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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

RESENHA DO LIVRO – ROTA 66 – AUTOR: JORNALISTA CACO BARCELLOS (truculência da Polícia narrada e documentada)

RESENHA DO LIVRO – ROTA 66 – AUTOR: JORNALISTA CACO BARCELLOS

Ficha técnica:  Editora Record, RJ, ano 2009 – 10ª Edição – 350 páginas
            Resenha (fichamento) elaborado pelo leitor:  Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
            Esta resenha se destina a servir de memória de leitura e é publicada num blog amador que mantenho para estimular novos leitores e promover o pensamento crítico a respeito do tema abordado.   Sem fins lucrativos. 
            A ficha técnica citada serve para amarrar as citações a um número específico da página que pode ser diferente conforme a editora e número de edição.  
            ROTA – Rondas Ostensivas Tobias Aguiar   (São Paulo – Capital)   anos 70/80
           
            Página 33 – a Rota foi criada para combater guerrilheiros.   Tempo da Ditadura Militar.
            34 – Exército – PM Polícia Militar (esta, estadual), orientada para a defesa da propriedade dos ricos e combater o “marginal”.   A imprensa acompanha ela lógica também.
            38 – Brigas, som alto, jovem erguer o fusca … gente da classe média e média alta da capital.
            41 – Clube Paulistano (em 1975)  - comum o grupo de amigos fumarem maconha.
            44 – Os jovens personagens deste livro veem a polícia como sendo para combater os pobres e ser contornada com grana quando o abordado é rico. 
            45 – Carro preparado para tirar racha com “estabilidade”.
            45 – No rodapé da página, descrição da submetralhadora Beretta.
            48 – Caco é ameaçado num velório de menino pobre morto pela polícia.  Isto por ser da imprensa que nos casos que se apresenta no lugar dos fatos, relata sempre a versão dos policiais.
Imprensa que faz as vítimas virarem réus.  Daí a família ser hostil inclusive com o Caco.
            49 – Reporter correto irrita os dois lados.   As vítimas e a polícia.  A polícia costuma só ter a versão dela e um reporter decente pode apresentar outra versão para uma ocorrência.
            Na época, Caco trabalhava no jornal Folha da Manhã.  (ele é gaucho)
            51 – PM e Polícia Federal na época da ditadura aproveitavam para aumentar a violência contra o crime dos pobres.  (preto/puta/pobres).
            54 – Caco foi despedido do jornal por pressão dos policiais da repressão.  A queixa dos policiais chegou até o governo  e deste partiu a pressão para o jornal demiti-lo.     O Caco fez bico após demitido, como motorista de taxi.
            58 – Perseguição aos jovens do fusca preparado para rachas (turminha com perfil citado acima, classe média e média alta da capital, frequentadores do Clube Paulistano).    Perseguição após jovens serem flagrados à noite roubando um toca fitas de outro carro.     Perseguição com custo de 10.000 dolares para tentar recuperar um toca fitas.
            Lema da Rota:  A ROTA É RESERVADA AOS HERÓIS
            63/64 – Os jovens do fusca foram perseguidos, encurralados e (rendidos), metralhados (executados).
            75 – O comandante da Rota nessa operação tinha 21 anos de idade.   Despreparo.    (subiu por “sucesso” em ações contra guerrilheiros).
            78 – O Secretário da Segurança do estado de SP na ocasião era o Coronel Erasmo Dias.
            81 – Cada submetralhadora pesava 8 kg.
            87 – A vizinha da casa em frente ao local da execução dos jovens do fusca viu a cena toda, telefonou pra mãe de uns dos jovens executados em seguida ao crime.   Depois deu depoimento à polícia e foi ameaçada de morte e teve que sumir para o exterior.   (tudo isso o Caco levantou dados documentais).
            Esse tipo de ação era rotina e “não dava nada” contra os policiais.  O caso deu crepe porque os rapazes não eram os pobres de sempre.
            88 – Em 09-04-1970 houve a fusão da Polícia Civil de SP com a Força Pública.   Disto surgiu a PM Polícia Militar.    (época da ditadura militar)
            89 – Cita uma porção de dados oficiais das décadas de 60 e 70 da repressão policial aos que eram contra o regime.
            89 – Exército junto com a polícia civil em casos de combate aos terroristas.   No período todo foram executadas 269 pessoas como sendo terroristas.   Destas, 144 oficialmente mortas e 125 desaparecidas.    Executaram, pelo suposto, e sumiram com o corpo.
            91 -  Cita a OBAM Operação Bandeirantes (caça aos terroristas).    
            92 – Guerrilheiros combatidos no Vale do Ribeira em SP.   Houve cerco policial e os guerrilheiros escaparam.   Ação fracassada sob o comando do Coronel Erasmo Dias.
            96 -  “o morto é sempre culpado pela morte dele na versão oficial”   Sempre o chavão lavrado nos documentos da polícia de então é que houve reação à bala e a pessoa foi morta.
            ….................     narra uma série de violências – chacinas contra os pobres.
            327 -  Caco ficou 22 anos investigando dados  da PM de SP e os crimes dela e da Polícia Civil.  (sempre por levantamento em documentos oficiais).  
            Conclusão:    65% das vítimas fatais dos policiais eram inocentes.
            Isto após anos de pesquisa e milhares de dados levantados e tabulados.
            331 – Maior parte dos estupradores eram brancos, mas a maior parte dos que foram mortos pela polícia eram negros e pardos. 
            337 – Caco entrevista um assaltante procurado junto com o reporter Pena Branca em 1981.  Cita uma síntese de que o Pena Branca tem um verdadeiro “centro de inteligência” e rede de contatos inclusive com a polícia para estar na frente dos fatos...   (e suas medidas de segurança pessoal).
            “Quem mata é o sistema da PM, do Comando à Justiça.   O matador só aperta o gatilho”.
            351 – O Caco Barcellos terminou de escrever o livro em 1986.    (coincide mais ou menos com a época do fim da Ditadura Militar (64-85).       Final.
            Isto tem um viés de memória e história e deverá ser muito útil para reflexão das pessoas da atualidade para que tenhamos o alerta e evitemos incorrer nos mesmos erros do passado. 
                                    Blog      www.resenhaorlando.blogspot.com.br 
   
