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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

CAP. 03/4 - fichamento da Biografia de CLARICE LISPECTOR - Autor: BENJAMIN MOSER (REEDIÇÃO NO BLOG)

             Reedição deste blog.  O original é de setembro de 2014           

 No mês de fevereiro coloquei duas partes de comentários daquilo que achei mais interessante na Biografia da Clarice, cuja obra está detalhada no Capítulo I do tema no blog.     Para este capítulo III destaquei mais o lado Brasil da época focado no livro.    Mas antes de entrar no tema Brasil, vou destacar uma frase lapidar para as pessoas que são chegadas a fazer uns rabiscos.   (página 126) " Uma coisa eu já adivinhava:  era preciso tentar escrever sempre, não esperar por um momento melhor porque este simplesmente não vinha.  Escrever sempre me foi difícil, embora tenha partido de uma vocação.  Vocação é diferente de talento.  Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir".

     Agora, sobre o Brasil da época por conta do biógrafo:

     (pag.129)   Antes do ano de 1920 os navios de Cruzeiro que vinham do primeiro mundo se gabavam de não parar no Brasil.   Havia lá fora o medo de doenças tropicais daqui e outras idéias negativas.

     O Brasil em geral e o Rio de Janeiro (que era a capital federal na época) despontaram para o Primeiro Mundo como lugar interessante após 1920.    Nessa onda, o RJ inaugura em 1922 o famoso Hotel Glória e em 1923 o Copacabana Palace, outro hotel que virou ícone do RJ.     Getúlio Vargas, o Presidente, fez uma forte campanha para melhorar a imagem do Rio em particular e do Brasil em geral no exterior.    E era tempo da cantora super star da época Carmen Miranda estar bombando na mídia.   Ela acabou ajudando a melhorar a imagem do Brasil lá fora.     Futebol e Carnaval já eram produtos fortes do Brasil da época.

     (p.140)     Nossa Casa de Detenção, que depois virou o Carandiru já foi um presídio modelo de tal forma que era aberto a visitantes daqui e do exterior.   Visitantes famosos como o Antropólogo Clode Lévi-Strauss e o escritor judeu Stefan Zweig visitaram a Casa de Detenção.

     (p.142)   Algo para reflexão:    Até 1920 o Brasil não tinha nenhuma Universidade.  O que havia era faculdades isoladas com cursos específicos.    Nada de um campus com vários cursos dentro do conceito de universidade.     E o autor destaca que cidades como Lima, Cidade do México e Santo Domingo já tinham suas universidades desde o século XVI.  

     (p.198)     Na Segunda Guerra Mundial os americanos fizeram em Natal-RN a maior base aérea fora do seu território no esforço de guerra usando Natal-RN por ser um ponto estratégico por ficar no ponto da América do Sul mais próximo da África.    Diz que a  Base americana em Natal era tão grande e sofisticada que tinha até um cinema que recebia os filmes de lançamento, mesmo antes de chegarem à nossa capital federal que era o Rio de Janeiro.

     (p.213)   Em 1888 o Brasil decretou o fim da escravidão e passou a incentivar a imigração para prover mão de obra principalmente nas lavouras, sendo que o café era o carro-chefe.    E que a preferência teria sido para o imigrante italiano por ser branco, latino e católico.   Supunha-se que o povo brasileiro se adaptaria melhor a esse perfil de imigrante, segundo o autor comenta.

     (p.278)   Em 1947, o Brasil em uma fase de estreitamento diplomático com os USA chegou a importar 27.000 toneladas de bananas dos USA.     Parece piada!

     (p.300)   Diz que até certa época recente, no Brasil só três escritores conseguiram viver da literatura e seriam: Érico Veríssimo, Fernando Sabino e Jorge Amado.

     (p.314)   O magnata Giuseppe Martinelli fez o primeiro arranha-céu como se chamava um prédio alto nos tempos dos anos 20.    O povo paulistano ficou abismado com a obra e sua altura mas tinha medo de morar naquela altura.    Para mostrar que o prédio era seguro, o magnata Martinelli se mudou com a família na cobertura do arranha-céu.   Daí as pessoas aderiram à novidade.

     (p.395)   Jânio Quadros, que foi presidente do Brasil, visitou Cuba de Fidel.   Jânio condecorou Chê Guevara  (em 19-08-61) com a maior comenda nacional -  a Ordem do Cruzeiro do Sul.

    (p.427)     Na Ditadura militar os amigos de Clarice, Paulo Francis e Ferreira Gullar, foram presos logo após a edição do AI 5 Ato Institucional número 5 que suspendeu as liberdades democráticas no País em 1969.            

