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sábado, 25 de maio de 2019

Fichamento do livro - O Filho Eterno - autor do livro: Cristovão Tezza


FICHAMENTO DO LIVRO - O FILHO ETERNO
            Autor: Cristovão Tezza - Editora Record -  Rio de Janeiro - 14ª  edição ano 2012 - 222 páginas

O nascimento do filho dia 03-11-1980
            Página 23 - O protagonista gostava de engenhocas - relojoeiro.  (mexendo na cama do hospital  maternidade com as alavancas)
            23 - Embaraço no primeiro contato com a esposa após o parto.   "Ele prefere a suavidade do humor ao ridículo do amor, mas disso não sabe ainda..."
            24 - Alice ou Felipe, as opções de nomes.
            25 - Ao telefonar para as famílias, lá fora... e tentar organizar o dia, o mês, o ano e a vida..."
            25 - O protagonista usou psicotrópico e largou aos 15 anos por medo.
            27 - Ele, pai do bebê, está desempregado quando o filho nasceu.
            31 - A morte tem sete dias de luto e a vida continua.  Mas no caso do filho que nasceu com Down não...
            32 - Passa pelo pensamento... não preciso desse filho; não preciso dessa mulher...
            34 - Como são os pequenos mongoloides... (explica)
            36 - Eles, os mongoloides, só surgiram no século XX?
            37 - Penso que sou um escritor, mas até agora não escrevi nada...
            93 - Neste mundo...   você está aqui por uma soma errática de acasos e de escolhas.
            97 - Esteve em Frankfurt. Leu autores - Goethe, Thomas Mann, Günter Grass.
            98 - O protagonista é escritor.      ... o eterno observador de si mesmo e dos outros.   Alguém que vê, não alguém que vive.
            98 - Já fazendo frases de uma canção para o filho.
            105 - Nos intervalos dos exercícios (fisioterapia) para o filho, o ler, escrever e fumar como fuga e prazer.
            105 - Na Alemanha, trabalhando na limpeza do hospital e o colega brazuca que embolsa uma calculadora  e o protagonista o faz devolver a mesma.   "A denúncia é o último grau da indignidade"
            121 - O filho aos dois anos e dois meses dando os primeiros passos.         
            131 - De relojoeiro aos 23 anos em Antonina.         
            133 - Pai pensativo.   Dois livros por ele escritos na gaveta e dois filhos no mundo real.
            138 - O filho especial buzinando o carro com insistência... 
140 – Manual de guerrilha urbana do Maringhella que depois vira manual do crime organizado.
            141 – Em Coimbra com dinheiro desviado do MR 8 pelo integrante, o primo dentista de Medianeira-PR.
            Fica irritado com os chavões da esquerda, com os chavões da direita...
            142 – No Brasil, assume aos 34 de idade como professor concursado e se entrega ao “sistema”.
            144 – Ler e escrever como uma fuga também.
            148 – A explosão com o velho que buzinou do carro de trás dele.
            157 – Aos seis de idade do filho, a ruptura de ter que ir para outro território.  Mudar de escola...   para uma especial.
            159 – A sensação de que na primeira infância, inseguro e dividido com a literatura, não tivesse feito o suficiente pelo seu filho que requeria cuidados específicos...
            161 – O desespero de pai na primeira vez que o filho desapareceu...
            163 – Procurando o filho na rua.   ...” a simples vergonha masculina de perguntar...”
            165 – No desespero na rua procurando o filho.   E se ele entra em alguma casa, ele não sabe dizer quem é e nem o pai sabe quem é ele próprio.
            165 – A primeira coisa que o filho leu:     coca cola.
            167 – Um especial numa escola para aluno especial, argumenta-se aqui – a criança é sobrecarregada de não, bem acima do que ocorreria em escolas para os filhos “normais”.
            167 - ...acessos de teimosia inexpugnável ou de total alheamento...
            176 – Quando jovem, ele na delegacia com sua turma de teatro.  Ele branco, segundo grau, leu filosofia – do andar de cima em termos sociais.
            211 – O filho eterno – a eterna criança.
            212- A não preocupação do filho com a autoria nos seus quadros pintados.
            212 – Ser artista é um ato de rebeldia (ele diz com outras palavras).
            Algo como forçar a porta com cotovelos e joelhos...
            213 – O pai escritor – o protagonista.   “escreve umas coisinhas...”.  “o álibi de quem quer entrar no salão mas não recebeu convite”.      Uma década e meia com um “buraco” para se dizer escritor sem ter apresentado nada em termos editoriais.
            Seu sucesso foi o gesto de resistir bravamente convencido de que é escritor.
            214 – Professor – esta atividade, sim, defensável perante os outros...   ele enfim era alguém e alguém de uma certa importância.
            214 – Jovem, ele não acreditava em Deus.
          Fichamento pelo leitor Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba PR.        (41)  99917.2552
             e mail    orlando_lisboa@terra.com.br       maio de 2019

