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terça-feira, 23 de agosto de 2022

CAP. 08/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

 CAP. 8

 

         Algumas consequências do aquecimento global em exemplos:

         No sul da Suiça entre 1900 e 2000 foi reduzindo o número de dias de geadas e com isso foi criando condição para proliferação de ervas invasoras exóticas, ou seja, que não eram daquele ambiente.  Estas invasoras passaram a competir com a flora natural do local e afetar o ecossistema.

         No estado de Montana, USA, no passado rotineiramente os invernos eram mais frios e os besouros que atacam os pinheiros estavam em equilíbrio na natureza.   O aquecimento global aumentou as gerações dos besouros e estes em maior população atacam os pinheiros causando severos danos e isso por conta do efeito estufa.

         No Alasca uma área de 56.000 km2 de bosques nativos de abetos (aquele tipo de conífera típica das regiões geladas do Norte) tem sido atacado de forma crescente por besouros da casca do abeto.  Também consequência do aquecimento global.  

         Em Plena Natureza

         Perder algo é uma coisa; esquecer aquilo que você perdeu é outra muito diferente.    Na juventude Al Gore e esposa cruzaram o país, ida e volta, com um carro, barraca e mochilas.

         No tempo de ter as crianças pequenas, chegaram a descer por treze dias o Rio Colorado de barco, num percurso de 360 km.  Isto em 1994

         “Não se trata de nós e a natureza.   A natureza está dentro de nós e nós fazemos parte dela.”

         Sobre a vida agitada atual

         “Essa vida é projetada para monopolizar nossa atenção, para nos vender coisas,  para nos empurrar de um lado para outro, para nos concentrar em assuntos que parecem ser vitais, quando não são”.

         “A natureza, em contraste, move-se devagar, não exige nada...”

         ................

         “No entanto, tudo que fazemos para a natureza, fazemos para nós mesmos.   A magnitude da destruição ambiental está hoje em uma escala que poucos previram.   As feridas não cicatrizam mais sozinhas.   Precisamos agir de maneira afirmativa para deter a destruição”.

         Em 2005 ocorreu o ano mais quente já registrado.   Em 1998 foi o mais quente até então, depois superado pelo ano 2005.

         Estimam os cientistas que os recifes de corais que são a “floresta” do mar, só em 1998 teria perdido 16% de sua totalidade por conta do aquecimento global.   O branqueamento e morte em larga escala dos corais tem como causa principal o aquecimento global.

         A emissão de GEE gases do efeito estufa (CO2 e outros) na atmosfera afeta fortemente os oceanos por dois caminhos.   Por um lado, aquece os oceanos e por outro lado, 1/3 dos GEE são capturados pelos oceanos, tornando-os mais ácidos, afetando o ecossistema.

         Três mapas comparativos mostrando ao longo do Oceano Atlântico a perda de qualidade das águas por aquecimento e acidificação, tornando-as menos favoráveis aos corais.   No ritmo atual  (base 2006), até 2050 não haverá mais no Atlântico, área favorável aos corais.   Toda fauna também será afetada.

         Mares com proliferação de algas por desequilíbrio ecológico decorrente de poluição.   Desencadeia invasão de algas, ao ponto de praias serem interditadas por perderem a condição de balneabilidade.

         Quando o planeta está em equilíbrio, os vetores de pragas e doenças transmissíveis aos seres humanos ficam numa situação estável.   Desequilibramos o planeta e aumentam os riscos de pragas e doenças.

         (Base 2005)  “Surgiram cerca de trinta novas doenças nos últimos vinte e cinco a trinta anos.  Além disso, outras doenças antigas que estavam sob controle, hoje voltam a atacar”.

         O livro de 2005 cita com nome e foto de agentes de doenças, dentre estas, um tipo de Coronavirus.    Que agora nos coloca numa pandemia.

         Antártida, a maior massa de gelo sobre a terra é tecnicamente um deserto, pois quase não chove lá.   Chove por ano a média de 25 mm.   Para ter uma base, em Curitiba chove por ano a média de 1.200 mm.

