fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - HISTÓRIAS DE HOMENS E MULHERES QUE ESTÃO (RE)HUMANIZANDO O CAPITALISMO - Autor: Rodrigo V.Cunha - Editora Voo - 2020

 cap. 01/35                outubro de 2021

Na condição de leitor frequente, dou meus pitacos nas páginas que tratam de livros e leituras.    Nisso o tal aplicativo me identifica nesse nicho e manda propaganda de lançamentos de livros.   Dou uma olhada nos comentários de alguns livros.    Nessa, encontrei esse lançamento bem recente e o assunto me interessou porque gosto de Terceiro Setor com foco em Responsabilidade Sócio Ambiental.   O livro aborda casos de Mercado Justo que é uma frente inovadora e alentadora neste mundo conturbado.

         Introdução do livro por Fabio C. Barbosa.    O livro é da Editora Voo de Curitiba, edição de 2020 e contem 410 páginas.

         O autor do livro é gaúcho e gosta de surf nas horas de lazer.

         Vamos ao resumo da fala do Fábio C. Barbosa em sua introdução.

         Ele já atuou na direção de vários Bancos.    “A psicologia nos ensina que todo ser humano precisa de atenção e pertencimento”.   Ele fez MBA na Suiça.

         O mantra dele ao entrar a trabalhar no mundo empresarial:   “O jogo é duro, mas é na bola e não na canela”.

         Outros falavam de atalhos, mas ele optou pelo caminho.    “Acredito e repito sempre que é possível, sim, dar certo, fazendo as coisas certas do jeito certo”.

         “O comportamento não pode se desconectar das palavras”.   Cita o filósofo americano Ralph W. Emerson:   “Suas atitudes falam tão alto que não consigo ouvir o que você diz”.

         Diz que só a filantropia não resolve a desigualdade social.

         “Até hoje eu não gosto do conceito simplista de passar a caneta no cheque e a borracha na consciência”.

         Nos anos 90 eles já começaram a incorporar assuntos socioambientais na análise do crédito no banco em que trabalhava.

         Incluindo...   microcrédito produtivo para clientes de baixa renda.   Ele levou à FEBRABAN Federação Brasileira de Bancos conceitos para aprofundar as relações com agências de defesa do consumidor, sindicatos, imprensa.       ... “eu via que no Brasil, os bancos podiam fazer parte da solução, e não do problema”.

         Página 13 -  ...”são os valores que devem orientar e  inspirar nossas escolhas em termos de amizades, em termos de parcerias, em termos de carreira”.

         17 – Introdução pelo autor

         O que é uma empresa?   Para que existe?  

         O livro aborda inclusive algo da pandemia atual de covid-19.

         A África Subsaariana é a parte mais pobre daquele continente.    As transformações da condição humana no mundo recente.  Na atualidade, mesmo na África Subsaariana, a mortalidade infantil, que ainda é alta, é um terço do que era na cidade inglesa de Liverpool de 1870 no começo da Revolução Industrial.   Em 1900, 70% da população do mundo era analfabeta.   Atualmente essa taxa no âmbito global é de 23%,

         Por outro lado, acelerou absurdamente o ritmo de extinção de espécies nos tempos recentes.

         “Vivemos hoje em uma cultura narcisista, que desviou a sensação de paz interior para a paz exterior”.   A sociedade do consumo tornou-se também a do cansaço...”.   Citou uma frase que circula na internet:

         “A sociedade do consumo nos leva a comprar coisas de que não precisamos com o dinheiro que não temos para impressionar quem não gostamos”.

         Tempos de consumismo e os fabricantes transferindo fábricas para países de mão de obra barata e trabalho precário.

         Os ídolos do esporte e a fama.    O individualismo...    “fama que aumenta o individualismo em um mundo que precisa cada vez mais de coletividade e menos de ego”.

         20 – Capítulo – Humanos de Negócios

         Ele vê comumente no mercado os “bem sucedidos gestores”, brancos, visto como bem sucedidos nos negócios, mas sem preocupações com o  meio ambiente e cobrando “entrega” de funcionários cada vez mais na pressão.

         “Conheço bem a pressão por resultados nas corporações, mas nunca perdi o olhar para aquelas pessoas que estavam trabalhando com amor e paixão para melhorar o lugar onde estavam”.    Ele, da área de publicidade, chegou a trabalhar no Jornal Zero Hora do Rio Grande do Sul.   Trabalhou também na publicação Você S.A.  Ele é gaúcho.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

JUROS ABUSIVOS DOS BANCOS NO BRASIL - VAI UM CRÉDITO ROTATIVO AÍ, FREGUESIA? (setembro de 2021)

 VAI UM CRÉDITO ROTATIVO AÍ, FREGUESIA?