quinta-feira, 16 de maio de 2019

RESUMO DE PALESTRA SOBRE MEIO AMBIENTE (RIO BELEM) NA SANEPAR


Anotações pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
Data: 15-05-2019 – durante a Semana Nacional dos Museus
Local: No Museu do Saneamento da Sanepar no bairro Tarumã em Curitiba

Palestrante: Dudas que é Coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo. (cujo Secretário é o Sr. Marcio Nunes)

Tema: História do Rio Belém que percorre a zona urbana de Curitiba e as degradações ao longo do tempo pela ação humana que usava e usa o rio como depósito de rejeitos

No preâmbulo da fala do Dudas que é um excelente comunicador, ele fez uma abordagem de vida que inclui percalço grave, superação, preparo para “voltar ao jogo” e conquistas na carreira. Entendo que vale registrar aqui de forma sintética. Ele está pelos 50 de idade e em fevereiro de 2015 sofreu um grave AVC no qual perdeu a função de metade do cerebelo, ficou cego temporariamente de um olho (que depois se restabeleceu a visão), perfuração no coração com mistura do sangue arterial e venoso que o deixou azul por tempos, perda de equilíbrio. Seis meses de UTI fora o tempo de readaptação geral. (brinca: Dudas Sauro – O Retorno)
Passado tudo isso, foi se reinventando com foco nos estudos e muitas leituras. E valorizando cada pequena conquista do dia a dia com justa razão depois de tudo o que passou.
Estando como funcionário da área de saneamento, focou o estudo no tema dos resíduos sólidos urbanos e fez pesquisas na literatura envolvendo inclusive a história da região em foco. O recorte da abordagem de hoje foi o Rio Belém que nasce em Curitiba, corta o centro da cidade e em parte foi “sepultado” (coberto por concreto) e por cima dele passa parte da Avenida Cândido de Abreu, o Passeio Público e segue pela Avenida Mariano Torres rumo à Rodoferroviária, nas imediações desta, volta a ser a céu aberto.
Cumprimentou e apresentou a equipe que lida no ramo de resíduos sólidos, dentre estes, o Eng.Agrônomo Rui Muller que acompanha a questão de resíduos de agrotóxicos.
Mostrou um desenho de uma estrutura que tem na base a EDUCAÇÃO, logo acima, o COMPROMETIMENTO e nos patamares acima em sequência: GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA (com resíduos sólidos), MÍDIA E MARKETING, OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS (no topo). Ou seja, os resíduos sólidos são graves como problema ambiental mas podem ser processados adequadamente e gerarem produtos e renda. Passa de limão para limonada.
Falando um pouco do comportamento do “humanoide terráqueo...” - o pior bicho do planeta. Nada agrada o tal. Suja as praias, depreda a Natureza.
O cara vai pra praia, leva o isopor cheio de latinhas de cerveja, passa lá um tempão e não vai ao WC mesmo tomando todas... Onde faz o xixi? Isso mesmo: na água. E depois reclama que a praia está muito poluida...
Lâmpadas usadas. A lei em vigor diz que devem ser recolhidas e os fabricantes ou importadores tem que dar a destinação correta às mesmas. As prefeituras do PR recolheram uma enormidade de lâmpadas e não conseguem dar destinação. Tem custo. E elas ficam proibidas de colocar dinheiro público para uma solução que por lei cabe à iniciativa privada. A Abilume que é a entidade que congrega os fabricantes e importadores de lâmpadas não tem feito a parte deles.
Para ilustrar que todos nós somos produtores de resíduos, mostrou inclusive uma divisão celular no início da vida humana. Disse que o primeiro órgão que surge é o ânus, ou seja, o orifício de saida de resíduos. Depois é que vem a boca e demais órgãos. Todos somos parte do problema dos resíduos e teremos que nos sentir parte da solução.
Em campanha sobre conscientização para a destinação correta de resíduos sólidos, a Sanepar fez convênio inclusive com a Yotuber Iara Capraro (de Morretes-PR) que tem uma legião de seguidores. Ela é uma formadora de opinião e ajuda na campanha pela destinação correta de resíduos sólidos.