                           

         Continua no capítulo 9

domingo, 21 de agosto de 2022

CAP 07/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

CAP. 07

 

         O Sibéria que é parte da Rússia tem 1 milhão de km2 de solo permafrost (congelado) que está se degenerando pelo efeito estufa.   O descongelamento da região pode emitir CO2 na atmosfera equivalente a dez vezes todas as emissões do planeta.   Aumentaria de forma catastrófica o aquecimento global.  (Emitiria 70 bilhões de toneladas de CO2)

         O maior especialista no tema é o cientista russo Sergei Kirpotin da Universidade Estadual de Tomsk.

         Gráfico mostrando a condição das estradas em região do Alasca.  Antes, o solo estava congelado mais tempo durante o ano e os caminhões não encalhavam.    Esse tempo foi encurtando pelo aquecimento global.   Gelo derrete, vira lama e caminhões atolam.

         Em 1970, era boa a trafegabilidade por 200 dias por ano, em média.

         Em 1985, caiu esse parâmetro para 160 dias por ano.   Em 2000 caiu para apenas 110 dias.      O oleoduto do Alasca está em risco por perda de sustentação no solo que vem descongelando com o aquecimento.

         Algumas alternativas energéticas.     No Canadá desenvolveram etanol a partir de celulose de resíduos vegetais que são abundantes e baratos.  Tem bom potencial de uso e baixo custo.

         Do Polo Norte ao Polo Sul.

         “Podemos ler estudos de campo, conversar com cientistas, mas nada como ver as coisas com nossos olhos”.    Al Gore rodou o mundo para conhecer os detalhes dos problemas causados pelas mudanças climáticas.  Esteve inclusive na Amazônia.

         Cita inclusive o deserto mais baixo do mundo, o Vale da Morte no estado americano da California.

         Ele visitou as duas regiões polares.   O Polo Sul, a Antártida tem altitudes de até 3.000 metros acima do nível do mar.   A altitude média da Antártida é maior que a média das altitudes de todos os continentes.

         Al Gore enfrentou com roupas especiais, frio de até 50 graus Celsius negativos.  Para chegar ao marco zero do polo Norte, viajou a parte final em sete horas de submarino nuclear da Marinha dos USA.   O polo norte é em grande maioria gelo sobre oceano, diferente da Antártida que tem muito gelo sobre solo e rochas.

         Conseguiu chegar de submarino ao marco zero do Polo Norte.    Na chegada, o submarino emerge quebrando uma camada de gelo de menos de um metro.    O limite técnico para emergir quebrando a camada de gelo por esse tipo de submarino é 90 cm.

         O autor fez duas viagens à Amazônia.   Na viagem de 2006, constatou que esta sofreu a seca mais grave de toda a sua história registrada.

         (Nós vimos as reportagens nas nossas TVs na época)

         Ele diz que o efeito estufa está afetando em diferentes graus todo o planeta e    .... “viajei tão longe para compreender que a solução da crise deve começar por aqui, no meu país”.  (página 141).

         Gráfico da extensão da camada de gelo no Ártico de 1900 ao ano 2005.

         De 1900 a 1975 se mantinha estável a camada de gelo abrangendo ao redor de 13,5 milhões de km2   (quase o dobro da área do Brasil como território).

         A partir de 1975, essa área se reduziu continuamente chegando a 11,5 a 12 milhões de km2 em 2005.   O Ártico derrete mais com o efeito estufa porque a camada de gelo não é espessa e fica sobre o Oceano.   O gelo reflete mais luz e calor.    Já o solo que vai ficando descoberto passa a aquecer ainda mais.

         Ursos polares tem morrido por ficarem flutuando em blocos grandes de gelo que se desprendem e se afastam da margem.   Não conseguem nadar distancias tão grandes.