           



sexta-feira, 14 de setembro de 2018

PRESTAÇÃO DE CONTAS - RELATÓRIO DA PREVI - ANO BASE 2017 - CURITIBA PR


         Local e data:   14-09-18 na GEPES do BB em Curitiba – PR
         Quem apresentou a Prestação de Contas:   O Diretor da PREVI Marcel Barros.  
         Anotações pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
         Havia ao redor de 75 pessoas (maioria aposentados) lá e o relatório se refere especificamente ao Plano 1.    Ontem foi a explanação do Plano Previ Futuro.
         O Diretor Marcio Moreira também estava presente para interagir na hora das perguntas ao fim da apresentação.
         Somos ao redor de 114.000 colegas no Plano 1, dos quais ao redor de 10.000 estão na ativa.
         Falou um pouco da Missão, Visão e Valores da Previ.
         Alguns números do superávit (ou déficit) levando em conta a linha de corte representada pela Meta Atuarial que é de INPC+ 5%.   
Ano
Superávit ou déficit
2010
22,6 bi +
2011
24,3 bi +
...

2015
16,1 bi neg
2016
13,9 bi neg
2017
4,3 bi neg
2018 (até julho)
8,9 bi neg



         Mostrou dados das 12 principais empresas das quais temos expressivo valor em ações com soma de 70 bilhões de reais nesse conjunto de empresas   (dados também disponível no site da Previ).   Destacou que muitas dessas ações são computadas por valor econômico e atualizadas uma vez por ano no Relatório.    Que muitas ações subiram no período e ainda seus reflexos positivos não estão nos números acima, que serão bem melhores na avaliação para balanço.     (eu vou pegar a cotação das ações dessas 12 companhias na base 31-12-17 e conferir a evolução para a atualidade e já dá uma tendência).
         Mostrou um gráfico de evolução positiva dos resultados da Previ de 2005 a 2017 com crescimento nominal de 308%, bem acima de outros indicadores do mercado.
         O cenário atual é de juros decrescentes.    A Previ tem optado por reduzir a Meta Atuarial porque o Plano 1 está maduro (quase todo mundo já aposentado).   Era de 6% + INPC e por etapas já passou para 5,75%, 5,5% e agora está em 5% + INPC.
         Em termos de gestão, disse que nosso Estatuto nos dá uma segurança muito grande.   Nossos representantes tem que ser funcionários há mais de 10 anos no BB para se candidatarem.    E temos estrutura segregada.    Quem elabora não executa e quem executa não administra.     Temos um corpo técnico qualificado e certificado e do nosso quadro de associados.
         Houve CPI dos Fundos de Pensão e o nosso foi aprovado sem problemas.  
         Nossa gestão é compartilhada 3 e 3, entre indicados pelo Banco e pelo voto dos funcionários e não há voto de minerva.   Tudo tem que ser via consenso.
         Destacou a preocupação com o Projeto de lei 268 (do Aécio) que foi aprovado por unanimidade e está na Câmara em regime de urgência.   É ameaça ao nosso plano porque obriga os planos terem gente “de mercado” na administração dos planos.  
         Transparência e o chamado Novo Mercado.     Todo mês a Previ envia por e mail aos associados, boletim com o desempenho do período e também tem dados no site dela.    A cada 2 anos, renova parte da diretoria da Previ.
         Planejamento Estratégico.     Horizonte de cinco anos com reavaliação anual das metas.   O atual é de 2018 a 2022.    Uma das metas é o fortalecimento na relação com os associados com soluções adequadas a cada segmento.     Meta de 95% de associados satisfeitos.     Meta de ter uma taxa de carregamento do plano de 3,5%.
         Meta de equilíbrio do Plano, que está com déficit nestes tempos recentes.
         Política de Investimentos
         Utilizam um horizonte de 7 anos.  Norma (4661)? Que rege esse tipo de plano.
         Decisão da Previ
         Reduzir nossa exposição à Renda Variável  (ações, etc)
