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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

CAP. 05/05 - FINAL - fichamento do livro: A VIDA NÃO É ÚTIL - Autor: AILTON KRENAK, líder indígena Krenak, jornalista e ativista

capítulo 05/05 (final)

 

         “O mundo ocidental formatou o mundo como uma mercadoria...”

         “Acho gravíssimo as escolas estarem ensinando a reproduzir esse sistema desigual e injusto”.

         “Os pais renunciaram a um direito, que deveria ser inalienável, de transmitir o que aprenderam, a memória deles, para que a próxima geração possa existir no mundo com alguma herança, com algum sentimento de ancestralidade”.

         Aqui ele toca em mais um assunto que parece controverso na visão ocidental:    ...”mas não é inventando o mito da sustentabilidade que nós vamos avançar.”    Ele entende que é um paliativo que não resolve.  Ver o que ele diz:    “Por isso acho que seria irresponsável ficar dizendo para as pessoas que, se nós economizarmos água, ou só comermos orgânicos e andarmos de bicicleta, vamos diminuir a velocidade que estamos comendo o mundo – isso é uma mentira bem embalada”.

         “A vida é tão maravilhosa que a mente tenta dar uma utilidade a ela, mas isso é uma besteira”.   “A vida é fruição, é uma dança, só que é uma dança cósmica, e a gente quer reduzi-la a uma coreografia ridícula e utilitária”.    “Mas nós somos o tempo inteiro cobrados a fazer coisas úteis”.

         Índios jovens no Brasil se suicidando.     Perguntam ao Krenak o que ele acha disso.   “Porque eles estão achando a vida tão cretina e essa experiência aqui tão insalubre que estão preferindo ir para outro lugar”.   “Eu sei que falar disso é doloroso... mas a gente não precisa ter medo de nada, nem disso”.

         Sobre viver em lugar com miséria e violência.    “Porém os lugares de miséria e violência fomos nós que criamos, não tem existência por si”.

         “Também não podemos ficar alimentando essa ideia de destino”.

         “Os povos nativos resistem a essa investida do branco, porque sabem que ele está enganado e, na maioria das vezes, são tratados como loucos”.

         “O pensamento vazio dos brancos não consegue conviver com a ideia de viver à toa no mundo.   Acham que o trabalho é a razão da existência.”    “Eles escravizaram tanto os outros, que agora precisam escravizar a si mesmos”.     “Não podem parar e experimentar a vida como um dom e o mundo como um lugar maravilhoso”.

         “Eles ficam horrorizados com isso e dizem que somos preguiçosos, que não quisemos nos civilizar”.    ...”pisam duro sobre a Terra.  Nós pisamos leve, bem leve”.

         Krenak tem participado de muita lives (na internet), muitas conferências e tem alguns títulos e comendas como a Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República.  Em 2016 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Juiz de Fora MG.              FIM

         Término da leitura e do fichamento dia 05-01-2022 

CAP. 04/05 - fichamento - livro - A VIDA NÃO É ÚTIL - Autor: AILTON KRENAK - líder indígena da tribo Krenak, jornalista e ativista.

 capítulo 04/05

           As ferramentas mais antigas não davam ao homem as condições de exaurir o planeta, já as ferramentas mais modernas têm esse poder, nos dão esse poder.   “Ou você ouve a voz de todos os outros seres que habitam o planeta junto com você, ou faz guerra contra a vida na Terra”.

         Capítulo – O Amanhã Não Está à Venda

         O povo Krenak na pandemia se isolou na reserva que tem apenas 4.000 hectares no Vale do Rio Doce em Minas Gerais.

         As desigualdades entre povos e sociedades pelo mundo.

         “De modo que há uma sub-humanidade que vive numa grande miséria, sem chance de sair dela – e isso também foi naturalizado”.

         Temos que abandonar o antropocentrismo”.   (essa de colocar o ser humano como centro de tudo no planeta).

         “Esse pacote chamado humanidade via sendo descolado de maneira absoluta desse organismo que é a Terra, vivendo numa abstração civilizatória que suprime a diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos”.

         Há os que ficaram esquecidos pelas bordas do planeta.   Índios, aborígenes, quilombolas e outros.   “Eu não me sinto parte dessa humanidade.   Eu me sinto excluído dela”.    “Não sou um pregador do apocalipse, o que tento é compartilhar a mensagem de um outro mundo possível”.

