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quinta-feira, 9 de junho de 2022

CAP. 05/20 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO - leitura em maio/junho de 2022

Cap. 05/20

 

         Ainda nos tempos de Paris, ela tendo encontrado o pintor Anselmo, o ex paquera, visitam juntos o  atelier de um conterrâneo dele que é bastante mulherengo.

         Ela percebeu que se o conto de fada que está vivendo ruir, tem os amigos dos tempos passados como consolo.

         Ela ao fim da aula de equitação se encontra com o rajá que aparece de surpresa, também a cavalo.   Vão ao hotel e ficam a sós.   Foi uma ocasião e fizeram sexo, que para ela era a primeira vez.

         Avançando no tempo, ela já na Índia, na estação de trem do final do percurso rumo ao reino do rajá.   Ao descer do trem, recebe tapetes vermelhos pelo pessoal do reino.   Recebe também uma guirlanda de nardo de flores brancas como boas vindas.   (o nardo seria a planta da qual a essência estaria na passagem bíblica em que uma mulher lava os pés de Jesus com os cabelos e a essência.

         Uma saudação típica do povo local:   Namastê!   No idioma hindi é uma saudação onde “eu me curvo diante de você”.  Uma reverência.

         As pessoas das boas vindas foram colocando guirlandas e mais guirlandas no pescoço de Anita.   Só depois aparece o rajá que estava oculto contemplando a cena da chegada e como seria.

         O autor esclarece que a Índia tornou-se puritana.... “e não é de bom tom mostrar os sentimentos em público”.    Coisa do começo do século XIX e influenciada pelos britânicos.     Cita as religiões.   A grande maioria segue o hinduismo, havendo várias outras como o siquismo, o islamismo e mesmo o cristianismo.    O siquismo do rajá tem ao redor de 2% dos indianos como seguidores.

         Sobre a época de influência britânica:   “ Agora, a moral imposta pelos colonizadores vê com maus olhos os assuntos de amor e sexo, principalmente entre homens e mulheres de raças e religiões diferentes”.

         Os oficiais ingleses não foram saudar a Anita pelas razões do credo e da raça dela.  Nos documentos dela que passaram pelo vice rei na Índia, conheceram a origem de Anita e o fato dela ser cristã.    Na Índia esse casamento (em 1907) é um escândalo perante as altas esferas do poder e da sociedade.

         “Desde que Kapurthala existe, é a primeira vez que um rajá se dispõe a fazer algo parecido”.    O casal entra num carro Rolls Royce do ano e partem para o palácio.   Marcar a data do casamento, só depois de consultar o Astrólogo oficial da corte.

         Moinhos com pedras, movidos por juntas de bois ou búfalos.   Moer trigo ou milho.

         Os moradores das aldeias coletam as fezes dos bovinos para secar e depois usam isso para acender o fogo na cozinha.

         ...” a cúpula branca da Gurdwara, o templo sique”.   Já o palácio é em estilo francês.   Isto nos domínios do rajá.

         O reino do rajá conta com 50.000 habitantes e área de 600 km2 e o povo é de maioria da religião sique.    Tem nesse reino a que vem ser a segunda escola em toda a Índia que tem aulas para meninas e em função disso, há atritos com os muçulmanos da região.

         No reino tem estação de caça.  Caças mais comuns são cervos, gamos e javalis.   Raramente, alguma pantera.

         A casa do rajá, com todo luxo, modelo italiano, cozinha europeia, tudo ocidental.   Água de beber, sempre vinda da França, na casa do rajá.

         No palácio, a dois, ela conta a ele que está grávida.  Foi uma alegria total.

         Anita recebe o seu sári (dois panos) que é para a vestimenta no casamento.  Ela ficou decepcionada.   O sári tem seis metros de comprimento por um metro e meio de largura.  Todo ricamente bordado.

         A aia, idosa experiente, lhe vestiu o sári e Anita gostou pela elegância e por disfarçar a barriga de cinco meses de gravidez.

         Casamento dia 28-01-1908.   Na Índia costumam casar principalmente no inverno.    Os astros....  “ventura de ter pelo menos três filhos”.

         “O rajá despedira-se dela até o dia do casamento, porque se acredita que traz má sorte o noivo visitar a noiva antes da celebração”.

