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terça-feira, 1 de agosto de 2023

CAP. 29/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 29/30                                     JULHO-2023

 

         Capítulo – “O Objetivo é proteger os interesses dos USA e a capacidade das empresas americanas de competir no futuro”.

         Por volta de 2009 era grande a pressão dos USA para que o Brasil aderisse a um acordo com a regra americana FCPA, Lei de Práticas de Corrupção no Exterior.   Assinar esse acordo sujeitaria o país a aceitar que os americanos julgassem e condenassem empresas em outros países, em qualquer lugar do mundo”.   “Os americanos já adotam esse acordo em dezenas de países do mundo”.

         “Em setembro de 2014 a Casa Branca publica uma agenda anticorrupção global, na qual afirma que a luta contra a corrupção no exterior pode ser usada para fins de política externa americana”. 

         ...”o procurador adjunto do Departamento de Justiça (o DoJ), declara as intenções:   “A luta contra a corrupção estrangeira não é um serviço que prestamos à comunidade internacional, mas sim uma ação de fiscalização necessária para proteger nossos próprios interesses de segurança nacional e a capacidade de nossas empresas americanas de competir no futuro”.     (aqui está tudo escrito e desenhado, digo eu como leitor...)

         Os USA implementaram essas ações no Brasil através do Projeto Pontes.   Nos tempos da Lava Jato, que se iniciou em 2014....  “Parte do sistema legal brasileiro passa a se portar como um anexo da justiça dos USA.”

         Deltan conseguiu à margem da lei, dados  na Suiça e usou esses dados ilegalmente no caso da Lava Jato.

         “Em fevereiro de 2016, o Tribunal Penal Federal da Suíça considerou  que essa parceria era ilegal”.    Mesmo assim , em 08 de maio de 2016, Sergio Moro usou dados da Suíça declarados como obtidos de forma ilegal, em processo que condenou executivos de empreiteiras, inclusive da Odebrecht.

         Capítulo – A “República de Curitiba” não era um delírio.   Os falsos heróis tinham planos políticos e pessoais:  Sergio Moro foi deixando claro suas ambições de chegar a ser ministro da justiça e mais adiante, ser ministro do STF.

         “Segundo a deputada Carla Zambelli que era próxima de Moro, “ele fora para o governo já almejando esse objetivo”.  Ir para o STF.

         Quando Moro viu que não chegaria a Ministro do STF, partiu para tentar se candidatar a presidente da república.  Perde apoio da classe política, muda de partido e acaba tentando se contentar com o legislativo.

         Moro forja um domicílio em São Paulo e é barrado pela justiça eleitoral.  Acaba ficando como candidato pelo Paraná, seu estado.

         Eleito, Moro logo declara apoio a Bolsonaro que estava em disputa no segundo turno contra Lula.   Na ocasião, Moro declara:  “Temos um inimigo comum” se referindo a Lula e justificando reatar com Bolsonaro depois da treta que o fez deixar de ser ministro da justiça.

         “Diogo Mainardi (jornalista) que no site O Antagonista e na revista eletrônica Crusoé foi um defensor abnegado de Moro e Bolsonaro, capitulou:  “O apoio de Moro a Bolsonaro torna ainda mais deprimente o fim da Lava Jato.   Quanto ao meu empenho pessoal, nos últimos anos, posso dizer apenas que falhei miseravelmente”.

         A Ong Transparência Internacional – Brasil que antes apoiava a Lava Jato, diante do apoio de Moro a Bolsonaro, declara:    ...”Mas apoiar a luta contra a corrupção ao apoio ao candidato Bolsonaro é prestar imenso desserviço à causa e desvirtuar o que ela fundamentalmente representa”.

         Tempos antes, o desabafo de Bolsonaro em 02-12-2021 quando Moro deixou de ser ministro rompido e atirando verbalmente contra o presidente:

         “Moro faz papel de palhaço, sem caráter... Mentiroso deslavado... Saiu do governo pela porta dos fundos.   Traindo a gente”.