         2018                                              2024
Renda Variável  48%             meta           31%
Renda Fixa        42%              meta           59%
         12 ativos maiores da Previ (ações de empresas) somam 70 bilhões de reais e 93% das nossas Rendas Variáveis.    Muito concentradas.
         Litel (Vale do Rio Doce)    30 bilhões
         Em 2017 vendemos 10,4 bi em ações e compramos 1,4 bi.
         Programa de Integridade.      Envolve ações de gestão de risco, capacitação, normas e procedimentos.   ANTES tínhamos papel de Ator  e agora passamos ao papel de Indutor em novas aquisições.
         Atualmente para investir, vamos ver o rating de governança adequado.  Só estamos investindo, por diretriz traçada, em empresas Risco A.   Que cumpre  de 89 a 100% dos parâmetros de governança exigidos pelo Novo Mercado  (B 3).
         Nossos ativos totais:   162,14 bilhões de reais.    (Previ)
         Na Litel  (Vale do Rio Doce) temos 30 bilhões de reais em ações.
         Na Litel nossos ativos estão na modalidade de valor econômico, sendo reajustado anualmente o seu valor de mercado nos balanços.
         Vendemos nossa parte na CPFL   Companhia Paulista de Força e Luz, parte das ações da Ambev e parte das do BB.   Soma:   10,4 bilhões.
         Há pouco tempo (passado contrato que engessava por 20 anos) em novo acordo Previ e Vale, temos liberada boa fatia da participação para vendermos quando for oportuno.   Dos 30,8 bilhões de reais, podemos vender até 16,3 bilhões.     Cada ação da Vale está atualmente na casa dos 55,00 reais.
         Vendemos nossa participação no complexo do Resort Costa do Sauipe da Bahia que nunca nos deu lucro.   Deixaremos de ter prejuízo.
         Vendemos nossa parte na CELESC Centrais Elétricas de SC.  Para empresa de Portugal.
         Neoenergia – aumentamos a participação nela que tem a espanhola Iberdrola no controle.   Atende parte da Grande São Paulo e algumas outras regiões.
         Invepar  -   Ações avaliadas anualmente no sistema de valor econômico.    Alguns problemas pois dentre as controladoras há a OAS que teve problema na Lava Jato e isso dificultou algumas atividades da empresa que contém vários tipos de ativos inclusive concessão no Aeroporto de Guarulhos, que é bem rentável.    Positivo o fato de ter empresas na Invepar que tem concessões rentáveis e de contrato de longa duração.
         Rendimento comparativo de ativos.
         Bradesco máster           rendimento anual          3,55%
         Bradesco “B”                “                                    3,08
         Bradesco “C”                ‘                                    3,65
         Brasilprev                     “                                    2,87 
         Itau                               ‘                                    3,72
         Plano 1 da Previ           “                                    5,95
         Notar que no mercado se fala em ineficiência em administrar fundos e que a solução seria contar com a competência do mercado.   No comparativo aí, nossa Previ tem feito gestão melhor que o mercado em si.
         Na modalidade dos nossos fundos comparáveis aos acima citados, em seis meses se os fundos estivessem nas mãos do “mercado” privado, teríamos deixado de ganhar 1,55 bilhão de reais, o que dá para pagar a folha de pagamento da Previ por 7 anos.
         Imóveis da carteira da Previ
         Nossa meta atuarial para aplicação em imóveis:    5,80%
         Rentabilidade alcançada em 2017                       6,97%
         Nas modalidades de Investimentos Estruturados e de Investimentos no Exterior, também estamos com resultados bem acima da meta estabelecida.
         Despesas Administrativas da Previ
Ano
Em milhões de reais
2013
371
2014
362
2015
338
...