         Outro costume comum na Índia – os homens lavadores de roupas, os Dhobi.

         Sobre os estrangeiros que lá vivem.   “Não se deve pedir a um criado que faça algo que se considere abaixo de sua casta ou que seja contrário à sua religião”.

         Preparada para a cerimônia do casamento – Uma centenária tenda de seda, ampla e cheia de tapetes, usadas sucessivamente pelos reis locais.

 

                            Segue no capítulo 06/20 

segunda-feira, 6 de junho de 2022

CAP. 04/20 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO - leitura em maio/junho de 2022

 CAP. 04/20

        

         Durante o domínio britânico, não se admitia que os chefes locais fossem tratados como reis, pois o rei era o Britânico.   Vários rajás se intitulam filhos do Sol.   ...”quase todos os rajás são excêntricos.”

         “O povo os adora, porque vê em seus príncipes a encarnação da divindade”.

         Cavalos, camelos, elefantes, muito comum como animais de serviço.

         O povo indiano é cheio de histórias de reinos, batalhas e tudo o mais.

         “Histórias nas quais a fronteira entre a realidade e o mito é tão difusa que se torna difícil saber onde acaba uma e começa o outro”.

         Cidade de Agra   (que conheci, onde tem o Taj Mahal).   Foi a antiga capital do Império Mongol na região.    O Taj Mahal evoca a grandeza do amor e a insignificância da vida.   Feito pelo Imperador Mongol Shah Jehan, obra iniciada em 1632, é um mausoléu para honrar a memória da mulher por quem o imperador se apaixonara.   Ela era bem jovem quando ele a conheceu no bazar do palácio.   O rei se apaixonou e casou com ela e deu-lhe o nome de Mumtaz Mahal, que significa  “A escolhida do palácio”.   Mumtaz, depois de 19 anos de casados, morreu num parto ao dar à luz seu décimo quarto filho e na época ela tinha 34 anos de idade.

         O Taj Mahal é uma forma abreviada do nome dela, Mumtaz Mahal.

         Os corpos dela e do imperador estão sepultados nesse mausoléu.

         O autor destaca:    O caso do Taj Mahal que mantem unidos o casal real não deixa de ser um paradoxo, já que eles viviam sob uma religião na qual era permitida que o homem tivesse várias esposas.

         O autor fala do Imperador Mongol cujo império se estendia inclusive à Índia quando o Taj Mahal foi edificado.

         “O imperador Shah Jehan encontrou um pobre consolo em sua grande paixão, a arquitetura.   Estava obcecado por construir, como se, tendo vislumbrado, com a morte de sua mulher, a fragilidade da vida, adivinhasse também   a fragilidade do seu império”.

         Para combate-la, dedicou-se a erguer monumentos capazes de sobreviver às tempestades da história”.

         Encheu de árvores o percurso de 600 km entre Agra e Delhi, ficando como se fosse uma imensa avenida.

         A região do Punjab é um dos solos mais férteis da Índia.  Fértil e bela, sendo considerada o celeiro do país.

         Anita quando em Paris provou o vestido feito para ela.   “Começou a achar-se bonita e gostou disso”.      ... não parecia mais uma dançarina de Café Concerto.    “parecia uma princesa”.    Ganhou do noivo uma bolsinha com moedas de ouro.

         Depois que ele saiu, a irmã perguntou o que Anita faria com o dinheiro. A resposta: - Vou comprar uma boneca.  Disse sem pensar duas vezes.

         Capítulo 10 – O rajá dedicado à namorada

         “Porém era uma situação difícil de racionalizar.   Apaixonara-se por uma espanhola, quando era fascinado por tudo o que fosse francês”.

         O rajá escrevia-lhe e mandava telegramas.

         Anita nos estudos e nos esportes e artes indicados pelo rajá.   Foco no idioma para se comunicarem.

         Paris...   ...”o costume francês de comer o cordeiro quase cru ou a lendária antipatia de alguns parisienses.

         Ir assistir um espetáculo teatral na Ópera de Paris e comprou um binóculo para melhor ver algum detalhe do espetáculo.

         Seis meses a família de Anita morando em Paris esperando o casamento dela.   Tem momento em que passam a ter alguma dúvida se ele continua interessado em Anita.