Na busca de revitalização do Rio Belém, uma das etapas foi buscar um tanto da história do referido rio. E o palestrante encarou a tarefa. Mostrou uma série de dados sobre o tal. Seguem alguns: em 1857 aparece um mapa de Curitiba detalhando a presença do Rio Belém em destaque. Mostrou outro mapa localizando onde ficaram as colônias dos europeus que migraram para Curitiba, como Alemães, Poloneses, Italianos e outros.
No século XIX a exploração da erva mate, que já vinha de mais tempo em toda a região, estava em grande atividade. Curitiba era uma das cidades onde havia empresas que processavam a erva mate para destinar em parte ao escoamento via Porto de Paranaguá. Em 1873 já estava aberta a Estrada da Graciosa e então era uma das rotas de comércio da erva mate.
1876 – Lamenha Lins era o Presidente da Província do Paraná. O Rio Ivo que cortava o bairro do Batel foi canalizado e então todo resíduo gerado nas imediações se concentraram no Rio Belém.
1880 a 1885 foi o período da construção da Estrada de Ferro Paranaguá a Curitiba, já que ela se iniciou no litoral e subiu rumo a Curitiba. Estrada pronta, estação perto do Rio Belém, nova pressão sobre o Rio com dejetos gerados nos vários hoteis e hospedarias que se formaram no entorno da Estação. E havia então as estrebarias para cavalos, já que o transporte até então eram predominantemente a cavalo ou carroças. Animais que também geravam resíduos e que iam parar no Rio Belém.
Estrada de Ferro – foi desafiadora e feita em tempo relativamente curto, subindo os mais de 900 m de altitude da Serra do Mar. Um enorme desafio da engenharia. Trilhos e pontes de ferro vieram da Bélgica e aqui foram montados. Boa parte da obra ficou a cargo dos Engenheiros Rebouças, irmãos negros formados na Europa, filhos de pai branco com mãe negra. O pai era um dos conselheiros do Rei.
1899 – Fizeram um matadouro de bovinos e suinos perto do Rio Belém e todo rejeito ia direto para o Rio.
1910 – Cândido de Abreu visita Paris e se encanta com um portal de lá e resolve fazer uma réplica do mesmo no nosso Passeio Público. O curioso é que o portal lá de Paris é de um cemitério de cães datado de 1899.
Para mostrar que não é de hoje que o povo é descuidado para o meio ambiente, ele citou que o uso de penicos teria vindo de uso de embalagem de manteiga. Os patrões consumiam a manteiga e a embalagem passou a ser usada pelos escravos como penico para uso doméstico. A prática acabou sendo adotada depois pelos patrões e pela população urbana em geral da época.
1975 - Assinado documento que tratava de obra de “sepultamento” de parte do Rio Belém, escondendo apenas os problemas do mesmo com a deposição de resíduos ao longo do tempo. A obra ficou pronta em 1977.
Uma agravante a mais: No passado foi liberada uma área e construido um cemitério no Bairro Cachoeira (Curitiba) justo acima da cabeceira da nascente do Rio Belém. Mais de 3.500 sepulturas há no local.
Ele ironizou: O humanóide destroi mas tem piedade da coisa. Ele escreveu um livro sobre o rio Belém e na hora do título colocou: Rio Belém
“O desgraçado”
Consta que muitos ficaram indignados com o título, mas ele no conteúdo explica a razão do nome da obra.
Na fase final da palestra destacou que foi num grande evento de designer em Miami e havia fila para ver a obra primeira colocada no certame. Uma instalação com uma pia de WC e algo como uma massa marron que entrava pela torneira da pia e saia pelo sifão e deste, entrava num vaso sanitário. O caminho do resíduo...
O mote é conhecer nosso meio ambiente, ver como nos relacionamos com o mesmo e os cuidados que devemos ter para que o mesmo seja preservado até para perenizar as condições de vida para todos os seres. Todos. drsparana@gmail.com (e maildo Dudas)