         Cita o livro A Peste de Albert Camus.   Citado por Domenico De Masi, Camus teria dito no passado:   “A peste pode vir e ir embora sem que o coração do homem seja modificado”.

         “Não faz sentido que, para trabalhar, uma mulher tenha de deixar seus filhos com outra pessoa”.

         Se após a pandemia voltarmos à vida tal qual vínhamos levando...

         “Aí, sim, teremos provado que a humanidade é uma mentira”.

         Capítulo – A Vida Não é Útil

         A natureza é finita...   nossos desejos são infinitos... não tem limite...

         Ele lembra que na cosmovisão dos brancos, já houve um fim do mundo com o dilúvio.   Então ele acha que não devemos achar tão estranho os índios alertarem para o colapso do planeta que estamos causando.

         Disse que na floresta no passado a caça e a coleta estavam por perto e hoje com a degradação da natureza tudo ficou mais escasso e mais distante.    Já o povo das cidades não enxerga isso.   As coisas estão no comércio, ao alcance da mão (para quem pode comprar).

         “O mundo ocidental formatou o mundo como uma mercadoria...”

                   Segue no capítulo 05/05 (final)

domingo, 9 de janeiro de 2022

CAP. 03/05 - fichamento - livro - A VIDA NÃO É ÚTIL - autor: AILTON KRENAK - líder indígena, jornalista e ativista.

 capítulo 03/05                leitura em janeiro de 2022

 

         O século XX com todas suas guerras demostra isso.     Se temos armas suficientes para destruir o planeta, isto já comprova nossa desqualificação...  do nosso abuso dos outros seres”.

         “Todos os seres estão ofendidos com a nossa grosseria”.   Outros seres estão nos olhando e se perguntando:  “O que esses humanos estão fazendo?”   “Estamos vivendo uma tragédia global.    .... e o capitalismo teve metástase pelo mundo todo.     ...”é claro que o que estamos vivendo é uma crise, no sentido de erro.   Outro rumo – ele fala do “sonho coletivo...”

         Capítulo 3 do  livro – A Máquina de Fazer Coisas

         Diferentes narrativas indígenas – gente que já foi peixe.   Gente que já foi árvore...    Essa narrativa é recorrente em povos originários como os Ainu no Japão, os Guaranis, Yanomamis, índios do Canadá e dos USA.

         Lembrou das iniciativas para defender as florestas.  Citou inclusive a iniciativa do consagrado fotógrafo mineiro de Aimores-MG, Sebastião Salgado que reflorestou a propriedade da família e restaurou o ecossistema local através do Instituto Terra.    (Vi o Salgado quando expos suas fotos no MON Museu Oscar Niemeyer em Curitiba).   Li também o livro dele chamado Da Minha terra à Terra.   Muito relevador, por sinal.

         Krenak destacou que o Banco Mundial seguindo diretriz da ONU vem tentando proteger o meio ambiente.

         O Ailton Krenak opta por não usar automóvel nem combustível fóssil para locomoção.

         Muitos atenderam no mundo o chamado das autoridades para o distanciamento social na pandemia e o povo em geral colaborou.   Poderia o povo atender um chamado para proteger a natureza também.

         “Nas tradições que eu compartilho, não existe poder sobrenatural.   Todo poder é natural e nós participamos dele”.

         Os pajés, em suas diferentes cosmologias, saem daqui e vão a outros lugares no cosmos”.   Cita Davi Kopenawa em seu livro A Queda do Céu.

         “nos conta sobre o trânsito da cosmovisão Yanomami”.     ...”acho que nós estamos vivendo como uma situação-limite, acho que o que estamos passando é uma espécie de ajuste de foco no qual temos a oportunidade de decidir se queremos ou não apertar o botão da nossa autoextinção, mas todo o resto da Terra vai continuar existindo”.

         Os bilionários embarcando rumo ao espaço.    “uma tremenda infantilidade  espiritual, não consegue tecer críticas sobre sua história”.

         Estamos furando a camada de ozônio e não estamos nos importando com isso.   Diz que propor aos mais jovens desacelerar essa depredação e eles alegarão:   “Agora que chegamos à festa e vocês querem que ela acabe?”.

         O sistema capitalista nos viciou no “novo”.   Tudo que é novidade vem sendo agregada como mais outra necessidade humana.    “As pessoas hoje querem nascer em hospitais e depois viverem blindados quanto à possibilidade de morrer.    