         Um dia Anita encontra seu ex paquera, o jovem pintor Anselmo, na rua em Paris.   Jantam juntos na casa dela e ele conta as novidades da Espanha.   Ele, Anselmo, diz para Anita que alugou em Montmartre (local em Paris) um quarto no sexto andar, sem elevador e que tem goteira.   E convidou-a para ir morar com ele.

 

                            Continua no capítulo 05/20

CAP. 03/20 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO - leitura em maio/junho de 2022

 Cap.03/20

         O rajá, em reservado, fala de um dote generoso à família de Anita.   E diz que tem quatro esposas e filhos grandes e isso é por tradição e não lhes deixa faltar nada.   E que moraria num castelo com Anita, os dois, no modo de um casal ocidental.

         “Expliquem tudo à Anita e se ela aceitar a situação, farei todo o possível para fazê-la feliz”.

         Um amigo da família de Anita, escritor, investigou a vida do rajá e recomendou o casamento.

         Voltando ao caso do casamento real da Espanha, que ocorreu num dia 31 de maio e por casualidade eu estava lendo essa passagem num dia 31-05.

         Em Madri, a comitiva do casamento passando perto da Porta do Sol e do Hotel Paris.     Alguém jogou de uma sacada, um buquê de flores com uma bomba escondida para acertar a carruagem dos noivos.    A bomba enroscou num fio da rede elétrica e caiu no meio da comitiva, mas não na carruagem do rei.     Resultou em vinte e três mortos e muitos feridos.

         O catalão Mateo Morral foi o autor do atentado.   Se suicidou depois do atentado.   Era filho de um industrial do setor têxtil e era anarquista.    O atentado acabou com as cerimônias festivas do casamento real.   No outro dia o rajá foi embora, já que veio para esse evento com nobre convidado.

         Na Índia, já Anita no hotel.   Seis da manhã, o chá da manhã, no costume britânico divulgado na colônia.   Depois, mais tarde, o café da manhã completo do hotel.   Ela aprendeu a tomar chá com um pouquinho de leite e um torrãozinho de açúcar.

         Ela aos 17 de idade e o rajá com 35.   Ela mal sabia ler e escrever.   O dote foi de cem mil francos, o que era uma fortuna em 1907.

         O grupo de intelectuais que frequentava o Café no qual Anita dançava conspirava para ela aceitar o dote e o casamento.  Só o apaixonado pintor Anselmo, ficava distante disso, pois amava Anita.

         O casamento para a mãe de Anita:  “Era melhor partido que o pintorzinho que vira e mexe rondava sua filha como uma mosca”.

         Dom Angel, pai dela, foi ficando cercado em sua posição relutante ao casamento.

         A mãe tentou, analfabeta funcional que era, mesmo mal sabendo escrever, rabiscar uma carta ao rajá.   Os intelectuais viram a carta e de tão mal escrita, eles às escondidas fizeram a versão deles e “assinaram” com o nome de Anita.   Postaram a carta ao rajá.        

         Capítulo 8    - Cidade de Bombaim, Índia, novembro de 1907

         Anita na Estação ferroviária local.   Um prédio monumental.   Na estação, gente para todo lado e os prestadores de serviço, inclusive os limpadores de orelhas das pessoas.

         Há vagões para vários tipos de passageiros.  Os de menor classe, levam gente até com galinhas ou cabritos no colo.    E pode haver homens viajando sobre o teto do trem por não pagar passagem.

         Na chegada à estação na qual desembarca, o cumprimento dos criados à futura rainha.   Os criados se prostram, colocam uma mão no pé da Anita e depois colocam a mão na própria testa.

         Sol.   Os indianos chamam-no de Surya e o veneram como a um deus.  A viagem de trem durou dois dias.

         O emissário do rajá tinha antes transferido a família de Anita para morar em Paris.

         No trem já mais ao norte da Índia.   Plantações de mostarda com flores amarelas.   Agricultores com seus búfalos puxando instrumentos agrícolas.

         Paris – perto das joalherias como a Chaumet ou Cartier.    No hotel em Paris, ele chega e fala com Anita em espanhol fluente.  Fala uma frase que decorou especificamente para a ocasião.   Era um poliglota, mas não dominava o idioma espanhol.