terça-feira, 30 de abril de 2019

RESUMO DA PALESTRA DO GEÓLOGO DA PETROBRAS – DESCOBERTA DO PRÉ SAL (abril de 2019)


     Palestrante:  
     MARCO ANTONIO PINHEIRO MACHADO       08-04-2019
         O evento foi realizado na sede do Senge Sindicato dos Engenheiros no Paraná em Curitiba-PR.     Na ocasião foi também divulgado o livro do palestrante que atualmente é aposentado da Petrobras e fez parte da equipe que descobriu o petróleo do Pre Sal na costa marítima brasileira.   Nome do livro:   PRÉ SAL : A SAGA.
         O palestrante é graduado pela UFRS e trabalhou na empresa até 2016 quando se aposentou.    Destacou que a sua motivação para escrever o livro foi mostrar ao público leigo o que é o Pré Sal e seu potencial.
         Paralelamente, mostrar a importância da Petrobras à Nação.
         Descobertas de jazidas da camada do pré sal (águas profundas) como o campo de Parati, Tupi, Carcará.    Disse que Carcará foi recentemente vendido a preço de banana para uma estatal norueguesa.   
         Uma cronologia básica:    (Brasil)
         1859 – perfurado o primeiro poço de petróleo no Brasil
         ...  1973 – Guerra do Oriente Médio e  a formação da OPEP Organização dos Países produtores de Petróleo.
         1995 (tempos de FHC) o governo federal quebra o monopólio da Petrobrás na exploração de petróleo brasileiro.
         2006 – O Brasil chega à auto suficiência em petróleo.
         (atualmente, 2019 – nosso consumo está na casa dos 3 milhões de barris de petróleo por dia)
         2007 – Anúncio da descoberta de grandes jazidas de petróleo na camada do Pré Sal.
         2010 – O Brasil lança novo marco regulatório do petróleo.
         2016 – O Brasil decide pelo fim da exclusividade da Petrobrás em exploração de petróleo nas jazidas descobertas.  (no início do governo Temer)
         Os campos do pré sal estão mais comumente a 240 km da costa do estado do Rio de Janeiro.      Mas abrange uma região que envolve costa paulista, carioca e mais acima.
         O óleo importado dos árabes é mais leve, enquanto o óleo que o Brasil vinha explorando antes do pré sal geralmente é pesado e nossas refinarias estão mais calibradas para o óleo importado, mais leve.   Então comumente o Brasil exporta parte do óleo mais pesado em bruto, sem refino e compra óleo ou refinados de alguns outros países.
         Já o petróleo do Pré Sal é leve e favorável às nossas demandas.
         Citou alguns geólogos da equipe da descoberta do Pré Sal.   Gamboa, Marcos Bueno, Desidério, Marco Antonio Pinheiro Machado (o palestrante).
         Na prospecção de novas jazidas, há uso de navios com equipamentos de císmica de reflexão do som para mapear as camadas em profundidade.
         A primeira descoberta do Pré Sal é da reserva de Parati.   Mas o andamento das atividades teve meandros  e o poço de Tupi, apesar de descoberto depois, foi o que primeiro gerou petróleo comercial.     Na época da descoberta se definiu, para ajudar a divulgar o evento, o termo do Pré Sal.  
         Visto o potencial da descoberta, o Brasil criou uma nova empresa estatal para gerir as jazidas da modalidade.   PPSA.     Criou-se também o Fundo Social a ser abastecido por parte da renda do petróleo do Pré Sal e a destinação seria exclusivo à Educação.      Anteriormente a Noruega era um país que não despontava tanto em termos gerais até que descobriu petróleo em abundância e aquele país privilegiou a Educação e com isso deu um salto de bem estar social e desenvolvimento.    Essa inspiração moveu o governo brasileiro a focar em Educação com renda de fatia do Pré Sal.
