Capitulo 1 - fichamento do livro - Guia do Observador de Aves (janeiro/25)
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terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Cap. 1 - Fichamento do livro - GUIA DO OBSERVADOR DE AVES - Reserva Natural Salto Morato (PR)
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Cap. 4/4 - fichamento do livro - O CULTIVO DAS DESMEMÓRIAS - Autor: FLÁVIO AUGUSTO - 2024
capítulo final 4/4 leitura Dezembro de 2024
O autor coloca num dos capítulos do livro uma epígrafe
dedicando ao que foi professor de história dele (e meu também) Professor
Reginaldo Benedito Dias. Professor da
UEM Universidade Estadual de Maringá-PR onde por volta de 2007/2008 fiz uma Pós
em História e Sociedade.
... O velho pai do
autor pertence ao rol dos pioneiros de Maringá-PR. Há muitas ruas na cidade com homenagem aos
pioneiros. O autor lembra que também há
nomes de vias públicas não só, mas também em Maringá que homenageiam batalhas e
“heróis” do passado que nem sempre defendiam a Nação, mas sim os interesses das
elites dominantes das respectivas épocas.
...”Por quê menos de dez por cento das ruas de todas as
cidades do Brasil rural e profundo são batizados com nome de mulheres? Será que esse fato contribui para o
apagamento do feminismo na sociedade machista e patriarcal?”
Capítulo...
Burrinus brasiliensis
O velho pai também escrevia poemas e publicava no jornal
local. Usava o pseudônimo de Burrinus
brasiliensis. Fazia versos com sátiras
até
aos militares que estavam
no governo do regime militar de 1964.
O velho pai era filatelista e numismata. Colecionador de selos e moedas e cédulas de
dinheiro.
O autor militou quando jovem na política estudantil e era
tempo da Ditadura Militar. Período
perigoso para militantes. Escrevia poesias
inclusive de cunho político e nunca mostrava seus escritos para o pai que era
poeta.
O velho pai usava o rigor da forma nas poesias e o filho
preferia usar em suas poesias o sistema de versos livres.
Cita que em Maringá-PR onde o velho pai foi um dos pioneiros
da cidade, há rua com o nome dele como forma de homenagem.
Capítulo - Descaminhos Ibéricos
Quando o velho pai estava com oitenta anos, o autor levou-o
para rever a cidade de Divisa Nova em MG, berço do pai e de muitos
antepassados.
...”Quando eu era ainda adolescente e sonhava cursar a
faculdade de jornalismo em São Paulo...”
... Uma mágoa do
autor: Ele sabia que o velho pai sonhava
em conhecer o Marrocos, Portugal e a cidade espanhola de Toledo que na história
conviveu com os mouros, cristãos e judeus.
O velho pai aprendeu cedo com os mais velhos, lá nas Minas
Gerais, a tomar uma cachacinha no cotidiano.
O velho pai, já idoso, foi atropelado na rua e foram semanas
de UTI e veio a falecer em seguida.
FIM. (em tempo –
paulista que sou, atuei profissionalmente como Engenheiro Agrônomo sediado em
Maringá – PR entre os anos de 2001 a 2011 onde fui colega de trabalho do autor). Dezembro de 2024
domingo, 29 de dezembro de 2024
Cap. 3/4 - fichamento do livro - O CULTIVO DAS DESMEMÓRIAS - Autor - FLÁVIO AUGUSTO - 2024
capítulo 3/4 leitura em dezembro de 2024
... Festas de fim de ano.... empresários.... “cidadãos de
bem”... beber na festa com seus
colaboradores e contar piadas preconceituosas de bêbado, português, preto, gay,
loira burra...
... O velho pai e
tarefas domésticas. Dentro do
patriarcado mineiro...
“Não era dado a dividir tarefas domésticas com minha mãe ...
nem ela consentiria que ele o fizesse..”
Meu velho pai... “nem nunca se deu ao trabalho de
aprender. Sua maneira de ajudar era não
atrapalhando.” Quem administrava o
dinheiro da casa era a mãe.
A mãe... “na
organização da casa ninguém podia dar palpite”.
Nada é tão ruim que não possa ser piorado. Hoje a mulher está no mercado do trabalho e
acaba ficando com tríplice tarefa entre o emprego, atender o marido e cuidar da
casa.
Capítulo – Os diversos tons de cinza do arco-íris
O velho pai pedia respeito a todos. Lembrava inclusive de passagem no primeiro
livro de Samuel onde consta o amor dedicado por Jonatas a Davi.