         Faz uma breve referência a Gandhi criticando o consumismo do ocidente.   Cita também o livro Esferas da Insurreição, de Suely Rolnik que diz que o capitalismo virou o necrocapitalismo...

         Destaca:   “Os outros seres são junto conosco...”

        

         Segue no capítulo 04/05

sábado, 8 de janeiro de 2022

CAP. 02/05 - fichamento - livro - A VIDA NÃO É ÚTIL - autor: líder indígena AILTON KRENAK, ativista e jornalista.

 capítulo 02/05

          Ailton Krenak começou a visitar outras tribos no Nordeste do Brasil. Foi alertando as pessoas nas tribos que visitava:   “Vocês precisam tomar cuidado porque o mundo dos brancos está invadindo a nossa existência”.    Maquinários devastando florestas.     ...” tratores, motosserras chegando; o barulho delas derrubando as árvores, a revolta dos povos”.    “Passei a ouvir os rios falando, ora com raiva, ora ofendidos”.

         “O Agronegócio invadiu o Cerrado, o Xingu virou uma pizza.   Ou uma empadinha cercada de soja por todos os lados.

         Conta-se os sonhos para quem conta com nosso afeto.    ...”sonho é um lugar de veiculação de afetos”.    Só viajo se sonhar sobre a mesma.   Se não sonhar, não viajo.   “É uma orientação que pode ser pensada como mágica, mas na verdade, é o nosso modo de viver a vida”.   “Enquanto perseverarmos nele, vamos continuar sendo quem somos”.

         “Essa experiência de uma consciência coletiva é o que orienta as minhas escolhas.  É uma forma de preservar nossa integridade, nossa ligação cósmica”.   Sobre os índios:    “Você percebe neles essa perspectiva coletiva...  andamos em constelação”.

         Os Krenak são parentes dos Xavante, dos Krahô, dos Kaiapó, somos um povo Jê.    “somos caçadores, não agricultores”.

         Uma lenda do nosso povo Krenak.    No passado, o criador deixou um povo num lugar e este lugar se tornou local dos Krenak.   Passado longo tempo, o criador resolveu dar uma olhada como ia esse povo.   Mas resolveu vir camuflado e veio na forma de um tamanduá.   Foi logo cercado, pego pelos Krenak e levado para ser abatido no outro dia como caça.    Duas crianças gêmeas à noite conseguiram se comunicar com o criador e soltaram o tamanduá.   Quando este se afastava, as crianças perguntaram a ele o que achou dos Krenak.   Ele disse:   mais ou menos.

         “A ideia dos Krenak sobre a criatura humana é precária”.   Os seres humanos não tem certificado, podem dar errado.   Essa noção de que a humanidade é predestinada é bobagem.   Nenhum outro animal pensa nisso.

         “Os Krenak desconfiam desse destino humano, por isso que a gente se filia ao rio, à pedra, às plantas e a outros seres com quem temos afinidade”.

         ...”não estamos com essa bola toda... acima dos outros viventes”.

         Humanidade – não temos essa qualidade especial, acima dos outros seres.   Somos indiferentes, depredamos o Planeta.

         Isto tudo mostra que não há parâmetro de qualidade nenhuma na humanidade, que isso não passa de uma construção histórica não confirmada pela realidade.   O século XX com todas suas guerras demostra isso.

 

Continua no capítulo 03/05

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

CAP. 01/05 - fichamento - livro - A VIDA NÃO É ÚTIL - Autor: AILTON KRENAK - Líder indígena de Minas Gerais (Brasil) do Vale do Rio Doce. Livro de 2021

 A Vida Não é Útil                    06-01-2022

 Ailton Krenak     (lider indígena da tribo Krenak do Vale do Rio Doce em Minas Gerais.  Ele é jornalista e ativista pela causa dos povos indígenas).

          Este livro pequeno no porte e grande no conteúdo foi um presente da minha filha Antropóloga indigenista.    Editado pela Companhia das Letras, tem 130 páginas, tamanho pequeno e está na segunda reimpressão – 2021

         Vamos ao conteúdo (bem resumido)

         O humano dilapidando o planeta.   Matando os animais etc.   “Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante”.

         O exagero da concentração de renda.   Bilionários em passeios pelo espaço.   O sonho deles até de colonizar outros planetas.

         “O poder, o capital entraram num grau de acúmulo que não há mais separação da gestão política e financeira do mundo”.