         Nos oceanos há correntes quentes mais superficiais e correntes frias mais profundas.   Essas correntes no Atlântico Norte aquecem mais a Europa Ocidental.   Por isso Paris e Londres que ficam mais ao norte do que NY, por conta dessas correntes quentes, são mais quentes que NY que é influenciada pelas correntes marítimas frias.   Notar que NY fica bem mais abaixo daquela região da Europa e teoricamente, não fossem as diferentes correntes, tenderia a ser mais quente.

         Um estudo com certo tipo de aves migratórias que historicamente chega à Holanda num mesmo período do ano tinha e tem até um dia X no qual ocorre o pico da chegada delas.    Havia uma sincronização de grande eclosão de determinadas lagartas que nasciam na época do nascimento dos filhotes dessas aves na Holanda.    A mudança climática defasou esse sincronismo e os filhotes passam a ter carência de alimentos nos tempos recentes.     Alteramos o clima e afetamos o equilíbrio dos ecossistemas.

        

 

         Continua no capítulo 8 

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

cap. 06/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

CAP. 06

         

         “Nos acirrados debates acerca da ajuda humanitária para a fome, por vezes se insinua que os próprios africanos provocam tudo isso por conta da corrupção ou da má administração.   No entanto, quanto mais compreendemos a mudança climática, mais fica  aparente que nós, os americanos, talvez sejamos os verdadeiros culpados”.    (os USA com 5% da população do mundo polui a atmosfera em 25% do total da poluição desta)

         Mais adiante, Al Gore cita:   ¼ do total de gases do efeito estufa emitido na atmosfera mundial é feito pelos americanos.   A África gera 5% dos gases do efeito estufa.     Sendo que os USA emitem 25%, todo o continente africano emite cinco vezes menos que os USA.

         Al Gore cita literalmente:   “Nós contribuímos para fabricar o sofrimento na África; temos a obrigação moral de tentar remediá-lo”.

         O efeito estufa suga ainda mais a umidade do solo.  Isto traz prejuízos às florestas, à fauna e à agropecuária.  Aumenta a desertificação de áreas férteis.   Mais fome.

         Crescimento da desertificação por décadas em milhas quadradas por ano.

         Anos 70               624 milhas quadradas por ano

         Anos 80               840   

         Anos 90                1.374 “

         Os dados todos sempre respaldados em Pesquisas mostram um quadro sombrio.   O autor se pergunta.   Como levar isso às pessoas de forma que os políticos sejam cobrados para levarem isso a sério e adotarem medidas?

         A Cidade e o Campo.              Página 122

         Quando Al Gore era bem jovem, o pai dele era senador pelo Tennessee e eles passavam oito meses do ano em Washington e as férias na fazenda da família.   Dois ambientes bem diferentes.   Os pais de Al Gore era um casal com dois filhos e moravam quando ele era senador, num hotel, em aposentos pequenos com um só WC.   Viviam felizes, mas no apartamento ficaram privados do ambiente natural da fazenda.

         Quando criança já aprendeu com o pai o risco que é a erosão do solo por escorrimento de enxurradas.   Adulto, já dono da fazenda, ensina os filhos e netos a importância de cuidar do solo.   Cuidar da natureza.

         Foi a mãe de Al Gore, quando ele tinha 14 anos, que leu para ele o livro Primavera Silenciosa de autoria da ambientalista Rachel Carson.    Isso foi um marco na vida dele.

         Quando ele era criança a mãe lia para os filhos pequenos.  Depois eles foram crescendo e eles liam por si.   Ela só voltou a ler o livro acima citado para ele devido à particular importância da obra para a natureza e a humanidade.

         Ele disse que no seu caso foi fundamental na sua formação ter compartilhado a vida perto da natureza na fazenda e longe dela na cidade.  E os exemplos dos ensinamentos dos pais.

         Em 1976 Al Gore se elegeu deputado e decidiu que a família iria mesclar o rural e o urbano durante o mandato dele e assim fizeram.