Capítulo – A descontinuidade da matéria
O velho pai deixou um romance manuscrito abordando inclusive
experiências sensoriais de seres espaciais do futuro.
No centenário do nascimento dele, já falecido, os filhos
pensaram em publicar o livro dele mas os tempos mudam e o chamado politicamente
correto iria causar atrito aqui e ali com a obra. Optou-se por não publica-la.
... O velho pai sobre
religiões ... “ a melhor dentre as
religiões é aquela que nossos pais nos deram ao nascermos, seja ela qual for”.
Na política, o velho pai “defendia suas posições
progressistas...”
Se o velho pai chegasse a viver esta fase das redes sociais,
ele seria taxado de comunista vagabundo só por buscar justiça social.
Capítulo – Matando um leão por dia
Os filhos mais velhos receberam do velho pai, nomes de
parentes. Prática comum naqueles tempos. O autor, mais novo escapou dos nomes de
parentes. Se chama Flávio Augusto,
autor deste livro e que tem uma filha com o nome de Flávia, nome escolhido por
consenso do casal.
Continua no capítulo final 4/4
sábado, 28 de dezembro de 2024
Cap. 2/4 - fichamento do livro - O CULTIVO DAS DESMEMÓRIAS - autor - FLÁVIO AUGUSTO DE CARVALHO - Edição 2024
capítulo 2/4 leitura em dezembro de 2024
O velho pai tinha os dois pés atrás com religiões e mesmo
assim conhecia bem a bíblia. Ele
comenta de Jacó que passou pra trás o irmão e ganhou a posição de primogênito e
adquiriu direitos especiais por isso. E
mais adiante virou destaque do povo judeu.
O velho pai, agnóstico, levava os filhos à missa todos os
domingos...
Ele era vascaíno. Em
1950 quando o Brasil perdeu a final para o Uruguai em pleno Maracanã, no que
ficou sendo o Maracanazo, o povo jogou toda a culpa no nosso goleiro que era
negro. O velho pai não se conformava
com tamanha injustiça.
Em 1970 em tempos de Ditadura Militar, nossa seleção ganhou
mais uma copa do mundo. O governo de
então se “apossou” da nossa seleção, buscando surfar no sucesso do nosso
futebol. O velho pai ficou indignado.
Os tempos recentes e a direita com o seu deus/pátria/família
e o sequestro do verde/amarelo pela turma partidária da direita. Se estivesse neste plano, o velho pai teria
mais uma vez ficado indignado com isso.
“Meu velho pai não tinha aptidão para o êxito nos negócios”. Talvez por isso que não gostava de falar
sobre dinheiro na hora das refeições nem em hora nenhuma na maior parte da vida
dele.
O tio formado médico e a segunda guerra terminada, este
ouviu o comentário sobre as terras férteis do norte e noroeste do Paraná. Conseguiu um pedaço de terra e trouxe os
familiares de Minas Gerais para Maringá-PR.
Cita o caso dos trilhos de trem que chegaram à região norte
do Paraná. Ferrovias com bitola
estreita, fora do padrão, que não se ajustava a se articular com outros trechos
e parece que foram feitas para amarrar o desenvolvimento do país e não para
deslanchar nossa economia. Algo
semelhante ocorreu em muitas partes do Brasil, infelizmente.
O velho pai, pai de quatro filhos, na Ditadura Militar de
1964 se colocou contra o regime, mas só manifestava isso em família para
esclarecer os familiares.
Sabia ele que a pior democracia seria melhor do que uma
ditadura.
... No livro de Josué, na bíblia...
sequência natural do pentateuco de Moises...
“às vezes me pergunto: Que deus
justo e igualitário escolheria um povo em detrimento dos demais seres viventes? Que deus misericordioso poderia consentir
em guerras de conquistas que deixariam como saldo milhares de mortos e
refugiados?...”
Continua no capítulo 3/4
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Cap.1/4 - fichamento do livro O CULTIVO DAS DESMEMÓRIAS - autor FLÁVIO AUGUSTO DE CARVALHO
leitura em dezembro de 2024 (exemplar autografado)
Autor: Flavio Augusto de Carvalho – Editora Urutau –
2024
O autor é paranaense, graduado em Letras e Direito. Meu amigo pessoal, foi Gerente do Banco do
Brasil no Paraná e está aposentado.
Vamos ao fichamento do livro dele no meu jeito de leitor.
O avô dele perdeu a esposa cedo. Ele gostava da literatura. Viuvo, se casou de novo e os filhos do
primeiro casamento foram para colégio interno no interior de Minas. Eram mineiros da Divisa Nova.