         Num segundo momento o Congresso optou por colocar parte para a Educação, parte para a Saúde...   (isto no chamado regime de partilha)
         Dentre as instituições do setor, há a ANP Agência Nacional de Petróleo, vinculada ao Ministério das Minas e Energia.
         O salto em nossas reservas de petróleo requereu uma busca de captação de capital para a exploração.   A Petrobrás fez a maior capitalização  (via captação no mercado internacional) de 70 bilhões de dólares para expandir atividade.      Ela atua no pré sal via Cessão Onerosa.   Paga-se uma taxa definida à União pelo tanto de petróleo extraído de determinado campo.
         Ele citou uns números que resgato assim por aproximação.   Antes do pré sal as reservas brasileiras de petróleo eram estimadas na casa de uns sete bilhões de barris.   Numa primeira fase do pré sal, já se delimitou algo que soma ao redor de 35 bilhões de barris como nossas reservas.   Mas estima-se que nossas reservas chegarão a 100 bilhões de barris de petróleo o que nos coloca entre os grandes atores do setor, aí incluído o mundo árabe.      Tudo isso tem consequências geopolíticas e na desestabilização de governos por interesses hegemônicos externos.
         Ele também é da opinião de que o petróleo no mundo não vai acabar.  O que haverá é uma série de novas alternativas energéticas mais limpas e mais baratas que ganharão destaque e mercado.    Eólica e solar são dois exemplos.
         Os russos lideram teoria de origem não orgânica para o petróleo até pela quantidade que tem sido descoberta ao longo do tempo.
         Frase do Rockfeller:     “A maior empresa do mundo é uma petroleira e a segunda é uma petroleira mal administrada”.
         Ainda não li o livro do geólogo, mas na primeira oportunidade que surgir devo ler pois o setor energético é estratégico para qualquer Nação e até certo ponto esclarece de forma indireta a luta pela hegemonia mundial desde longa data.                           orlando_lisboa@terra.com.br
         Este conteúdo está também publicado no meu blog de fichamento de livros e de resenhas de palestras:    www.resenhaorlando.blogspot.com.br
         Havendo algum feed back, será sempre bem vindo.   Sendo leigo no assunto, posso ter cometido alguma falha de entendimento e anotação.

        
        

        

segunda-feira, 15 de abril de 2019


RESUMO DO CITY TOUR EM DUBAI NO RETORNO DA ÍNDIA

         Viajamos numa missão técnica para a Índia, partindo de São Paulo, Brasil e o foco do grupo foi a cana de açúcar e seus produtos, uma vez que o Brasil é o maior produtor mundial e grande exportador e a Índia é o segundo colocado no setor.     O grupo foi articulado pelo PECEGE que é um programa de pesquisa ligado à ESALQ USP de Piracicaba SP onde eu fiz Engenharia Agronômica entre 1973 e 1976.   
         Como blogueiro amador, fiz várias matérias aqui para o blog da viagem pela ordem de chegada, ou seja:  Mumbai, Pune, Agra e Nova Delhi na Índia.    A visita a Dubai não constava do roteiro porque em princípio iriamos apenas fazer escala naquele ponto turístico de grande procura.     Na volta, o voo da Emirates atrasou um tanto entre a Índia e Dubai e não alcançamos o voo em seguida rumo a São Paulo.    Assim ficamos acomodados um dia e uma noite em Dubai por conta da companhia, o que foi um mal que veio pra bem.   
         Seria uma pena só passar por lá e não fazer ao menos um city tour, o que acabou acontecendo por conta do atraso do voo.    Eram 3 h de Nova Delhi a Dubai e 14 horas desta até São Paulo.