     Em resumo nosso País é novo e estamos no aprendizado... 

domingo, 26 de novembro de 2023

Cap. 02/04 - fichamento do livro - BIOGRAFIA DE CLARICE LISPECTOR - autor: BENJAMIN MOSER (reedição neste blog)

            A primeira edição que publiquei neste meu blog foi de setembro de 2014. 


Como simples leitor da Biografia de Clarice Lispector, seguem mais algumas frases que eu destaquei como marcantes na obra.   Isto tudo para mostrar que a escritora foi fora de série e merece ser lida com muita atenção.   

     Frase com comentário do crítico literário Milliet sobre uma obra de Clarice:    "A autora sucumbe ao peso de sua própria riqueza"  (cultural).    ... "livro desanimadoramente difícil de ler"..  (p.284)

     Sobre seu desapego a Deus:   "Acima dos homens, nada mais há."  (p.285)

     "Todos querem ter projeção sem saber como esta limita a vida."    ... "o que eu queria dizer, já não posso mais".   (p.360)

     Cazuza leu 111 vezes o livro Perto do Coração Selvagem.    Cita o biógrafo: "O livro inspirou paixões".   (p.457)

      "Que ninguém se engane.  Só consigo a simplicidade através de muito trabalho"   (p.479)

     Dica de Clarice para uma menina que gostava de escrever:   "Escreva em prosa... ninguém edita comercialmente livro de poesias".   (p.480)

     Sobre seu cão Ulisses:   "É um cachorro muito especial... é um pouco neurótico".   (p.482)

     Perto dos 47 anos de idade, que não chegou completar:     Em carta para o intelectual católico Alceu de Amoroso Lima (o Tristão de Athaide):   "Eu sei que Deus existe".

 

     Há material anotado para mais uns dois capítulos no blog, sobre detalhes do Brasil, do Jornalismo no Brasil (ela militou na área), da Guerra e na Diplomacia.   Vejamos...

 

 

Na matéria anterior deste blog está a parte I desta resenha.

segue na parte 3/4 amanhã, dia 27-11-2023   (grato aos leitores)

 

sábado, 25 de novembro de 2023

CAP.01/04 - fichamento do livro - BIOGRAFIA DE CLARICE LISPECTOR - Autor: BENJAMIN MOSER (reedição aqui no blog)

 Editei neste blog entre 30-08-2014 e 29-09-2014 originalmente o fichamento desta biografia.   

 Como leitor franco atirador, um dia me chega às mãos  o livro biográfico "Clarice" de autoria de Benjamin Moser e tradução de José Geraldo Couto.  Obra da editora Cosacnaify, com 647 páginas.

     O livro é de uma riqueza de dados impressionante, não só da controversa Clarice, mas no retrato que o autor traça sobre a política brasileira, a Europa das primeiras décadas do século passado, a questão do povo judeu na Europa, as Guerras e muito mais.    

     Tendo o hábito de ler com papel e lápis do lado, anotando aquilo que mais me chama a atenção, percebi que no caso desta obra, dá para fazer até uma separata por assunto, como Política brasileira nos anos 20, aspectos da Geopolítica nos tempos das Guerras Mundiais,  aspectos da Diplomacia brasileira nos anos 20, aspectos do Jornalismo no Brasil e no front de batalha na Europa e por aí segue.

     Para esta primeira parte, já que a protagonista é a Clarice, resolvi destacar frases e citações que mostram um pouco do modo de pensar dela.      Ela no Cairo, esposa de diplomata, em frente à esfinge e o mito do "me decifra senão te devoro".     Ela teria dito após "encarar" a esfinge:  "Não a decifrei.. mas ela também não me decifrou".  (p12)

     Frase de Drummond sobre sua amiga Clarice:  "Veio de um mistério e partiu para outro"   (p.14)

     Ela por ela mesma:  "Sou tão misteriosa que não me entendo"   (p.15)

     Idem:   "Eu sou vós mesmos"   (p.17)

     Idem:   Dela que nasceu na Ucrânia e veio bem novinha para o Brasil:  "Eu pertenço ao Brasil"  (p.23)

     Consta que ela na juventude chegava a ler um livro por dia.   (p.126)    A literatura de Herman Hesse teria influenciado um pouco a pessoa e a obra de Clarice.    (p.127)

     Clarice, se referindo ao suicídio de Virginia Wolf:         "... não quero perdoar o fato de ela ter se suicidado.   O horrível dever é ir até o fim".   (p.205)

     Sobre viver longe do Brasil e das pessoas amigas na Europa, acompanhando o esposo diplomata.    "O que importa na vida é estar junto de quem se gosta". (210)

     Ela, morando numa pequena cidade do interior da Europa.   "É preciso ser feliz para morar em uma cidade pequena, pois ela alarga a felicidade como alarga também a infelicidade" (251)

     Para finalizar o capítulo de hoje, parte de uma frase dela numa carta enviada da Europa:    "... somente até um certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar  aos outros e às circunstâncias...".       (259).    Ela leu muito os filósofos...