         Al Gore cita duas regiões do Planeta que servem como “canários de mina” (dão o alarme quando falta oxigênio) – alertam do perigo.   Regiões que mostram efeitos do aquecimento global de forma marcante.  São o Ártico e a Antártida, os dois polos.

         A grande diferença das camadas de gelo dos dois polos.    Na Antártida (polo sul) a camada de gelo chega a 3.000 metros de altura e muito dela está sobre o solo.    Já no Ártico, a média da espessura da camada de gelo é de 3 metros apenas e muito dela é sobre o oceano.

         No Ártico, o aquecimento global está afetando a camada de gelo e alterando o meio ambiente em grau muito acelerado. 

         “Ali as temperaturas estão subindo mais rápido que em qualquer outro lugar no planeta”.

         Um fenômeno no Alasca.   Grandes árvores coníferas típicas de lá, os chamados abetos, eram de raiz profunda e seguras no solo de tundra congelada, o que dava firmeza.   Nestes tempos de aquecimento global, descongelaram as tundras (como antes não ocorria) e as árvores passaram a pender para os lados por falta de sustentação.   Ficam “bêbadas”...

         Fenômeno semelhante de descongelamento das tundras está afetando fundações de construções, muitas delas desabando parcial ou totalmente.

        

                   Continua no capítulo 7


terça-feira, 16 de agosto de 2022

CAP. 05/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano) -

 CAP.5

  

         “Em 2004 foi preciso reescrever os livros de Ciência.  Estes diziam:  “É impossível haver furacões no Atlântico Sul.  Mas naquele ano, pela primeira vez, um furacão atingiu o Brasil.   Furacão Catarina em março de 2004”.

         Em 2004 também nos USA foi quebrado o record histórico de tornados.

         Um importante órgão do ramo nos USA:  O NOAA  Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.

         A NOAA vem estudando efeitos do aquecimento global nos oceanos e o aumento da velocidade dos ventos.   Em 2005 e 2006, furacões que atingiram o Golfo do México, avariaram um terço das plataformas marítimas de exploração de petróleo, incluindo a maior plataforma do mundo, A Thunder Horse da BP British Petrolium.

         O respeitado MIT Massachussets Institute Tecnology em 31-05-2005, menos de um mês antes do furacão Katrina atingir os USA, deu respaldo ao consenso científico de que o aquecimento global está tornando os furacões mais poderosos e mais destrutivos.

         “As grandes tempestades, tanto no Atlântico como no Pacífico, aumentaram em duração e intensidade, desde a década de 1970, em cerca de 50%”.

         O furacão Katrina foi catastrófico para os americanos.

         Nos anos 30, uma tempestade diferente, terrível, sem precedentes ganhava força na Europa Ocidental.   Na ocasião Winston Churchill alertou o povo inglês:   “A era da procrastinação, das meias medidas, dos expedientes que acalmam e confundem, a era dos adiamentos está chegando ao fim.  Em seu lugar, estamos entrando na era das consequências”.   Disse isso em 1936.

         O setor de seguros nos USA.      (base 2005 – o livro é de 2006)

         Nas últimas três décadas as indenizações pagas pelas seguradoras por acréscimo dos eventos ligados ao clima aumentaram em quinze vezes.

         Fenômenos climáticos extremos como furacões, enchentes, secas, tornados, incêndios florestais etc.   Parte do aumento por conta do aquecimento global recente.

         Só pelo furacão Katrina, as seguradoras desembolsaram em indenizações nos USA, 60 bilhões de dólares.  (Katrina – setembro de 2005)

         Muitos fundos de pensão nos USA têm como parte do patrimônio, seguradoras e notam que são afetados por crescimento nos riscos.

         Um gráfico de grandes seguradoras citado no livro mostra os prejuízos decorrentes das catástrofes.   Começa em 30 bilhões de dólares no período de 1960-1969.   Salta para 290 bilhões no período 1988-1997 e dá um salto ainda maior para 720 bilhões no período 1997-2005.