2017
297
         A meta é reduzir para chegar com as Despesas Administrativas à taxa de 3,5% dos ativos.
         Ações Judiciais
         Há plano em execução para reduzir o número de ações judiciais.
Ano
Número de ações
2012
23,9 mil
2013
22,9
2014
22,0
2015
20,8
2016

2017
16,6


         Eventualmente alguns associados ou pensionistas morrem e os parentes não avisam a Previ e ela deposita mais alguns créditos na conta e depois tem que buscar isso de volta.
         Funcionários do Plano 1 ainda não aposentados – ao redor de 10 mil.
         Média atual das aposentadorias da Previ por funcionário:  R$.9.830,00.
         CAPEC – alerta -  atualizar dados dos beneficiários em caso de morte.  Nome, parentesco e CPF da pessoa.   Há muitos casos em que consta “a esposa” e tem colega que já está na segunda, terceira esposa...
         (um carioca colocou lá como beneficiário no seu seguro o time do coração dele:   Botafogo)
         Pagamentos efetuados aos associados/pensionistas em 2017:   12,229 bilhões de reais .
         As projeções do Plano 1 é que tenha que pagar aposentadoria até 2088.    O mais novo associado deste plano tem 45 de idade e é casado com uma mulher mais nova.
         Empréstimos Simples:    75.000 contratos em ser.
         CARIM  (empréstimo imobiliário):   3,59 bilhões de reais
         Número de contratos de imóveis da CARIM:   11.000
         Clube de Benefícios:   Sony, Chevrolet, Dell, Compra Certa, etc.
         Cartão Alelo – sem cobrança de anuidade.
         Eles tem um setor de Assessoria Previdenciária.  Tira dúvidas.
         No site da Previ, logo abaixo do cabeçalho dos ativos, tem local para clicar e abrem os ativos um a um, detalhados.    Eles tem APP para celular.
         Isto foi o que consegui anotar da forma que entendi.    Mais detalhes, é sempre bom dar uma lida no próprio site da Previ.     
         Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida, aposentado do BB.      Curitiba PR.      (41)  999172552      orlando_lisboa@terra.com.br
         Blog      www.resenhaorlando.blogspot.com.br
      Turismo (amador):    www.orlandolisboa.blogspot.com.br

         

domingo, 2 de setembro de 2018

RESENHA DA ENTREVISTA E ANÁLISE DE CENÁRIO NA 75ª SOEA EM MACEIÓ – AGOST0/2018

         Anotações feitas pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida

         Os participantes das falas:   Jornalista Marcelo Firmino, a Professora Cientista Política Luciana Santana e os políticos convidados: Ricardo Maranhão (ex funcionário da Petrobrás), José Tomas Nonô, Promotor Público aposentado e seis mandatos como deputado federal e a acadêmica de Engenharia e líder universitária Tainá (coordenadora do CREA Junior).
         SOEA Semana Oficial da Engenharia e Agronomia, 75ª Edição
         Foi um tipo mesa redonda e houve outras falas, entre elas a do anfitrião Eng. Dacal que é o Presidente do CREA Alagoas.
         Palavras do Dacal -  Se referindo à revolução 4.0 da indústria, consta que apenas 2% das nossas indústrias estão preparadas para este desafio.   Há no Nordeste engenheiro recebendo salário de R$.2.900,00.    Um soldado em Alagoas recebe R$.3.900,00.     O salário do engenheiro no patamar citado, este não consegue nem comprar um livro técnico para reciclagem e nem participar de congresso da sua área.

