CAP. 06/08
Capítulo cinco do livro – Metodologia aplicada
Foi escolhida a abordagem qualitativa. “A opção metodológica foi a Etnopesquisa e o
Estudo das Narrativas de migrantes haitianos...”
... “A partir da compreensão de que a Etnopesquisa crítica
busca inserir o pesquisador em um campo que ele não faz parte”.
...”Para observar e compreender o cotidiano e as verdades do
outro, é necessário que o pesquisador deixe de lado suas verdades”.
5.2 – Etnopesquisa implicada e o Estudo de Narrativas
“A pesquisa em história oral exige procedimentos específicos,
por exemplo, devolver as entrevistas transcritas para os entrevistados para que
estes possam analisar, retirar ou acrescentar alguma informação”.
“A história contada é tão verdadeira quanto a escrita”. “Narrar e ouvir fazem parte de um processo
de aprendizagem”.
Segundo Josso (2004) “propõe o conceito ‘caminhar para si’
como uma forma de aprender sobre si mesmo e sobre o meio”. De acordo com a autora Josso, ao descrever uma viagem, narrar sobre o trajeto
percorrido, descrever a bagagem, as passagens e os lugares, o individuo
descreve também sobre si mesmo”.
...”viagem e viajante são apenas um”.
5.3 – Procedimentos metodológicos de coleta e análise de
dados
Tratando-se de pesquisa envolvendo pessoas, o projeto passa
antes pelo crivo do Comitê de Ética da Universidade, para depois se partir para
o trabalho de campo em si.
5.4 – Acesso ao campo.
O trabalho de campo desta pesquisa foi no decorrer dos anos 2018 e
2019. O pesquisador participou de
reunião pública para a criação da Ong
AERM Associação dos Estrangeiros Residentes na Região de Maringá-PR. Foi no ano de 2018
...”que vivem na pele a experiência de ser um refugiado e
imigrante dividido entre a gratidão do pouco que tem e a luta por conquistar o
muito que falta”.
Há refugiados da guerra da Síria inclusive em Maringá-PR e
região.
Missão Paz é uma das ongs que atuam no acolhimento de
migrantes e refugiados.
Giovani (co autor deste livro) tem um tio que é padre da
ordem dos Scalabrinianos. “e os
trabalhos dessa Congregação são voltados para imigrantes ao redor do
mundo”. A convite do tio, Giovani foi
a São Paulo conhecer as obras de atendimento da Casa do Migrante na capital,
sob gestão dos Scalabrinianos.
Como parte da interação com o trabalho da entidade, Giovani
passou a ajudar a atendente da secretaria da Casa do Migrante e assim interagiu
com os que lá chegavam em busca de atendimento, além de atender demandas de
informações pelo telefone.
Em São Paulo, capital, há o Museu da Imigração com bom
acervo.
O Departamento de Geografia da UEM Universidade Estadual de
Maringá tem trabalho nessa área da migração.
Tem projeto de extensão universitária na área.
A UEM também tem o ECI Escritório de Cooperação
Internacional.
Numa articulação do Giovani, três haitianos conseguiram se
matricular na UEM na categoria de vagas remanescentes nos respectivos cursos.
Outra ong, a ABUNA de Maringá acolhe migrantes e refugiados
e tem apoiado os que estão em situação de vulnerabilidade social.
Almoço de integração com migrantes e refugiados que contou
inclusive com estes tocando músicas com instrumentos típicos da Síria e
ofertaram doces sírios por eles confeccionados.
Continua no capítulo 07/08