(pretendo a cada dia publicar os três capítulos restantes).    Grato pela leitura.

CLARICE LISPECTOR - UMA DEVORADORA DE LIVROS

 

Tenho como hobby a leitura, como a maioria já sabe. Sempre ouvi falar dos livros da Clarice e ainda não tinha lido dela, a não ser algumas frases ou pequenos trechos.
Um dia por indicação das filhas, encarei a leitura de uma extensa biografia dela escrita por Benjamin Moser, traduzida para o português. Livro de mais de 600 páginas. Valeu a pena pois é puro conteúdo.
Dias atrás comecei ler dela, Perto do Coração Selvagem e estou gostando bastante. Dá para perceber que ela também, como já consta da biografia, era uma devoradora de livros. Lia compulsivamente e tinha afinidade com a filosofia.
Já produzi um dos estimados dez capítulos do fichamento deste livro dela. Em breve, pintará por aqui e no blog.
Por hoje, porque hoje é sábado, resolvi reeditar aqui o fichamento que fiz em 2014 em apenas quatro capítulos, a biografia dela. Informo que no blog elas estão na sequência nos dias 30-08-2014, 09-09, 18-09 e 29-09-14.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Cap. 5/5 - final - Fichamento do Ensaio ESQUERDA & DIREITA: Perspectivas para a liberdade - Autor: MURRAY ROTHBARD

 capítulo 5/5  (final)                resenha de novembro de 2023

 

         ... “E a educação, sob um disfarce ‘democrático´, tem se tornado um adestramento das massas com técnicas de adaptação à tarefa de ser uma peça na engrenagem da grande máquina burocrática”.

         ...”Republicanos e democratas continuam dividindo a tarefa de formar e apoiar esse estado de coisas...”   No que chamam de Metooism:  política de democratas e republicanos adotarem as mesmas práticas políticas dos concorrentes.  (inclusive em relação às guerras).

         ...” a velha ordem do despotismo, do feudalismo, da teocracia e do militarismo dominou, de uma maneira ou de outra, todas as civilizações humanas até o Ocidente do século XVIII, devemos ter ainda mais otimismo com relação ao homem e ao que ele pode fazer”.

         ...” apesar das recaídas reacionárias para o estatismo, o mundo moderno se mantém num nível muito superior ao que foi no passado”.

         ...”o desejo ardente pela liberdade, por terra para os camponeses, pela paz entre as nações e talvez acima de tudo, pela mobilidade social e pelo aumento do padrão de vida, que só podem ser dados pela civilização industrial”.

         “Só a liberdade e o livre mercado podem organizar e manter um sistema industrial...”      (observação prática do leitor:   A China tem outra forma de ser e de proceder que contraria essa fala e vem crescendo a economia e praticamente erradicando a pobreza).

         Dos livros que tenho lido, o de Thomas Piketty, economista que se declara não socialista, em seu livro O Capital no Século XXI coloca o resultado de quinze anos de pesquisa sobre três séculos da geração e distribuição de riqueza pelo mundo.   Mostra que o capitalismo gerou bastante riqueza mas tem agravado o problema de distribuição de renda.   Esse é um gargalo do qual o capitalismo não tem conseguido solução.   O autor projeta possíveis rumos de economia livre mas que tenha mecanismo que faça com que a distribuição da renda seja mais adequada para reduzir a miséria.

         Voltando ao Ensaio...    “em caso de estatismo...   “grandes desvios causam crise e colapso econômico.   Esta crise do estatismo se torna particularmente dramática e aguda em uma sociedade totalmente socialista”.

(diz isso em 1965 -  A China tem provado que esse conceito é questionável.

Inclusive a antiga URSS sob o regime socialista saiu praticamente da era medieval para a potência econômica e militar do século XX ao ponto de criar a polarização contra os USA.   Deixou de ser socialista nos anos 90.

         Ludwig von Mises que inclusive inspirou a criação do Instituto Mises, era um austríaco dedicado à Economia.   Era de uma corrente influente de economistas da chamada Escola Austríaca.