         Em 2005 foram 27 fortes furacões nos USA, todos citados com foto no livro em discussão.

         O aquecimento global e as grandes enchentes no mundo.    Gráfico com Europa, Américas e Ásia.

         Na ordem de afetados por mais ocorrência, em ordem crescente:  Europa, América e Ásia, a mais atingida.

         Dados da Ásia – ocorrência de grandes enchentes:

         Período                número de enchentes

         1950-59                         48

         1970-79                         90

         1980-89                         220

         1990-2000                     330

         Um exemplo:  A metrópole Mumbai na costa da Índia, em julho de 2005 teve uma chuva de 930 mm em 24 horas.     Para se ter uma ideia, em Curitiba chove em média 1.200 mm em UM ANO.

         Nessa chuva extrema em intensidade, formou uma camada de água de 2 m de altura na cidade causando caos.    Morreram na ocasião mais de mil pessoas.

         O aquecimento global também traz grandes secas.   O fenômeno desloca águas na atmosfera, descarregando concentradas em certas áreas e deixando outras em seca severa.

         No século XX houve na terra quase 20% de aumento no volume de chuvas.   Um mapa mundi no livro mostra os locais nos quais aumentaram as chuvas (em maior número) e as regiões nas quais diminuíram as chuvas.

         Nas Américas, predominam pontos com aumento de chuvas.   Já na periferia do deserto do Saara na África, predominam regiões onde aumentam as secas.

         O Lago Chade na África era o sexto maior do mundo e entre 1963 e 2001 (há fotos), ficou reduzido a uma pequena parte do que já foi, trazendo miséria e conflitos dos povos da região.   Em 2001 o lago estava com 1/20 do que foi até a década de 60.    Menos água, menos peixe, menos agricultura e mais fome.   E disputas por recursos para sobrevivência dos povos.

         Áreas que secaram do Lago Chade e de outros grandes lagos africanos, as terras começaram a ser cultivadas e houve e há conflitos com perdas de vidas na disputa por essas terras.

         Na África, perto do Mar Mediterrâneo, países como Marrocos, Líbia e Tunísia perdem, cada um, cerca de 1.000 km2 de terra produtiva por ano devorada pelo avanço do deserto.

 

                   Continua no Capítulo 06

sábado, 13 de agosto de 2022

cap. 04/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

CAP. 04

 

         Nos 650.000 anos passados a concentração de CO2 na atmosfera nunca tinha passado de 300 ppm (partes por milhão) do ar.     Na atualidade (2006), a concentração de CO2 está acima de 350 ppm e o gráfico monstra que em todos os 650 mil anos passados isto não ocorreu.

         Se nada for feito e as emissões de CO2 até 2050 continuarem no ritmo que vão, chegaremos a estimativas de 600 ppm de CO2, o dobro da média milenar, por assim dizer.   Temperaturas mais elevadas teremos e as mudanças climáticas trarão tragédias como furacões, enchentes, estiagens etc.

         Página 68 – A Grande Virada

         “Recebi não só uma segunda chance mas também a obrigação de dar atenção ao que realmente importa”.   Fala do acidente do filho no passado.

         O filho de Al Gore, então com seis anos escapou da mão dos pais e foi atropelado por um carro em alta velocidade na saída de um jogo de beisebol.  Foi quase um mês de hospital.  Fratura de ossos, perfuração de órgãos e outras complicações.   O casal tem mais três filhas que ajudaram no tratamento pós hospitalar do garoto Albert.

         O acidente com o filho foi um marco na vida de Al Gore e as reflexões desse episódio fez com que ele refletisse muito sobre propósito para a vida.  Dessa reflexão surgiram como foco a família e a questão das mudanças climáticas.

         Ele faz um paralelo entre o filho que escapou por um segundo da mão do pai e foi atropelado e quase veio a falecer.   Foi uma Graça divina o filho se recuperar plenamente.    O autor compara com outra joia que é o nosso planeta maravilhoso que deve ser mantido seguro nas nossas mãos e devemos evitar que ele seja ferido resultando em desastres ambientais.    “Esta joia não pode escapar da nossa mão”.