         Logo mais adiante, como vimos, voltam a reatar no segundo turno da eleição Lula x Bolsonaro.

         Agora rumo ao Senado, Moro volta a se alinhar a Bolsonaro.   Moro confessou a Bolsonaro sobre as conversas reveladas pelo hacker que delatou as falcatruas dos agentes da Lava Jato:   Fala de Bolsonaro:   “Moro me disse na ocasião:   “Eu apagava todas as mensagens, mas o Dallagnol não fazia o mesmo.  Deu nisso aí”.     A ação do hacker e a Vaza Jato que denunciou as conversas de ações ilegais da turma da Lava Jato.

         Deltan após deixar o Ministério Público Federal, já em campanha para deputado, argumentou:  “Posso fazer mais pelo Brasil”.

                   Capítulo final 30/30

domingo, 30 de julho de 2023

CAP. 28/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 28/30                julho de 2023

 

         Os americanos incomodados com a perda de competitividade para a China e o crescimento desta em termos econômicos.  

         Em 2003 Lula assume seu primeiro mandato defendendo uma posição de independência em relação aos USA.    E o Brasil privilegiou relações Sul-Sul, reforçando a união de  forças na economia da América Latina e África.

         Lula colocou o BNDES como forte agente de desenvolvimento.   Em seus governos de 2003 a 2010, o banco foi o maior banco oficial de fomento do planeta.

         Em 2006 a Petrobras descobriu o petróleo do pré-sal.  Salta a nossa produção de petróleo nas gestões do PT.   Nesse tempo não havia tecnologia para extrair economicamente petróleo de águas profundas.   A Petrobras desenvolveu a tecnologia que viabilizou a exploração.    Tanto que hoje em dia a maior parte da produção de petróleo brasileira vem do pré-sal.

         A Petrobras no seu auge com esse incremento, passou a ser a quarta maior petroleira do mundo.

         O autor cita a empresa francesa Alston que é uma multinacional.   Foco no setor de energia e transporte (inclusive de metrô).  ...”tem a maior experiência nuclear do mundo e é empresa número 1 no fornecimento de centrais elétricas completas, que equipam 25% do parque de geração mundial.

         O executivo da Alston lançou no Brasil em 2021 o livro:   Arapuca estadunidense.  Uma Lava Jato Mundial.

         Os meios usados pela General Elétric dos USA para forçar a compra da Alston...  (usaram todo tipo de manobra, inclusive judicial para conseguir).

         No dia 07-06-2021, vinte congressistas americanos escrevem carta ao Secretário da Justiça dos USA questionando sobre possível interferência do seu país, travestida de “cooperação” com o governo brasileiro no caso da Lava Jato.    Esta operação que causou um desmanche no setor de petróleo e da engenharia pesada do Brasil.

         Um dos deputados americanos que assinou a carta foi Raul Grijalva, do estado do Arizona.

         Em carta de deputados americanos ao DoJ Departamento de Justiça, datada de 2020, a resposta deixa claro que houve interferência deles na Lava Jato.  A resposta do DoJ aos deputados deles:

         “O Departamento de Justiça não pode fornecer informações sigilosas sobre tais assuntos nem revelar detalhes não públicos das ações”.    Fica claro e expresso que houve ações, manobras para interferir no Brasil...

         Capítulo – A receita vem pronta de Washington:  “Para condenar alguém é necessário que o povo odeie a pessoa”.     (página 282)

         No ano de 2007 o governo americano já tinha aqui no Brasil uma rede de contatos informais, via diplomata Clifford Sobel, que ia construindo “peões” para atuações conjuntas no método dos americanos.

         (A Lava Jato em si começou em 2014 mas tem precedentes...)

         Já em 2007, muito antes da Lava Jato, Moro já era uma peça desse sistema, inclusive com treinamento que ele fez lá nos USA num chamado Programa de Relacionamento”.

         Nesse contexto, se copia aqui o sistema de forças tarefas, delações premiadas, colaboração informal entre governos no chamado combate à corrupção.

         Em 2009, Moro já palestrante frequente no tal programa de relacionamento com os USA disfarçado de combate à corrupção...

