Parte III Fichamento do livro – A Radiografia do Golpe –
Autor: Jessé Souza
Página
45 – Na era do Geisel (Ditadura) taxaram o risco do comunismo. Agora, além da velha cantilena da corrupção, tem a ameaça
bolivariana, ameaça cubana, etc.
45 –
Diz que o Luiz Carlos Bresser Pereira, no calor da hora, alertou para a reação
empresarial anti estatismo e que ainda não era o anti governo em si.
45 –
Nas Diretas Já, a elite e a irmã siamesa, a imprensa, apoiaram o movimento por
não concordarem com o nacionalismo e ação estatal do governo Geisel. Mudar para a elite continuar sua rapina de
forma livre e apoiada pela mídia.
45 –
Rui Barbosa determinou a queima dos papéis da escravidão. Assim dificultou para sabermos quem somos
como povo.
45 –
Foi sucateada nossa indústria de base e nesse contexto FHC e sua privataria
deitam e rolam.
46
- Na privataria tucana o capital de fora
e daqui se aliaram na rapinagem e o povo
fica com serviços ruins e caros (telefonia móvel, etc.).
46 – As
teles, privatizadas, são campeãs de reclamação do povo ao Procom.
46 – Na
ressaca da Privataria, o povo acabou elegendo a esquerda para governar o
país. Com Lula, pela primeira vez a
“ralé” brasileira votou na esquerda.
47 –
Lula se consolida como o maior lider desde Vargas.
47 – A
partir de 2006, votos e opiniões divididos.
A classe média votava nos partidos da elite. As classes populares, mais numerosas, votavam
no PT.
47 – O
PMDB e alguns outros, são tão patrão que nem chegam ao comando do Executivo
Nacional pelo voto. PMDB como lobista
empresarial... tem que funcionar como
coadjuvante do partido que ocupa o poder executivo.
48 – O
PSDB tinha umas diretrizes que melhoraram (mesmo com a taxa SELIC que baliza os
juros) os números da nossa economia. Foi
o primeiro partido da elite a ficar popular, mas não fez nada para conquistar o
Social, o Povo. Nesse vácuo, o PT
assume o poder. O PT distribuiu renda,
aumentou salário e para se conciliar com as elites, engordou os rentistas.
48 –
Mídia escandalizando e fulanizando temas e crises eventuais.
49 – O
mensalão de 2005 já foi uma reação da elite ao medo do PT se perpetuar no
poder. Foi um ensaio para o Lava Jato.
49
- Se coloca foco no executivo e não se
dá atenção aos demais poderes e aí mora o perigo. (fica vulnerável a ataques do Legislativo e
do Judiciário)
49 –
Tanto no governo FHC e os do PT, sempre o PMDB, fisiológico, só faz chantagem
para se fortalecer e fazer o jogo dos seus patrões.
Se é
só o executivo que bem ou mal “representa” o povo, o remédio certamente não é
adotar o parlamentarismo e retirar a única instituição que reflete a soberania
popular entre nós no Brasil. O
parlamentarismo ao seu ver evitaria o teste do voto para “proteger a sociedade”
em disputa.
50 –
Estratégia de novelizar o embate (com o apoio da mídia) entre mocinhos e
bandidos. O bandido é o PT e as classes
populares que o apoiam, assim como o projeto de sociedade que eles representam.
50 – Só
aparece a corrupção estatal. A das elites
não aparece. A estratégia é “fulanizar”
a corrupção e só destacar nomes da esquerda sem mostrar a estrutura da
corrupção.
50 –
Quem ainda tem dois neurônios sabe que combater de fato a corrupção é o que
menos querem a mídia e a elite...
51 – Mídia despejando veneno contra o PT junto à classe média, etc.
51 –
Essa classe média que se imagina mais culta e inteligente que os pobres, mas
que, na verdade possui poucas fontes alternativas de reflexão autônoma além do
veneno midiático de todos os dias.
É
uma classe que se imagina protagonista quando é instrumento e tropa de choque
de interesses que não compreende.
Tradição intelectual que demoniza o Estado e endeuza o mercado... dá
nisso.
51 – Os
excluidos (os pobres), pós 2002 passam a perceber que cada eleitor é um voto e
que são maioria. Ele (o autor) entende
que a esquerda ainda terá vez por causa dessa percepção. A desigualdade social no Brasil cria o
potencial da esquerda voltar.
52 –
Governo Lula – destaque para o acesso de todos à educação.
Ele ( o
autor) disse que até a pregação
evangélica ajudou na autoestima do povo.
Para
tocar qualquer projeto (inclusive estudo) a pessoa tem que ter autoestima. Sem esta, a coisa não vai. Geralmente isto falta nos da base da pirâmide
social. A religião ajuda na
autoestima...
53 –
Dilma ganhou em 2010 nesse clima positivo para o povo. Dilma e a tacada arrojada – tentar romper o
acordo rentista... (tentar o juro mais baixo, desagradando banqueiros, etc). Daí a coisa azedou...
54 –
Usar o povo nas ruas. Criar o “novo
orgulho de ser de direita”. Não existia
isso no Brasil.
55 –
Classes sociais. Errado analisar só pelo
viés economicista como classe por faixa de renda (critério do economicismo liberal)
ou por ocupação (economicismo marxista).
56 –
Classe por renda incorpora a “meritocracia”.
Tipo: eu lutei, eu
consegui... Nessa linha, as pessoas da
classe A seriam inteligentes e trabalhadoras e os da classe E são burros e
preguiçosos.
56 – Na
verdade, a classe se dá desde o nascer e é socioafetiva , que se dá
desde o berço no horizonte familiar.
57 –
Explica a luta de classes. Não é uma
competição justa. Quem tem apenas o
“legado” do seu grupamento não consegue as oportunidades das outras classes.
58 –
Fundamento – competição de todos por recursos escassos. Luta não só por bens materiais. Luta também por prestígio, reconhecimento,
beleza, charme, admiração, etc.... parte da nossa história de vida é pre moldada pela nossa história familiar.
Continua por mais duas etapas: IV
e V (final).