Cap. 08/13
Sagrado
e moral aristocrática
Aristocracia
na antiga Grécia. Os mais bem
preparados e talentosos tinham poder e aceitação acima dos demais. Para governar, a escala entre os poderes
com base na “superioridade natural dos seres” na visão deles.
Os
filósofos no alto, os guerreiros no meio e o baixo ventre dos artesãos.
Sagrado
e igualdade
Na moral
cristã, esta entra em confronto com a moral aristocrática grega. Na moral cristã entra o princípio da
igualdade. “Uma nova concepção de
humanidade”. Igualdade por filiação a
Deus. Todos filhos de Deus.
“Costumamos
entender por moral – influenciados pela moral cristã – a resistência que
oferecemos aos caprichos do próprio corpo.
Porque agora a natureza não é mais fundamento.” Por isso, toda concessão a estes caprichos é
condenada.
Santo
Agostinho – século IV dC
Felicidade
- “Se quer bens e os tem, é feliz; se,
por outro lado, quer coisas más, ainda que as tenha é infeliz”.
Talentos
pessoais que os gregos usavam como parâmetro para hierarquizar poder, se nota
que podem ser usados para fazer o bem ou para fazer o mal.
“Esses
talentos em si mesmos são o que são.
Não tem nenhum valor moral”.
Veremos o valor moral do trabalho.
Sagrado
e trabalho - Os deuses gregos no
Olimpo não trabalhavam.
Já o
Deus cristão, criou o mundo. Em seis
dias. Trabalhou.
Na
perspectiva da Grécia Antiga – aristotélica – só quem trabalha é o baixo clero,
a ralé.
Grecia
antiga – os superiores se exercitam e buscam a cultura. Era nobre ter talento.
Cristianismo
- nobre é o uso do talento – o
trabalho.
“No
momento que o foco da moral se desloca do talento para seu uso, o trabalho se
mostra transformador do mundo.”
Aqui a
preguiça se converte em motor de todos os vícios. “Assim o trabalho é recomendado, não por
imitação de Deus, que trabalha, mas por condição de moralidade e de dignidade
da vida. ...”a preguiça é um grande
mal”.
Max
Weber em sua obra Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. “Diz por gracejo a voz do povo: bem comer ou bem dormir, há que se escolher.”
No presente caso, o protestante prefere comer bem, enquanto o católico quer
dormir sossegado.
Sagrado
e salvação
O Deus
cristão cuida de nós e ouve nossos pedidos.
“Cuida de cada fio de cabelo da nossa cabeça inclusive”.
Os
estóicos relacionavam o amor ao apego.
E o apego à dependência afetiva da existência do outro. Que quando interrompida, nos deixava a ver
navios. Sofrendo.
Estoicismo
– a pessoa morreu, tudo acabou. “Como
discurso cristão, seus problemas acabaram”.
Apeguem-se sem medo. Porque a
morte não mais separa. Mas reúne. Para toda a eternidade. Qual o preço de tudo isso? - Ter fé.
Sem esta, nada feito. Você perde
tudo.
Capítulo
6 – Vida Potente – Potência e Essência
Somos
ilhas afetivas. O mundo não para de nos
afetar. “Nós não paramos de afetar o
mundo.”
Potência
e livre arbítrio. O conceito de livre
arbítrio está no âmbito das crenças judaico-cristãs. “A liberdade da vontade de escolha entre
várias opções”.
Potência
de agir - As potências positivas
-alegrias. As negativas – tristezas.
Potência
e resistência - “Podemos dizer que
somos orientados por um movimento natural de insistência na própria existência”. Por isso, existir é insistir.
O
pensador Espinosa chama de conatus -
“Todos os seres são dotados necessariamente dessa força interna de
autopreservação. Eis a sua essência.
Potência
de Pensar - “Porque a tristeza, essa
faz parte. E lutar contra ela, também”.
Continua
no capítulo 09/13