         Nossa delegação estava em oito e fretamos uma van com
 motorista para nos levar nos principais pontos turísticos da cidade que fossem possível num dia que ao nosso ver rendeu bem.   Em alguns pontos só passamos em frente e em outros paramos como se verá a seguir.
         Visitamos um Museu da cidade que tem seu lado de longa história, já que uma atividade do passado por lá era o cultivo de pérolas na costa marítima.    Amostras de armas primitivas e trabalhos do cotidiano dos antepassados remotos.




         Passamos pelos hotéis Atlantis

o_Burj Al Arab Hotel  que tem a forma de um barco e que seria o único hotel sete estrelas, quando a escala normal é até cinco estrelas.    Fica numa micro ilha artificial de aterro, numa praia. Foto abaixo:


         A praia em si onde fica o hotel é um pouco estranha, já que a areia fica alta e de quem olha da orla, da calçada, se vê o mar um pouco adiante mas não se enxerga o local onde as ondas morrem na praia.   Não vi como quebram as ondas no local e tinha pouca gente de banhista.   Parecia haver mais turistas como nós dando uma olhada no local para depois seguir adiante.

         O hotel Atlantis
fica na chamada palmeira artificial, ou seja, aterraram o mar em forma de uma palmeira imensa e nesta há várias edificações de luxo incluindo o hotel citado.   No caso só passamos em frente e seguimos adiante.   Foto abaixo:



         Visitamos junto ao cais onde o pessoal faz uma pequena travessia de barco num braço de mar bem estreito, um trecho de uns 700 m de água. 


         Por perto, há um local de comércio popular como uma rua de calçadão só para pedestres, coberta num trecho de uns dois quarteirões, com lojas de joias e artesanatos mais populares, mas muito bonitos.
         Em seguida fomos a um enorme Shopping
(Shopping Mall of the Emirates


Vista acima, parcial do aquário em um dos setores

 foto com os crocodilos acima no aquário

que entre outras coisas tem um aquário gigantesco com uma série de atividades para os turistas, desde passar por algo como um túnel de vidro transparente vendo os peixes, alguns de mais de um metro e meio de tamanho (arraias, tubarões, etc), até andar em grupo num barquinho onde o guia alimenta os peixes e eles fervilham ao redor do barco e das pessoas.  Barco de fundo transparente para não se perder nada de vista e das filmagens para recordação.    Fizemos esse passeio pelo aquário e valeu a pena e o custo.
         Um setor com pinguins e um setor com dois enormes crocodilos de uns dois metros cada.


         Jantamos no Shopping e no lado externo deste há o local com lago onde tem no cair da noite o show das águas com movimento, luz e música.  Um belo espetáculo.


(tentei colocar o video feito com celular e não consegui.  então pela primeira vez postei um video no Youtube e aqui vai o link




         Ao lado do Shopping e do lago citado, fica a famosa 

torre Burj Khalifa 


     Amador, de celular, consegui fotografar a torre toda fatiada...

que seria a mais alta do mundo.      Quando fomos ver para tentar subir na torre, fomos informados que pelo horário já meio tarde, eles levavam a uma etapa tipo no 80º dos 160 andares.    A torre tem 828 m de altura.     Quem do grupo se informou disse que para a primeira etapa o custo sairia em reais por pessoa a R$.525,00 e se fosse mais cedo, para chegar ao topo, seriam ao todo algo como R$.620,00.     O pessoal achou por maioria que não iria subir e ninguém subiu de fato.   Ficaram as fotos como recordação.