         Voltando ao ensaio em si:    ...”É verdade que os USA estão fazendo de tudo para deter o processo revolucionário que um dia livrou o país e a Europa ocidental dos grilhões da velha ordem, mas fica cada vez mais claro que até a força armada mais avassaladora não consegue suprimir o desejo das massas de entrar no mundo moderno”.

         Nos USA...  “existe uma efervescência crescente  (base 1965) e inspiradora entre os jovens americanos contra os grilhões da burocracia centralizada, a educação uniformizante de massas e a brutalidade e opressão perpetrados pelos lacaios do Estado”.

         Pelo lado positivo, o autor destaca para os USA:   “a manutenção de nível substancial de liberdade de expressão e formas de democracia”.

         A busca pela liberdade na ótica liberal.     “A questão não é simples, porque os libertários não enfrentam apenas um problema de educação, mas também de poder, e é uma lei da história que a classe dominante nunca abriu mão do poder voluntariamente”.

         No caso dos USA o autor indica... “   Que as palavras inspiradoras de Randolph Bourne também sirvam para guiar o espírito de liberdade.    A juventude é a encarnação da razão em oposição à rigidez da tradição.   Ela seria parte do caminho para se conquistar a liberdade.”

         “Ela, a juventude, tira os esqueletos do armário e insiste em que se deve explica-los.   Não é à toa que a geração mais velha teme e desconfia dos mais jovens”.

         “Nossos velhos estão sempre otimistas com o presente, pessimistas com o futuro; os jovens são pessimistas com relação ao presente e tem uma esperança gloriosa com o futuro.   É essa esperança a alavanca para o progresso.”

         “O segredo da vida é então que nunca se deve perder esse belo espírito de jovem”.                          FIM.


OBS:   Os acessos ao blog amador aqui estão bastante animadores.   São ao redor de 1.500 acessos por mês nestes tempos.    O blog tem nove anos e está com ao redor de 160.000 acessos.   Ao longo do tempo, ao redor de 85% dos acessos tem ocorrido nos USA.    Agradecimento a todos os que tem prestigiado o blog que é amador e sem fins lucrativos.                      resenhaorlando@gmail.com.br      zap 41 999172552

Toda manifestação será bem-vinda sempre.    Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida - Curitiba - Paraná - Brasil

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

CAP. 4/5 - fichamento do Ensaio - ESQUERDA & DIREITA: Perspectivas para a liberdade - Autor MURRAY ROTHBARD

 capítulo 4/5                (amanhã, dia 21-11,  publico o capítulo final)

 

         No contexto do Programa New Deal, um planejamento centralizado da economia para fazer frente às demandas do esforço de guerra.

         O Estado (USA) centralizava a economia, reforçava grandes corporações, ditava diretrizes para o emprego e salários etc.

         “Este programa, que privilegiava o interesse de várias empresas no ápice da empreitada coletivista, não evocava de modo algum o socialismo ou o esquerdismo; não havia  nada nele que lembrasse o ideário igualitário ou proletário”.     “Não tinha parentesco com o socialismo-comunisto, mas com o fascismo...”

         “E Willian Howard Taff, Woodrow Wilson e Herbert Clark Hoover, certamente se assemelhavam mais a proto-fascistas do que a cripto-comunistas”.      (três presidentes americanos da época)

         ...      “Em 1934, o teórico leninista britânico R.Palme Dutt publicou uma breve, mas mordaz análise do Plano New Deal como social-fascismo – como o fascismo real coberto com uma fina camada de demagogia populista”.

         “O Plano de Roosevelt (N.Deal) era, escreveu Dutt, uma forma de ditadura baseada na guerra”.    ...”baixa faixa salarial...”

         ... “regulação e exploração do trabalho por meio de salários afixados pelo governo e arbitragem compulsória...”

         ...”um editor da respeitabilíssima revista Current History (1933):  “A nova América não será capitalista no velho sentido, nem será socialista.   Se a tendência do momento segue o rumo do fascismo, será um fascismo americano, incorporando a experiência, as tradições e a esperança de uma grande nação de classe média”.

         No período progressista (1900-1916), houve um fluxo de competitividade do setor indústria nos USA e   ....”as empresas recorreram, crescentemente, a partir da primeira década do século XX ao governo federal em busca de socorro e proteção.”

         Socorro que reforçou os monopólios privados.

         (neste livro editado em 1965...)