         Providenciou cabeleireira e costureira para Anita.   Queria que ela aprendesse francês, inglês, equitação, tênis, piano, desenho e bilhar.    Isso na França, antes de embarcar para a Índia.

         A família de Anita, frente ao garçom e ao rajá, bebeu a água morna que era para lavarem as mãos antes da refeição...

         O rajá resolveu separar Anita e sua governanta para que a noiva tomasse aulas também de etiqueta e aprender mais rápido o francês.

         Capítulo 9

         Em 1907 a Índia ainda era colônia britânica, mas tinha parte do seu território sob domínio britânico e uma área de um terço do país era comandado por 562 estados independentes.   Já a parte sob domínio britânico se compunha de 14 províncias.   Na parte independente, os rajás administravam seus estados mas sempre tutelados pelos ingleses.

         Rajá, palavra proveniente do idioma Sânscrito e tem dois significados ao mesmo tempo.   É o que governa e o que tem que agradar.

         Em sânscrito, Maha, significa grande.  Assim, um Maharaja é literalmente um grande rajá.

                  

                   Continua no capítulo 04/20

domingo, 5 de junho de 2022

CAP. 02/20 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO - leitura em maio/junho de 2022

 CAP. 02/20

 

         Anita é recebida por Inder Singh, emissário do rajá.

         Ela residia em Madri quando foi pedida em casamento pelo rajá.

         Inder, o mesmo que um dia foi até a casa de Anita entregar uma carta de amor do rajá, o que mudou a vida dela.

         Em Bombaim, estão a uns dois mil quilômetros do reino do rajá.  Uma viagem de trem e depois mais duas horas de carro até o palácio do rajá.

         O Hotel Taj Mahal em Bombaim é em estilo vitoriano, projetado por um arquiteto francês.    Em 1904 o hotel com “elevadores elétricos”, orquestra permanente.   No hotel, lojas com sedas e outros itens de luxo.  O único de alto padrão de Bombaim que abre a todos os públicos.  Os outros de luxo só abrem para os brancos.

         Capítulo 3 -   Vacas andando pela cidade.   Como se sabe, são animais sagrados para o povo da Índia.    E os rickshaws, aquelas bicicletas com banco para dois passageiros atrás.     Andando pela cidade, um muçulmano fala sobre as vacas:   “Nós as comeríamos de boa vontade, mas para os hindus, a vida de uma vaca vale mais que a de um homem”.

         Bondes de dois andares – herança britânica – em Bombaim em 1904.

         Em 1904 o indiano natural de Bombaim, Rudyard Kipling ganhou o Prêmio Nobel de literatura.

         A Índia foi destaque também na produção de seda e tecidos de seda e de outros materiais.

         A cidade de Bombaim que Anita vê:  “Muito rica e muito pobre”.

         Sobre as Torres do Silêncio  num lugar alto de Bombaim.   Lugar de orações “onde os parses celebram seus ritos funerários”.    Seguidores de Zaratustra ( o zoroastrismo) um sacerdote do leste da antiga Persia... uma das religiões mais antigas da humanidade.

         No passado remoto, os parses, reprimidos na Pérsia pelos muçulmanos, migraram para a Índia.    Os parses não enterram nem cremam seus mortos.  Colocam os mortos de forma ritual sobre os mármores das Torres do Silêncio e em instantes, abutres e corvos os devoram.   Assim, na crença deles, a pessoa retoma nova vida daí em diante.

         Há pessoas exclusivas para o rito de recolher os ossos dos defuntos e lança-los ao mar.

         Anita teve um desmaio no restaurante do hotel em Bombaim.   Examinada pelo médico, o diagnóstico:   ela estava grávida.    Foi do caso que teve com o rajá em Paris.      E isso explica o enjoo que teve a viagem toda, mesmo em tempos de mar calmo.

         Ela imagina o quanto o pai iria ficar decepcionado se soubesse da aventura da filha antes do casamento.   Ele obcecado pela honra da família.

         Ela lembra do veredito do pai:   “Se não tem casamento, não tem Anita”.

         O pai de Anita sempre foi muito pobre.    Houve na Andaluzia anos de problemas de clima e de pragas nas lavouras e agravou a pobreza do povo.