         Em 2009 Moro dá uma palestra junto com a assessora jurídica dos USA em exercício no Brasil, num evento em Fortaleza-CE, para delegados da Polícia Federal.

         Lá a assessora americana Karine Moreno-Taxman dá a receita:    “fazer o povo odiar alguém para facilitar condená-lo e prende-lo”.

         Seguindo o conselho da americana, nosso justiceiro Moro implanta aqui o método “do ódio”.   E o ódio ajudou a turma da Lava Jato a fazer o que fez ao arrepio da lei.

         O ovo da serpente da metodologia do ódio tem data, ano de 2009 e tem uma protagonista do método:  a assessora Karine, como já foi dito.

 

                   Continua no capítulo 29/30

sexta-feira, 28 de julho de 2023

CAP. 27/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

capítulo 27/30

 

         Capítulo – A Fundação Lava Jato, uma armadilha política financiada com dinheiro público.

         Sobre a eleição de 2018, no dia 16-02-2021 o ministro do STF Gilmar Mendes declarou à BBC Brasil:  “A Lava Jato tinha candidato e tinha programa no processo eleitoral.   E atuou, inclusive, para perturbar o Brasil em termos institucionais”.

         A Ong Transparência Internacional apoiou a Lava Jato acreditando que a finalidade dela era apenas o combate à corrupção.

         Lideres do tipo do Moro...  “agem  em benefício próprio, enquanto convencem a todos que estão agindo em benefício coletivo”.

         (No livro O Negócio do Jair, da jornalista Juliana Dal Piva, consta os mais de cem imóveis amealhados pela família Bolsonaro na trajetória política.    Destes, mais de cinquenta foram pagos em dinheiro.  (página 270)

         “Dallagnol almejava erguer com dinheiro público uma entidade de direito privado, a qual estaria sob seu controle e de gente da sua confiança de dentro e de fora da força tarefa que ele coordenava.”

         Foram barrados pelo STF nessa iniciativa sacana e ilegal.

         Capítulo – Indústria pesada e trabalhadores, unânimes:   a Lava Jato quebrou a economia brasileira.

         Nos anos 80 a 90, o setor de transformação representava 35% do PIB nacional.   Na atualidade esse setor da indústria caiu para 12% do PIB.

         “O Brasil está experimentando uma das maiores desindustrializações da história”.

         No pico de 2013, o Brasil era a sétima economia do mundo.   Nosso PIB era maior que o da Itália por exemplo.

         Vários fatores fizeram o Brasil perder posição na economia mundial e um dos fatores foi a Lava Jato.

         Estudo do DIEESE comprovou que a Lava Jato, “sozinha, foi responsável por exterminar 3,6% do PIB Produto Interno Bruto do Brasil.  Causou dano no emprego, na arrecadação de impostos, na economia em si.

         Sobre os dados da queda do PIB a Tendências Consultoria fez um estudo para o SINICON Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura e chegou à perda no PIB até um pouco maior do que a detectada pelo DIEESE.

         A Lava Jato trancou o crédito do BNDES, cancelou contratos de obras, paralisou obras etc.     “A queda real de consumo de materiais em 60% do setor de construção pesada e infraestrutura representou uma perda de arrecadação  de cerca de 105 bilhões de reais.   Isto no período da Lava Jato, de 2014 em diante.

         “Entre 2010 e 2014, o BNDES destinava em média 1,5 bilhão de dólares por ano para financiar a exportação de serviços de engenharia e construção pesada.   Nos cinco anos seguintes essa modalidade de crédito pelo BNDES caiu para perto de zero”.

         Capítulo -  Nos USA ninguém destruiria empresas de vanguarda como a Petrobrás e a Odebrecht.

         Afirmação do Professor, pesquisador, sociólogo Jessé Souza:   “A minha opinião é que a Lava Jato é o maior engodo da história do Brasil”.

         (Assisti uma palestra com o Professor Jessé Souza aqui em Curitiba e li dois dos livros dele:   A Radiografia do Golpe e A Elite do Atraso.)