         “Somos governados por grandes corporações”.   “Estamos viciados em modernidade.   A maior parte das invenções é uma tentativa de nós, humanos, nos projetarmos em matéria para além de nossos corpos”.

         Parafernália da modernidade...   “estamos a tal ponto dopados por essa realidade nefasta de consumo e entretenimento que nos desconectamos do organismo vivo Terra”.

         (A tribo dos Krenak vive no Vale do Rio Doce em MG)

         Cita a evidência de que estamos dilapidando a Terra como organismo vivo.   Geleiras derretendo, oceanos cheios de lixo, lista crescente de espécies em risco de extinção...   “Estamos esquartejando a Terra.   É de uma estupidez absurda”.

         Em outra direção, cita James Lovelock, criador da teoria de Gaia.   Foi marginalizado na Ciência por sua linha de pesquisa.

         “Quem já ouvia a voz das montanhas, dos rios e das florestas, não precisa de uma teoria sobre isso”.   Sabe que a Terra é um organismo vivo.

         Comidas processadas, comidas com aditivos...     Falou do plantar, cuidar, colher e preparar para comer – é muito mais seguro.

         Algum adepto em agroflorestas, agricultura orgânica, permacultura.   Esses que as praticam quebram barreira entre os povos originários e os povos que vivem nas cidades.

         Krenak disse que no Vale do Rio Doce onde é a aldeia dele, que fica perto do Rio Doce, é também perto da ferrovia que transporta minério de ferro em quantidades enormes de Minas para o porto de Vitória-ES para exportação.     O povo olha isso como progresso, mas a natureza está sofrendo e o Rio Doce está morto na região.

         “Temos que parar de nos desenvolver e começar a nos envolver”.

         Cita as lições contidas num poema de Drummond chamado Ideias para adiar o fim do mundo.

         Sobre os que querem colonizar outros planetas, ele pergunta:    ...”significa que ainda não aprenderam nada com a experiência aqui na Terra.  Eu pergunto quantas Terras essa gente precisa consumir até entender que está no caminho errado?”

         Minas Gerais...   “essa obsessão por furar o chão”.   Krenak mora no chamado Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.    O povo simples de lá...   “estamos ferrados”.

         “Vida é transcendência, está para além do dicionário, não tem uma definição”.

         Sonhos Para Adiar o Fim do Mundo

         Índio costuma ter sobrinhos por adoção.   Um pajé Xavante ouvindo seus sobrinhos por adoção e entre eles, Krenak.   Os waradzu (os brancos) na língua deles.

                   Continua no capítulo 02/05

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

CAP. 10/10 (final) - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO - (escalada do Everest em 1996) - Autor: JON KRAKAUER - jornalista americano e alpinista

 capítulo final 10/10                    (leitura feita em dezembro de 2021)

 

Cap. 20 – Esporão Genebra – 9h45’ 12-05-1996   7.900 m

         Dois alpinistas que não tinham mais condição de caminhar foram resgatados por um helicóptero militar numa arriscada operação que foi bem sucedida.    Teve que ser uma vitima resgatada por vez, portanto em dois voos.

         Cap.21 – Acampamento base do Everest – 13-05-1996  5.400 m

         Os acidentes e as mortes no Everest nessa ocasião agitaram a imprensa e encheu de repórteres no aeroporto onde os sobreviventes iam embarcar para seus países.  Jon (que além de alpinista é jornalista) falou bastante com a imprensa sobre o ocorrido.

         Jon já no hotel, conseguiu comprar erva para fumar uns baseados para espairecer um pouco das tensões da aventura.

         No retorno a sua cidade, Seattle, nos USA, levou duas mochilas de um amigo alpinista que morreu na escalada.   Imagina o momento de entregar as mochilas aos familiares e amigos do falecido.

         Jon conseguiu reatar a relação com a companheira Linda e curtir o conforto da cidade depois de algum tempo em relação à escalada.

         Ele foi adiando para telefonar para as famílias de três vítimas fatais da Nova Zelândia, aí incluído Hall que era o chefe da expedição na qual ele participou.  Tanto ele demorou para telefonar, que as famílias acabaram ligando pra ele para saber detalhes do ocorrido.

         Ele resume:   “Até que eu visitasse o Himalaia, nunca vira a morte de perto”.

         Antes de ir para o Everest, nunca tinha ido a um enterro.

         Ao todo, naquela primavera de 1996, morreram no Everest doze alpinistas, entre homens e mulheres.   Foi a pior temporada em 75 anos, desde que o pico foi pela primeira vez escalado.