Pelas normas do colégio, a menina foi para um colégio de
meninas e os meninos, a outro só para meninos.
A irmã se formou professora e um dos irmãos se formou em
medicina na UFPr Universidade Federal do Paraná.
O pai do autor narrador estudou num colégio interno em
Alfenas MG.
A avó morreu cedo de tuberculose que era de ocorrência
elevada pelo interior do Brasil naquela época. Período duro, entre Guerras Mundiais com
turbulência na Europa e mundo afora.
Tempos do nazismo, fascismo e por aqui o getulismo. Autocratas.
Tempo de ditaduras de Franco, Salazar, Getúlio e segue uma
lista.
O pai do autor serviu o Exército mas não se animou com a
instituição.
Estudou contabilidade não por gostar, mas na esperança de se
sustentar com um ofício. E ele herdou
da mãe o gosto pela leitura.
A madrasta do pai dele, católica raiz, por assim dizer,
participante do Apostolado da Oração, todo dia acompanhava a missa pelo rádio
de Aparecida do Norte. Morreu
nonagenária e quase cega, mas mesmo enxergando muito pouco, continuava fazendo
seus trabalhos em crochê.
O avô morreu cedo e o pai do narrador voltou para casa afim
de ser o arrimo da família e ajudar a
educar os irmãos.
A avó morreu com Alzheimer, mas ainda não se conhecia essa
doença e o povo dizia que a pessoa estava caduca.
Capítulo II – Poesia Alienígena
O velho pai, descendente de portugueses, ficava indignado
quando os filhos eram crianças e separavam o cravo da índia dos doces caseiros
da família. Dizia que seus ancestrais portugueses, os das
grandes navegações e descobertas, se sacrificaram muito para achar o caminho
marítimo para as Índias, inclusive atras das famosas especiarias. Assim sendo, que os netos apreciassem as
tais especiarias que valiam ouro no tempo das descobertas.
Chega a citar que naquele
tempo, por volta de 1500, para comprar 1 kg de cravo da Índia na Europa, se
pagaria sete gramas de ouro.
Os heróis do velho pai eram os poetas.
... Cita parte do
soneto que o velho pai gostava
....”sete anos de pastor, Jacó servia, Labão, pai de Raquel, serrana
bela...” Consta que estes versos são
de autoria de Camões, o grande poeta português.
Continua no capítulo 2/4
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Cap. final - fichamento do livro - A VEGETARIANA - autora coreana - HAN KANG - Prêmio Nobel de Literatura 2024
capítulo final
No caso da traição do marido com a irmã dela
doente... “A única coisa certa é que
não perdoaria o marido por nada neste mundo”.
Depois dessa traição, a vida dela nunca voltou a ser a
mesma.
No flagrante, a esposa chamou os bombeiros
socorristas. Ela cunhada ficou
internada num sanatório e ele, após exames constatarem que ele não tinha
problemas mentais, foi levado preso.
A família se afastou da doente mental e do causador de
tudo aquilo. Se afastou e não ajudou
nas contas com o internamento dela.
Ficou tudo por conta da irmã da vítima que teve que
continuar a visitar a irmã, acompanhar o tratamento, pagar as contas do
tratamento e tudo o mais. E ficou
também sem o marido depois daquilo tudo.
Na mudança de hospital, o enfermeiro, dentro do protocolo
de segurança para evitar tentativa de suicídio da paciente, revistou a bagagem
dela para ver se haveria algo cortante ou algo que pudesse ser improvisado para
um enforcamento.
A interna, neste caso, costuma ficar de cabeça para baixo
tentando imitar uma árvore da floresta.
Acha que vai tirar a nutrição da terra e não precisará de mais nada além
de água.
Gesto que ela já fazia de vez em quando na fase em que
era criança.
Pacientes no sanatório.
Olhar fixo e demorado para as pessoas é recorrente.
Se aproximar e ficar ali ao lado do outro também é
recorrente.
“Alguns tem o olhar vazio típico de quem vive encerrado
no próprio mundo”.
A doente definhando na cama, só pele e osso. Acamada.
As irmãs dela quando eram crianças foram muito castigadas
pelo pai que batia nelas e era violento.
Veterano da guerra do Vietnã.
Um dia, quando crianças, elas duas se perderam na
mata. A irmã mais nova, agora doente,
quando se perderam não queria mais voltar para casa. Já o irmão quando criança, apanhava em casa
e podia descontar na rua. As irmãs não
tinham essa alternativa.
A irmã, casada com o fotógrafo que aprontou com a
cunhada, viveu com ele por oito anos.
Se separaram após o episódio da traição.