         Ainda sobre Jessé Souza:   “Uma reportagem publicada no jornal francês Le Monde sobre a Lava Jato, em abril de 2021, ele afirma que a gênese da operação não se deu no Brasil, mas sim nos escritórios do FBI, nos USA”.    “E também nas salas do DoJ Departamento de Justiça dos USA”.

         Dois autores, Gaspard Estrada e Nicolas Bourcier, no documento “O naufrágio da operação anticorrupção Lava Jato no Brasil.”, datada de fevereiro de 2021 constata: 

         “A operação, segundo eles – baseados em provas e documentos testemunhais – foi a forma que tomou algo que vinha sendo urdido por estrategistas norte americanos...  com o objetivo bem definido”:    “Destruir, ou ao menos danificar de forma irreversível, empresas brasileiras dos setores de petróleo e da engenharia e construção pesada”.

         Para disfarçar, de fachada, era vender a ideia de que o objetivo era combater a corrupção.

 

                   Continua no capítulo 28/30     

quarta-feira, 26 de julho de 2023

CAP. 26/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Operação Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 26/30

 

         Entre os objetivos da Lava Jato:  “Destruir.   Destruir o sistema de governança a duras penas constuido no Brasil desde 1985, primeiro ano da redemocratização.”

         O autor destaca o jornalista Janio de Freitas em artigo na Folha de São Paulo de 10-03-2016.     ...”mesmo nos dias que antecederam a detenção de Lula e levarem ele ao aeroporto.    Moro tentava leva-lo preso de forma ilegal.  Houve  reação popular em vários lugares do Brasil contra essa arbitrariedade.

         Continuavam vazando informações aos jornalistas e os da Lava Jato não conseguiam explicar quem concedia esses vazamentos.

         O delegado da PF Igor Romário de Paula  - “figura inabalável, este expoente policial da Lava Jato.   Difundiu insultos a Lula e Dilma pelas redes da internet, durante a campanha eleitoral.   Nada aconteceu contra ele por essa atitude”.

          O mesmo delegado era responsável pela PF de Curitiba quando o doleiro Alberto Youssef descobriu grampo na cela dele na Polícia Federal em Curitiba na qual o Chefe era o mesmo delegado Igor.  Ninguém foi punido.

         Capítulo – Um juiz sem escrúpulos sequer para respeitar a intimidade de uma adolescente.

         Moro mandou gravar e divulgar conversa particular entre a esposa de Marcelo Odebrecht e a filha dele de 14 anos de idade.   Um crime contra a privacidade prevista na Constituição  em seu artigo 5º.    Moro deixou gravar e deixou vazar para a imprensa.

         E saber que esse ex juiz que tanto atropelou a lei logo depois ainda veio a atuar no governo Bolsonaro como Ministro da Justiça.   

         Capítulo – O cenário atual da política brasileira e a herança que a operação nos deixou.

         Moro e Deltan prometeram o combate à corrupção mas “o que entregaram ao país foram duas calamidades gêmeas:  política e econômica.”

         “O remédio que eles adotaram causou mais danos ao país do que a corrupção que eles prometiam combater”.

         “O então juiz esmerou-se, a partir de março de 2014, em prejudicar o Partido dos Trabalhadores e, em especial, a transformar em um inferno a vida de Lula.”

         “Não descansou enquanto não o encarcerou em Curitiba”.

         Ano eleitoral, 2018, Lula preso.   Moro fez de tudo para mante-lo preso e fora da disputa pela presidência.   Chegou a interromper até férias para acudir ao seu modo para que Lula não fosse colocado em liberdade.

         “Ultrapassou todos os limites da decência quando ordenou à PF que não cumprisse uma ordem judicial que concedia a Lula um habeas corpus.”

         Em outra ocasião, Moro “divulgou ilegalmente uma conversa entre a então presidente Dilma e Lula”.     