         Houve morte de quatro alpinistas da equipe que Jon estava, incluindo aí, Hall que era o chefe da expedição.

         Jon sofreu e sofre muito por ter visto alguns moribundos no meio da tempestade e não ter meios nem forças para tentar acudi-los.

         Hall dirigia a expedição mais preparada para a escalada daquela primavera e justo sua expedição foi a que sofreu mais baixas.

         A disputa que havia entre Hall e Fisher pode ter aguçado os riscos.

         Jon destaca que todos da expedição tiveram de tomar decisões cruciais em condição de hipóxia, ou seja, de pouco oxigênio no organismo, o que altera em certa medida o raciocínio das pessoas.

         Ele destaca:   “A sabedoria vem fácil depois do fato”.

         Em 1996 morreram 12 alpinistas escalando o Everest e no mesmo ano 84 alpinistas chegaram ao topo do Everest.

         Epílogo -  Seattle USA, 29 de novembro de 1996.   82 metros acima do nível do mar

         Seattle é a cidade onde morou Jon na época da escalada.    “O Everest parece ter envenenado muitas vidas.   Houve relacionamentos rompidos...”.     Houve muita cobrança pela imprensa sobre os sobreviventes, achando que eles poderiam ter feito mais pelos que morreram.    Na visão de Jon, cada um fez o que pode e todos tinham noção de que praticavam uma atividade de alto risco.

         Fim.                                (fim de leitura e fichamento – 25-12-2021)

        

CAP. 09/10 = fichamento - livro - NO AR RAREFEITO (sobre escalada do Everest em 1996) - Autor e alpinista americano Jon Krakauer.

 capítulo 09/10

 

         O cozinheiro sherpa que se intoxicou com gas carbônico por cozinhar dentro da barraca toda fechada por causa do frio.   Passou mal ao ponto de vomitar sangue.  

         Entre os alpinistas que enfrentaram a tempestade no escuro, dois foram resgatados num difícil voo de helicóptero até o local.    Nesse dia, dois alpinistas perderam a vida em decorrência da tempestade.

         Cap. 16 – Cume do Everest – 15 h e 40’ de 10-05-1996.   8.848 m

         Os chefes de expedição Fisher e Hall, os concorrentes, chegaram ao cume depois de Jon ( o narrador deste livro).     Fisher reclamou que não estava muito bem.   Hall tinha marcado um horário limite para se atingir o cume e a ordem era, quem não tivesse chegado ao cume até aquele horário limite, teria que dar meia volta e desistir.   Apesar disso, Hall deixou um integrante do grupo atrasar duas horas e chegar ao cume.   Depois de horas e horas de tempestade com vento e neve, Hall não resistiu e depois foi encontrado morto e semicoberto de neve.   Antes tentaram resgatá-lo mas as condições do clima eram muito adversas.

         Cap.18 – Crista Nordeste – 10-05-1996 – altitude 8.700 m

         Um grupo de três indianos que continuaram a escalada no dia da tempestade (10 de maio) estavam a 150 metros do cume e acharam que atingiram o cume e por isso comemoraram e fizeram alguns ritos e falaram por rádio com autoridade da Índia para contar o feito.

         Cap. 19 – Colo sul – 7h30’ de 11-05-1996  - 7.900 m

         Em certo momento, todos os guias de expedições estavam fora de ação e sobrou a liderança para um alpinista canadense que é médico.

         Cita o caso de um alpinista que escapou por milagre do congelamento e chegou ao acampamento quase moribundo.   O médico alpinista atendeu ele e mediu a pulsação dele pela carótida, aquela artéria do pescoço que é em caso extremo, o único ponto no qual se percebe que a pessoa está com a circulação funcionando.

         Fisher, líder de uma expedição, morre congelado antes de chegar o resgate.

         Jon é acordado na barraca pelo colega que achava que a barraca não ia suportar o vento.   Diz que ventava de forma parecida com o que costuma ocorrer na Patagônia que tem o que os alpinistas consideram os ventos mais fortes do mundo.

         Cap. 20 – Esporão Genebra – 9h45’ 12-05-1996   7.900 m

         Dois alpinistas que não tinham mais condição de caminhar foram resgatados por um helicóptero militar numa arriscada operação que foi bem sucedida.    Teve que ser uma vitima resgatada por vez, portanto em dois voos.


continua no capítulo final 10/10