         Gráfico de temperaturas globais desde 1860 até 2005

         O gráfico mostra que dos 21 anos mais quentes já medidos, 20 destes estão nos 25 anos mais recentes.    O ano mais quente de todos foi o de 2005. (o livro é de 2006).

         “Em 2003 a Europa foi atingida por uma forte onda de calor que matou 35.000 pessoas”   (muitas delas já idosas).

         O verão de 2005 também foi drástico nos USA (calor).

         Em 19-07-2005 a cidade de Las Vegas chegou ao pico de 47,2 graus Celsius de temperatura, seu record histórico.

         A cidade de Tucson, no Arizona, teve temperatura de 38 graus ou mais em 39 dias consecutivos.

         Esses recordes estão ocorrendo pelo mundo todo, inclusive nos oceanos.

         A maior alteração nas temperaturas dos oceanos apareceu dos anos 1970 para cá.    “As temperaturas dos oceanos em termos reais são totalmente coerentes com o que foi previsto em resultado do aquecimento global causado pelo homem.   E ficam muito acima da faixa de variabilidade natural”.

         “Enquanto os oceanos ficam mais quentes, as tempestades ficam mais fortes.  Em 2004, a Flórida foi atingida por quatro furacões extraordinariamente violentos”.

         O ano de 2004 e os tufões no Japão.   Até então o record de tufões num ano no Japão era sete e em 2004 esse record foi quebrado.  Foram dez tufões em um só ano.

         “Em 2004 foi preciso reescrever os livros de Ciência.  Estes diziam:  “É impossível haver furacões no Atlântico Sul.  Mas naquele ano, pela primeira vez, um furacão atingiu o Brasil.   Furacão Catarina em março de 2004”.

         Em 2004 também nos USA foi quebrado o record histórico de tornados.

        

         Continua no capítulo 5     (ao todo haverá ao redor de 15 cap) 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

CAP. 03/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

CAP 3

 

 

 Durante o decorrer dos anos há um ciclo normal de subir e descer o nível de CO2 no ar, independente dos GEE.    Os GEE fazem pequena alteração nesse ciclo, causando o efeito estufa na forma de aquecimento da terra acima do normal.

         No verão do hemisfério norte, este se inclina mais para o sol e tendo mais área terrestre com solo e vegetação, esta aumenta a atividade e usa bastante CO2 pela fotossíntese dos vegetais e cai a taxa de CO2 na atmosfera.

         Já no outono/inverno no hemisfério norte, este se inclina para longe do sol e caem as folhas dos vegetais e apodrecem e emitem mais CO2 na atmosfera.    Isto tudo dentro do ciclo normal da natureza.

         No Havai há o observatório de Mauna Loa que vem medindo diariamente há quase cinco décadas o teor de CO2 na atmosfera.

         Na Era pré industrial a concentração de CO2 na atmosfera era de 280 ppm, partes por milhão.   Em 2005 chegou a 381 ppm, um acréscimo bastante significativo.   Mais GEE no ar, mais calor pelo efeito estufa, mais catástrofes climáticas no planeta.

         Um herói da ciência – Roger Revelle

         Anos 60, foi professor de Al Gore.  Foi o primeiro a propor a medição de CO2 na atmosfera terrestre em leituras diárias.   Al Gore foi acompanhando depois dos estudos, a pesquisa do Professor Revelle.  Mais adiante, já atuando no Congresso Americano, Al Gore levou Revelle para um evento no Congresso e esperava que o tema causasse impacto e mobilizasse os congressistas.   Não foi o que aconteceu.

         Em outra fase, Al Gore já Senador fez novos eventos no Senado com o Professor e não conseguiu mobilizar seus pares.