         Por estas e outras, Moro foi recompensado com o cargo de Ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

         Em agosto de 2019 Moro já ministro tentou transferir Lula ilegalmente do cárcere da PF de Curitiba para o presídio de segurança máxima de Tremembé II   (como ex presidente ele não poderia ir para um presídio de segurança máxima por força de lei)

         Essa transferência de presídio só não ocorreu porque a defesa de Lula recorreu ao STF e no julgamento deu 10 votos contra 1 entre os ministros do Supremo vedando a transferência e mantendo Lula em Curitiba.

        

                   Continua no capítulo 27/30

segunda-feira, 24 de julho de 2023

CAP. 25/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT (2023)

 capítulo 25/30

 

 

         “No dia 15-01-2016 foi publicada nos três maiores jornais brasileiros uma carta, a qual contestava, com força e assertividade, o modo como vinha sendo conduzida a Lava Jato a partir de Curitiba.   O documento era assinado por cerca de cem corajosos juristas.   Sim, corajosos porque mesmo entre os advogados imperava o medo”.

         ...”Mas o tempo sempre guarda para si a última palavra acerca do destino dos homens (a penúltima é a justiça) – e desde 2020 o STF referenda por completo o que a Carta dos juristas de 2016 afirmou”.

         O autor destaca que a mídia caiu de pau na Carta dos juristas em 2016, o que de certa forma propiciou a ação ilegal dos elementos que agiram na Lava Jato (Moro e companhia).

         A íntegra da Carta dos juristas está nas páginas 251 a 253 desta edição do livro em pauta.

         ...”A Operação Lava Jato se transformou numa justiça à parte.   Uma especiosa justiça que se orienta pela tônica de que os fins justificam os meios...   uma tentativa de justiçamento, como não se via nem mesmo na época da ditadura militar de 1964.”

         Segue a carta dos juristas:  “... Não podemos nos calar diante do que vem acontecendo neste caso.   É fundamental que nos insurjamos contra estes abusos”.

         Capítulo -  “O jornalismo brasileiro ao longo dessa cobertura, com raras exceções, não passou de propaganda”.

         A estratégia de expor ao máximo os acusados na mídia para conquistar o apoio da opinião pública às arbitrariedades.

         A turma do Moro e do MPF tinha até uma Assessora de Imprensa, a jornalista Christiane Machiavelli.   Ela atuou junto a Moro e os do MFP durante boa parte da Lava Jato até pedir demissão em outubro de 2018.   Após se demitir ela deu entrevista ao jornal The Intercept Brasil.    (Eu, leitor, li na ocasião da entrevista, o conteúdo total da mesma e ela falava do bastidor).

         Na entrevista ela cita:   “Era tudo divulgado do jeito que era citado pelos órgãos da Operação Lava Jato.   A imprensa comprava tudo”.

         Em fevereiro de 2021, a jornalista da Folha de SP, Cristina Serra, faz a crítica:    “No caso da Lava Jato, contudo, as conversas mostram que os repórteres na linha de frente da operação engajaram-se e atuaram como porta-vozes da força tarefa, acumpliciados com o espetáculo policialesco-midiático”.

         Os da Lava Jato avisavam primeiro a mídia...   “A punição na Lava Jato, começava já na própria exibição das pessoas sendo presas...   ... isso muito antes que se determinasse se elas eram culpadas ou não dos crimes pelos quais eram acusadas.”

         O jornalista Mario Vitor Santos, da Folha de SP, após o jornal The Intercept Brasil desmascarar a Lava Jato:    “Enquanto posava de semideus, Moro se divertia abusando da crendice nacional.   Que o populacho se deixe enganar é lamentável, mas que seja o jornalismo a conduzi-lo à cegueira chega a ser criminoso”.

         A imprensa defendeu a Lava Jato cegamente e inclusive prejudicou a imagem de juízes do STF Supremo Tribunal Federal perante a opinião pública.   Afetou a democracia.

         Ainda no artigo do jornalista Mario Vitor Santos:    “A justiça e a democracia não estariam tão ameaçadas no Brasil se o jornalismo acima de tudo tivesse cumprido com independência o seu papel”.