         Uma bela mesquita 



foi vista numa avenida que percorremos e paramos um momento para tirar foto e seguir adiante.   Consta que o município com pouco mais de 2.000.000 de habitantes teria mais de 300 mesquitas entre grandes e pequenas.
         O aeroporto local é muito lindo e amplo e eles informam que os passageiros tem que se pautar mais pelos avisos escritos porque evitam anúncios em alto falantes para não incomodar as pessoas.
         Em resumo, para um dia de passeio que nem estava previsto no nosso roteiro, foi um grande brinde mesmo para nós já meio cansados de quase dez dias de viagem pela Índia sempre com agenda de atividades.


domingo, 14 de abril de 2019


VISITA A NOVA DELHI – ÍNDIA – MARÇO DE 2019

         Fomos do Brasil à Índia numa expedição técnica com foco no setor da cana de açúcar e dos seus produtos até pelo fato do Brasil ser o primeiro produtor e grande exportador de açúcar e pelo fato da Índia estar em segundo lugar nesse campo.   Visitamos por lá Instituto de pesquisa no ramo, Bolsa de Mercadorias (em Mumbai), lavouras, indústria para trocarmos informações setoriais.   Foi uma experiência e tanto.   Nossa delegação foi composta de oito integrantes capitaneados por um Doutorando em Economia pela ESALQ-USP Piracicaba-SP, dentro do programa PECEGE. 
         Visitamos mais ao sul da Índia a litorânea Mumbai, que já foi objeto de publicação recente no meu blog.
         Em seguida, visitamos no interior da região de Mumbai o município de Pune que já fica acima de uma serra, numa região de planalto.   Esta também foi objeto de matéria neste blog.
         Na sequência, visitamos já em caráter cultural a histórica cidade de Agra onde a atração é o TAJ MAHAL que é tombado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.    Como nos demais, fiz também matéria recente.      Naquela cidade tem além do Taj Mahal, o majestoso Forte Vermelho que é uma verdadeira cidade murada e fortificada onde residiam em palácio, sucessivos reis Mongois que dominaram vasta região e de lá comandavam o império.    O prédio majestoso do Forte Vermelho, de 1565 é bem próximo do Taj Mahal e de um se avista o outro, tendo um rio próximo a ambos.     Vale ressaltar que o Taj Mahal é na verdade um mausoléu onde foi sepultada uma rainha de um dos reis mongóis da época.
        
         A pauta agora é a visita à capital federal Nova Delhi que segundo consta seria a segunda mais populosa cidade do mundo atrás de Toquio. 
         Em Nova Delhi nos hospedamos num hotel na parte nova, na região denominada de green city onde o custo de vida é bem mais elevado e o sistema viário é muito bom, amplo e tem ótima arborização e canteiros em avenidas muito bem cuidados.

     Além do trânsito sempre em mão inglesa (pela contra mão nossa), uma das coisas que chama a atenção por lá é o elevado número de tuc tuc que são uns triciclos feitos por adaptação de uma carroceria tipo automóvel, capota de lona, no chassi de uma motocicleta.     Faz a vez de parte dos taxis e são versáteis, passam em qualquer pequeno espaço e são econômicas, apesar de não serem um primor de segurança.


         As tuc tuc lá de Mumbai que são taxis tem a cor padrão preto/amarelo e as de Nova Delhi tem as cores verde/amarela.     Cheguei ver miniaturas delas no comércio, deixei para comprar depois e no fim voltei sem ela.   Arrependimento.   Faz parte de viagem isso.



         O destaque do que visitamos em Nova Delhi fica por conta de monumentos históricos, vários sendo tombados como Patrimônio da Humanidade, uns datados de 1311 e outros mais ou menos antigos.
         Visitamos também o monumental (com muito ajardinamento) memorial a Gandhi que é o herói nacional da libertação do povo indiano do império britânico, o que ocorreu em 1947.

         Na foto abaixo, detalhe de parte do Memorial de Gandhi em N.Delhi



  Acima  detalhe do local onde fica uma pira acesa ao longo do tempo.