Nosso Brasil é surreal. HOJE eu vi na TV que subiu um bocadinho o juro que os bancos cobram dos clientes.
O juro mais "nervoso" é do chamado Crédito Rotativo (que deveria se chamar Crédito Triturador). Subiu para 336% ao ano.
Se nós colocarmos no mesmo banco uns trocos na Caderneta de Poupança não dará nem 8% ao ano, aí incluido juro anual e correção monetária do período com inflação por volta de 8% ao ano.
Na prática nosso dinheiro na poupança perde valor, mas o banqueiro racha o caneco nas nossas custas.
Quero supor que nem o traficante consegue um lucro nesses níveis. 336% a.a.



segue uma fonte que reforça as minhas palavras:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-03/juros-anuais-do-cartao-de-credito-chegam-ate-875

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

A CORRUPÇÃO PÚBLICA E PRIVADA NO BRASIL - FICAR DE OLHO E COBRAR PUNIÇÃO DE AMBAS SEMPRE - setembro de 2021

 A CORRUPÇÃO PÚBLICA E A PRIVADA

Todo tipo de corrupção é abominável e tem que ser combatida com o rigor da lei. Sabemos que ela ocorre tanto na iniciativa privada no âmbito dos negócios privados, como na iniciativa privada na relação com orgãos públicos. A imprensa de modo geral tem dado mais destaque para a propina (que é grave mas é a gorjeta para o privado saquear o Estado sem ser molestado).
Quem aceita a propina, que é um naquinho do que o privado roubou do Estado, tem que ser punido, mas igualmente tem que ser punido com rigor o agente privado que saqueia o Estado.
Ultimamente o foco tem sido na "gorjeta" e não se dá muita bola para o grosso da roubalheira que é feita pelos agentes privados.
Um exemplo recente do Paraná. No governo anterior, Beto Richa, houve denúncia de que empreiteiras pegaram algo em torno de 22 milhões para construção/reformas de escolas e a maior parte da grana "sumiu" por assim dizer. Teve propina a agentes do Estado e teve dinheiro grosso para quem cobrou pelas obras e não executou. Falo de 22 milhões. E nesse tempo o pessoal do Paraná estava super focado no âmbito federal, apontando o dedo para Brasilia (o que em si não é ruim), mas fazendo de conta que aqui no Paraná estava tudo céu de brigadeiro.
Agora um exemplo super recente. Uma empresa que tem estaleiro de construção naval que segundo notícia é a maior da América Latina em construção de iates de luxo foi objeto de buscas e apreensão pela PF Polícia Federal sob acusação de sonegação de 544 MILHÕES DE REAIS. Destes, 490 milhões à União e 54 milhões para o Estado de SP.
Então se pergunta: Como os agentes públicos deixaram a coisa chegar nessas cifras? Não poderiam ter agido antes? E quanto tempo vai demorar para tentar recuperar essa grana?
Para completar, notícia super recente de que o governo federal deixou de repassar verba para o IPEN Instituto de Pesquisa em Energia Nuclear, este que produz produtos radiativos para uso em combate ao câncer. Foi dito que acabou a verba (como nunca antes) para isso e há uma quantidade enorme de pessoas no meio de tratamentos, precisando dramaticamente dos produtos. O IPEN informou que 90 milhões ajudariam e eles produzirem para nossa demanda até o fim deste ano. Comparar isso com os 490 milhões que UMA SÓ EMPRESA deixa de arrecadar. Quando vemos estas notícias, é interessante que façamos a ligação entre elas e tenhamos a consciência de que isso está ocorrendo e cobremos com firmeza ação das autoridades. Seguem nos comentários abaixo, uma fonte que noticia o caso da sonegação do Estaleiro que fabrica iates de luxo e uma fonte da notícia dos Hospitais de Porto Alegre já alertando para o fim do medicamento fabricado pelo IPEN.

link que destaca o caso do Estaleiro de iates acusado de sonegação: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/09/22/policia-escala-predio-de-ceo-de-empresa-de-barcos-suspeita-de-sonegacao.htm

link que destaca o caso do hospital que está sem o produto radioativo produzido com exclusividade no Brasil pelo IPEN: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2021/09/hospitais-de-porto-alegre-comecam-a-registrar-falta-de-insumos-para-diagnostico-e-tratamento-do-cancer-cktx52zkl004m017lfw63e19b.html?fbclid=IwAR1MvU_ESv8wqgcYiaOmMVypMD8cYryGi7c6Hg-9P4jOYSYtjysgnH8T2_4




terça-feira, 14 de setembro de 2021

CAP. 05/05 (FINAL) - fichamento - livro - PELOS TRILHOS - PAISAGENS FERROVIÁRIAS DE CURITIBA - PR (BRASIL) - co autores: Dayana Z.Cordova et alli

 CAP. 05/05 – FINAL

         O trem de passageiros no ramal Curitiba a Rio Branco do Sul-PR rodou até 1991 e depois foi desativado, ficando só os trens de carga.

