capítulo 26/30
Entre os objetivos da Lava Jato: “Destruir.
Destruir o sistema de governança a duras penas constuido no Brasil desde
1985, primeiro ano da redemocratização.”
O autor destaca o jornalista Janio de Freitas em artigo na Folha
de São Paulo de 10-03-2016. ...”mesmo nos dias que antecederam a detenção
de Lula e levarem ele ao aeroporto.
Moro tentava leva-lo preso de forma ilegal. Houve
reação popular em vários lugares do Brasil contra essa arbitrariedade.
Continuavam vazando informações aos jornalistas e os da Lava
Jato não conseguiam explicar quem concedia esses vazamentos.
O delegado da PF Igor Romário de Paula - “figura inabalável, este expoente policial
da Lava Jato. Difundiu insultos a Lula
e Dilma pelas redes da internet, durante a campanha eleitoral. Nada aconteceu contra ele por essa atitude”.
O mesmo delegado era
responsável pela PF de Curitiba quando o doleiro Alberto Youssef descobriu
grampo na cela dele na Polícia Federal em Curitiba na qual o Chefe era o mesmo
delegado Igor. Ninguém foi punido.
Capítulo – Um juiz sem escrúpulos sequer para respeitar a
intimidade de uma adolescente.
Moro mandou gravar e divulgar conversa particular entre a
esposa de Marcelo Odebrecht e a filha dele de 14 anos de idade. Um crime contra a privacidade prevista na
Constituição em seu artigo 5º. Moro deixou gravar e deixou vazar para a
imprensa.
E saber que esse ex juiz que tanto atropelou a lei logo
depois ainda veio a atuar no governo Bolsonaro como Ministro da Justiça.
Capítulo – O cenário atual da política brasileira e a
herança que a operação nos deixou.
Moro e Deltan prometeram o combate à corrupção mas “o que
entregaram ao país foram duas calamidades gêmeas: política e econômica.”
“O remédio que eles adotaram causou mais danos ao país do
que a corrupção que eles prometiam combater”.
“O então juiz esmerou-se, a partir de março de 2014, em
prejudicar o Partido dos Trabalhadores e, em especial, a transformar em um
inferno a vida de Lula.”
“Não descansou enquanto não o encarcerou em Curitiba”.
Ano eleitoral, 2018, Lula preso. Moro fez de tudo para mante-lo preso e fora
da disputa pela presidência. Chegou a
interromper até férias para acudir ao seu modo para que Lula não fosse colocado
em liberdade.
“Ultrapassou todos os limites da decência quando ordenou à
PF que não cumprisse uma ordem judicial que concedia a Lula um habeas corpus.”
Em outra ocasião, Moro “divulgou ilegalmente uma conversa
entre a então presidente Dilma e Lula”.
Por estas e outras, Moro foi recompensado com o cargo de
Ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
Em agosto de 2019 Moro já ministro tentou transferir Lula
ilegalmente do cárcere da PF de Curitiba para o presídio de segurança máxima de
Tremembé II (como ex presidente ele não
poderia ir para um presídio de segurança máxima por força de lei)
Essa transferência de presídio só não ocorreu porque a
defesa de Lula recorreu ao STF e no julgamento deu 10 votos contra 1 entre os
ministros do Supremo vedando a transferência e mantendo Lula em Curitiba.
Continua no capítulo 27/30