         Visitamos uma antiga mesquita 
          extremamente ampla onde o povo muçulmano (que é minoria no país) usa para fazer suas preces.    O local é bastante visitado por turistas.
 Nome da mesquita:  Jama Masjid.    Consta que é a maior da Índia, que não é um país de grande expressão do islã.    Mesquita edificada no tempo do imperador Mongol Shah Jahan e concluída em 1656.  Feita por cinco mil operários em seis 
anos.    Notar que a mesma está em plena atividade dos adeptos do Islamismo.



         A mesquita fica na parte antiga de Delhi e logo ao lado, um movimentado comércio de especiarias, artesanatos e assemelhados com um verdadeiro formigueiro de gente.    Mistura em ruas bem estreitas uma legião de pedestres disputando espaço aqui e ali com carrinhos de entregadores de mercadorias aos comerciantes, assim como pequenas motos carregadas de mercadorias e os triciclos movidos a pedaladas, que faz passeios com os turistas como se fosse um taxi.   Passeamos nesses triciclos e é uma sensação à parte até pela forma de caminhar no meio de tantos pedestres.
   Triciclos de aluguel onde o ciclista vai no pedal e os turistas no banco de trás curtindo o ambiente.  (acima, a fiação elétrica é bem caótica também)



         Visitamos o maior templo da religião sikh 
que tem menos seguidores do que o induismo, esta sim, a religião majoritária que seria seguida por ao redor de 82% do povo indiano.     Para visitar o tempo siqui a pessoa tem que cobrir a cabeça, mesmo os homens e pisar descalço pelo piso em geral de mármore.    Muita gente o tempo todo visitando o templo e muitos indo para cumprir seus ritos de fé.
Nome do templo (não é mesquita muçulmana) sikh :  Sri Bangla Sahib Gurdwara
         No salão anexo ao templo, um espaço enorme com filas de tapetes e pessoas sentadas ao chão, forma de costume, tomando refeição que é feita por uma legião de voluntários que se revezam na atividade.  Quem está tomando a refeição gratuita sempre, umas cinco mil refeições por dia, é pobre ou não pobre, sem distinção.     Eles tem um sistema de dízimo sólido que garantem o suprimento sem problemas.     Por uns minutos, na cozinha industrial, orientado pelo guia, ajudamos a assar uns pãezinhos parecendo massas de mini pizzas que logo seriam servidas no refeitório ao lado.
    


         Outra mesquita visitada, que data de 1311
e está bastante conservada, mas ao que parece, está mais como ponto de visitação pública.   É de uma enormidade no tamanho, toda em pedras de arenito avermelhado e amplo pátio interno descoberto para conter grande público.     Uma torre de pedra de 73 metros de altura, com a base toda trabalhada, chama a atenção pela magnitude de uma obra feita há mais de 700 anos.      Consta que seis povos em fases diferentes usaram Delhi como centro de poder ao longo de milênios.
             Torre isolada mais alta da Índia (com 73 m), o Qutb Minar (Torre da Vitória) marca o primeiro reino muçulmano iniciado em 1193 no norte da Índia.    Fica no complexo arquitetônico que engloba a Mesquita Quwwat-ul-Islan cuja vista parcial está na foto abaixo.






Detalhe da base da torre em pedras de arenito vermelho trabalhadas.
Acima, vista de parte da mesquita com seus pilares em pedra de arenito trabalhadas

         Visitamos na parte nova da cidade a parte onde fica o Palácio do Governo e nas imediações, um imenso parque que tem em seu ponto principal o Portal que representa uma homenagem aos 30.000 soldados indianos que morreram na guerra mundial (segunda) junto com os britânicos que eram então o império do qual a Índia era uma das colônias.

         Em resumo.    Uma cidade enorme que reúne em harmonia o antigo e o moderno e fervilha de gente e tudo azeitado pelo crescimento de PIB ao redor de seis por cento ao ano, o que é bastante acima da média mundial nestes tempos, talvez a metade disso.       Só para comparação, o metrô de São Paulo conta com 90 km de trilhos.   O de Nova Delhi,  300 km.