         Al Gore chegou a ajudar na redação do Protocolo de Kyoto sobre o aquecimento global.     O cientista Keeling que media o CO2 no Havai o fez por aproximadamente cinco décadas de medições diárias.   Keeling morreu em 2005 e o professor Revelle, em 1991.    No livro, amplamente ilustrado, tem o gráfico dessas medições abrangendo 48 anos.

         Pesquisadores na Antártida conseguiram medir CO2 na atmosfera pela análise das camadas de gelo, chegando a estimativas precisas sobre o comportamento do CO2 na atmosfera do período de 650.000 anos.

         Esse banco de dados permite fazer estimativas do que ocorrerá no planeta conforme o ritmo dos humanos descartarem CO2 na atmosfera.   Em síntese:   “É evidente que estão ocorrendo mudanças climáticas radicais no nosso mundo”.

         Mostra duas fotos do famoso pico Kilimanjaro, o mais alto da África.  Entre 1970 e 2000 ao compararmos as fotos, se nota que o pico perdeu muito de sua camada de neve que era permanente na parte alta e que foi diminuindo. Há foto de 2005 com o pico do Kilimanjaro já com pouca neve.    Este é o único pico do continente africano que tem neve eterna (ainda).

         O professor Dr. Lonnie Thompson que é um especialista em neve dos picos estima em 2000 que dentro de dez anos  o Kilimanjaro pode não ter mais neve no seu ápice em certas estações do ano.

         O Parque Nacional das Geleiras no estado americano de Montana, logo precisará mudar de nome para “Ex parque das Geleiras”.   Neste parque, foto de 1930 mostra geleiras.  Foto de 1997 quando Al Gore visitou o parque já era rara a cobertura de gelo.  Em 1997 estimou-se que dentro de 15 anos não haja mais geleira no Parque de Montana.

         Aqui na América do Sul, foto da famosa geleira Perito Moreno na Argentina.   “Quase todas as geleiras de montanhas que existem no planeta estão derretendo, varias delas, rapidamente.   Há uma mensagem nisso”.

         Foto com gráfico de perda de geleira de Colúmbia no Alasca.  

          Mostra fotos comparativas em geleira nos Andes Peruanos.  Compara foto dos anos 70 com fotos de 2006, mostrando perda de cobertura de gelo.

         Fotos de geleiras nos Alpes (na Europa).  Perdas de gelo tanto na Suiça, quanto na Itália.

         A Cordilheira do Himalaia no planalto do Tibet é a que mais está sofrendo com o aquecimento global.  Ela tem cem vezes mais água na forma de geleira que os Alpes.    “Ela fornece mais da metade da água potável para 40% da população mundial.   Sete sistemas fluviais asiáticos nascem na Cordilheira do Himalaia.  Levam água principalmente para China e Índia, dois países solidamente populosos.   

         “Nos próximos 50 anos (base 2005), esses 40% da população mundial devem enfrentar uma grave falta de água potável, a menos que o mundo tome medidas rápidas e corajosas para mitigar o aquecimento global”.

         Estudando as camadas de gelo se faz cálculos precisos sobre o teor de CO2 na atmosfera ao longo de séculos.  O autor mostra um gráfico relativo a mil anos com o teor de CO2 na atmosfera.    No gráfico fica patente que o aquecimento recente tem a ação do homem.   Há forte correlação entre a elevação do CO2 na atmosfera e o aquecimento do planeta.

         Continua no capítulo 04 

domingo, 7 de agosto de 2022

CAP. 02/13 - FICHAMENTO - livro - UMA VERDADE INCONVENIENTE - Autor: AL GORE (americano)

CAP. 02                                    agosto de 2022 - leitura

 

         Grande parte das nossas emissões de CO2 é retida nos oceanos, afetando o seu conteúdo e na  vida marinha.   Torna a água mais ácida.

         Em 2005 a academia de ciências de onze países desenvolvidos alertaram para a urgência da cooperação e ações para combater o problema das mudanças climáticas pelo efeito estufa.