         Fala da Cientista Política Luciana Santana:
         Estamos vivendo um período crítico em termos econômicos e políticos desde 2015.   Por outro lado, há alguns sinais de melhora na economia.
         Destacou o papel fundamental do Legislativo para reverter a má fase.  Espera-se que este setor passe a atuar de forma mais propositiva.   Ideal é que os eleitos para o Executivo e Legislativo estejam comprometidos de fato com um Brasil melhor.
         Os políticos no Brasil tem baixa credibilidade junto à sociedade.   Ela disse que há tendência de se reelegerem na Câmara Federal e Senado até 75%, o que não é nada animador.
         Os congressistas hoje (tanto na Câmara quanto no Senado) ao votarem, estão mais de olho na reeleição do que no que interessa ao Brasil e seu povo.
         Ela destaca que o voto criterioso é parte da estratégia cidadã.  Há que depois de eleger, acompanhar, cobrar, participar de conselhos, etc.    Hoje há mais ferramentas de denúncia e punição do faltoso que não faz o que promete na campanha.    As redes sociais são parte das ferramentas.
         O governador tem uma função importante nas diretrizes para o Estado.    Destacou também o clima de confronto que está na sociedade nestes tempos.  Uma forte polarização.    Na opinião dela, quem quer que seja o novo presidente, não conseguirá superar de vez essa polarização que divide a sociedade.
         Sobre um breve balanço das duas últimas décadas ela disse que vinhamos caminhando, depois paramos de caminhar e recentemente começamos dar passos para trás.
         A Engenharia pode focar inclusive na melhoria da qualidade da formação dos seus quadros.   No BR temos muitas obras paradas, o que é preocupante.    O mercado atualmente está com um pé atrás.   A partir de 2019, empossados os eleitos, há que se retomar a confiança e tocar os projetos.
         O fato de um dos candidatos à presidência ter o risco de não estar legalmente no páreo no dia da eleição aumenta a incerteza no mercado.
         O papel do judiciário preocupa.   Citou exemplos destes ministros indicarem ou vetarem ministros indicados para o Executivo.   Judiciário partidarizado na visão dela como Cientista Política.
         Por outro lado, ela diz que parte dos problemas irem parar no judiciário tem a ver com o fato de Executivo e Legislativo empurrarem problemas com a barriga (medo de decisões impopulares e temor de depois ter que enfrentar os eleitores) e repassarem os problemas ao judiciário.    Judiciário este que não tem sintonia com o povo.
         O ideal seria uma Reforma do Judiciário, mas vai mexer com peixes grandes.   Ela não vê chance disso acontecer por aqui.
         O nosso presidencialismo de coalizão vem aos trancos e barrancos, mas ela acha que ainda é menos ruim que o Parlamentarismo para o Brasil.
         Os mais de trinta partidos são um complicador para se construir consensos.
         Disse que recentemente caiu o percentual de indecisos em pesquisas de intenção de voto o que seria positivo.   Por outro lado, se abster de votar é se abster de tentar ajudar a administrar o País.       

         Nas considerações finais, recomenda a todos que pensem coletivamente e se comprometam com a participação para aperfeiçoar nossa vivência cidadã.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

RESENHA DE PALESTRA SOBRE O PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO – INCLUINDO O SUBMARINO NUCLEAR (Agosto/2018 na 75 SOEA)



