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governo Obama, republicanos formaram no parlamento o “Partido do Não”. Tentar barrar iniciativas do governo para
Obama não se reeleger. Uma das técnicas
seria a obstrução de projetos no legislativo.
Entre 2007 e 2012 foram 385 obstruções. Um número absurdo e sem precedentes. Anteriormente, se passaram sete décadas
para se ter um número semelhante de obstruções no parlamento.
Os republicanos também dificultaram a aprovação de cargos
indicados pelo presidente e que precisavam do OK do Senado. No passado, 90% dos indicados eram
aprovados. No governo Obama, caiu para
apenas 50% dos indicados serem homologados pelo Senado.
Para poder destravar as ações de governo, Obama usou com
frequência “memorandos executivos” que não precisavam passar pelo
legislativo. Não violou a Constituição,
mas feriu o princípio da norma não escrita chamada “reserva institucional”.
A Suprema Corte dos USA por tradição é de nove juízes. Democratas e Republicanos, respectivamente
campo liberal e campo conservador predominam nas casas legislativas.
De vinte e cinco anos para cá (até 2018) os eleitores dos
dois partidos passaram a ficar divididos “por raça, religião, geografia e mesmo
por modo de vida”.
Pesquisa de 1960 mostrou que de 4 a 5% de eleitores
democratas e republicanos ficariam descontentes se seus filhos se casassem com
alguém do partido oposto. Em 2010, 33%
dos democratas e 49% dos republicanos ficariam “um pouco ou muito infelizes” no
citado quesito. Já em 2016, 46% dos
republicanos e 55% dos democratas dizem que o partido adversário lhes traz “medo”.
“Entre os norte-americanos politicamente engajados, os
números são maiores. 70% dos
democratas e 62% dos republicanos dizem que vivem com medo do outro partido”. (página 162 do livro)
Cores partidárias.
Vermelho nos republicanos e cor Azul nos democratas.
Pós 1965 houve um alinhamento ideológico mais definido. Republicanos sendo conservadores e democratas
sendo liberais.
Polarização... “empurrando o Partido Republicano mais
agudamente para a direita do que empurrou os democratas para a esquerda.”
Em alguns países há posições ideológicas dividindo o
eleitorado... “mas em nenhum desses
países observamos o ódio sectário que hoje vivemos nos USA”. (página 164)
Alguns fatores a considerar.
Dos anos 60 para cá houve muita entrada de imigrantes nos USA, primeiro
da América Latina e depois, a maioria veio da Ásia.
Em 1950 os não brancos eram 10% dos norte americanos. Em 2014, são 38% e há estimativa de que em
2044 os não brancos sejam maioria da população dos USA.
“Juntamente com a emancipação negra (anos 60), a imigração
transformou os partidos políticos americanos”. Estes dois grupos foram mais que
proporcionalmente para o partido Democrata.
“Já os eleitores republicanos, anos 2000, são quase 90%
brancos.”
Republicano – brancos e evangélicos brancos.
Os evangélicos aderiram em massa ao republicano nos anos 70
contra a legalização do aborto. Em
2016, 76% dos evangélicos brancos se identificaram como republicanos.
Os dois partidos estão divididos em função de raça e
religião. Fatores importantes e de
potencial de hostilidade ao oposto.
Nos anos 2000, transformações na mídia inclusive com
incremento na internet.
Eleitores republicanos acompanham mais a TV favorável a
eles. Em 2010, 69% dos eleitores
republicanos eram espectadores da Fox News que é um canal de TV conservador. Locutores com discursos “incivis” são citados
por nome de cada um no livro, sendo de diversas TVs e rádios.
No governo Obama a mídia conservadora de rádio e TV adotaram
a prática de “Sem Concessões” ao presidente e mesmo aos políticos conservadores
quando estes adotavam postura de não dificultar o governo.
Fala de um senador de direita. “Se você se afasta minimamente da extrema
direita, você é atacado pela mídia conservadora”. (página 166)
Grupos poderosos financiando campanhas políticas e por trás,
a busca de pagarem menos impostos. Um exemplo: Família bilionária Kock participando do
financiamento do partido republicano. Só
em 2012 no governo Obama, os Kock alocaram mais de 400 milhões de dólares na
campanha dos republicanos. O fato
novo é que esse mecanismo faz o poder do dinheiro deixar para trás candidatos
mais preparados para a política e abrir espaço para aventureiros com patrocínio,
enfraquecendo a democracia e pondo a mesma em risco maior.
Continua no capítulo 17/20