         Há crise climática e há também as oportunidades.  Temos um “propósito moral poderoso” a implementar.   Isto é bastante positivo.  Uma causa comum unificadora dos povos.     A necessidade de nos elevarmos, deixando de lado as picuinhas que resultam em conflitos etc.

         “Os que agora sofrem com a falta de sentido na vida encontrarão uma esperança”.    “É um desafio moral e espiritual”.

         “O que está em jogo é a sobrevivência da nossa civilização e a possibilidade de habitar o planeta”.

         Fala de outros desafios como a Aids, pandemias (cita isto em 2006), pobreza extrema, má distribuição de renda.

         ... “a erosão da democracia nos USA; e a volta do feudalismo no fórum público”.   Não devemos esperar.   Nas palavras de Martin Luther King, “o amanhã já é hoje”.

         ... “Será que já ferimos a terra de maneira irreversível?”

         “Nós podemos escolher um futuro pelo qual nossos filhos e netos só terão a nos agradecer”.   (requer nossa ação desde agora)

         A primeira foto da terra vista do espaço é do Projeto Apolo, ano 1968.  Em 1969 o homem pisou na lua.   Há uma foto de 1972 que até 2006 era a última (a mais recente) tirada pelo ser humano no meio do caminho entre a terra e a lua.   A foto de 1972 ficou numa exposição tão boa que em 99% dos casos de representar a terra vista do espaço, se usa esta foto.

         Sobre o saber ou não saber, cita o escritor Mark Twain e seu famoso aforismo:  “O grande problema não é o que você não sabe.   É o que você tem certeza que sabe, só que não é verdade”.

         No passado as pessoas achavam que a terra é tão grande que o homem não conseguia afetá-la.   Os tempos atuais mostram comprovadamente que o ser humano pode sim, afetar a terra e vem afetando.    A parte mais vulnerável é a atmosfera.  Ela é fina, extremamente fina.

         Al Gore foi amigo do renomado físico Carl Sagan.    “A atmosfera é tão fina que somos capazes de mudar a sua composição”.  

         Tanto que já sobrecarregamos a atmosfera com CO2, o chamado dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa, abreviados como GEE.

         O sol envia energia para a terra na forma de ondas de luz.   Estas ondas chegam na terra, aquecendo-a de forma adequada e parte da energia é “devolvida” pela terra na forma de raios infra vermelhos.    Parte desses raios são retidos pela atmosfera e retornando à terra para manter seu aquecimento dentro da normalidade.

         O problema é que os GEE gases do efeito estufa por nós emitidos, dificultam essa saída natural de parte do infravermelho e estes retornam à terra aquecendo-a de forma acima da medida e não normal.   Isto afeta todo o sistema planetário.   É o chamado efeito estufa.

         Se a terra hipoteticamente não tivesse a atmosfera para reter e devolver parte do infra vermelho à terra, esta teria uma temperatura média de menos dezoito graus.   Seria muito drástico à vida.     Havendo a atmosfera que devolve parte do infravermelho que a terra está devolvendo ao espaço, a temperatura média anual da terra fica ao redor de quinze graus positivos que é o que temos.

         Dos GEE, o dióxido de carbono responde com aproximadamente 80%. Nossa queima de combustíveis, queimadas de florestas etc., emitem CO2 no ar, causando o efeito estufa.   Um dos GEE é o gas metano.  Há outros.

         O metano provem, dentre outras fontes, dos aterros sanitários e lixões e também por animais, tratamento de esgotos etc.

         Um professor de Al Gore, em 1958, apoiado por um cientista, começou a medir o teor de CO2 na atmosfera numa estação experimental na ilha do Havai.    Ficava longe das indústrias para uma medida mais geral.

         Constataram que vinha subindo na atmosfera o teor de CO2.

         O cientista no caso era Charles David Keeling.

         Interessante notar por imagem que a grande maioria da área terrestre da terra fica no hemisfério norte.  


continua no capítulo 3