         Evento – 75 SOEA Semana Oficial da Engenharia e Agronomia
         Local e data :   Maceió – AL   23-08-2018
         Palestrante: Contra Almirante Humberto Moraes Ruivo
         Este Projeto do submarino nuclear está de acordo com a Constituição Federal de 1988 e as leis específicas, garantindo que o projeto nuclear brasileiro é para fins pacíficos.    (Artigo 21 da CF 1988).  Também segue acordos internacionais sobre o tema.
         Visão geral do Brasil em termos de segurança.   O BR é o sexto país entre os de maior área territorial do mundo.  
         O BR tem 23.000 km de fronteira entre terra e mar. (1/3 mar)
         Nosso povo é de muitas origens étnicas e a quinta em quantidade de pessoas do mundo.     ¼ da nossa população está na faixa litorânea.   Requer detalhes na segurança do povo.   Outra grande parcela da nossa população está numa faixa próxima ao litoral.
         Economia -  uma grande fatia das nossas exportações e importações vem pela costa atlântica e temos nessa costa ao redor de 200 portos.   Requerem inclusive segurança.
         A descoberta do petróleo do Pré Sal pelo BR fez crescer nossa preocupação com a segurança da nossa costa marítima.  
         Energia – Nossa matriz energética tem a sua maior parte de fonte limpa, de hidrelétricas.   Estas tem potencial de atender ao redor de 75% das necessidades do BR, por outro lado, por deficiência hídrica em muitos reservatórios, estamos operando abaixo dessa capacidade.    Reforço tem vindo do petróleo (termoelétricas), etanol, energias alternativas como eólica, fotovoltaica, etc.
         O BR tem a sexta maior reserva de urânio do mundo.  Das nossas jazidas conhecidas (falta muito a ser explorado ainda) há urânio para nosso consumo estimado em cem anos.
         O Programa Nuclear da Marinha Brasileira traz inovação tecnológica, alta tecnologia, etc.   900 empresas privadas nacionais estão integradas ao programa.   23 universidades nacionais e institutos de pesquisa também integrados.  São ao redor de 8.000 empregos.
         Estratégia de defesa – elaborado pela Marinha:   Amazônia Azul.   Área de mar no entorno da nossa Amazônia.   São em média 200 milhas mar adentro e numa extensão longa, o que em área perfaz 4,5 milhões de km2, ou seja, mais da metade do território brasileiro.   Uma tarefa grande para a defesa.
         Uma das funções da Marinha é a busca e salvamento.   Ajudaram inclusive no caso do jato europeu que caiu no Atlântico na rota entre o BR e a Europa não há muito tempo.
         Além das demandas atuais à Marinha, há estudo da OCDE que mostra tendência de grande incremento de trocas comerciais em comércio exterior no médio e longo prazo.   Maior importância de vigiar as fronteiras.    Boa parte das trocas comerciais com a Ásia.
         Que Marinha nós temos?     (clicar no local indicado para continuar...)