         O rei foi lá em solidariedade mas ficou por isso mesmo.   A família Delgado, de Anita, tinha um Café na cidade e foram ficando sem clientes e decidiram vender o estabelecimento e migrar para Madri.

         Em Madri, o pai procurando emprego.  Anita conseguiu aulas de dança de graça.    “Ensaiavam diariamente sapateado e castanholas e o faziam escondidas do seu pai...”

         Um Café Concerto estava contratando bailarinas como figurantes e foram recrutar na escola onde Anita e a irmã Vitória eram alunas.    Foram convidadas a atuar por contrato, mas o pai delas ficou muito furioso.   A mãe ponderou que o dinheiro deles estava no fim e o emprego das filhas era uma necessidade.   Assim foi e estas passam a sustentar a família em Madri.

         No caso da gravidez, a mãe aceitaria.   Faria um drama, mas aceitaria.  “Era uma mulher prática e resignada, cansada de lutar contra a miséria”.

         Capítulo 5 -     Anita está há cinco meses do parto (já na Índia), longe da mãe e da irmã.    Tem medo de ser rejeitada pelo rajá.

         “A única coisa que tem certeza de verdade é do amor incondicional de seu pai, porém ela o traiu.   Por isso não consegue dormir”.

         Casamento  do rei da Espanha com uma nobre inglesa.  Ele, Alfonso XIII.   Entre os convidados ilustres, desfilava sua alteza o rajá Jagatjit Singh do reino de Kapurthala.

         À noite no Café, Anita e a irmã iriam se apresentar no palco entre os espetáculos da casa.      ... saia curta, armada, cor de fogo...

         Anita, a irmã e a mãe num almoço num hotel chique a convite do rajá que assistiu a dança dela.  Ele fala seis idiomas.  Tinha viajado pelo mundo afora e era 18 anos mais que os 17 de Anita.

        

                            Continua no capítulo 03/20

sexta-feira, 3 de junho de 2022

CAP. 01/20 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO - leitura em maio/junho de 2022

 

PAIXÃO ÍNDIA            02-06-2022

 

CAP. 01/20

 

Este livro foi escrito por um antropólogo e escritor que se baseou em episódios históricos para elaborar um romance no qual uma jovem espanhola se casa com um rajá da Índia.   Ano 1908, perto do final da presença do império britânico sobre a Índia.

         Noiva espanhola Anita Delgado, de 17 anos, bailarina.     Conhece o rajá que se apaixonou por ela e a encheu de joias e demais presentes.  Ele é o marajá do reinado de Kapunthala, um dos tantos pequenos reinos existentes na Índia.   Marajá vem de grande rajá.

         Segundo costumes da região do marajá, ele já tem três esposas e Anita passaria a ser mais uma esposa.   Trata ela de forma especial mas isso a afasta mais do convívio com as outras esposas dele.

         Primeira parte -    A vida é um conto de Fadas.

         1907 -   Navio de passageiros saído de Marselha, na França, com escalas antes de chegar na Índia e depois da Índia seguirá até Saigon no Vietnã.

         Até a Índia, são quatro semanas  de viagem.   O piso do navio em certo ambiente é de madeira de teca (madeira leve e duradoura), muito comum em embarcações.     (a planta chegou a ser cultivada no Noroeste do Paraná).

         Anita viaja com sua dama de companhia, a quarentona Madame Dijon e Lola, a criada, uma malaguenha.

         Anita viaja no compartimento nobre do navio sob custeio do rajá, seu noivo.   Na terceira classe do navio, muitos peregrinos muçulmanos regressando da visita a Meca, a cidade sagrada deles.

         Anita tem bastante enjoo na viagem.   Para ela, os enjoos duraram a viagem toda.

         Todos no navio sempre de olho em Anita, uma jovem atraente.   Ela fala um francês com sotaque andaluz, que é a sua origem.    Na véspera da chegada a Bombaim  (atual Mumbai) elas são convidadas para jantar com o capitão do navio, com direito a música ao vivo.   Todos curiosos sobre o destino da viagem dela.

         Ela diz que vai visitar amigos em Delhi, capital da Índia.   Era uma mentirinha.