         Conforme já foi dito, ultimamente as cargas que circulam nesse trecho são predominantemente de cimento da grande fábrica que tem naquele município que é rico em calcário que vai na fabricação do cimento.

         Nos tempos atuais o trem que no passado era sinônimo de novidade e de progresso, é visto agora como estorvo, negativo por dificultar a mobilidade urbana por automóveis e outros meios de transporte de pessoas e cargas.

         As locomotivas dos trens da nossa região atualmente são movidas a diesel.

         Em 1918 os ferroviários fundaram o clube União Beneficente e Recreativo Morgenau em Curitiba.   Esse clube continua ativo na cidade.

         O ramal para Rio Branco do Sul aqui em Curitiba segue no rumo do Bairro Cabral e corta outros bairros mais antes de sair da cidade.

         Os autores citam a Vila Argelina, que era rural no começo do século XX e ficava no que hoje é o Bairro Boa Vista.    Eram colonos migrantes franceses de procedência da colônia da Argelia que pertenceu à França.

         O bairro Bacacheri (que tem um pequeno aeroporto) em 1921 teve instalado o 5º Batalhão de Engenharia de Combate, depois transformado em Regimento da Cavalaria Divisionaria e, no pós guerra (anos 40), passou a ser o 20º Batalhão de Infantaria Blindado.      Na imediação deste, na década de 30 foi criado o  Aeroclube do Paraná.    Em 1937 foi criado o Complexo militar do Bacacheri em Curitiba.

         Avenida Anita Garibaldi em Curitiba.   Nas imediações desta, tem o chamado Estribo Ahu, que era uma “alça” elevada para as pessoas embarcarem no trem.   Tinha também uma cobertura para abrigo dos passageiros e pelas fotos do livro, esse local continua preservado.

         Na região do Ahu, próxima do centro de Curitiba havia no passado fábricas de barricas (tipo toneis de madeira) para acondicionar a erva mate processada para exportação.   Havia até a Sociedade dos Barriqueiros do Ahu.    Desses tempos, ainda está ativo o comércio de secos e molhados chamado de 21 na Rua Flavio Dallegrave.

         No tempo de transporte com tração animal, vinham de Rio Branco do Sul-PR tropas de burros com seus cestos cheios de mercadorias para vender em Curitiba.   Mercadorias como fumo de corda, rapadura, feijão, galinha.   Vinham também boiadas para os matadouros daqui da capital.

         Já os chacareiros (geralmente migrantes europeus) do entorno de Curitiba traziam com suas carroças produtos mais perecíveis como verduras, leite, ovos, lenha.   Eram tempos de iluminação por lampião a querosene.

         Citando depoimento de um cidadão que viveu parte dessa época dos trens de passageiros entre Curitiba e Rio Branco do Sul, este relembra que para ir de Curitiba é descida e para voltar de RB do Sul é muita subida.  As máquinas do trem da época não conseguiam fazer o percurso de subida com os seis vagões usuais e então traziam três e depois retornavam para buscar os outros três.

         O do depoimento lembrou que ele mesmo, como muitos outros jovens de sua época, ia de trem passear e paquerar em Rio Branco do Sul e comumente driblavam o cobrador para não pagar a passagem.

         O Brasil já teve 35.000 km de ferrovias e hoje só tem 10.000 km.

         Há espalhados pelo Brasil muitos grupos que lutam pela memória das ferrovias e dos ferroviários.   Um exemplo é a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.

         Os autores fecham o livro com uma frase de um antigo ferroviário:  “Cada viagem, uma história”.

         Na bibliografia do livro consta dentre outros:    História do Brasil, de autoria de Boris Fausto, 10ª edição, EDUSP, ano 2002.    Também:  História do Paraná, pelo professor da UFPR – Ruy Christovam Wachowicz, editado pela Imprensa Oficial do Paraná – 2002.

         Fim da leitura e fichamento – 01-09-2021