CAP. 10/20
O governo chinês tem
um plano de investir 1 trilhão de
dólares no exterior para desenvolver novas rotas de comércio terrestres e
marítimas ao redor do mundo. Inclui o projeto ferroviário que parte do Sul
da China até chegar em Madrid – Espanha.
117 – Donald Trump se fecha no America
First e a China de Xi Jinping apoia o livre comércio.
“A China como apoiadora do comércio
livre, cooperação e desenvolvimento do mundo todo...”. A Sigla do Projeto é BRI Belt and Road
Initiative – Iniciativa do Cinturão e da Rota.
Seria o plano do século, por assim dizer, nas palavras de Xi Jinping,
presidente da China.
117 – Na vinda do Primeiro Ministro Li
Keqiang ao Brasil este deixou clara a vontade de participar da licitação de um
“Projeto Estrutural” para a América do Sul.
Começando por uma ferrovia ligando o Brasil ao Peru e de lá o caminho
por oceano fica mais curto para a Ásia.
Deste eixo ferroviário, partiriam outros ramais ferroviários no interior
do Brasil facilitando escoamento e comércio.
Ferrovia tem frete de menor custo em relação a rodovias.
O mercado internacional apelidou o
slogan do Trump de America Alone (América Sozinha) ao invés do America First.
“Um grupo de jornalistas do De Spiegel
explicou que os USA está se retirando da política global...” o vácuo de poder criado por causa dessa
retirada está sendo particularmente aproveitado pela China”.
Foi em 2013 que Jinping se referiu no
Cazaquistão à Nova Rota que viria a ser a BRI.
Em 2019 a Itália foi o primeiro país do
G7 a assinar o acordo no BRI. Ao todo
já são 126 países e envolve cooperação etc.
Entre eles, Austria, Itália, Portugal, África do Sul, Nova Zelândia,
Panamá, Chile e Uruguai.
118 – Foi inaugurada uma Corte
Internacional na China. Tem duas sedes.
Uma em Xi´na, um local simbólico por ter sido peça chave na Rota da Seda do
passado e outra em Shenzhen, lugar longe de Pequim, mas um centro tecnológico
importante. “Nome da entidade: Corte Comercial Internacional da China”. O apelido é Corte da Nova Rota da Seda. Esse
tipo de Corte para dirimir questões de comércio há em Singapura e Dubai.
“Quem quiser fazer negócio com a China,
recomendo fortemente aprofundar como o seu setor se encaixa na BRI.”
119 – Rota da Seda Digital. A Zâmbia, país africano rico em cobre e
cobalto. Exemplo de interesse de
comércio dos chineses.
No Brasil a Wuawei não é muito conhecida pelos
celulares, mas ela tem fortes investimentos em infraestrutura tecnológico do
sistema telefônico. Na América Latina
ela já patrocina muitos times de futebol na Argentina, Colômbia, Peru, México.
120 – Pela ordem, os países nos quais a
China mais realiza investimento na Rota da Seda. Índia > México > Malásia > Filipinas
> Etiópia > Rússia > Camboja> Nigéria...
Reclamações dos entes privados. Não conseguem competir com os chineses que
tem tecnologia, projetos e tem capital para tocar os projetos.
Ela se defende alegando que o faz
dentro das regras da OMC Organização Mundial do Comércio.
Os USA não tem tecnologia 5G e tenta
convencer outros países a não adotarem o 5G da empresa chinesa Wawei. A desculpa americana é falta de segurança
dos dados. Por outro lado, há um
histórico no qual os americanos espionaram empresas e governos incluindo da
Alemanha e do Brasil.
ROTA DA SEDA ORIGINAL
Rotas comerciais com o mundo de mais de
dois mil anos. Estradas e infra estrutura entre Ásia e Europa. O nome de Rota da Seda foi criado no século
XIX porque a seda era um dos produtos muito consumidos na Europa e era
produzido quase exclusivamente na China.
Havia rotas terrestres e marítimas no conjunto. Os principais produtos que iam do Ocidente
para a Ásia: cavalos, camelos, cães e outros
animais exóticos e domésticos. Frutos
como uva, mel, cobertores, tapetes e outros têxteis, ouro, prata, armas e
armaduras.
O Oriente enviava para o Ocidente
produtos como: seda, chá, marfim e
pedras preciosas, porcelanas, especiarias (canela, gengibre etc), perfumes,
corantes, arroz, papel e pólvora.
Circulavam também bens intangíveis como crenças, religiões etc. Também doenças transmissíveis circularam na
rota da seda nos dois sentidos.
Poucas pessoas percorriam a rota toda,
de milhares de km. Havia muitos
entrepostos e o comércio comumente ia mudando de intermediários no trecho. O ponto de partida na China era a
cidade de Xi`an . A Muralha foi construída para proteção do
povo e para manter fluindo a Rota da Seda e seu comércio.
Troca de conhecimentos. Incluia viagens de monges budistas da China
indo para a Índia em busca de conhecimentos e acesso a textos sagrados. Há um diário de alto valor histórico: Diário de Xuan Zang com escritos de 629 a 654
depois de Cristo.
O veneziano Marco Polo percorreu a Rota
da Seda e escreveu sobre a viagem. Ficou
16 anos na China no tempo das viagens.
Em grego antigo se designava a
China como Seres – Terra da Seda.
Continua no capítulo 11/20