         Ela desembarca em Bombaim (hoje Mumbai, cidade da Índia que conheci em viagem de dez dias há três anos).

         Anita gosta de contar a verdade, mas o rajá a orientou a guardar segredo sobre a viagem.   E mesmo se pudesse, como dizer a verdade?   Que iria se casar com um rei?   Um rajá.

         Casou no civil no bairro Saint Germain em Paris com o rajá.   Um casamento sem convidados.  Só mesmo o rito formal de um casamento no civil para cumprir requisitos dos pais da noiva, preocupados com a reputação.

         Os pais de Anita no começo do namoro não aceitavam o casamento, mas a mãe dela foi aceitando pelo tanto de presentes que a noiva ia ganhando.

         Mãe de Anita, dona Candelária Briones.    Os pais preocupados.   E a honra?    Os amigos que ajudaram a aproximar os dois, indicaram como positivo o casamento.

         Faz eles se casarem de papel assinado em cartório, recomendaram.  Assim a honra fica em dia.    O pai de Anita, Angel.

         Nessa de casamento, os pais de Anita não precisariam nunca mais se preocuparem com dinheiro, que sempre foi uma carência na família.

         Rezas para a padroeira de Málaga, a Virgem da Vitória.

         Capítulo 2  -    Quando os portugueses chegaram ao que hoje se chama Mumbai, colocaram o nome de Bombaim por considerarem Bom Bahia.   Naqueles tempos das grandes navegações, por volta de 1.500, os portugueses dominaram Goa que fica naquela região.   Foi uma ação de terror e destruição pela violência dos portugueses de então.

         Incluiu em Goa a destruição de templos hindus e muçulmanos.   Quando os portugueses aportaram no passado, Bombaim era um lodaçal e insalubre.

         Do porto se avistava o Hotel Taj Mahal com suas cinco cúpulas.

         Na cidade e região, muitos corvos voando em todo lugar.   Eles são aproximadamente do tamanho de uma pomba doméstica, pretos e tem um grasnado rouco.   Não tem nada a ver com o urubu.

         Na época da chegada de Anita, 1907, ainda a Índia era colônia do império britânico e poucos anos depois, conquistou a independência.

         Naquela época, no desembarque dos navios, usavam inclusive elefantes para transporte de cargas.

         Viajantes mais ilustres que lá chegam, recebem uma guirlanda de flores de cravo-da-Índia de cor amarela.    (ainda hoje em dia isso se repete).

         Anita é recebida por Inder Singh, emissário do rajá.

         Ela residia em Madri quando foi pedida em casamento pelo rajá.

 

                   Continua no capítulo 02/20

domingo, 29 de maio de 2022

CAP. 08/08 - fichamento do livro: (SOBRE)VIVÊNCIAS MIGRATÓRIAS: Narrativas Haitianas sobre Acolhida, Educação e Inclusão. Autores - Giovani Giroto e Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula

 CAP. 08/08

         No Haiti se uma adolescente está estudando e fica grávida, tem que deixar a escola e perde o ano letivo.   Aqui no Brasil há forma prevista em lei para a adolescente continuar o ano letivo antes do parto e por certo tempo após o parto.    A busca é de preservar o ano letivo sem perda para a aluna.

         Os haitianos disseram que no caso de matrícula em escolas, geralmente há burocracia na documentação e prazos curtos para cumprir e apresentar documentos.   Eles que geralmente tem longas jornadas de trabalho, tem dificuldade de cumprir com a documentação exigida nos prazos determinados.   É uma barreira para acesso ao estudo deles.

         Não raro empresas que empregam migrantes cobram muito desempenho deles e negligenciam direitos do trabalhador migrante.   Ainda por cima, certas empresas fazem marketing por estarem empregando migrantes.

         Jornadas de trabalho e de estudo deixam pouco tempo para lazer e cultura.   Os migrantes pouco saem de casa para estas atividades que ajudam na socialização.   Ficam menos visíveis na comunidade.   Nos poucos tempos que tem para si, usualmente se encontram com seus conterrâneos para interação e lazer.