Depois do casal separado, ele uma noite ligou querendo
ver o filho. Ela nada respondeu e
desligou o telefone. Após desligar ela
murmurou para si mesma. “Eu não te
conheço. Não preciso te perdoar, nem
precisa me pedir perdão, porque não te conheço”.
Ela cuidando da loja, do filho, das suas dores e sem
achar um sentido para a vida.
“Outra vez passou a vista pelos objetos da casa. Não pertenciam a ela. Do mesmo modo que sua vida nunca tinha sido
sua”.
“Foi nesse dia que percebeu que estava morta havia muito
tempo.”
Ela, mãe do menino Jiu só conseguia rir quando o filho
fazia graça para ve-la rindo.
No sanatório tentando se comunicar com a irmã que segue
de mal a pior. Não aceita refeição nem
por sonda. É transferida para um
hospital na capital.
O livro se encerra com as irmãs na ambulância a caminho
do hospital da capital. Fica
implícito que os dias finais da doente estavam muito próximos. Livro com final aberto. A vida tem dessas coisas.
FIM. 18-12-2024
resenhaorlando@gmail.com
domingo, 22 de dezembro de 2024
Cap. 4/5 - fichamento do livro A VEGETARIANA - autora coreana - HAN KANG - Prêmio Nobel de literatura 2024
capítulo 4/5
Capítulo Árvores em chama
A irmã foi internada num sanatório no campo para tratar
de problemas mentais. Um dia de chuva
ela fugiu do hospital e houve um esforço geral para encontra-la. Encontraram ela parada entre as árvores,
tomando chuva.
A irmã ia visita-la uma vez por mês e depois da fuga, ia
uma vez por semana.
A irmã é quatro anos mais velha que a internada e se
sente responsável por ela inclusive economicamente, já que todos os familiares
abandonaram ela na condição de doente mental.
A irmã com o peso da responsabilidade avaliava que ela
mesma era uma pessoa introspectiva.
Sobre o marido dela que fazia filmes, diz que nem
conhecia essa área artística e ele era de poucas palavras e ela não compreendia
a arte dele nem o modo de ser do marido.
Como o casal se conheceu. Ela atendia numa loja e ele chegou, barba
sem fazer, carregado de equipamentos de filmagem e de fotografia.
Exausto. Ela o
viu vulnerável e convidou-o para almoçar.
Almoçaram juntos e assim começou o namoro.
“Desde aquele dia, a única coisa que ela esperava dele
era que ele descansasse ao receber os cuidados que ela lhe dispensava. Mas apesar de seus esforços, mesmo depois do
casamento, ele parecia continuar cansado.”
Ele sempre cansado, fechado e distante. “Não demorou muito para ela se dar conta de que talvez a pessoa a quem ela
queria fazer descansar não fosse ele, mas sim, ela mesma”.
Ela que aos dezenove anos de idade saiu de casa no
interior e foi para a capital cuidar de si, dos estudos e da manutenção
sozinha.
“Assim como ela não conseguia ter certeza do seu amor por
ele, nunca teve certeza do amor dele por ela”.
...
“O que ele amava de verdade eram as imagens que filmou e
as que iria filmar no futuro.”
....
“Em casa, viu seus olhos brilharem uma única vez”. Foi quando o filho do casal deu os primeiros
passinhos rumo aos braços da mãe. Ele filmou a cena emocionado.”
O marido dela praticamente ignorava a esposa e o filho
que ia crescendo.
Mesmo quando estava em casa era como se não estivesse.
A mãe: “Ele não
está... não tem ninguém aqui. Só você e sua mãe. Vai ser assim para sempre”.
Ela numa das visitas à irmã no sanatório, buscando razões
para a irmã ter ficado assim doente. Os
sonhos estranhos dela, o vegetarianismo, o pai agredindo ela já casada na
frente da família por causa dela se recusar a comer carne. O pai dando um safanão no rosto dela e ela
transtornada logo em seguida pega uma faca e corta os pulsos.
Ela sendo socorrida, carregada pelo cunhado. Ele sabe da mancha mongólica que ela tem nas
nádegas e isso para ele é um fetiche que o embriaga.
Mais adiante, a cunhada já doente e separada do marido,
ele leva ela para o estúdio e faz sexo com ela.
A esposa pega em flagrante e o escândalo estava feito.
“O episódio fez com que desmoronasse toda a rede de
amizades da doente. Desmoronou como um
castelo de areia”.
No caso da traição do marido com a irmã dela doente... “A única coisa certa é que não perdoaria o
marido por nada neste mundo”.
Continua no capítulo final