         “Tanto a direita quanto a esquerda tem sido sucessivamente enganadas pela noção de que a intervenção do governo é, ipso facto, esquerdista e contra a empresa”.   “Daí vem a mitologia do New Deal igualitário e vermelho, endêmica na direita”.     (página 60 desta edição do Ensaio)  Editora Vide Editorial

         ...”na segunda metade dos anos trinta, o governo Roosevelt reforçou sua aliança com os grandes empresários com uma economia baseada na defesa nacional e na indústria bélica, que começou nos anos quarenta.”

         “Essa economia e essa política vem imperando nos USA desde então, materializadas numa economia de guerra...”  ...”dos dias de hoje”.

         ...”As tendências até se intensificaram, e até na vida cotidiana, os homens tem se encaixado cada vez mais no modelo de homem organizacional, servindo ao estado e seu complexo industrial bélico”.

        

                   Próximo capítulo 5/5  (final)

sábado, 18 de novembro de 2023

CAP. 3/5- fichamento do Ensaio - ESQUERDA & DIREITA: Perspectivas para a liberdade - Autor: MURRAY ROTHBARD

 

capitulo 3/5                        leitura em novembro de 2023

 

         O autor cita o pensador Lorde Acton (1834-1902).  Segundo Acton, “o liberalismo deseja que deveria ser, sem considerar o que é”.

         Analisando o pensamento dele, “se chegou ao primeiro conceito de revolução permanente”.

         Um dos fatores de queda da teoria liberal.   “Ela via erroneamente a história e a sociedade pela lente cor de rosa, pacifista da lentíssima e gradual evolução social.   Ignorando o fato primordial de que uma casta dominante jamais abriu mão de seu poder voluntariamente...   e que portanto, o liberalismo se defronta com o “coletivismo crescente  de fins do século XIX”.

         Nessa época...   “renegou o direito de ignorar o Estado.”

         Na Inglaterra os liberais eram chamados de Whigs.    (acreditavam que o Congresso deveria ter mais poder que o presidente nos fins do século XIX)

         Nos USA não houve o regime feudal, a não ser no sul do país, mais agrário e escravocrata.

         ... ser contra a velha ordem...   “Um novo movimento preencheu esta lacuna, esse vácuo criado pelo esmorecimento do liberalismo radical:   o socialismo.”

         “Os libertários estão acostumados a pensar no socialismo como o polo oposto de sua doutrina.   Mas este é um erro grave responsável por uma séria desorientação ideológica para libertários no mundo atual”.   (1965)

         Fala do “imperialismo social” que Joseph Schumpeter   “definiu como um imperialismo em que os empresários e outros elementos seduzem os trabalhadores por meio de concessões ligadas ao bem estar social...

         (quem sabe seria algo como uma social democracia...digo como leitor)

         Nota do leitor:    difícil resumir Ensaio acadêmico que cita muitos conceitos complexos e que fazem parte do contexto.

         “O campo de Lênin estava mais à esquerda do que o de Marx e de Engels.”

         “Nos últimos anos (base 1965), os rachas no mundo leninista deram evidência a uma tendência ainda mais esquerdista:   a dos chineses.”

         “Tendo praticamente abandonado a ênfase clássica do marxismo na classe trabalhadora, os maoistas direcionaram os esforços leninistas para a derrubada dos bastiões da velha ordem do mundo moderno”.   Contra o sistema feudal ou semi-feudal da propriedade das terras e contra o imperialismo ocidental”.

         ...  “Pois o comunismo era um movimento revolucionário genuíno que destituiu e destruiu implacavelmente as velhas elites dominantes, enquanto, o fascismo, ao contrário, cristalizou as velhas classes dominantes no poder.”

         “Logo, o fascismo era um movimento contra-revolucionário”.

         “Foi por esta razão que o fascismo se tornou atraente (o que nunca aconteceu com o comunismo) para o interesse de grandes empresas no ocidente – de maneira aberta e desavergonhada nos anos 20 e 30.”

         O caso dos USA   (página 46 desta edição de 83 páginas)

         “Aqui encontramos um mito...  sendo propagado por conservadores e adotado pela maioria dos liberais americanos”.

         Nos tempos do governo Roosevelt, enxergam simpatia deste pelo comunismo....   “Assim nasce a  tentação do anticomunismo que persegue alguns libertários, pois, como eles acham que os USA caminham inexoravelmente para políticas de esquerda, rumo ao socialismo...”

         (o autor editou este texto em 1965)

         Mais um lembrete deste leitor:    Em 1965 os USA estavam a pleno vapor na guerra sangrenta contra o Vietnã, combatendo o comunismo... e perderam essa guerra.

        

         Continua no capítulo 4/5