sábado, 18 de agosto de 2018

PALESTRA - MERCADO IMOBILIÁRIO - NA FEIRA DE IMÓVEIS EM CURITIBA - PR 17-08-2018 - Palestrante FABIO VALLE

RESENHA PALESTRA – MERCADO IMOBILIÁRIO EM CURITIBA
Data: 17-08-2018 – local – Sede da FIEP Feder. Da Indústria do Paraná
Evento:   Feira de Imóveis
Palestrante: FÁBIO VALLE – Ele tem experiência de 25 anos no ramo imobiliário e atuou até pouco tempo atrás (2013) nos empreendimentos Alfa Ville como Diretor de Marketing. Atualmente atua na V7Brasil que é do ramo.
         O tema da palestra foi relativo ao Mercado Imobiliário na Atualidade.
         Fundamental no preparo para lançar novo empreendimento imobiliário.
1º Escolha da área – fundamental tanto para quem vai vender como para quem vai comprar.
2º Característica da área – localização, áreas verdes, acessos, etc.
         Sobre localização, como forma de enfatizar a relevância colocou assim:    Fundamental:   Localização; localização; localização...
         Quanto mais se conhece a distância, fica mais fácil de se chegar.
         Há sempre o risco da pessoa que lidera equipes perder um pouco de foco no mercado e suas variações, o que ele chama de miopia em relação ao mercado.  
         Destaca como relevante manter parcerias no setor para gerar sinergia nos negócios.   Conhecer os playeres que atuam na região (concorrentes, etc) e interagir com os mesmos também.   Fica mais fácil se estabelecer no mercado.
         O que as pessoas passaram a buscar?
         Espaço de lazer compartilhado, moradia de porte menor, localização boa.   Há gente nos grandes centros que mora em apartamento de 36 m2 na condição citada, eventualmente trabalha na moradia e tende até a compartilhar carro com outros condôminos.
         Esquema de um cérebro humano – desenhou um círculo com divisa no meio.    Uma parte seria racional e outra emocional .   Ao criarmos produtos, temos que levar em conta essas duas facetas das pessoas.
         Etapas para lançar um empreendimento imobiliário:
         Viabilidade do projeto
         Imersão
         É preciso falar com as pessoas sobre aquilo que as movem.   Citou exemplo:   no Nordeste do Brasil, sol mais frequente (e forte), ao comprar uma casa ou apartamento a pessoa não busca tanto exposição de face do prédio para o sol como se faz no sul que é mais frio.
         Ou seja:   há sutilezas de percepção inclusive em função da região.
         Pesquisa de mercado antes de conceber um novo empreendimento.  Nisso inclusive entra a estatística e muito mais.      Nos estudos, ver se os imóveis concorrentes estão compatíveis com o preço que pretendo pedir nos imóveis de um empreendimento em lançamento.     Se o preço não estiver compatível com o mercado, o imóvel encalha.
         A preparação para o lançamento de um empreendimento é tão importante quanto a execução.    Saber determinar a resposta do mercado, o tempo certo do mercado, etc.
         Marketing (MKT) e vendas.   O MKT e vendas andam juntos.   A campanha tem que conversar com o mercado.    Citou exemplos de casos atabalhoados.    Colocar corretores em campo e não ter os folhetos todos preparados para estes apresentarem o empreendimento.     Não estar com o estande preparado para o apoio logístico ao pessoal de vendas e recebimento de clientes, etc.      Placas de sinalização do empreendimento para facilitar o contato e indicar a localização.
         Ter assessoria de imprensa em empreendimentos de vulto.   Ter sintonia entre esta e os setores de MKT e Vendas e o mercado em si.
         Ter ferramentas como maquete em 3 dimensões (3D), mídias digitais, drones, etc.
         Atualmente 50% das buscas dos clientes tem sido por celular antes de procurar um corretor.   Em 2014 esse percentual era na casa dos 12%.     Celular e internet estão marcantes nesse contexto.
         Atualmente 71% da procura de imóveis começa na internet.    Antes de falar com o corretor a pessoa já fez uma porção de buscas e já vem com dados de mercado concorrente, etc.
         Comum atualmente o cliente estar fazendo perguntas ao corretor e ao mesmo tempo fazendo buscas no celular sobre dados da concorrência, de imóveis.
         Destaca que mesmo com toda tecnologia, em alguma parte do negócio, é fundamental a voz (presencial) de uma pessoa que procura e outra que oferta o negócio.
         Plantão de vendas megalomaníaco não existe mais.   Houve na fase de vacas gordas.    Hoje o vendedor é mais consultor de Vendas.    Tem que ser especializado, tem que ter treinamento maior.    Valor x Preço.   Valores agregados ao imóvel.    Conhecer para poder argumentar.    Preço justo x oportunidade.
         Se quem oferece um imóvel exagerar no preço, espanta o cliente.   Mostrou um desenho ilustrativo de uma torneira com pingo pendente e um copo já bem cheio.   O sobrepreço, que seja uma gota, já pode derramar, fazer o cliente desistir do negócio.
         Mostrou a tabela de um case em São José dos Campos-SP.   Um empreendimento grande em condomínio fechado com área de mata ao lado como diferencial positivo.   Foi sucesso de vendas.   Tudo bem planejado inclusive nos estudos prévios.   Mostrou gráfico com preços dos concorrentes, preço por m2 das áreas concorrentes, faixas de preço e a localização na tabela (realista) para comprovar que estavam “dentro” da realidade do mercado.    Gleba de 2 milhões de m2.   Loteamento Aruanã.  Venderam 80% dos terrenos em 30 dias.     Usaram inclusive redes sociais como Facebook, etc.    Placas no percurso, etc.   Stand de vendas num Shopping da cidade.   Carros com adesivos de propaganda.   Quase 1.500 pessoas visitaram o empreendimento no dia do lançamento.
         Vendas no caso perto da época do impeachment da Presidente Dilma, final de 2016 para 2017.       Disse que a percepção é que em momentos de eleição como agora, geram incerteza no mercado e os investidores aumentam a busca por ativos como imóveis.   Aquece o mercado e ele verificou que no momento isto está ocorrendo como outras vezes já ocorreu.        Havia ao redor de umas cinquenta pessoas assistindo a palestra que ao meu ver foi bastante interessante.    Valeu a pena ir lá e também visitar os estandes das empresas que estão na Feira Imobiliária que se encerra no dia  19-08-2018.                 orlando_lisboa@terra.com.br
     (espero que o assunto seja útil aos colegas)
    Anotações feitas pelo Eng.Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
     Faço curso de TTI Técnico em Transações Imobiliárias (último dos 3 semestres no IFPr – Instituto Federal do Paraná)