         O autor defende que a Educação Social iria ajudar a mudar essa lógica e integrar mais os migrantes à comunidade.   Os migrantes notam que quando são procurados é sempre no sentido assistencialista, para tentar ajuda-los em algo, mas eles poderiam ser vistos também como seres que tem talentos e habilidades que podem contribuir para apoiar também outras pessoas da comunidade.   Mesmo na possibilidade de transmitirem um pouco de sua cultura ao povo local.

         Mais uma vez o pesquisador destaca que o Educador Social teria um papel relevante nessa integração na qual o migrante pudesse ter acesso à cidadania.

                   Conclusões

         “O fim das coisas é não ter fim”  (Giovani Giroto)

         “A compreensão desta obra exigiu que, primeiro se fizesse claro o contexto histórico do Haiti, a condição de vida das pessoas que lá vivem, os motivos para migrar e as políticas de acolhida que fazem do Brasil um país procurado pelos haitianos”.

         O Brasil deu respaldo legal aos migrantes do Haiti mas não implementou políticas públicas que de fato acolhessem esses migrantes, o que ficou mais por conta de Ongs e o sistema de ensino público.

         Entre as Ongs, destaque para Igrejas e o voluntariado a elas associados.

         “O Brasil é avaliado por ser receptivo, porém não dá suporte para todos que estão migrando para o país”.

                   Fim.                                        27-maio-2022

                   orlando_lisboa@terra.com.br

sábado, 28 de maio de 2022

CAP. 07/08 - fichamento do livro: (SOBRE)VIVÊNCIAS MIGRATÓRIAS: Narrativas Haitianas sobre Acolhida, Educação e Inclusão. Autores - Giovani Giroto e Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula

 CAP. 07/08

 

         Migrantes haitianos pesquisados e suas trajetórias.    Citados com nomes fictícios para preservar a privacidade deles.   Foram colocados nome africanos.

         Uma delas:   Niara – nasceu na capital do Haiti, Porto Príncipe.    Ela fazia faculdade lá e trabalhava.    Um tio que migrou para Maringá-PR e que tem um pequeno comércio na cidade  convidou ela para migrar e ela veio.   Chegando ao Brasil, descobriu que veio grávida.   Agora com uma criança e tendo que trabalhar, dificulta para tentar retomar os estudos.

         Outra:   Ashia (Esperança) -  Ela morava no interior do país e ainda não trabalhava mas estudava.   Veio porque o namorado tinha migrado para esta região em estudo.    Terminou o ensino médio no Brasil e está cursando a UEM, curso de Letras.   Reside em Maringá com o marido e a filha.

         Outra:  Makini  (Calma) – Iniciou no seu país o curso de enfermagem e pretende dar sequência no curso no Brasil.

         Outro: Bomani (guerreiro) – Atualmente cursa engenharia de produção com ênfase na Construção Civil na UEM.

         Outro: Ayo (felicidade) – Trabalhando na construção civil ou fazendo bico no mercado informal.

         Capítulo 6 – Análises

         Quatro dos cinco casos em estudo se referem a pessoas que não estavam em vulnerabilidade social no Haiti e migraram esperando encontrar no Brasil mais chances de realizarem seus planos.

         Encontraram aqui uma realidade desfavorável ao seus planos, de certa forma.

         6.1 – Da expectativa à nova realidade.       ...estudo aponta:    “que a maior parte dos haitianos que migram para o Brasil buscam trabalho.   Em segundo lugar, esperam melhorar de vida e, em terceiro lugar, ajudar a família por meio da migração.”

         Os desafios enfrentados no processo migratório:    A maioria dos haitianos que migraram para o Brasil nunca tinham ouvido um diálogo em português.   Não conhecer o idioma impede o entendimento dos direitos do migrante.   Para acesso aos direitos, tem que entender o idioma.

         6.3 – Acolhida e inclusão de haitianos e haitianas em Maringá-PR

         Os haitianos pesquisados de Maringá, ao chegarem à cidade já tinham um “elo” na cidade ou região, representado por algum parente ou namorado da mesma origem.

         6.4 – Perspectivas sobre educação no Haiti e no Brasil

         Na fala do pesquisador Arroyo (2009)    -  “falar com os alunos não de cima para baixo, impositivamente, como se fosse dono da verdade a ser transmitida...”

         ...”A relação professor-aluno precisa ser colaborativa, respeitosa...”

        

         Continua no capítulo final 08/08