         Muitas pessoas e entidades viam os fatos e os desmandos da Lava Jato mas sentiam medo de levantar a voz e serem taxados de defensores de corruptos.

         (Eu, leitor, sempre tinha uma leitura de que aquilo tudo era uma farsa, a forma de condução da Lava Jato.    Mesmo aqui em Curitiba houve em vários movimentos sociais uma série de eventos de denúncia dos métodos da Lava Jato, inclusive nas dependências da UFPr   Universidade Federal do Paraná.   Ongs como sindicatos, APP Associação do Professorado Paranaense e muitas outras entidades lutaram mas era nadar contra a corrente).

sábado, 22 de julho de 2023

CAP.24/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

capítulo 24/30

 

         Por um lado o hacker Delgatti usou meio ilícito para conseguir gravar as falas e de outro lado, revelou o modo ilícito de agir do pessoal da Lava Jato, dos que deveriam agir no estrito caminho da legalidade.

         Foram dois anos de investigações da Polícia Federal para ver se Delgatti agiu só ou teve patrocinadores.   A conclusão é de que ele agiu só.

         Nas falas no Instagram o juiz Moro cobrava novidades dos procuradores para surfar na mídia...   “indiscutível desejo do juiz de brilhar na mídia”.

         Os juristas Lenio Luiz Streck e Marco Aurélio de Camargo   “escrevem na edição de 28-04-2021 na Folha de São Paulo:   “Às favas com o Estado de Direito.  Esquecem o óbvio:  acusação de crime exige apuração por juiz imparcial e juiz natural.    No mundo todo isso é sagrado:  só é considerado culpado por crime se foi obedecido o devido processo legal.  Ou é linchamento”.

         Fala do juiz do STF Ricardo Lewandowski no Jornal Correio Braziliense de 25-08-2020 após tomar conhecimento das acusações contra o juiz Moro e os procuradores.  

         “Coisas muito estranhas aconteceram em Curitiba, naquela Vara Federal”.

         Em julho de 2019 a PF instaurou a Operação Spoofing na qual foram analisadas as conversas no Instagram pelo então juiz e os procuradores.   A operação revelou a veracidade das falcatruas tramadas pelo Moro e os procuradores da Lava Jato.    ...”apenas confirmaram o quão condenáveis eram os métodos adotados em Curitiba”.

         Inclusive o modo espalhafatoso do juiz exigir a condução coercitiva dos acusados – medida desnecessária, pois bastava apenas convoca-los por telefone e os acusados iriam depor.

         Os meios utilizados eram tão absurdos que mesmo antes dos advogados dos acusados saberem das convocações para depor, já havia um batalhão de repórteres à caça de imagens dos depoentes.

         Sobre a delação premiada.   “Ao optar pela delação, desesperado, o indivíduo que já renunciou ao direito de se defender se sujeita também a dizer o que os investigadores ordenem que diga.”

         “As provocações também eram frequentes.  Quanto mais estressado o preso, mais facilmente se arrancaria dele o que se quisesse”.

         Um dia sem motivo algum, o pessoal da carceragem da PF jogou um tubo de gás de pimenta no local onde havia detidos da Lava Jato.    Causa dano físico e dano psicológico aos atingidos.

         “Sempre havia quem vazasse cada ação da PF para as redes sociais...”

         Capítulo -  Um judiciário amedrontado, receoso de ser taxado de aliado de corruptos.

         Uma indagação de Emílio:   ...”como a sociedade brasileira permitiu durante sete longos anos, que Moro e seus comparsas atentassem repetidamente contra o Estado de Direito?”

         “Como explicar a indiferença da Corregedoria Nacional da Justiça, por  exemplo, que tem por função, exatamente, zelar para que não ocorram os abusos inomináveis perpetrados pela Lava Jato?”

         Como pode o STF assistir a tudo isso calado por tanto tempo?

         Lá no início, o então Ministro do STF Teori Zavascki tentou agir, mas logo morreu naquele acidente aéreo...