sábado, 7 de julho de 2018

PALESTRA NA AEAPR DE CURITIBA - SOBRE OS AGROTÓXICOS E O RECEITUÁRIO AGRONÔMICO - 28-06-2018

RESENHA DA PALESTRA NA AEAPR SOBRE AGROTÓXICOS
Data: 28-06-2018 – local:  Associação dos Engenheiros Agrônomos de Curitiba – PR.   
         Palestrante:  Engenheiro Agrônomo Luiz Fernando Gastaldo – Conselheiro Titular do CREA PR
         Resenha feita pelo Eng.Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
         Havia ao redor de 40 colegas presentes e o tema teve como foco o Receituário Agronômico, os agrotóxicos e as discussões que incluem a pressão do Ministério Público sobre os colegas, ao CREA PR e à ADAPAR que é o agente fiscalizador do Receituário Agronômico pelo Paraná.
         Dentre os presentes, estavam o conselheiro do CREA Professor Eng. Agrônomo Hugo Vidal e o Deputado Estadual (PV) Engenheiro Agrônomo Rasca Rodrigues.
         Já no início da fala do Gastaldo, ele deixou claro que não é o dono da verdade e que aqui estamos para assumir algumas mudanças, trocar experiências.     No título da sua explanação se lê:  Receitas Agronômicas e o Ministério Público.    O Gastaldi é da equipe da ANDAV que congrega a indústria dos agrotóxicos no Paraná.    Disse que já levou essa discussão para cinco regiões do estado.    Que haverá mais reuniões envolvendo órgãos como a ADAPAR, Ocepar, CREA PR e Ministério Público.
         Em breve haverá uma reunião em Maringá nesse tema.   Destacou para os colegas da categoria a importância do profissional da Engenharia Agronômica estar integrado a uma associação de classe e de forma conjunta fica mais produtiva a relação com a comunidade e suas instituições.     Assim agindo, haverá valorização profissional.   Destacou o papel da AEAPR, do CREA PR e a Mútua e das entidades de classe regionais.
         Dias 19 e 20-06-2018 houve reuniões com o Ministério Público  (MP) lá em Marechal Cândido Rondon.    O palestrante mostrou aos presentes uma cópia do documento do MP  discutido na ocasião, contendo 12  perguntas aos Engenheiros Agrônomos.   Sempre na linha de buscar saber se o Receituário Agronômico vem sendo acompanhado do Diagnóstico respectivo.
         O MP criou há tempos a chamada Rede Ambiental e os Promotores tem interagido para uma ação coordenada na questão dos Agrotóxicos.   
         O MP já vem notificando e promovendo oitivas nas diversas regiões, tanto envolvendo empresas do ramo como profissionais que emitem RA Receita Agronômica.   Destaque deles em casos que são vistos por eles como acima da média por profissional.     Consta que Bancos que atuam no Crédito Rural também estão no rol dos notificados ou notificáveis.
         Nas 12 perguntas do MP às empresas que revendem agrotóxicos, há pergunta como:   A empresa presta assistência técnica aos seus clientes?
         O palestrante perguntou aos presentes se estes conhecem o Manual de Orientação sobre o Receituário Agronômico editado pelo CREA PR que tem versão impressa circulando e versão em PDF no site do CREA PR.  Pede a todos que tenham e sigam o Manual.
         O SIAGRO – sistema informatizado na web administrado pela ADAPAR que é a Agência fiscalizadora dos agrotóxicos.    Neste há inclusive o meio de emissão da Receita Agronômica e o banco de dados sobre quem emite, quanto emite, a quem emite, o que prescreve, etc.
         Nos casos de eventuais distorções, estas aparecem via Siagro e o MP tem acesso aos dados, como também o CREA PR tem (inclusive com nome, título profissional, número de registro profissional e CPF de cada um).        Pelo SIAGRO o estado tem indiretamente como obter indício de uso de produto clandestino em caso que um produtor rural que tem um perfil de consumo de agrotóxicos, muda drasticamente a demanda. 
         Pela ordem decrescente no PR, as atividades agropecuárias que mais demandam agrotóxicos:  soja, milho, trigo, feijão, pastagem...
         Quadro estatístico no Paraná.     Número de colegas de nível médio e superior  (Técnicos e Engenheiros Agrônomos) ativos no PR:  14.528 Engenheiros Agrônomos e ao redor de 5.000 Técnicos Agrícolas.    Destes dois grupos, só 2.071 emitem RA (Receituário Agronômico).    Dos 2.071, 1512 são Eng. Agrônomos e 559 são TA.
         No SIAGRO  há ao redor de 350.000 usuários de agrotóxicos cadastrados no PR.    Emissão anual ao redor de 3.500.000 RA por ano.     (continua....   teclar no local indicado abaixo)