CAP. 06/35
Ele abriu
uma pequena loja na Rua Oscar Freire em São Paulo. O foco dele era ouvir as clientes no que ele
chama de “escuta ativa”. “Grande parte
das nossas interações é de interações projetivas, a gente ouve
parcialmente. O silêncio interno é imperativo
para compreender a perspectiva do outro”.
A
experiência mais humana. O valor da
empatia.
Dados do
SEBRAE – quase 25% das empresas sucumbem em dois anos e quase 50% em quatro
anos.
Ele
disse que a Natura quase entrou nessa estatística. Ele chegou a vender o fusca da família para
injetar capital na empresa.
Apresentava os produtos que fabricava aos Salões de Beleza. Muitas clientes adquiriam o produto e se interessava em revender
também. Aí ele foi estruturando a rede
de distribuição. Essa rede se iniciou
em 1972/1973 – rede de venda direta.
“Venda Direta ou venda por Relações”.
Há uma consultora da Natura que está com 85 anos de idade e ainda atua
com a Natura e tem 42 anos como consultora da empresa.
No ano
de 1974 ele fechou a loja da Rua Oscar Freire em São Paulo e o foco era na
rede. Passou a ter sócios que ajudavam
na rede de distribuição. Bem mais
recente, comprou a Avon e expandiu a Rede Natura por mais de cem países. Tem inclusive loja em Paris.
Abriu o
capital da Natura e migrou da gestão familiar para gestão profissional. Ele é médium espírita.
Entrevista
com Luiz Seabra promovida pelo autor deste livro.
Formação
da pessoa – ele acha que a atenção e o carinho na infância são
primordiais. “A base emocional define o
destino”.
“Ele
percebia que a indústria da beleza vinha explorando o medo do passar no
tempo”. Uma visão dele: “Uma experiência filosófica que nós vamos
ter que viver como sociedade é uma transição da competição exacerbada entre
países, empresas, pessoas, para uma forma de cooperação na construção de
sociedades”.
Visão de
futuro: “Funções sociais mais centradas
no ser do que no ter”.
Lá
atrás, no tempo dos barbeadores, consultou o vidente Sana Khan. O vidente predisse que ele seria “um
trator... semeador...”
Segundo
Humano de Negócios – SAFIA MINNEY
Quem
paga o preço da roupa barata?
O mundo
está produzindo anualmente 140 bilhões de novas peças de vestuário. Isto para 7,6 bilhões de pessoas. Só a rede Zara lança até 24 coleções por
ano. É o que chama de fast
fashion. Roupas quase descartáveis.
Roupas
geralmente costuradas nos países pobres como Bangladesh, Paquistão e Sudeste
Asiático. Remuneração miserável aos
empregados; jornadas longas e contato com produtos químicos perigosos nos
tecidos.
Tudo sem
preocupação com o meio ambiente.
A cadeia
produtiva do vestuário/confecções é a segunda mais danosa ao meio ambiente em
termos mundiais, só perdendo para a do petróleo.
Safia
tem contato com a Rede Nelis que busca a Sustentabilidade.
...” e
usar a produção de roupas e tecidos para promover um sistema construído na
justiça social e ambiental”.
Safia
foi uma das primeiras no fair trade que é um movimento “um sistema que promove
a transparência, a responsabilidade e a parceria entre compradores e
fornecedores”. Tradução – Comércio
Justo.
A expressão surgiu nos anos 1990 como
“Comércio Alternativo”. “... é provar
ser possível um novo sistema econômico que coloca as pessoas e planeta com o
mesmo nível de importância que o lucro”.
Duas
entidades:
Fair
trade International e a World Fair Trade Organization lideraram esse
movimento. ...”conectadas com os
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU.
Safia é liderança no setor e foi em 2006 laureada com a Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth. Ela é filha de pai indiano-mauriciano com mãe suíça. Os avós de Safia eram empreendedores sociais. Ela na juventude. ...”eu nunca tinha pensado sobre relacionamento entre os produtos e as pessoas responsáveis por fazê-los”.