         Como disse o jurista Lenio Streck:   ...”estava tudo ali, o tempo todo...   precisou tanto tempo até o Jornalista Glenn jogar tudo na cara da sociedade.   “Já estava tudo ali.  Talvez não estivesse dito, mas o não dito já existia”.

 

                   Continua no capítulo 25/30 

quinta-feira, 20 de julho de 2023

CAP. 23/30 - fichamento do livro - UMA GUERRA CONTRA O BRASIL - sobre a Lava Jato - Autor: EMÍLIO ODEBRECHT

 capítulo 23/30

 

         A Novonor que dá prosseguimento ao Grupo Odebrecht que já conta com 75 anos de existência.      ...”mudando tudo o que era preciso mudar, ao mesmo tempo em que valorizamos aquilo que reconhecidamente nos fez diferentes quanto à inovação...  responsabilidade social e uma filosofia que perdura ancorada em sólidos valores e crenças”.

         Capítulo -  Novonor renova no presente as ações que ajudarão a construir o futuro que desejamos. 

         ...”usar a linguagem universal da vontade, da disciplina, do respeito, da confiança e da realização”.

         ...”realçando o papel da mulher em todos os âmbitos e todos os contextos”.

         Parte IV do livro

         “A terra arrasada em que Moro transformou o Brasil levará décadas para renascer”.       Esta frase foi dita pelo jurista Marcelo Uchoa, Professor de Direito da Universidade de Fortaleza no dia 23-04-2021.

         Cita também frase da jornalista Cristina Serra da Folha de SP, datada de  24-04-2021:    ...”o ex juiz Sergio Moro sugeriu pistas, informantes e estratégias aos procuradores da Lava Jato, ou seja, tramou fora dos autos como chefe da investigação”.

         A Lava Jato começou em março de 2014 e sempre foi polêmica.   O livro aqui na página 242 cita o Cientista Político Luiz Werneck Vianna em entrevista no jornal O Estado de SP de 13-03-2021.   Classifica um dos efeitos da Lava Jato:   “A Lava Jato causou entre nós a desertificação da política”.

         No artigo citado por esse Cientista Político:    “...querer fazer política pelo judiciário é um caminho muito ruim”.

         ...”Moro sai desse processo inteiramente desqualificado como juiz.  Ele foi parcial”.

         Emílio Odebrecht diz:   “O populismo punitivista deixou o Brasil mais pobre”.

         A Lava Jato seria para apurar lavagem de dinheiro.  Não faz sentido ter durado sete anos.   

         A meta do pessoal da Lava Jato:  prender Lula e impedir que ele fosse candidato em 2018.  E buscava também destruir nossa indústria da construção pesada.

         Grupo de advogados criou o Grupo Prerrogativas durante a Lava Jato para ajudar a desmascarar os da Lava Jato que estavam agindo à margem da legislação.

         Capítulo -  Clandestinamente um hacker expõe ao público as vísceras da Lava Jato.

         No dia 09-06-2019 o jornal eletrônico The Intercept Brasil soltou a primeira reportagem sobre o bastidor secreto da turma  que conduzia a Lava Jato na justiça.   O editor do jornal era o jornalista americano Glenn Greenwaldt.     “...reputado correspondente do jornal The Washington Post no Brasil”.

         Revelava a reportagem, conversas pelo Telegram entre o então Juiz Moro e os procuradores do Ministério Público Federal.    Conversas acessadas pelo hacker Walter Delgatti, um jovem estudante de Direito do interior de SP.   O Delgatti não era movido por política ou ideologia.    “Ao contrário: até chegar aos diálogos de Moro, Dallagnol e demais membros da Lav Jato, Delgatti era um empolgado lavajatista, chegando a fazer uma viagem de automóvel para assistir a uma palestra do Deltan Dallagnol”.

         Pouco tempo depois, ouvindo os diálogos espúrios do pessoal da Lava Jato no Instagram, ele percebeu as intenções dos lavajatistas.

         “A reação que mudou a opinião de Delgatti acabou por atingir todo cidadão brasileiro com um mínimo de apreço pelo Estado de Direito”.

 

                            Continua no capítulo 24/30